Saber às Pinguinhas 10
História 6
Manual: Missão
História - 8º Ano
Tema: 6 - O
contexto europeu dos séculos XVII e XVIII
Meta 11: Conhecer os elementos fundamentais de caracterização
da economia do
Antigo Regime Europeu (cont).
I- Competição económica e política
1-Desde o
séc. XV o comércio é considerado o motor da economia e da riqueza dos Estados,
os reinos competindo entre si pelo domínio
das rotas e mercados em vários pontos do Globo, contrariando a teoria do “mare
clausum” imposta no tratado de Tordesilhas, pela teoria do “mare liberum”
de outros povos europeus (Inglaterra, Holanda, França, Bélgica…)
2- Holandeses, Franceses e Ingleses
começaram por disputar o comércio colonial com os países ibéricos, ao
mesmo tempo que concorriam entre si.
3- O mercantilismo
ganha força, neste contexto de rivalidade económica e política. As economias
nacionais procuram proteger-se face à concorrência internacional, adoptando
medidas de proteccionismo económico.
4- Os
Holandeses, povo empreendedor, frugal e corajoso (na descrição de Jean-Nicolas
Parival em Delícias da Holanda, 1651), é o principal inimigo a abater ,
tendo-se tornado nos “transportadores do
mundo”, que inundavam os mercados com todo o tipo de produtos de boa qualidade
e bom preço.
5- Os vários Estados europeus põem entraves às importações de produtos
holandeses ou por eles transportados, estimulando e protegendo a produção e
venda de produtos nacionais, segundo a
doutrina mercantilista.
II- Holanda, uma excepção ao mercantilismo
1- Enquanto
a maior parte dos países da Europa adopta medidas protecionistas para conseguir
acumular riqueza, a Holanda constitui uma excepção.
2- Com um
regime parlamentar assente na liberdade de pensamento e de expressão, uma
sociedade burguesa, activa e empreendedora, a Holanda atinge o seu
apogeu económico ainda no séc. XVII.
3- A
prosperidade holandesa baseia-se na liberdade de iniciativa, quer
ao nível das produções nacionais (criação de gado, agricultura,
pescas, manufacturas têxteis, construção naval), quer ao nível do comércio,
suportado pelo dinamismo da banca e outras instituições financeiras.
4- No séc. XVII Amesterdão torna-se o centro
económico do mundo, controlando os pontos mais importantes do
comércio europeu, mas também feitorias e tráficos ultramarinos.
4- Este
poder comercial gera rivalidades que provocou, por vezes, conflitos e guerras.
Tema 6: O conteúdo europeu nos séculos XVII e XVIII:
Como se caracterizam a arte e a mentalidade barrocas
I- A arte e a mentalidade barrocas
1- Nos
séculos XVII e XVIII uma nova corrente artística, nascida em Roma, no contexto
da Contra Reforma, expande-se pela Europa e América Central e do Sul - o Barroco, que
reflecte grandes reformas nas mentalidades e na arte.
2- A arte barroca foi usada pela Igreja Católica para combater
o protestantismo: Caracteriza-se, assim, pela riqueza dos materiais
usados, pelo dramatismo das esculturas e pinturas e pela envolvência
da música.
3- O gosto pelo espectáculo (ópera, bailado, música vocal e instrumental,
tourada (na península ibérica), influencia os grupos sociais
mais abastados.
II- A arquitectura barroca
1- A
arquitectura barroca mantém algumas estruturas renascentistas, mas
substitui a sobriedade e o equilíbrio renascentistas por:
a) grandiosidade
e riqueza na decoração. O “horror
ao vazio” faz com que se
preencham os espaços com esculturas, pinturas, talha dourada e
em Portugal, também o azulejo.
b)
Impressão de movimento, através de
fachadas onduladas, curvas e contracurvas e plantas ovais e em
elipse.
2- O ouro
descoberto no Brasil, no séc. XVIII, financiou a construção e renovação de
muitos edifícios em Portugal.
3-
Destacaram-se os arquitectos Nicolau
Nasoni (Torre dos Clérigos e o
Palácio do Freixo, no Porto,
e o Solar de Mateus em Vila Real) e Ludovice (Palácio-Convento
de Mafra). A Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra
e o Aqueduto das Águas Livres são outros exemplos da arquitectura
barroca portuguesa que atingiu o expoente máximo no reinado de D. João V.
III- A escultura e a pintura barrocas
1 - A escultura
e a pintura barrocas destacam-se por transmitirem grande
emoção e dramatismo
através da exuberância das formas e dos volumes, pelas expressões
teatrais e pelo movimento.
2 - Na pintura
preferiram-se as cores fortes e contrastantes (o claro-escuro)
e utilizavam-se as ilusões de óptica.
3 - Na
escultura destacaram-se o italiano Bernini, e, em
Portugal, António Ferreira e Machado
de Castro. Alguns dos principais
pintores barrocos foram Rembrandt,
Rubens, Velasquez e Murillo.
Em Portugal destacou-se Vieira Lusitano.
Conceito:
Barroco:
Estilo artístico que nasceu em Roma, nos finais do séc. XVI, no contexto da
Contra Reforma. Espalhou-se pela Europa e América Latina nos séculos seguintes.
Caracteriza-se pelo movimento, exagero decorativo, extravagância.
Exemplos de imagens do livro:
Arquitectura:
A) Biblioteca do Mosteiro Beneditino de
Wiblingen (Ulm, Alemanha), 1744 .
B)
Fachada do Palácio do Raio em Braga, mandado construir em 1754 por
um rico comerciante, e ampliação da janela central (apontando-se
como características: linhas curvas e contracurvas, concheados, volutas,
anjos, ideia de movimento).
Pintura: A) Descida da Cruz, Rubens,
1614; B) A Ronda da Noite, Rembrandt,
1642.
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