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linguístico
Enviado por
João Sena. Imagens não captadas.
EXPRESSÕES
POPULARES: significado e origem.
Significados
interessantes!
ERRO CRASSO: Significado: Erro grosseiro. Origem: Na Roma antiga
havia o Triunvirato: o poder dos generais era dividido por três pessoas. No primeiro destes Triunviratos, tínhamos:
Júlio César, Pompeu e Crasso. Este último foi incumbido de atacar um
pequeno povo chamado Partos. Confiante na vitória, resolveu abandonar todas as
formações e técnicas romanas e simplesmente atacar. Ainda por cima, escolheu um
caminho estreito e de pouca visibilidade. Os partos, mesmo em menor número,
conseguiram vencer os romanos, sendo o general que liderava as tropas um dos
primeiros a cair.
Desde então, sempre que alguém tem tudo para acertar, mas comete um erro estúpido, dizemos tratar-se de um "erro crasso".
Desde então, sempre que alguém tem tudo para acertar, mas comete um erro estúpido, dizemos tratar-se de um "erro crasso".
TER PARA OS
ALFINETES:
Significado: Ter
dinheiro para viver. Origem: Em outros tempos, os alfinetes eram
objecto de adorno das mulheres e daí que, então, a frase significasse o
dinheiro poupado para a sua compra porque os alfinetes eram um produto caro.
Os anos passaram e eles tornaram-se utensílios, já não apenas de enfeite, mas
utilitários e acessíveis. Todavia, a expressão chegou a ser acolhida em textos
legais. Por exemplo, o Código Civil Português, aprovado por Carta de Lei de
Julho de 1867, por D. Luís, dito da autoria do Visconde de Seabra, vigente em
grande parte até ao Código Civil actual, incluía um artigo, o 1104, que dizia:
«A mulher não pode privar o marido, por convenção antenupcial, da administração
dos bens do casal; mas pode reservar para si o direito de receber, a título
de alfinetes, uma parte do rendimento dos seus bens, e dispor dela
livremente, contanto que não exceda a terça dos ditos rendimentos líquidos.»
DO TEMPO DA MARIA CACHUCHA: Significado: Muito antigo. Origem: A cachucha era uma dança espanhola a três tempos, em que o dançarino, ao som das castanholas, começava a dança num movimento moderado, que ia acelerando, até terminar num vivo volteio. Esta dança teve uma certa voga em França, quando uma célebre dançarina, Fanny Elssler, a dançou na Ópera de Paris. Em Portugal, a popular cantiga Maria Cachucha (ao som da qual, no séc. XIX, era usual as pessoas do povo dançarem) era uma adaptação da cachucha espanhola, com uma letra bastante gracejadora, zombeteira.
DO TEMPO DA MARIA CACHUCHA: Significado: Muito antigo. Origem: A cachucha era uma dança espanhola a três tempos, em que o dançarino, ao som das castanholas, começava a dança num movimento moderado, que ia acelerando, até terminar num vivo volteio. Esta dança teve uma certa voga em França, quando uma célebre dançarina, Fanny Elssler, a dançou na Ópera de Paris. Em Portugal, a popular cantiga Maria Cachucha (ao som da qual, no séc. XIX, era usual as pessoas do povo dançarem) era uma adaptação da cachucha espanhola, com uma letra bastante gracejadora, zombeteira.
À GRANDE E À
FRANCESA:
Significado: Viver com
luxo e ostentação. Origem: Relativa aos modos luxuosos do
general Jean Andoche Junot, auxiliar de Napoleão que chegou a Portugal
na primeira invasão francesa, e dos seus acompanhantes, que se passeavam
vestidos de gala pela capital.
COISAS DO ARCO-DA-VELHA: Significado: Coisas
inacreditáveis, absurdas, espantosas, inverosímeis. Origem: A expressão
tem origem no Antigo Testamento; arco-da-velha é o arco-íris, ou
arco-celeste, e foi o sinal do pacto que Deus fez com Noé: "Estando
o arco nas nuvens, Eu ao vê-lo recordar-Me-ei da aliança eterna concluída entre
Deus e todos os seres vivos de toda a espécie que há na Terra" (Génesis
9:16).
Arco-da-velha é uma simplificação de Arco da Lei Velha, uma referência à Lei Divina.
Há também diversas histórias populares que defendem outra origem da expressão, como a da existência de uma velha no arco-íris, sendo a curvatura do arco a curvatura das costas provocada pela velhice, ou devido a uma das propriedades "mágicas" do arco-íris - beber a água num lugar e enviá-la para outro, pelo que velha poderá ter vindo do italiano bere (beber).
DOSE PARA CAVALO: Significado: Quantidade excessiva; demasiado. Origem: Dose para cavalo, dose para elefante ou dose para leão são algumas das variantes que circulam com o mesmo significado e atendem às preferências individuais dos falantes.
Supõe-se que o cavalo, por ser forte; o elefante, por ser grande, e o leão, por ser valente, necessitam de doses exageradas de remédio para que este possa produzir o efeito desejado. Com a ampliação do sentido, dose para cavalo e suas variantes é o exagero na ampliação de qualquer coisa desagradável, ou mesmo aquelas que só se tornam desagradáveis com o exagero.
Arco-da-velha é uma simplificação de Arco da Lei Velha, uma referência à Lei Divina.
Há também diversas histórias populares que defendem outra origem da expressão, como a da existência de uma velha no arco-íris, sendo a curvatura do arco a curvatura das costas provocada pela velhice, ou devido a uma das propriedades "mágicas" do arco-íris - beber a água num lugar e enviá-la para outro, pelo que velha poderá ter vindo do italiano bere (beber).
DOSE PARA CAVALO: Significado: Quantidade excessiva; demasiado. Origem: Dose para cavalo, dose para elefante ou dose para leão são algumas das variantes que circulam com o mesmo significado e atendem às preferências individuais dos falantes.
Supõe-se que o cavalo, por ser forte; o elefante, por ser grande, e o leão, por ser valente, necessitam de doses exageradas de remédio para que este possa produzir o efeito desejado. Com a ampliação do sentido, dose para cavalo e suas variantes é o exagero na ampliação de qualquer coisa desagradável, ou mesmo aquelas que só se tornam desagradáveis com o exagero.
DAR UM LAMIRÉ: Significado: Sinal para começar
alguma coisa. Origem: Trata-se da forma aglutinada da expressão «lá, mi, ré»,
que designa o diapasão, instrumento usado na afinação de instrumentos ou
vozes; a partir deste significado, a expressão foi-se fixando como palavra
autónoma com significação própria, designando qualquer sinal que dê começo a
uma actividade. Historicamente, a expressão «dar um lamiré» está, portanto,
ligada à música (cf. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa). Nota:
Escreve-se lamiré, com o r pronunciado como em caro.
MEMÓRIA DE
ELEFANTE:
Significado: Ter boa
memória; recordar-se de tudo.
Origem: O elefante fixa tudo aquilo que aprende, por isso é uma das principais atracções do circo.
Origem: O elefante fixa tudo aquilo que aprende, por isso é uma das principais atracções do circo.
LÁGRIMAS DE
CROCODILO:
Significado: Choro
fingido. Origem: O crocodilo, quando ingere um
alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas
lacrimais. Assim, ele chora enquanto devora a vítima.
NÃO PODER COM
UMA GATA PELO RABO: Significado: Ser ou estar muito fraco; estar sem recursos.
Origem: O
feminino, neste caso, tem o objectivo de humilhar o impotente
ou fraco a que se dirige a referência. Supõe-se que a gata é mais fraca, menos
veloz e menos feroz em sua própria defesa do que o gato. Na realidade, não é
fácil segurar uma gata pelo rabo, e não deveria ser tão humilhante a expressão
como realmente é.
MAL E PORCAMENTE: Significado: Muito mal; de modo muito imperfeito. Origem: «Inicialmente, a expressão era "mal e parcamente". Quem fazia alguma coisa assim, agia mal e ineficientemente, com parcos (poucos) recursos. Como parcamente não era palavra de amplo conhecimento, o uso popular tratou de substituí-la por outra, parecida, bastante conhecida e adequada ao que se pretendia dizer. E ficou "mal e porcamente", sob protesto suíno.»(1) (1) in A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta, vol. 1 (Editora Campus, Rio de Janeiro)
JÁ A FORMIGA TEM CATARRO: Significado: Diz-se a quem pretende ser mais do que é, sobretudo dirigido a crianças ou inexperientes.
MAL E PORCAMENTE: Significado: Muito mal; de modo muito imperfeito. Origem: «Inicialmente, a expressão era "mal e parcamente". Quem fazia alguma coisa assim, agia mal e ineficientemente, com parcos (poucos) recursos. Como parcamente não era palavra de amplo conhecimento, o uso popular tratou de substituí-la por outra, parecida, bastante conhecida e adequada ao que se pretendia dizer. E ficou "mal e porcamente", sob protesto suíno.»(1) (1) in A Casa da Mãe Joana, de Reinaldo Pimenta, vol. 1 (Editora Campus, Rio de Janeiro)
JÁ A FORMIGA TEM CATARRO: Significado: Diz-se a quem pretende ser mais do que é, sobretudo dirigido a crianças ou inexperientes.
FAZER TIJOLO: Significado: Morrer. Origem: Segundo se
diz, existiu um velho cemitério mouro para as bandas das Olarias,
Bombarda e Forno do Tijolo. O almacávar, isto é, o cemitério mourisco,
alastrava-se numa grande extensão por toda a encosta, lavado de ar e coberto de
arvoredo. Após o terramoto de 1755, começando a reedificação da cidade, o barro
era pouco para as construções e daí aproveitar-se todo o que aparecesse.
O cemitério árabe foi tão amplamente explorado que, de mistura com a excelente terra argilosa, iam também as ossadas para fazer tijolo. Assim, é frequente ouvir-se a expressão popular em frases como esta: 'Daqui a dez anos já eu estou a fazer tijolo '. in 'Dicionário de Expressões Correntes' ; Orlando Neves.
O cemitério árabe foi tão amplamente explorado que, de mistura com a excelente terra argilosa, iam também as ossadas para fazer tijolo. Assim, é frequente ouvir-se a expressão popular em frases como esta: 'Daqui a dez anos já eu estou a fazer tijolo '. in 'Dicionário de Expressões Correntes' ; Orlando Neves.
FILA INDIANA: Significado: enfiada de
pessoas ou coisas dispostas uma após outra.
Origem: Forma de caminhar dos índios da América que, deste modo, tapavam as pegadas dos que iam na frente.
Origem: Forma de caminhar dos índios da América que, deste modo, tapavam as pegadas dos que iam na frente.
ANDAR À TOA: Significado:
Andar sem destino, despreocupado, passando o tempo.
Origem: Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está "à toa" é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar.
EMBANDEIRAR EM ARCO: Significado: Manifestação efusiva de alegria. Origem: Na Marinha, em dias de gala ou simplesmente festivos, os navios embandeiram em arco, isto é, içam pelas adriças ou cabos (vergueiros) de embandeiramento galhardetes, bandeiras e cometas quase até ao topo dos mastros, indo um dos seus extremos para a proa e outro para a popa. Assim são assinalados esses dias de regozijo ou se saúdam outros barcos que se manifestam da mesma forma.
Origem: Toa é a corda com que uma embarcação reboca a outra. Um navio que está "à toa" é o que não tem leme nem rumo, indo para onde o navio que o reboca determinar.
EMBANDEIRAR EM ARCO: Significado: Manifestação efusiva de alegria. Origem: Na Marinha, em dias de gala ou simplesmente festivos, os navios embandeiram em arco, isto é, içam pelas adriças ou cabos (vergueiros) de embandeiramento galhardetes, bandeiras e cometas quase até ao topo dos mastros, indo um dos seus extremos para a proa e outro para a popa. Assim são assinalados esses dias de regozijo ou se saúdam outros barcos que se manifestam da mesma forma.
CAIR DA TRIPEÇA: Significado:
Qualquer coisa que, dada a sua velhice, se desconjunta facilmente. Origem: A tripeça é um banco de madeira
de três pés, muito usado na província, sobretudo junto às lareiras. Uma
pessoa de avançada idade aí sentada, com o calor do fogo, facilmente adormece e
tomba.
FAZER TÁBUA RASA: Significado: Esquecer completamente um assunto para
recomeçar em novas bases. Origem:
A tabula rasa , no latim, correspondia a uma tabuinha de cera onde
nada estava escrito. A expressão foi tirada, pelos empiristas, de Aristóteles,
para assim chamarem ao estado do espírito que, antes de qualquer
experiência, estaria, em sua opinião, completamente vazio. Também John
Locke (1632-1704), pensador inglês, em oposição a Leibniz e Descartes,
partidários do inatismo, afirmava que o homem não tem nem ideias nem
princípios inatos, mas sim que os extrai da vida, da experiência. «No
começo», dizia Locke, «a nossa alma é como uma tábua rasa, limpa de
qualquer letra e sem ideia nenhuma (Tabula rasa in qua nihil scriptum). Como
adquire, então, as ideias? Muito simplesmente pela experiência.»
AVE DE MAU
AGOURO:
Significado: Diz-se de
pessoa portadora de más notícias ou que, com a sua presença, anuncia desgraças.
Origem: O conhecimento do futuro é uma das preocupações inerentes ao
ser humano. Quase tudo servia para, de maneiras diversas, se tentar obter
esse conhecimento. As aves eram um dos recursos que se utilizava. Para se
saberem os bons ou maus auspícios (avis spicium) consultavam-se as aves. No
tempo dos áugures Romanos, a predição dos bons ou maus acontecimentos era feita
através da leitura do seu voo, canto ou entranhas. Os pássaros que mais
atentamente eram seguidos no seu voo, ouvidos nos seus cantos e aos quais se
analisavam as vísceras eram a águia, o abutre, o milhafre, a coruja, o corvo
e a gralha. Ainda hoje perdura, popularmente, a conotação funesta com
qualquer destas aves.
VERDADE DE LA
PALISSE: Significado: Uma verdade
de La Palice (ou lapalissada / lapaliçada) é evidência tão grande, que se torna
ridícula. Origem: O guerreiro francês Jacques de Chabannes, senhor de La Palice
(1470-1525), nada fez para denominar hoje um truísmo. Fama tão negativa e
multissecular deve-se a um erro de interpretação.
Na sua época, este chefe militar celebrizou-se pela vitória em várias campanhas. Até que, na batalha de Pavia, foi morto em pleno combate. E os soldados que ele comandava, impressionados pela sua valentia, compuseram em sua honra uma canção com versos ingénuos: "O Senhor de La Palice / Morreu em frente a Pavia; / Momentos antes da sua morte, / Podem crer, inda vivia." O autor queria dizer que Jacques de Chabannes pelejara até ao fim, isto é, "momentos antes da sua morte", ainda lutava. Mas saiu-lhe um truísmo, uma evidência. Segundo a enciclopédia Lello, alguns historiadores consideram esta versão apócrifa. Só no século XVIII se atribuiu a La Palice um estribilho que lhe não dizia respeito. Portanto, fosse qual fosse o intuito dos versos, Jacques de Chabannes não teve culpa. Nota: Em Portugal, empregam-se as duas grafias: La Palice ou La Palisse.
Na sua época, este chefe militar celebrizou-se pela vitória em várias campanhas. Até que, na batalha de Pavia, foi morto em pleno combate. E os soldados que ele comandava, impressionados pela sua valentia, compuseram em sua honra uma canção com versos ingénuos: "O Senhor de La Palice / Morreu em frente a Pavia; / Momentos antes da sua morte, / Podem crer, inda vivia." O autor queria dizer que Jacques de Chabannes pelejara até ao fim, isto é, "momentos antes da sua morte", ainda lutava. Mas saiu-lhe um truísmo, uma evidência. Segundo a enciclopédia Lello, alguns historiadores consideram esta versão apócrifa. Só no século XVIII se atribuiu a La Palice um estribilho que lhe não dizia respeito. Portanto, fosse qual fosse o intuito dos versos, Jacques de Chabannes não teve culpa. Nota: Em Portugal, empregam-se as duas grafias: La Palice ou La Palisse.
TER OUVIDOS DE
TÍSICO:
Significado: Ouvir muito
bem. Origem: Antes da II Guerra Mundial (l939 a l945), muitos jovens sofriam
de uma doença denominada tísica, que corresponde à tuberculose. A forma mais
mortífera era a tuberculose pulmonar.
Com o aparecimento dos antibióticos durante a II Guerra Mundial, foi possível combater esta doença com muito maior êxito. As pessoas que sofrem de tuberculose pulmonar tornam-se muito sensíveis, incluindo uma notável capacidade auditiva. A expressão «ter ouvidos de tísico» significa, portanto, «ouvir tão bem como aqueles que sofrem de tuberculose pulmonar».
Com o aparecimento dos antibióticos durante a II Guerra Mundial, foi possível combater esta doença com muito maior êxito. As pessoas que sofrem de tuberculose pulmonar tornam-se muito sensíveis, incluindo uma notável capacidade auditiva. A expressão «ter ouvidos de tísico» significa, portanto, «ouvir tão bem como aqueles que sofrem de tuberculose pulmonar».
COMER MUITO
QUEIJO:
Significado: Ser
esquecido; ter má memória. Origem: A origem
desta expressão portuguesa pode explicar-se pela relação de causalidade que,
em séculos anteriores, era estabelecida entre a ingestão de lacticínios e a
diminuição de certas faculdades intelectuais, especificamente a memória. A
comprovar a existência desta crença existe o excerto da obra do padre Manuel
Bernardes "Nova Floresta", relativo aos procedimentos a observar para
manter e exercitar a memória: «Há também memória artificial da qual uma
parte consiste na abstinência de comeres nocivos a esta faculdade, como são
lacticínios, carnes salgadas, frutas verdes, e vinho sem muita moderação: e
também o demasiado uso do tabaco». Sabe-se hoje, através dos
conhecimentos provenientes dos estudos sobre memória e nutrição, que o leite e
o queijo são fornecedores privilegiados de cálcio e de fósforo, elementos
importantes para o trabalho cerebral. Apesar do contributo da ciência para
desmistificar uma antiga crença popular, a ideia do queijo como alimento nocivo
à memória ficou cristalizada na expressão fixa «comer (muito) queijo».
ACORDO LEONINO: Significado: Um «acordo
leonino» é aquele em que um dos contratantes aceita condições desvantajosas em
relação a outro contratante que fica em grande vantagem. Origem: «Acordo
leonino» é, pois, uma expressão retórica sugerida nomeadamente pelas fábulas
em que o leão se revela como todo-poderoso.
QUE MASSADA! Significado: Exclamação
usada para referir uma tragédia ou contra-tempo. Origem: É uma
alusão à fortaleza de Massada na região do Mar Morto, Israel, reduto
dos Zelotes, onde permaneceram anos a resistir às forças Romanas após a
destruição do Templo em 70 d.C., culminando com um suicídio colectivo para não
se renderem, de acordo com relato do historiador Flávio Josefo.
PASSAR A MÃO
PELA CABEÇA:
Significado: perdoar ou
acobertar erro cometido por algum protegido. Origem: Costume
judaico de abençoar cristãos-novos, passando a mão pela cabeça e descendo pela
face, enquanto se pronunciava a bênção.
GATOS-PINGADOS:
Significado:
Tem sentido depreciativo usando-se para referir uma suposta
inferioridade (numérica ou institucional), insignificância ou irrelevância. Origem: Esta
expressão remonta a uma tortura procedente do Japão que consistia em pingar
óleo a ferver em cima de pessoas ou animais, especialmente gatos. Existem
várias narrativas ambientais na Ásia que mostram pessoas com os pés mergulhados
num caldeirão de óleo quente. Como o suplício tinha uma assistência
reduzida, tal era a crueldade, a expressão "gatos pingados" passou a
denominar pequena assistência sem entusiasmos ou curiosidade para qualquer
evento.
METER UMA
LANÇA EM ÁFRICA: Significado: Conseguir
realizar um empreendimento que se afigurava difícil; levar a cabo uma empresa
difícil. Origem: Expressão vulgarizada pelos exploradores europeus, principalmente
portugueses, devido às enormes dificuldades encontradas ao penetrar o
continente africano. A resistência dos nativos causava aos estranhos e
indesejáveis visitantes baixas humanas. Muitas vezes retrocediam face às
dificuldades e ao perigo de serem dizimados pelo inimigo que eles mal conheciam
e, pior de tudo, conheciam mal o seu terreno. Por isso, todos aqueles que se
dispusessem a fazer parte das chamadas "expedições em África", eram
considerados destemidos e valorosos militares, dispostos a mostrar a sua
coragem, a guerrear enfrentando o incerto, o inimigo desconhecido. Portanto,
estavam dispostos a " meter uma lança em África".
QUEIMAR
AS PESTANAS: Significado: Estudar
muito. Origem: Usa-se
ainda esta expressão, apesar de o facto real que a originou já não ser de uso.
Foi, inicialmente, uma frase ligada aos estudantes, querendo significar aqueles
que estudavam muito. Antes do aparecimento da electricidade, recorria-se a uma lamparina
ou uma vela para iluminação. A luz era fraca e, por isso, era necessário
colocá-las muito perto do texto quando se pretendia ler o que podia dar azo a
"queimar as
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