segunda-feira, 12 de setembro de 2011

“Eu quero ser Primeiro-Ministro”

- O Rebelo de Sousa diz que é igualzinho. Não mudou nada.
- Nada!
-Ele, o Seguro, diz que quando for Primeiro-Ministro fará assim, fará assado. Eu quero ser Primeiro-Ministro, é o que o Seguro diz, é o que todos os Seguros querem.
- E até os menos Seguros. Pois! O déjà entendu, o déjà vu de sempre. “Le style c’est l’homme”, disse um tal Buffon. No nosso caso, “c’est la nation-même”. Qualquer um que queira ir para lá, para o Governo, é assim que dirá: “Eu quero ser Primeiro-Ministro”. E logo os do Governo ironizam contra as pretensões dos tais, esquecidos do que com eles se passara, os da oposição aliam-se, prontos para atacar quando estes lá chegarem. De momento, atacam os que lá estão.
- Só conversa! -
proclama a minha amiga, completamente céptica. - Ninguém tem soluções. Ninguém, ninguém, ninguém! Se houvesse solução, estava o País salvo!
- O que é um facto, é que eu acreditava na seriedade deles. Mas já vi que o discurso do Vítor Gaspar, que aliás nada teve nunca de vitorioso nem de generoso, mas que inicialmente se me afigurou competente, de uma subtileza de seriedade contrastante com a volubilidade farfalhuda dos habituais, não se tem mostrado nada esclarecedor, feito de promessas adiadas, sem explicitação dos motivos sobre o prometido início da nossa ascensão lá para os anos 13 ou 14, em absurdo contraste com o peso brutal sobre as bolsas – as habituais – dos menos dotados, economicamente falando, e as desgraças ascensionais dos que perdem empregos ou os não conseguem adquirir…
- E ninguém conseguiria fazer melhor.
- Não! Mau grado as promessas dos Seguros, candidatos ministeriais que gingam na sua seriedade matreira, a chamar amigos… E tem amigos. Todos os que, esquecendo a situação vilipendiosa a que fomos reduzidos por efeitos, também, da muita desgovernação corrupta anterior, criticam acerrimamente a governação actual, ignorando as contingências internas e as pressões exteriores resultantes de tudo isso e do facto de sermos como somos – dum modo geral pouco escrupulosos.
- Muita sorte ainda se o FMI não nos abandonar…
- Parece que ainda não abandonou.
- Rezemos para que não abandone.
- Oremus!

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