quarta-feira, 30 de novembro de 2022

«Mudam-se os tempos


Mudam-se as vontades», pois claro. Contra a força da passividade e da negligência há aceitação, não resistência, salvando-se por vezes uma ou outra “mulher de armas”, como MARIA JOÃO AVILLEZ, apta também na explanação das suas verdades…

Dr. Soares não lhes perdoe porque eles sabem o que fazem

“Fracturante” o 25 de Novembro? Inventou-se outra história. Mas não há outra história. Há a que houve. Eu estive lá. Vi tudo, escrevi sobre tudo, lembro-me de tudo.

MARIA JOÃO AVILLEZ

OBSERVADOR, 30 nov 2022, 00:22

1Há dias estive num debate na Biblioteca Municipal Verney, em Oeiras, por ela promovido – e também difundido on line – a debater o 25 de Novembro. “Os ânimos estão exaltados” afirmava sorrindo alguém da casa, ao olhar o écran do computador, antes do início da sessão.

Na sala não se exaltaram, pelo contrário, foi uma interessante, fundamentada, fluida, conversa; no país, sim, há ânimos exaltadíssimos. Legitimando essa exaltação com falsidades históricas – tão longe da realidade que a própria História terá muita dificuldade em contemplá-las. Quem havia de dizer que quase cinquenta anos depois, num salto (mortal?) enviesadíssimo e pouco sério, as esquerdas se iriam apoderar politicamente de Abril de 74, para lhe capturar o exclusivo da data e da glória? Evoco toda a esquerda naturalmente, com o PS de António Costa a caucionar hoje o inimaginável apagamento do próprio fundador da democracia portuguesa (e do PS…): exit Mário Soares. Como é possível? Não fora ele e toda de gente que se lhe juntou nesse tal 25 de Novembro hoje tão exaltadamente proscrito e não havia 25 de Abril, entendido no seu propósito inicial. (De resto também não há Spínola, como se o seu livro “Portugal e o Futuro” não tivesse tido uma importância fulcral no próprio 25 de Abril!).

A caminhada até Novembro – a bem dizer até 24 de Novembro – assustou, demorou, doeu, custou. Mas sem essas estações, nunca teria havido o parto da Democracia, nem o selo de autenticidade desse “valeu a pena”, que agora esvoaça por aí…ao contrário: foi cancelado. Com um pretexto batoteiro: a transformação da data de 25 de Novembro de 75 num combate da direita contra esquerda, (ah Dr. Soares olhe que sim, eles sabem o que fazem).

2Inventou-se assim virulentamente outra história. Mas não há outra história. Há a que houve. Estive lá, vi tudo, testemunhei, anotei, escrevi. Não esqueci nada: o que vivi foi o longo, sobressaltado e duríssimo combate do país liderado pelo PS com Mário Soares à frente, contra uma alucinante e alucinada minoria de divididos revolucionários, comunistas e extremistas. Desordenadamente ocupados em desviar o curso das águas postas a correr em Abril em 74, como se desvia o curso de um rio. De um lado a legitimidade democrática já certificada pelo voto por milhões de portugueses. Lembremos a propósito: mais de noventa por cento dos portugueses tinham livremente escolhido ir às urnas nesse Abril de 75. Cifra absolutamente extraordinária e obviamente irrepetível com a qual milhões de votantes julgavam ter trancado de vez as portas da revolução. Minuto a minuto porém ela subia de tom e de grau: nacionalizações, prisões sem culpa formada de centenas de pessoas; o parlamento cercado; um governo em greve; os “SUV” (“soldados unidos venceremos”) à solta, o “poder popular”, as betoneiras da “cintura industrial”; o Copcon, a FUR, as “manifs”, “as armas em boas mãos”, os “plenários”, a “vigilância revolucionária”, a ameaça da “comuna de Lisboa”, a guerra de ameaçadores comunicados&documentos assinados ora por militares comunistas, ora da extrema-esquerda. E last but not least, Soares a chamar Sá Carneiro e Freitas do Amaral para o acompanharem com armas e bagagens partidárias numa operação política de “mudança” para o Porto. Onde por sinal havia um indivíduo militar chamado Corvacho que num quartel que lhe estava confiado, se entretinha com execuções sumárias “a brincar”. (Nesse mesmo Porto onde há dias o seu presidente da Câmara, Rui Moreira, fez uma intervenção na “Festa da Liberdade”. Porventura menos como autarca da cidade e mais como filho que viu o seu pai ser preso sem culpa formada e mantido incomunicável por longos dias de arbítrio revolucionário. Coisas que não suportam a conveniência da revisão histórica em curso.)

3Chamar hoje a isto um combate da direita contra a esquerda é uma manipulação indecente, um insulto aos portugueses, uma traição à memória. E claro, uma extraordinária menorização do papel de Mário Soares nesta caminhada (como irão sair dessa?).

Soares não estava sozinho. Nem poderia. Há muito que a linha “justa” do MFA liderada por Melo Antunes e conhecida pelo Grupo dos Nove, vinha amparando e legitimando as “tropas” civis do então líder do PS. O exercício foi laborioso (o general Tomé Pinto recordou-o com a viçosa memória dos seus oitenta e seis anos, no final do debate de Oeiras): havia que tecer a unidade e lograr a total sintonia das cúpulas militares moderadas com as chefias partidárias: nenhuma delas faria nada sem a outra. Foi assim que após ter conspirado com ingleses, americanos, alemães; diplomatas, eclesiásticos de vários graus, socialistas, social-democratas, centristas e povo em geral, Soares arrancou para a Fonte Luminosa, com Portugal atrás. Não era qualquer um que o faria. O país pôs-se em sentido atrás dele. Era imprescindível responder àquela chamada.

O cancelamento do 25 de Novembro não é de hoje – não consta por exemplo dos manuais de história que se ensinam na escola pública. Foi semeado, depois vibrantemente adubado e agora é oficial. Tornou-se oficial: “é uma data fracturante” disse há meses Pedro Adão e Silva ainda só cidadão multicomentador, quando então se iniciava no exercício dascomemorações do cinquentenário de Abril de 74. Depois foi de supetão ocupar-se “da” Cultura – mas a frase ficou desfraldada ao vento do tempo: o 25 de Novembro foi “fracturante”. (Ah bom? E o 25 de Abril? Haverá data, dias, horas, mais fracturantes?)

E assim estamos. O 25 de Novembro não passará: é reacionário. Oportunisticamente manipulada a data, em vez de nacional, é reaccionária. Eles que me venham dizer isso a mim.

4Ah Dr. Soares não lhes perdoe porque eles sabem o que fazem.

25 DE NOVEMBRO   PAÍS

Saber viver

 

É fundamental. Tolos os que caem na esparrela dos discursos do bem-fazer por conta de outrem. Mas o “Avante” e as suas festas provam a harmonia que ali reina e promete continuar, o capitalismo só atacado, pelos chefes, nos que o praticam a descoberto. Joracy Camargo e o seu “Deus lhe pague” da mendicidade humilde e sabedora, fundamental noutros casos, não neste, de jogo, plutôt, atacante do cinismo alheio, no discurso virtuoso por conta própria. Contradições na matéria dos cinismos, mas ainda há mais, se bem pesquisarmos. Mas um autêntico achado esta pesquisa de JOSÉ DIOGO QUINTELA.

Das Kapital, sempre! Descapitalizar, nunca!

O PCP é tão bem gerido que tinha lugar num daqueles índices bolsistas. Podia perfeitamente ser a empresa estrela do PSICOPATA-20.

JOSÉ DIOGO QUINTELA Colunista do Observador

OBSERVADOR, 29 nov 2022, 00:2014

Estive a fazer contas e reparei que há quase 6 meses que não me alivio aqui de um pouco de anti-comunismo primário. É imenso tempo. De vez em quando, convém vazar o caixote de anti-comunismo, não vá o mais antigo começar a encrustar-se nas paredes. Depois só sai com aguarrás. Confesso que não percebo esta minha preguiça em fazer pouco de comunistas. É capaz de ser fastio. Há demasiadas razões para ser anti-comunista e eu pareço uma criança no corredor de bolachas de um supermercado (num país não comunista, claro). É tramado escolher. Por exemplo, como estamos em Novembro, posso recordar algumas façanhas do comunismo que se comemoram neste mês, como a Revolução Russa (um sucesso!), o Holodomor (idem!) ou o 25 de Novembro (não correu tão bem na altura, mas agora diz que évintage). Além dessas efemérides, há a recente nomeação de Paulo Raimundo para vencedor das eleições para Secretário-Geral, a que se juntou a polémica em torno da sua biografia e do uso do termo “operário” para descrever um “burocrata” – o que, francamente, só escandalizou quem ainda não tinha percebido que o PCP também usa “operação” para “guerra” e “democracia” para “Coreia do Norte”.

No frenesim mediático a que Paulo Raimundo teve de se submeter para passar de “aquele desconhecido careca que é o novo boneco de ventríloquo da Comissão Política do Comité Central” para “aquele careca chamado Paulo que é o novo boneco de ventríloquo da Comissão Política do Comité Central”, destacou-se esta afirmação, no podcast Perguntar não ofende: “Não temos qualquer país capitalista no mundo, desde o mais pequeno ao maior, que tenha tido o objectivo concretizado de acabar com a fome. É um facto. A China, independentemente da forma como olhamos para ela, este objectivo foi traçado e foi concretizado”. Foi uma declaração que mostrou as dificuldades que Paulo Raimundo, com pouca experiência em lidar com a comunicação social, ainda tem em fazer-se entender. Houve quem achasse que Paulo Raimundo tinha dito que não havia fome na China, o que é uma crítica injusta, pois nem o mais aldrabão dos comunistas seria capaz de tentar impingir essa peta. Obviamente, o que Paulo Raimundo pretendia dizer era que a China acabou com a fome, no sentido em que já não a utiliza como ferramenta política. Essa já é uma declaração aceitável. De facto, há algum tempo que o PCC não mata de fome propositadamente. Até porque agora dispõe de outros meios mais discretos. No, fundo, a China não acabou com a fome. Deixou foi de causar a fome. Paulo Raimundo vai aprender a navegar estas subtilezas semânticas que são a base da comunicação do marxismo-leninismo.

Porém, se tiver de eleger um predilecto, não é nenhum destes temas que hoje anima o meu anti-comunismo primário. É antes esta notícia do Expresso, de dia 18:“Cortes de pessoal ajudam finanças do PCP”.

Trata-se de uma notícia tão favorável para o PCP, que podia perfeitamente estar no caderno de Economia. Começa logo pelo título. “Cortes de pessoal ajudam finanças do PCP” é jargão financeiro para o habitual estribilho “o capital expropria o trabalho”. Só que, desta vez, apresentado como aspecto positivo. Depois, logo a abrir, somos informados que “o PCP gastou, no ano passado, €2,6 milhões para pagar os salários dos seus funcionários, o que representa uma quebra de 17% face ao ano anterior”. Ou seja, o PCP está a despedir gente. Por outro lado, “(…) foi também graças a esta redução que as contas do PCP apresentaram, em 2021, um recorde estatístico e um saldo positivo de €1,6 milhões”. Ou seja, o PCP está a despedir gente e isso é muito bem jogado. Incrível. Está explicado porque é que o patronato nunca votaria nos comunistas para liderarem o país: os patrões querem os comunistas livres de incumbências, para os poderem contratar para as suas empresas. Uma companhia gerida pelo camarada responsável pelas contas do PCP não só dá lucro, como não tem contestação laboral.

O máximo que se ouviu a um funcionário do PCP foi, curiosamente, ao próprio Paulo Raimundo, na RTP, a lamentar o que o aumento da prestação da casa vai fazer ao seu orçamento doméstico. Recorde-se que o salário de um colaborador do PCP anda à volta dos 750 euros líquidos. Quer dizer, na realidade é um pouco menos. Segundo o Expresso, “Este ano, o partido vai mais longe e propõe, «com a mesma audácia e confiança», que os militantes entreguem «um dia de salário ao partido», a somar à quota habitual que já pagam (e que tem como referência 1% do ordenado), mais a contribuição sindical (com o mesmo valor de referência) e a obrigatória assinatura do «Avante!», que custa €64 por ano ou €65 para quem preferir a versão digital.” Ora, se um dia de salário são 34 euros (750 euros a dividir por 22 dias úteis), 1% do ordenado são 7,5 euros e a assinatura do Avante! vale 5 euros por mês, tudo somado dá 46,5 euros. Logo, na realidade, um funcionário do PCP, responsável por andar a entregar panfletos a exigir o aumento do salário mínimo para o valor digno de 850 euros, acaba por receber uns indignos 703,5 euros. Conseguir que um funcionário funcione assim é uma medida de gestão que tem de ser ensinada num daqueles MBA caros na Nova School of Business and Economics and Stuff. O CFO do PCP devia andar a fazer palestras sobre liderança motivacional. Se pensar no dízimo que pode sacar dos cachês, de certeza que o Partido não se opõe.

A mestria da gestão comunista também se vê nestes indicadores económicos: embora a redução da despesa com funcionários entre 2005 (primeiro ano da liderança de Jerónimo) e 2021 tenha sido de 41% (de 4,5 para 2,6 milhões de euros), a redução do património global do PCP no mesmo período foi de apenas 19% (de 23,3 para 18,7 milhões de euros – atenção, que estes valores são aquelas ninharias que aparecem na factura do IMI, nem sequer são os valores que se obtêm no mercado. Na realidade, estes 18 milhões devem ser alguns 180 milhões que o PCP tem em prédios). O que quer dizer que, sem levantar ondas, o PCP foi mandando malta para a rua em vez de descapitalizar um bocadinho só para preservar postos de trabalho. Aqui se vê o génio dos comunistas. Mantêm a fortuna ao mesmo tempo que correm com empregados – que, ainda por cima, são famosos por serem particularmente contestatários. Por exemplo, bastava o PCP vender um imóvel por 750 mil euros (valor patrimonial de 100 mil euros), ainda ficava com muitos milhões, e só essa operação dava para pagar a 71 funcionários durante um ano. Era muito giro, mas o que é que o Partido ganhava com isso? Assim, consegue fazer o mesmo trabalho com menos gente e, ao mesmo tempo, aumenta o número de desempregados para poder atirar à cara do Governo. É juntar o útil ao agradável.

O PCP é tão bem gerido que, se quisesse, tinha lugar num daqueles índices bolsistas, tipo NASDAQ-100 ou S&P-500. Podia perfeitamente ser a empresa estrela do PSICOPATA-20.

PCP  POLÍTICA

COMENTÁRIOS (de 14):

Fernando Cascais: A brincar, a brincar, o macaco não sei o quê, não sei que mais. Assim está o caríssimo José Diogo Quintela com o PCP. A brincar a brincar mas com verdades claríssimas como a urina de quem bebe 4 litros de água por dia. Faltou esmiuçar a política dos IMI’s, que por alguma razão é apenas entendida pelos deputados da AR, que a isentaram de pagamento pelos partidos políticos. A ideia inicial - digo eu - seria permitir a sobrevivência existencial e económica dos partidos políticos, e, assim, não serem corridos da sua própria sede pela AT por não pagarem a tributação autarca, o que seria algo devastador para a sua imagem. O PCP, no seu papel de empresário de charuto cubano nas beiças, fato cinzento às riscas com colete e respectiva corrente para o relógio de bolso, viu aqui uma oportunidade de oiro para construir património. Com a ajuda do dízimo e subvenções do estado foi adquirindo património, e hoje, não se fica atrás em património imobiliário de nenhum dos nossos capitalistas de primeira linha. Agora a sério 1: que os partidos estejam isentos de pagar IMI das suas sedes principais é uma coisa, agora que aproveitem a medida para fazer negócio é outra ao estilo das peculiares subvenções vitalícias. Agora a sério 2: mais uma crónica excelente do Diogo Quintela, como já é habitual.                   Luis Freitas O PCP não passa de um partido político imensamente pior que os partidos fascistas pois é um partido político nazi-estalinista que defende ditaduras sanguinárias , em relação aos trabalhadores portugueses o PCP é um excelente exemplo de como escraviza os seus funcionários com salários de miséria e ainda lhes saca 1% do salário para pagar as quotas de filiação no partido. É do mais ordinário e hipocrisia que há,  ver o PCP a dizer que defende os trabalhadores portugueses do pratonato.:                     João Floriano: Excelente! «Assim se vê a força do PC» uma palavra de ordem muito gritada ao descer a avenida, pode ser substituída por «Assim se vê a hipocrisia do PC». Mas já o Bloco tinha feito ou anda a fazer algo parecido. A esquerda é impagável, mas há gente que ainda vai na conversa.

 

terça-feira, 29 de novembro de 2022

A bola de neve

 

Inútil mais esta achega, mas fica-nos sempre o prazer de sentir que, no meio do desconforto de uma progressiva “moralidade” que no fundo tem a ver com a perda de valores e de respeito para com o que nos ficou de construção pátria passada, disfarçada no presente em apego, apenas na altura dos jogos inter pares, que jogadores das mais diversas origens fingem estimar por alturas do hino nacional – fica-nos o prazer de ler textos que denotam a boa formação, não necessariamente religiosa, mas decididamente apoiada numa formação moral que nos encanta, antes que chegue a nossa vez de decidir sobre a nossa escolha de partida. Bem-haja, pois, às corajosas “Raquel Abecasis” destes tempos de tanta parcialidade clamorosa na “virtude”, e de arrogância e inapetência no estudo sério, que escondem uma real imoralidade imponente e pomposa, neste país sem direito a isso, por ausência de maturidade intelectual que se preze.

EUTANÁSIA: sabemos como começa, nunca   como acaba

Queiramos ou não, abrir a porta à Eutanásia conduz-nos inevitavelmente à tentação de valorizar alguns, descartando outros.

RAQUEL ABECASIS Jornalista e ex-candidata independente pelo CDS nas eleições autárquicas e legislativas

OBSERVADOR, 29 nov 2022, 00:17

Há coisas na vida que a vida desconhece. E a primeira delas é a origem da vida, o seu curso e o seu fim. É por isso que entendo que decidir sobre a nossa vida ou a vida dos outros é algo que nos deve estar vedado. Decidir sobre o que nos foi dado de mais precioso e que em grande parte desconhecemos é, no mínimo, brincar com o fogo.

Numa época em que discutimos a sustentabilidade e o destino do planeta. Em que nos preocupamos com direitos humanos e inclusão, defendendo que todos devemos ser respeitados tal como somos, porque todas as vidas podem e devem ser respeitadas, é anacrónico avançarmos para legislar sobre um suposto direito que não nos pertence: o direito de dar ou tirar a vida, o direito de decidir sobre a utilidade do tempo de vida que, insisto, não depende da nossa decisão, mas de factores que não controlamos.

Portugal é um país pobre e desigual. Cada vez mais pobre e cada vez mais desigual. Todos os dias nos chegam indicadores de como estamos mais dependentes de ajudas externas e mais incapazes de dar resposta aos nossos problemas. Dos mais básicos (como o acesso à saúde), aos mais complexos (como criar condições para que este país se desenvolva economicamente). É num país assim, com quarenta por cento da população em situação de pobreza, que nos preparamos para abrir uma porta enganadora. Em que a antecipação do final da vida pode facilmente surgir como a solução mais fácil para os próprios ou para terceiros.

Bem sei que a lei da Eutanásia que se prepara para ser aprovada no Parlamento é uma lei supostamente cautelosa e restritiva. Mas também sei, e é fácil comprovar (basta estudar os exemplos onde esta lei está em vigor, como a Bélgica ou a Holanda), que o que começa com pequenos passos, rapidamente evolui para outros caminhos. Até porque haverá sempre outros grupos, que não serão abrangidos por esta primeira versão da lei, que exigirão os seus direitos mais tarde ou mais cedo.

A Eutanásia está para uma sociedade, como a utilização de armas atómicas está para o mundo: sabemos como começa, desconhecemos por completo como termina. Sabemos apenas que termina mal, muito mal, sem que haja uma previsão de quem se salva e como se salva.

Tenho fé e a certeza de que a vida é sagrada, seja em que estádio for do seu desenvolvimento. Mas acho que não é preciso ter fé para reconhecer que a vida não é um bem que esteja ao nosso dispor, por isso mesmo o direito à vida é um direito protegido constitucionalmente nos quatro cantos do mundo.

Esta semana, os defensores das grandes causas modernas da actualidade, em nome dos direitos humanos, vão aprovar uma lei que põe em causa o principal direito humano consagrado internacionalmente: o direito à vida. Entendo que na fúria de garantirem todos os direitos e todas as liberdades, os promotores desta lei estejam convencidos que estão a dar mais um passo em direção a uma sociedade de progresso. Tenho pena que a sua sede progressista os impeça de estudar a sério o que se está a passar nos países, raros, em que esta lei está em vigor. Se o fizessem perceberiam rapidamente que esta lei é inibidora da liberdade de muitos e contribui para uma sociedade em que a vida é cada vez mais avaliada pela sua utilidade aparente, deixando de fora todos os que não encaixam nesse cliché. Queiramos ou não, abrir a porta à Eutanásia conduz-nos inevitavelmente à tentação de valorizar alguns, descartando outros.

PS: A revolta dos papéis brancos que por estes dias se desenvolve na China prova como, por mais elaborados que sejam os sistemas políticos, não é possível controlar o homem e a sua liberdade. Na mesma altura em que Xi Jinping se autoconsagra líder eterno dos chineses, contra todas as expetativas e arriscando a própria vida, milhares de chineses fazem ouvir a sua revolta contra um sistema que os quer controlados e fechados em casa.

Não sei o que será o desfecho desta revolta. Talvez acabe com acontecimentos trágicos como os da praça Tiananmen em 1989. Mas o que os protestos do povo chinês nos dizem é que a liberdade humana é um valor pelo qual o homem está disponível a dar a vida. Do outro lado estão os que preferem tirar a vida para manter o poder.

EUTANÁSIA  SAÚDE  DIREITOS HUMANOS  SOCIEDADE

COMENTÁRIOS:

Fernando Cascais: Direitos: direito à vida, direito à morte. Por que raio é que se deve proibir o direito à morte? Porque, durante centenas de anos, a nossa sociedade foi gerida de acordo com o livro sagrado da Bíblia, de onde saiu, que o suicídio era condenável pelas leis de Deus. Daí, que Marcelo, católico convicto, se opõe à Lei da Eutanásia, e tudo fará para que esta não seja aprovada, incluindo mandar abaixo o governo. A Lei da Eutanásia a ser aprovada durante o mandato de Marcelo, seria a mesma coisa que Marcelo descer aos infernos para discutir bola com o Diabo ou ser corrido do Vaticano à biqueirada quando lá fosse visitar Francisco, o Papa. Agora a sério 1: a Lei da Eutanásia não vai passar, nem o PS a vai levar a plenário para não provocar Marcelo. Agora a sério 2: as manifestações na China também não vão passar, mas, o regime tem um difícil dilema. Se acabarem com as restrições o regime perdeu para os manifestantes. Se agrava as restrições para mostrar a força do poder, o povo pode escolher a eutanásia e as manifestações entrarem numa nova dimensão com o exército a descer às ruas para matar o povo.

 

Concordo


Com a tese sobre a função do pai indispensável na formação e educação dos filhos, tal como a da mãe. Se, de resto, nem sempre tal acontece, justificou-se isso, outrora, pelo domínio da mãe no lar, que foi o espaço da sua visibilidade mor, nesse tempo em que competia ao homem o papel da manutenção das despesas familiares, já lá vão uns bons anos, pois que a inversão desses estatutos, com as políticas de vanguarda provocaram, entre nós, portugueses, contudo, um travão sobre o papel de ambos os pais quando ditado pela apetência de educar com rigidez, o filho, que hoje tem direito a uma actuação de independência democrática, a qual se reflecte, tantas vezes, em impotência perante o excesso de liberdades com reflexos nos espaços escolares, como bem sabemos por cá, onde, para mais, o aumento da concentração escolar dá azo a um teatro cada vez mais generalizado de rebeldia e inapetência pelo trabalho e a disciplina do bom senso.

Mas neste contexto educacional, muitas vezes o pai ausenta-se – cobardemente, julgo, - dessa responsabilidade educativa, por desistência de participar, à medida que o filho cresce e se arroga de liberdades e direitos que não lhe convém enfrentar, preferindo o comodismo da sua própria liberdade, que impõe, sobre a mãe, o estatuto de responsável-mor pela educação – pretexto para acusações de culpa sobre isso de responsabilidade educacional materna, nestes nossos tempos de “passa-culpas” e acusações que nos desresponsabilizam a nós, os acusadores – e não só no caso visado, sobre o papel do Homem na educação dos filhos.

O lugar do pai

Eu não acho que hoje faça sentido falarmos duma função paterna. O amor de mãe e o amor de pai não têm que ser decalcáveis. Eles são indispensáveis e complementares, seja qual for o formato de cada um.

EDUARDO SÁ

OBSERVADOR, 27 nov 2022, 23:09

Pergunto-me, em muitos momentos, qual pode ser, hoje, o lugar do pai dentro duma família. Ele não é, de todo, o “pai tirano” doutras gerações. A referência distante, muito pouco envolvida nos momentos fundamentais do crescimento dum filho mas actuante quando se tratava de “educar”, essencialmente, pelo medo, pela intimidação e pela força. Nem o pai “encarregado de educação” do “poder paternal” que, sem ter os exageros do “pai tirano”, passaria pelo pressuposto que a “lei do pai” seria mais austera e, sempre que necessário, prevalente sobre a “lei da mãe”.

Hoje, o pai já não se barrica no “olhar do pai”, mais agreste, que colocava os filhos, independentemente da idade, mais ou menos “em sentido”. Nem se ancora em expressões como: “precisamos de ter uma conversa!” que traziam uma distância muitíssimo maior entre o pai e os filhos do que aquela que, esse mesmo pai, anos mais tarde, não tem, em relação aos seus netos, enquanto é avô. Conseguindo ser, nessas circunstâncias, ternurento, cúmplice, “fofo” e atencioso como não terá sido quando era “só” pai.

A verdade é que os dois formatos de cuidar que um pai, geralmente, tem enquanto pai e avô, parecem dar a entender que o pai assume, sem dar por isso, uma postura “apagada” em relação ao papel da mãe. E um espartilho de maior distância e de maior contenção, quando se trata de ser “só” pai. A mãe “esganiça-se” mas envolve-se em todos os momentos dum filho. Intervém, opina, exige, repreende e faz questão de ser “uma primeira figura” no crescimento dele. O pai alimenta alguma distância em relação a todas essas tarefas, como se elas fossem para além do seu papel de pai. Coloca-se como “terceiro” na relação entre a mãe e o filho. Alimenta (voluntariamente) a ideia de que será distraído e só intervém “a pedido” ou quando “toca a polícia”. E não contraria quem comenta que só consegue desenvolver uma tarefa de cada vez. Por mais que brinque. Que não esconda a sua bondade. Nem que deixe de intervir, convergindo para uma paridade com a mãe que, em boa verdade, acaba, ainda, por não ter.

Eu não acho que hoje faça sentido falarmos duma função paterna. O amor de mãe e o amor de pai não têm que ser decalcáveis. Eles são indispensáveis e complementares, seja qual for o formato de cada um. Mas se a função da mãe não mudou muito desde há muitos séculos, a do pai parece estar numa certa encruzilhada. Qual é o lugar do pai, hoje? Será dele a autoridade mais relevante? Deverá continuar a ser uma figura mais “apagada” que a mãe? Não deve ser tão paritário em tudo, por mais que os primeiros tempos duma relação mãe / bebé a faça reclamar mais vezes por um vínculo que o pai parece não exigir para si, também? Pode ele ser tão mãe como a mãe, sem deixar de ser “o pai”?

São muitas destas as questões que o pai hoje alimenta, mais ou menos em silêncio. Como se não fosse muito clara a linha que separa o pai que ele  teve do pai que quer ser.

Eu entendo que o pai deve reclamar a paridade não só quando se discute a responsabilidade parental, quando se declara um divórcio. É urgente que ele não deixe de ser tudo o que sente que faz sentido para ele. Homem. Guerreiro. Audaz. Matreiro. Bondoso. Justo. Etc. etc. etc. Sem nunca deixar de reclamar para si um papel e uma função que, atendendo ao lugar do pai ao longo da história, será, hoje, mais aberta. Mais matizada. Mais criativa. Mais inventiva. Mais serena. Mais justa. Mais interventiva. Mais falada. Mais clara. Mais “mãe”. Mas, hoje como antes, fazendo dele a pessoa absolutamente indispensável como só um pai consegue ser.

PAIS E FILHOS  FAMÍLIA  LIFESTYLE

 

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Ridículo até dizer chega!


Tenebroso também. Isto por aqui. E uma analista crítica que o desmonta impecavelmente - implacavelmente: HELENA MATOS.

Qatar volta que estás perdoado: a Roménia vai passar-nos à frente

Há sete anos tomava posse o governo da geringonça. Sete anos depois o país está estagnado. É este o impacto da verdadeira taxa rosa, aquela que o país paga pela governação do PS.

HELENA MATOS, Colunista do OBSERVADOR

OBSERVADOR, 27 nov 2022, 04:33120

“A confirmarem-se as mais recentes previsões de outono da Comissão Europeia, 2024 ficará para a história como o ano em que a Roménia — outrora o mais pobre dos actuais 27 Estados-membros — ultrapassará Portugal no ranking de desenvolvimento económico da União Europeia (UE).” Há 22 anos, no ano 2000, Portugal era três vezes mais desenvolvido do que a Roménia.

Estávamos nós no nosso habitual estado de indignação cósmicadesta vez era o Qatar que nos arrebatava: o Presidente garantia que ia ao Qatar falar dos Direitos Humanos; o primeiro-ministro anunciava ir ao Qatar como se não fosse ao Qatar e, pasme-se, até o ministro da Cultura veio fazer prova da sua vida incógnita anunciando (sem rir, tanto quanto sei) que não vai ao Qatar – quando a Roménia veio desmontar a tenda da grande ilusão: “Os romenos deverão ascender ao 19º lugar deste ranking, com o PIB per capita a convergir para 79% da média europeia. Os portugueses voltarão a cair, para 20º lugar, com um PIB per capita equivalente a 78,8% da média europeia. Os romenos aderiram à UE em 2007, já os portugueses somavam duas décadas de integração europeia e três grandes quadros de apoios comunitários para impulsionar a convergência com a Europa mais desenvolvida.”

Em 2022, a Roménia está a desfazer as ilusões do nosso crescimento tal como anos antes estraçalhara outra das nossas crenças: a do socialismo tolerante. Uma crença particularmente viva em Portugal, o país que em Outubro de 1975, ou seja em pleno PREC, recebeu com pompa e veneração a visita de Ceausescu e da mulher. O casal presidencial romeno foi instalado no Palácio de Queluz. Os hábitos autocráticos da comitiva romena causaram algum desconcerto nos bastidores mas nada que comprometesse o enorme deslumbramento que rodeava aqueles representantes do que se considerava e dizia ser uma sociedade quase perfeita. Quando em Dezembro de 1989 o comunismo caiu na Roménia tornou-se evidente que a versão idílica deste país, que tanto inebriara o Ocidente, não passava de uma grotesca mentira: tudo era pavoroso desde a execução de Ceausescu e da mulher, à pobreza da população e às imagens aterradoras dos orfanatos cheios de crianças.

Agora, em 2022, a Roménia vem mostrar-nos como continuamos a correr atrás de ilusões. Só que agora as ilusões não estão lá longe, nessas terras em que os amanhãs cantavam, mas aqui. Aqui, nos slogans com que mascarámos a nossa crescente mediocridade: era o SNS que era o melhor do mundo; a escola pública que estava ao nível das melhores, senão nos resultados, pelo menos nas intenções; a segurança que era inquestionável; a democracia, pelo menos exemplar…

Agora que os slogans, quais varinhas de condão sem feitiço, não funcionam, chegou o momento de criar factos, que é como quem diz, anunciar mais conquistas. Invariavelmente conotadas com o progresso, estas auto-denominadas conquistas têm como função não resolver os problemas mas sim criar ruído em torno deles (e também dar empregos a uns comissários, mas esse é outro assunto). Veja-se o caso da badalada taxa rosa. Em termos práticos a coisa conta-se assim: o PAN conseguiu que o PS incluísse no Orçamento do Estado de 2023 um estudo sobre as diferenças de preço que os compradores masculinos e femininos enfrentam ao comprar produtos com características semelhantes. Estão portanto o PAN e o PS preocupadíssimos com a diferença de preço dos desodorizantes, pois se tiverem escrito Homem serão mais baratos do que se tiverem escrito Mulher. Outra questão que atormenta estes dois partidos é o facto de as lâminas descartáveis cor-de-rosa serem mais caras que as outras (porque entenderão o PAN e o PS que são apenas as mulheres quem compra as lâminas cor-de-rosa?) Ora ao mesmo tempo que se anuncia este estudo, este problema, esta discriminação (leia-se necessidade de regular, de legislar, de proibir…) na temática crucial das lâminas cor-de-rosa, as grávidas portuguesas vêem ser-lhes negadas as mais elementares condições de segurança: não só os blocos de partos passaram a funcionar de forma irregular como se equaciona dificultar o acesso das mulheres às urgências de obstetrícia, ginecologia e bloco de partos, alegando-se que as grávidas usam muitas destas consultas de forma indevida, o que assim dito é uma barbaridade. (Como é que uma grávida sabe se está ou não a ir indevidamente à urgência e se não indo pode ficar à espera que o centro de saúde abra e aí seja observada – sabe-se lá quando! – numa consulta onde muito provavelmente não vai estar nenhum obstetra ou ginecologista?)

A insegurança crescente que rodeia a gravidez e o parto é um tema gravíssimo mas por isso mesmo aquilo que o governo quer que discutamos é a parvoíce da taxa rosa sobre as lâminas e os desodorizantes e também o “impacto da menstruação na saúde e na qualidade de vida em Portugal”, assunto que será objecto de um estudo (outro!), este da iniciativa do Livre. Acabaremos a discutir o espirro numa perspectiva de género. Quanto à realidade dos partos propriamente ditos é que não.

Haverá sempre um assunto da agenda progressista a ser atirado para a praça pública no momento em que a realidade expõe o falhanço da governação socialista: as carruagens da CP estão sobrelotadas, as estações transformadas em urinóis e as perturbações de circulação são constantes? Nada como anunciar o fim do planeta, o fim do uso do automóvel e obviamente mais estudos. Neste OE o Governo comprometeu-se a estudar a mobilidade “flexível, polivalente e ecológica”. Coisa que em si mesma não quer dizer nada mas anima muito, sobretudo se tivermos em conta que nesta semana que agora começa já temos uma greve da CP anunciada, veja-se lá a coincidência, para a véspera do feriado.

E como iremos nós discutir a intervenção de António Costa e de Mário Centeno no processo de venda do Banif quando, como veio anunciar o “ministro da Cultura que diz que não vai ao Qatar apesar de ninguém contar que ele fosse”, temos a temática da devolução de património às ex-colónias?

Não interessa o que se discute. O que importa é que não se discuta a verdadeira taxa rosa ou seja aquilo em que o PS transformou Portugal. E que é estarmos a ficar para trás. Valha-nos a Albânia, que a prosseguirmos neste caminho também nos passará à frente.

ROMÉNIA   EUROPA   MUNDO   CRESCIMENTO ECONÓMICO   ECONOMIA   GOVERNO  POLÍTICA

COMENTÁRIOS (De 120):

Manuel Joao Borges: dra Helena matos, dos melhores textos q já li. Obg                 José Pedro Correia: Obrigado.              Xico Nhoca: De um partido que já nos atirou para a bancarrota 3 vezes não se poderia esperar nada melhor que o actual desempenho. Muito curioso é o facto de um partido com tal palmarés ainda ter quem vote nele e maioritariamente nele! Só de um povo abstruso se pode esperar um tal comportamento.            Rui Lima: Como eram pobres os ex-países comunistas eu vi. Nenhum tipo de socialismo criou riqueza todos os países se tornaram mais pobres , a história da Suécia devia merecer espaço no Observador  muitos pensam que foi a social democracia que criou a riqueza, nada de mais falso foram políticas liberais que os tornaram  imensamente ricos,  era o país com menos impostos .São políticas liberais que tiram os países da pobreza . Enquanto o Observador não o faz deixo alguma informação : A Suécia era incrivelmente pobre e faminta ,  no norte do país, em Angermanland, misturavam cascas de árvore ao pão para amenizar a fome , as políticas liberais tornaram-na rica . Foi Chydenius quem construiu a visão do liberalismo para a Suécia e foi onze anos antes d’”A Riqueza das Nações“, de Adam Smith. A sua visão da economia ainda hoje seria muito útil a Portugal: “Todo o indivíduo deve espontaneamente tentar achar o seu lugar, se as leis não o impedirem de o fazer . Todo o homem busca seu próprio ganho. Essa inclinação é tão natural e necessária que todas as comunidades do mundo devem ser fundadas neste princípio. De outra forma, leis, punição e recompensa não existirão. O trabalho que tem o maior valor é sempre a mais bem pago, e o que é mais pago é o mais desejado. Isso permite a um sueco exercer o maior e mais prezado direito que a Natureza do Todo-Poderoso lhe deu, como apoiar a si mesmo no suor de sua testa da forma que ele achar ser a melhor. Isso tira toda a preguiça dos ombros daqueles que, graças a seus privilégios, podem agora dormir dois terços de seu tempo de forma segura. Todos os expedientes para viver sem trabalhar serão removidos e nada, senão os diligentes, poderão viver bem.” Não foram políticas socialistas que tornaram a Suécia um dos países mais ricos do mundo. Quando a Suécia se tornou rica, ela tinha uma das economias mais abertas e desreguladas do mundo, e os impostos eram mais baixos que os dos Estados Unidos e da maioria do Ocidente. Os sociais democratas mantiveram a maioria das políticas intactas até os anos 70, quando eles pensaram  – a riqueza sem precedentes, forte ética do trabalho, força de trabalho educada, indústrias mundiais de exportação e uma burocracia relativamente honesta eram tão estáveis - que  eles pensaram que  poderia taxar, gastar e montar um generoso sistema de bem-estar social que fosse do berço ao túmulo sem proteger a economia. Nos anos 90 foram à falência .               Maria Tubucci: Certo HM. O governo faz o que faz porque tem uma comunicação social subserviente e dócil, que segue a voz do dono, não informa, só manipula. Isto só mudará quando houver uma revolução na comunicação social, que a torne exigente e que faça um verdadeiro escrutínio das atividades do governo. Reparem. Temos o Sócrates que estoirou 70 mil milhões de euros temos o Passos que tirou o país da bancarrota, quem é que a comunicação social crucificou? Temos Miguel Alves que deu trezentos mil euros e temos o Pedro Nuno Santos que queimou na TAP 4 mil milhões de euros dos portugueses, dois seres nocivos, e com quem se indignou mais a comunicação social? No nosso país a turba social, comunicação social, soltará sempre Barrabás! Uma LUSA serve para quê? Cantar hossanas aos socialistas e bajular a restante esquerda, cuja escrita só transmite a sua opinião, nunca informação clara e objetiva. Para quando uma FOX, para ridicularizar esta trupe toda. Assunto não faltará, temos: a treta da taxa rosa; os 6% de IVA nas bicicletas, um produto de primeira necessidade, sem dúvida; dezenas de linhas de TGV, no papel, na realidade temos sucata espanhola revestida a amianto e paga a preço de TGV. Prometeram um SNS de primeira, os portugueses têm esperas 14h nas urgências, as portuguesas da fronteira são mandadas parir em Espanha. Além disso, o governo também prometeu um médico de família para todos os portugueses, onde é que eles estão? Como sempre, a comunicação social não viu nada! A falta de escrutínio da comunicação social já vem de longe, desde o tempo do Guterres, no tempo do Cavaco, as propinas eram de 15 contos, quando entrou o Guterres passaram para 50 contos. A paixão do Guterres deu em traição, tal como tudo nos socialistas, que seguem a máxima, a melhor maneira de calar alguém é prometer-lhe tudo. A comunicação social viu alguma coisa? Nada! Além disso, temos o PR que, há uns meses atrás, prometeu que as taxas de juro não iriam subir nos próximos 2 anos e que a inflação era transitória. A comunicação social alguma vez se preocupou em perguntar, com base em quê o PR fazia estas afirmações? E que dizer dos sem-abrigo, que o PR disse que deixariam de existir, no final do primeiro mandato. Também a comunicação não viu nada! Muito mais haveria para escrever.                  Antonio Marques Mendes: O atraso Português em relação à Roménia choca-me pessoalmente pois visitei a Roménia em 1991 em representação de uma organização internacional numa altura em que ainda se discutia o que fazer ao palácio do Ceausescu e o banco central começava a dar os primeiros passos na criação de um mercado cambial. Regressei a Portugal em 1998 e tenho seguido com crescente exasperação a estagnação pelos socialistas de Guterres. Concluída a fase do saneamento e obras similares os fundos estruturais só têm contribuído para perpetuar a oligarquia rentista que tomou conta do país a partir de 1995. Será preciso uma nova revolução para libertar o país? Não vejo outra saída pois conheço bem o PS e o PSD e não me parece que sejam capazes de arrepiar caminho.             José Monteiro: Vamos ao que interessa Ranking da bola Portugal - 9   Roménia - 53           Luis Miguel: Obrigado HM. Por saber que alguém pensa e escreve o que eu sinto.              Adriana Cardoso > Adriana Cardoso: Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada. A Revolta de Atlas Ayn Rand:                 Maria Clotilde Osório > Rui Lima: Tentar é uma obrigação; conseguir, nem sempre. Gosto de ler os comentários porque me fazem acreditar que ainda há portugueses que conseguem ver o essencial e não se ficam pelo acessório. Que trabalham e lutam e falam. Enquanto assim for ainda haverá esperança para o futuro deste país. Foi com tristeza que ontem tive de "dar a bênção" a uma filha de 26 anos (mestrado em Gestão e a trabalhar numa grande multinacional, não financeira, em Portugal) que me comunicou que vai emigrar por uns anos para aceitar uma proposta de emprego na .... Roménia.                    Pedro Campos: Excelente! A taxa rosa que os portugueses pagam porque querem vai atirar Portugal para a cauda da Europa. A Albânia irá ultrapassar-nos no rendimento per capita. É uma questão de tempo se os portugueses não acordarem e porem o PS na RUA!               Hipo Tanso: Talvez o meu último comentário (a Direcção do Observador que me pergunte a razão de ser talvez o último comentário): O PS voltará a ganhar em 2.026 se entretanto não formos capazes de invadir as redacções de TVs e jornais portugueses e expulsar a canalha militante pró-comunista que se encarrega de manter no poder quem a subsidia/compra e se "borrifa" para todos nós.          mais um: Portugal sem turismo fica atrás da Coreia do Norte               Fernando Cascais: Os romenos são mais novos (demograficamente) que nós, têm o dobro da nossa população e um território quase três vezes maior. Além disso, a taxa de fecundidade também é superior à nossa (1,6 versus 1,4). Estes dados são importantes, porque, são determinantes para as possibilidades futuras de crescimento de um país. Portugal neste aspecto está condenado. Não pela necessidade de mais população, mas, pelo envelhecimento dos portugueses. Uma população cada vez mais vulnerável e dependente do apoio do estado. Este facto condiciona, e de que maneira, as políticas de desenvolvimento do país, ainda por cima, num país socialista com tendência a ser estatizante. Além disso, se não existem jovens suficientes para a repovoamento e os mais velhos tendem a desaparecer, dentro de duas ou três gerações o crescimento populacional em Portugal terá uma taxa negativa significativa. Um segundo problema, ou talvez não, é a gentrificação da nossa população e também a gentrificação da nossa cultura. Na minha zona, Cascais, o peso da comunidade estrangeira (incluindo brasileiros, que também são estrangeiros , obviamente) deve rondar valores de 30% ou mesmo 40%, valores que atribuo pela minha vivência e não por dados estatísticos. Vou passear o cão e está cheio de estrangeiros a passearem o cão (vivem cá, como é óbvio), uma corrida social pela natureza (hoje há uma) e mais de metade são atletas estrangeiros. Nos restaurantes já há mais estrangeiros que portugueses e as habitações com mais qualidade são quase todas adquiridas por estrangeiros. Mas parece que não é apenas Cascais, a gentrificação populacional do nosso país está a espalhar-se para todo o lado.O problema é que muitos dos novos habitantes de Portugal, à excepção dos impostos de compra da casa (IMI, IMT, Imposto Selo, etc.) não pagam mais nenhum imposto aqui em Portugal, mas, gozam e bem, as nossas estradas, as ciclovias, os passeios marítimos, os trilhos e todo o espaço público que é construído e paga pelos nossos impostos, incluindo o que resta do nosso SNS. Isto pode parecer um comentário xenófobo, mas não é. É uma realidade contra a qual nada podemos fazer. É uma fatalidade do nosso destino. Mesmo os filhos dos estrangeiros que escolheram Portugal para viver, acabam por sair quando chega a altura de começarem a trabalhar e a ganhar dinheiro. Estamos mesmo condenados a um extermínio semelhante ao que os russos querem fazer na Ucrânia, só que em Portugal, felizmente, a guerra está a ser feita pela gentrificação e pela demografia.               Pontifex Maximus: Dentro de cinco anos seremos os mais pobres da Europa e de dez os Mais pobres do mundo. Basta fazer o habitual: votemos como até aqui que o Costa fará o resto, até ser compensado com um cargo inútil na Europa, tal e qual como o outro fugitivo que mergulhou a fundo o país na crise em que estamos. Esta coisa da taxa Rosa, de que ouvi falar pela primeira vez com o elucidativo debate do Orçamento do Estado, diz bem do que é a realidade política no país das causas fracturantes mas incapaz de tratar dos velhos e dos doentes: se as lâminas azuis e rosas são iguais e fazem o mesmo mas estas são mais caras que aquelas, por que razão as mulheres não compram as azuis e pagam o mesmo que os homens? A prazo, a Gillete deixará de as fazer as cores             Pedro Caetano: Tudo verdade! Parabéns! E ainda nos faltam 4 anos desta espécie de socialismo/ comunismo! Estamos bem entregues!                   M L: Estavam a pedir para o Banco alimentar num hiper por onde passei. E pensei: Muitos dos q precisam desta ajuda votaram neste estado de coisas, e votariam neste mesmo momento...              João Ramos: Este país se não fosse uma tragédia era uma anedota…               hermes trimegisto: Desditosa Pátria que é governada por tais energúmenos...                    José Vaz: Muito bom não é por acaso que é uma das melhores cronistas deste jornal com uma lucidez e sarcasmo fora de série, já há 2 dias que ando a dizer nos comentários deste jornal só o expresso a falar da Roménia nos ultrapassa e ninguém fala numa coisa tão importante quando os nossos governantes nos dizem que somos um país do norte da Europa os meus sinceros parabéns                 José B. Dias: Chegaremos ao pináculo de estudar a influência da pasta medicinal couto na revolução cultural chinesa ... enquanto o Ti Célito anuncia que irá a Pequim a um congresso de higiene oral.              Antonio Sennfelt: A Roménia passa-nos à frente? Qualquer dia será a Albânia? Ora, ora, qual é o problema? Não nos assegura Sua Excelência o Senhor Presidente da República que somos os melhores do mundo? Não temos nós a melhor constituição política deste planeta e arredores garantindo-nos caminharmos firmemente rumo ao socialismo? E não temos nós um Primeiro-Ministro que é a inveja de toda a Europa? E que dizer da nossa Justiça, senão cumulá-la dos maiores e mais vibrantes encómios, particularmente no que diz respeito ao seu incansável combate contra a corrupção? E se há algo a apontar à nossa Educação Pública, será tão só para a encorajar no sentido de reforçar ainda mais o seu persistente labor no esclarecimento da nossa juventude nas cruciais matérias da igualdade de género e na problemática do movimento LGBTQ! Felizes tempos os nossos, nunca Portugal foi tão próspero e feliz!              JOSÉ MANUEL: esta situação até pode parecer algo subjetiva, mas para quem conhece a Roménia desde o inicio do sec XX, um país com infra estruturas completamente inexistentes ou ineficazes, e só para dar um exemplo, quando se voava de noite com visibilidade, a entrada no espaço aéreo da Roménia era imediatamente perceptível pela ausência de iluminação pública, esta situação, repito, revela a absoluta incompetência da nossa classe política, comparativamente a outra, ainda que também pelejada pela corrupção, que ainda assim produz resultados muito melhores para os cidadãos. E a Roménia entrou em 2007 na CE, já Portugal ia com 21 anos de "casa". VERGONHA!!!                  afonso moreira: O problema está nos fiéis, que nas últimas décadas têm sido devidamente evangelizados por uma comunicação social cúmplice de alguns papas que temos tido (agora temos três ao mesmo tempo). O que lhes interessa, aos papas e à cs, é que um dia todos cantemos em uníssono: ganhámos, ganhámos, ganhámos - tudo o resto não interessa nada, comparado com a adoração dos cromos salvíficos. Cara Helena Matos qualquer dia estará a pregar no deserto, mas não desista.             Maria Cordes: Aterrador! E onde está o SEF, esta terra parece a Abissínia cheia de índios, o que está esta gente cá a fazer?, era altura de sermos informados sobre este assunto.               S Belo: Excelente, como sempre, Helena Matos !                Ana Maia > Zeca Ganeira: Descanse que estamos quase lá. Bastaria que a UE fechasse a torneira, o que tornaria tudo isso numa realidade do dia para a noite (essa é a razão do PM estar tão receoso com a perspectiva da entrada da Ucrânia). Os dinheiros da UE só permitem que se prolongue a agonia dos condenados.               Ana Maia > M L: Tem toda a razão. Como tantas vezes se repete, os pobres são uma base eleitoral para os partidos de esquerda, são pessoas que agradecem com o seu voto a esmola socialista, sem compreender que esses mesmos socialistas não abdicam do imposto que lhes permitiria ter mais rendimento disponível para eventualmente não precisar dessa esmola. É assim que se cria a ilusão que o PS dá. A função de um jornalismo sério era fazer estas pessoas perceberem que neste processo 10 milhões ficam mais pobres ao pagar uma imensidão de impostos, taxas, coimas, etc, em nome duma suposta solidariedade praticada pelo estado socialista que, na distribuição, dá sempre menos que aquilo que recolhe e fica com o saldo para engordar e fazer crescer ainda mais o poder desse mesmo estado.                  sa boss: Enquanto tivermos uma comunicação social subserviente, incompetente, amorfa e encostada ao socialismo e comunismo, teremos sempre a visão de um país adiado, com sol e praia e um polvo mafioso do estado. É isto que a maioria dos portugueses querem. É isto que todos teremos.              JP Miranda: E falam em rever a Constituição e não se ouve nada em retirar o "caminho para o socialismo", PSD incluído, portanto temos a estagnação assegurada para mais umas décadas               Filipe Paes de Vasconcellos: Mas a sorte/azar é termos um presidente da Republica que é um homem muitíssimo inteligente, senão o mais de todos do nosso universo, que irá opinar. Ontem ao ouvir Sebastião Bugalho na CNN fiquei muito preocupado por ele ter considerado a hipótese de o dito inteligentíssimo se preparar para dar uma enorme chapelada renunciando quando fizer 7 anos no cargo, e assim, digo eu, abrir a porta ao Santos Silva ou até Carlos César. Esta canalha tem de ser julgada por má-gestão dos dinheiros públicos e presa.                João Angolano: António Costa vai ou não vai ao Catar? Isto é muito importante (!!!!??!!) ele que quando foi à Índia onde recebeu a nacionalidade das mãos do primeiro-ministro Indiano não só não o confrontou com o sistema injusto das castas como não fez o mea culpa por ele próprio pertencer a uma das castas ‘selecta’ que despreza as castas inferiores        João Quental: Dá gosto ler a sua análise, muito bom trabalho. Apesar da realidade que descreve, com uma economia tão dependente do estado, se não houver consciência dos portugueses, possivelmente o PS voltará a ganhar em 2026.                   João Eduardo Gata: Dado que uma parte significativa dos Portugueses está feliz com o Socialismo Empobrecedor, está tudo bem em Portugal. Faço Votos para que o Socialismo se mantenha vivo em Portugal até destruir o País. Os Portugueses não merecem mais, já que gostam tanto de serem pobres e viver de migalhas. Quanto aos jovens Portugueses, aconselho-os a emigrarem quanto antes e a não enviarem para Portugal nem um cêntimo em remessas.                 Zeca Ganeira: Cada vez estou mais convencido que a única maneira de um dia termos prosperidade é através de uma maioria do PCP. Começo a aceitar resignadamente que a única solução é passar pelo que a europa de leste passou: ter comunismo para nunca mais querer ouvir falar disso. É um plano a longo prazo, mas não vejo outra saída.        Adriana Cardoso: Ayn Rand já nos chamavam de República Socialista de Portugal. Triste destino!       Lúcia Henriques: Mais um excelente trabalho. Essas introduções no orçamento não servem para nada, foi apenas para inchar o ego do Pan e do Livre. Carlos Vito: Esta notícia devia-nos deixar a todos envergonhados. Ainda assim, alguns facciosos dos incompetentes que nos (des)governam continuam a anunciar sem qualquer rebuço que o regime vai pelos melhores caminhos. Como é possível um país como a Roménia nos ultrapassar em breve? A próxima meta deverá ser atingirmos o nível de vida da Etiópia e do Sudão do Sul! Milhares de milhões esbanjados em empresas falidas, que convém aos políticos manterem a fim de garantirem as sinecuras de que usufruem até morrerem (sim, porque as reformas multimilionárias de alguns banqueiros e políticos se mantêm). Liberales Semper Erexitque > Zeca Ganeira: Eu tendo a acreditar que tem que lhes doer o suficiente, e que infelizmente o suficiente para um tuga é mesmo dose para cavalo. O tuga não é sensível a Troikas benevolentes como a de 2011-2014. Talvez o remédio grego seja suficiente.                TIM DO Ó: Como diz Brandão Ferreira, "Portugal é uma nação em desaparecimento acelerado, por uma espécie de eutanásia de contornos próprios e induzidos". O empobrecimento intencional dos portugueses por parte de António Costa e do PS representa a falência moral daquilo que se convencionou chamar de sistema político democrático português.      Maria Madeira: Mais um excelente artigo de Helena Matos. Parabéns!                  Amaral Lopes: Bom dia. Não me admira esta estatística que nos coloca no fundo da tabela. A esquerda convive mal com a iniciativa privada, e os anos de geringonça em muito contribuíram para isso. Um exemplo dessa dificuldade de convívio, está no PRR. Mais de 90% é para o setor público, e não para as empresas. Mas afinal de contas quem é que cria riqueza nacional? São os privados, ou o estado?                José VazJosé Paulo C Castro: Bom dia José. Permita-me que lhe diga com o que a Bulgária está a crescer temo que não seja de todo necessário uma década para nos ultrapassar mais 5 anos no máximo. Cumprimentos.                 bento guerra: Se calhar até a destruída Ucrânia passa à frente do estático Portugal. Por isso não podem entrar para a UE e ficar com a caixa das esmolas Seknevasse: O general Eanes e até Mário Soares, lá conseguiram fazer o 25 de Novembro de 75, mas em Novembro de 2022 não se nota nada. Estamos de regresso ao triste passado, com as nacionalizaç$oes da Efacec, TAP e buracos financeiros por todo o lado... Impostos esmagadores! Ninguém no PS percebe que temos de obter mais crescimento do PIB, whatever it takes?                    Carlos Costa > Américo Silva: Está falando mesmo a sério? É que eventualmente está a falar seriamente, deve ser por ter um ordenado ou reforma e quem se pode dar a esse luxo.                         G C: A culpa é dos comunas.. E do Chega, do BE.. E do Passos..