quarta-feira, 18 de julho de 2018

Foi preciso que aparecesse um OBSERVADOR (2)



O 3º Texto – este sobre José Gil – de Gabriel Mithá Ribeiro – vem confirmar o título que me mereceu, a propósito deste autor, o jornal que o publicou, além dos dois primeiros, sobre a “Seita” e sobre “Eduardo Lourenço”. Trata o 3º texto, de José Gil, um professor universitário, de quem apenas tenho presente o livro “Portugal hoje – O medo de existir”, que li com bastante interesse, é certo, pelo talento que revela em nos reduzir a um povo sem grande personalidade, nem qualidade, a começar pela crítica ao inócuo do comentário “É a vida!” com que nos resignamos perante os horrores passados na distância, de que a TV Cabo nos dá imediato conhecimento, mesmo que seja nos antípodas do nosso local de presença. Ao menos, nos tempos de Eça, o nosso saber a respeito dos rumores do universo limitava-se ao “rumor das saias de Elvira”, o que se tornava ainda mais humilhante para nós, pelo desinteresse e desconhecimento da informação global que tal rumor intriguista e local pressupunha. Muitas outras definições nos são, no livro, adiantadas, sobre o nosso país da “não-inscrição” no qual, como o próprio António Gedeão, de idêntica envergadura ideológica, também já dissera, “Tudo é foi. Nada acontece”, mas, neste último caso, para mostrar a irreparável passagem do tempo, pura poesia, de que os factos trágicos ou grotescos ou assim-assim a cada passo demonstram a frivolidade da afirmação. Um livro bem escrito, mas com uma acrimónia que, ao invés da objectividade que se requer num manual do conhecimento, revela antes um desejo de anular um país que, acima de tudo, o autor parece desprezar, consolidada a destruição perpetrada há muito pelos seus parceiros políticos, o que demonstra o contrário do que afirma sobre a nossa passividade. De resto, o próprio GMR informa que, numa edição posterior, José Gil acrescenta um panegírico ao governo de José Sócrates, como governo onde tudo aconteceu que prejudicou o país, mas provavelmente não a si próprio, José Gil, e tal panegírico parece desonesto, se não infantil. Mas, para além do artigo de GMR, outros comentadores dirão melhor o seu parecer, sobre os construtores ideológicos de uma universidade que esses manietam. O que é grave, num país, cuja independência de pensamento eles ajudam a destruir.
Lixo intelectual
15/7/2018
Não ler com sentido crítico grandes sucessos editoriais como os de Boaventura de Sousa Santos ou José Gil é como não querer ver, tratar e minimizar o lixo que as sociedades necessariamente produzem.

Em Portugal, Hoje. O Medo de Existir (2004), José Gil introduziu uma adenda em 2007 (11.ª edição) que se esgota num panegírico do governo do momento. O autor transformou a maioria absoluta do Partido Socialista (2005) liderado por José Sócrates num tónico extra da sua abstração filosófica assinalando a «(…) extraordinária dinâmica reformista do Governo (extraordinária, quanto mais não seja, pela velocidade que adquiriu) (…). O governo não foi capaz de transmitir à população a confiança e a crença mobilizadora na pertinência das suas políticas. Porque, ao gerar medo, paralisou os portugueses. A modernização, que deveria abrir os espíritos, fê-los encolher. (…) Pior: a preocupação pelo défice influencia a própria elaboração dos vários planos de modernização, concebendo-se estratégias e programas que sacrificam a racionalidade das medidas em tal sector (por exemplo, na educação, na saúde) aos imperativos do equilíbrio orçamental. O que é gravíssimo» (pp.135-137).
O conteúdo original do livro (2004) não havia desperdiçado oportunidades para evidenciar o inverso, os efeitos perniciosos para a identidade, sociedade e democracia portuguesas da ação de políticos de ‘direita’, associando-os a grosserias, leviandades e «berlusconização» do poder (cf. pp.97-98; e pp.115 e segs.), além do tiro ao alvo obsessivo ao salazarismo.
Reflexões de «(…) um dos 25 “grandes pensadores” de todo o mundo, ao lado de Richard Rorty, Peter Sloterdijk, Toni Negri e Slavoj Žižek», num livro vencedor do Prémio Literário de Ensaio P.E.N. Clube Português 2004. Indiferente a tais predicados, poucos anos volvidos Portugal vivia em pré bancarrota e com disfuncionalidades institucionais em áreas sensíveis, como a justiça ou o ensino, circunstâncias que determinaram o fim do promissor governo socialista em 2011. E não foi necessário esperar muito mais para, a 21 de novembro de 2014, o elogiado ex-primeiro-ministro acabar detido por suspeitas indissociáveis da sua ação governativa.
O livro vale como arquétipo da colisão, num curtíssimo intervalo de tempo, entre a reflexão filosófica e a realidade vivida, case study sintetizável em quatro notas. A primeira, um ensaio dessa natureza partiu necessariamente de pressupostos analíticos errados, o que invalida as suas pretensões filosóficas, científicas ou académicas. A segunda, não é compreensível que uma obra com propósitos de formação universitária aborde temáticas numa perspetiva ‘light, ‘gira’, ‘criativa’ passando ao largo de referentes teóricos mais do que clarificados por Sigmund Freud, Gabriel Almond, Serge Moscovici, Norbert Elias, Jorge Vala, entre outros, atitude materializada na invenção do conceito absurdo de legitimação dos ativismos, a ‘não-inscrição’, um retrocesso em relação ao modelo analítico de 1970 de Albert Hirschman para os mesmos propósitos. A terceira, está em causa a propagação social de patologias do conhecimento por um caso raro de sucesso editorial em circulação desde 2004 e que em 2017 contabilizava a décima quarta edição, após outro estrondoso êxito de 1987 continuar a resistir a críticas que o tornaram impróprio para consumo. O quarto e último aspeto, o livro de José Gil é cristalino na sobreposição tóxica entre o conhecimento (pelo conhecimento) e o poder (pelo poder), tendo sido justamente para proteger a indissociabilidade entre liberdade, rigor e qualidade do pensamento que as sociedades contemporâneas atribuíram às universidades o monopólio da produção, validação e renovação de conhecimentos analíticos ou científicos e, para isso, garantiram a autonomia das instituições do conhecimento contra as intromissões do campo religioso (fé) e do campo político (poder) (cf. Max Weber).
O caso em apreço apenas acrescentou um fragmento a provas bastantes do PREC (tipificação portuguesa de uma tendência internacional) ocorrido no interior das universidades que subverteu os pressupostos que as instituíram e que nos faz viver num tempo histórico peculiar. Quanto mais frágeis as sociedades, mais as universidades passaram a comprometer os seus destinos, perversão transformada num dos maiores entraves ao desenvolvimento das regiões periféricas, sendo que Portugal se localiza num estádio ainda assim intermédio.
Basta recuar a inícios da década de setenta para compreender a propagação do fenómeno, época em que a semente há muito presente nos meios universitários ocidentais passou a ser prodigamente regada pela intromissão abusiva, nas universidades, do alto patrocínio da ONU que modelou as atitudes dos governos, num ciclo de regressão da autonomia das ciências sociais e humanas em que quanto mais os países do terceiro-mundo se tornavam independentes e aderiam à ONU, mais as suas utopias se infiltravam no coração das sociedades ocidentais por esta via (os estudos e o percurso de John Rex são elucidativos).
Foi nesses inícios dos anos setenta que a tradição intelectual em causa garantiu – em livros, estudos, artigos e caricaturas na imprensa (internacional) – que as futuras independências das colónias portuguesas em África, tal como a urgência de pôr termo às sequelas coloniais europeias através dos regimes de minorias brancas (África do Sul/Namíbia e Rodésia depois Zimbabwe), lançariam as economias europeias numa crise de difícil saída. Asseguraram que estas viviam numa dependência sem cura da exploração dos recursos naturais e humanos de África e, em sentido inverso, as transições de poder imediatas iriam proporcionar aos povos autóctones, muito em especial nos territórios então prósperos da África Austral (que incluíam Angola e Moçambique), níveis elevados de desenvolvimento.
O tempo fez cumprir a componente formal das profecias com a rapidez de um castelo de cartas que se desmorona, a conquista da dignidade das independências. Porém, na componente substantiva, e ao contrário do ciclo anterior de colonização efetiva, a época pós-colonial jamais parou de agravar o fosso entre os países europeus ocidentais e respetivas ex-colónias africanas, isto é, cresceram sempre as incongruências entre as análises projetivas e a realidade vivida numa região do mundo onde quase tudo saiu ao contrário. Constituindo a passagem do tempo o aferidor por excelência da qualidade do conhecimento, trata-se da mesma patologia identificada no livro de José Gil.
E deve insistir-se no exercício. Suportada em estudos, análises, muitos livros, comentários na comunicação social a mesma tradição académica e intelectual, inabalável como sempre, garante-nos hoje – cito dois casos – que a governação de Rodrigo Duterte, nas Filipinas, e sobretudo a de Donald Trump, nos EUA, desembocarão em desastres que afetarão os equilíbrios do sistema internacional, os direitos humanos, a proteção ambiental, entre outras hecatombes e retrocessos. Porém, ao fim de um longo histórico de erros analíticos parece germinar alguma consciência cívica capaz de afrontar a autoconfiança desses discursos antecipando que as suas pretensas racionalidades projetivas irão colidir, a prazo, com realidades vividas diversas das anunciadas, talvez até de sinal contrário.
A razão de fundo de filósofos, historiadores, sociólogos, economistas, juristas, politólogos, entre outros insistirem em pensamentos viciados, e que o tempo transformou em dolosos (os venezuelanos contam-se entre as vítimas recentes), resulta de as sociedades e, pior, os pares académicos não terem o hábito de se confrontarem mutuamente com o sentido e consequências das suas próprias análises anteriores. Se existem sinais de as sociedades ocidentais estarem (finalmente) a começar a naturalizar as representações da escrita e do livro, os significados destes resistem envoltos em névoas de sublimação herdadas de crenças animistas ancestrais sobre certos objetos mágico-religiosos, depois reinventadas no milenar culto da Bíblia e demais livros sagrados. Continua, por isso, difícil que a escrita e o livro sejam tomados por aquilo que passaram a significar, manifestações comuns da condição humana que tanto favorecem a racionalidade analítica, quanto funcionam como agentes tóxicos dessa mesma racionalidade
O facto é que as sociedades são hoje vítimas da confiança que (ainda) depositam nos meios académicos enquanto compensadores de desconfianças sempre latentes em relação aos poderes políticos. Ao permitirem que o poder tutelar dos estados sacrificasse a sua autonomia, as universidades demitiram-se do dever elementar de demarcar fronteiras objetivas entre conhecimentos analíticos e ideológico-especulativos; conhecimentos científicos e de senso comum; conhecimentos válidos e inválidos.
Como todas as crises são crises do conhecimento, a atualidade justifica duas atitudes. A primeira, a de se assumir que a crise existe e não é superficial ou acidental, antes profunda, estrutural, pressupostos para poder ser enfrentada. A segunda, compete às universidades redefinirem e explicitarem com clareza os princípios epistemológicos que justificam o monopólio que exercem sobre a produção, validação e renovação de conhecimentos, uma carta de princípios que renove a sua legitimidade institucional no contexto das sociedades em que se inserem.
Admito ser fundamental detalhar os conteúdos dessa renovação epistemológica. Mas, pelo menos para já, essencial é que os indivíduos comuns e os que preservam abertura de espírito nos meios universitários – entre docentes, investigadores e estudantes – reforcem a consciência de serem parte integrante de ambientes intelectuais tóxicos. Estes são tão nefastos para o conhecimento quanto são, para o meio ambiente, o lixo que se acumula nos oceanos, a poluição atmosférica e a contaminação dos solos nas grandes metrópoles africanas ou chinesas, a destruição da camada de ozono, a aceleração das alterações climáticas, entre outras ameaças. Tudo heranças tóxicas do século XX de uma mesma matriz: produz-se, produz-se, produz-se e que se lixem as consequências a prazo.
Não ler com sentido crítico grandes sucessos editoriais como os de Boaventura de Sousa Santos ou José Gil, entreoutros, é como não querer ver, tratar e minimizar o lixo que as sociedades necessariamente produzem.

ALGUNS COMENTÁRIOS
Jorge Espinha: Está muito bem visto. É também muito cansativo. Se pensarmos na esquerda que domina a intelectualidade, a história tem sido a mesma desde 1945. Anti-americana, Anti ocidental, sempre muito tímida a criticar o marxismo e seus crimes. Agora reciclam o mesmo lixo intelectual dos anos 60-70 para defenderem os crimes cometidos em nome do Islão. É patético ver como vivem confortavelmente, tirando partido de todas as comodidades oferecidas pelo capitalismo. 
Jay Pi: Muito pertinente e relevante artigo. De facto, é de extrema necessidade que o lixo pseudo intelectual e pseudo académico com que a actual oligarquia marxista procura subverter a razão verdadeira e a verdadeira intelectualidade seja identificado, criticado e suprimido. Artigos desta natureza têm uma missão meritória ao expor e censurar o ridículo pérfido e mal intencionado, eivado e infecto de ignomínia, maquiavelismo e iconoclastia que caracteriza as correntes académicas marxistas que contaminam a nossa sociedade. 
Evangelista Miranda Miranda: O dramático disto tudo, está sempre com origem no mesmo ponto, que é/são umas ditas elites que gravitam em Lisboa à volta do Poder, e que para viver bem sem trabalhar, ditam regras aos ministros e aos governos, que por seu turno são originários da AR, onde só entram aqueles que na província, em obediência aos da Capital, rezam todos pela mesma cartilha e, por um antigo "Testamento" que já no século XIX, sobretudo, os magos da escrita e do jornalismo denunciavam: falamos de R. Ortigão, Antero de Quental, Oliveira Martins, Guerra Junqueiro, Eça de Queiroz e muitos outros. É que esses de que fala: Vilaverde Cabral e José Gil, são apóstolos da mesma seita e, dificilmente se podem dissociar do mundo da preguiça e da intriga. Foi essa seita que gravita em Lisboa à volta do Poder, que mandou o Veiga Simão encerrar o antigo ensino Técnico (Industrial e Comercial), onde se aprendia muito, em especial, quando se pretende fazer e criar riqueza, através dos sectores produtivos, onde a Industria é estruturante e mobilizadora de todos os outros sectores. Portanto: sem um ensino Secundário forte com Escolas equipadas e Oficinas a trabalhar, jamais se poderá falar em universidades produtivas. Sobre os governos de 2005 a 2011 e, dos seu mentores/autores: eu nem lhe vou falar, pois é pobreza a mais para a "minha camioneta". O senhor José Gil que se continue a entreter. 
L M: Interessante apelo. Mas na minha opinião o Castelo já está tomado há muito e é necessario intervenção da policia para desalojar as milicias que lá se instalaram. Veja-se o que aconteceu com Jaime Nogueira Pinto por cá. A produção de lixo intelectual é uma estratégia de poder.
Readbeat Algorithms: E aqui chegamos, tocados pelos ventos do discurso, a este problema de Universidade, tão actual no mundo português e nos outros países; entre nós, porque se discute de que maneira se há-de reformar; entre os outros porque se pensa se, mesmo reformada, poderá ela servir para alguma coisa. Quanto ao que se passa connosco, bom seria que se reflectisse sobre o facto de que já várias reformas se tentaram, mobilizaram homens e recursos, vários nascimentos houve de novo, e o  resultado foi sempre o mesmo: a Universidade serviu apenas para criar um falso escol, e os que se comportaram de outro modo o conseguiram apesar da Universidade, não por ela.
E se o comportamento português foi, no Brasil, o que devia ser, a razão é ter sido o Brasil feito pelo povo e não pelos dirigentes, e saber muito bem o povo que a Universidade nunca lhe serviu para nada e ter o instinto de que, muito ao contrário, até lhe tem sido prejudicial; prejudicial não quando forma médicos ou engenheiros ou qualquer outro técnico, mesmo aí com o atraso que tanto lhe tem sido reprovado; já, porém, discutível quando forma professores, que então começa ela a deixar de ser simplesmente escola técnica de terceiro grau, para principiar a não ser, como devia, o organismo que pensa a comunidade e seu lugar no mundo, e caminhando para resultados mais graves com os juristas e filósofos.
Mas a Universidade pôde, pelo menos nos seus primórdios, ser basilarmente uma associação de homens interessados em estudar, sabendo alguns mais e outros menos, estudando uns a vida inteira, os professores, nome que uma etimologia de sentidos nos deveria fazer derivar de professar, e outros apenas uma parte da vida, os alunos, que esses, por filologia científica, são realmente  particípio passado do verbo alimentar: na Universidade recebiam o alimento da vida inteira, o que tão pouco sucede hoje; alimento que lhes vinha não de ir a um dispensário de saber, mas a uma associação, a uma corporação de estudo; de encontrar homens de caridade que, por não haver livros para todos, liam os seus e lhes acrescentavam comentários, que também liam, de tudo isto se chamando lentes; de poder intervir nos concursos de professor, ajudando a barrar os incompetentes que sempre ascendem a cátedras por serem primos dos primos; podendo igualmente eleger reitores, que hoje se elegem com tanta restrição que, sendo já tão poucos os chamados, ainda muito menos são os escolhidos. 
Joaquim Moreira: No meu comentário à crónica de Helena Matos sobre o “Processo de domesticação em curso”, tive oportunidade de dizer que, mais do que de domesticação se tratava mesmo de lavagens ao cérebro. O que não disse e aproveito para o dizer agora é que é este “lixo intelectual” o grande responsável por este “processo”. Estes são os que em Portugal representam a Intelectualidade de Esquerda, que insiste em combater a direita, usufruindo das suas políticas liberais de defesa da iniciativa privada e da domesticação do seu (deles) capitalismo selvagem que sempre apoiou e protegeu muita da roubalheira socialista e deste “Lixo Intelectual”.
Luís Abranches Barroso: Parabéns pelo artigo, e pela escolha do tema, que também muito me preocupa. Academicamente incompetente para o abordar, não deixo de intuir a sua existência real, na qual me considerava (passe a imodéstia) um pensamento isolado. Menos importantes, mas também necessárias e precisas, as referências aos produtores de lixo intelectual (nos quais incluo Eduardo Lourenço).
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William Smith: Quando estava a ler a parte correspondente aos elogios do "filósofo" Gil ao Sócrates, lembrei-me duma coisa que um escritor, S Maugham (que poucos devem conhecer) e que não era filósofo, dizia: a filosofia é mais uma questão de índole do que de lógica, pois o mau filósofo não crê conforme a evidência, mas segundo o seu próprio temperamento; e o seu pensamento apenas serve para tornar racional o que o seu instinto aceita como verdadeiro.
William Smith: Eu reconheço que não tenho qualquer competência para analisar textos de filosofia, excepto os do Boaventura pois aquilo até eu vejo que não tem por onde se lhe pegue.
Mas acho que estas frases de S.M. se adaptam bem ao Gil.
Dr. Feelgood: Como escreve o autor, o fosso entre África e Europa não cessa de aumentar. Só este facto seria suficiente para uma revisão à corrente política que se consubstanciou em decisões tidas há décadas e que destruíram, e continuam a destruir, milhões de vidas. O marxismo continua a fazer vítimas.
Só não partilho a boa-fé e a ingenuidade do autor quando ele questiona a falta de análise crítica perante a realidade histórica que se revelou diametralmente oposta às previsões e certezas teóricas sustentadas pelos universitários Boaventuras, isto porque o objectivo primário do marxismo cultural é o de dinamitar as fundações da civilização ocidental. Estes Gil, Boaventura e C.ª não se limitam a ser intelectualmente desonestos, acresce que não têm relutância nenhuma em prestar-se a desempenhar o papel odioso do lacaio ao serviço de interesses externos (ex-URSS e actualmente ao ditador seu herdeiro)
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