Partirmos para uma galáxia sem grande precisão descritiva científica, é uma
forma de fugirmos momentaneamente dos
espaços não imprecisos, hélas! cá da minúscula Terra Nostra que as manobras telescópicas revelam, quando enfiada
no infinitamente grande - ou menor - das vias lácteas do seu enquadramento. Repousemos,
pois, no prazer dessa leitura.
Telescópio Hubble divulga fotografia de galáxia "misteriosa
e obscura"
Telescópio Hubble capturou imagens de
uma teia de galáxias conhecida como Abell 611, composta por
"misteriosa" matéria escura que é um grande quebra-cabeças da física.
01 nov 2022, 10:22 2
O
telescópio espacial Hubble revelou imagens de uma teia de galáxias unidas que a
Agência Espacial Europeia (ESA) comparou a “uma teia de aranha“. Este
aglomerado, chamado Abell 611, continua a ser um mistério para os astrónomos.
Neste dia das bruxas, o projecto da NASA e da ESA decidiu revelar fotografias
deste segredo obscuro das profundezas misteriosas do universo. Para os humanos
no planeta Terra, a escala dos objectos espaciais é enorme, no entanto o
conjunto de galáxias Abell 611, a aproximadamente 3,2 mil milhões de anos-luz,
excede o tamanho do Sistema Solar. De acordo com a revista de tecnologia e
ciência Inverse, a matéria que compõe o universo é complexa e em
muitos detalhes difícil de provar ou esclarecer, pelo que esta teia
galáctica não contém massa suficiente para se manter unida, o que continua
a confundir os cientistas.“O mistério que mantém esta teia de aranha cósmica de
galáxias unida dentro da Abell 611 permanece sem solução”, escreveu a chefe de
comunicações da ESA, Bethany Downer, citada pela mesma fonte. Na imagem divulgada a 27 de outubro, existe algo invisível
a olho humano, algo capaz de distorcer a luz e criar uma lente gravitacional
que pode esticar a aparência de várias galáxias. Os astrónomos, actualmente,
acreditam que 85% do universo é composto por uma substância conhecida
como matéria escura. Segundo o site científico Phys, ao analisar as imagens parece não existir massa
suficiente em rápida rotação que consiga manter a teia fixa de forma a evitar
que o aglomerado se desfaça. Este é um dos problemas teóricos dos estudiosos do
espaço, em estruturas massivas, como grandes galáxias – estas simplesmente
parece que não têm combinação de materiais suficientes e podem partir-se a
qualquer momento. Estas características não acontecem em escalas cósmicas
menores. Tomando como exemplo a passagem dos planetas do Sistema Solar em redor
do Sol é calculada com relativa facilidade através da medição das massas e
localização dos astros. Não é necessária nenhuma massa extra para explicar a
integridade do Sistema Solar, mas a mesma fonte questiona o porquê de esta
teoria falhar em escalas maiores. “O conjunto Abell 611 são laboratórios
ideais para quantificar a matéria escura devido às abundantes lentes
gravitacionais visíveis no conjunto”, disse Downer citada pela Inverse. Observe o filamento à esquerda do centro
brilhante da imagem, que poderá ser a luz que reflecte do exterior da Abell 611
e que está esticada pela gravidade da matéria escura invisível.
Centenas
de pequenas galáxias aparecem nesta visão. Suas cores variam. Alguns são tons de laranja, enquanto outros são
brancos. A maioria aparece como ovais difusos, mas algumas têm braços espirais
distintos. Abell 611
Os
astrónomos vão recebendo várias dicas ao longo dos seus projectos e formam
teorias sobre o comportamento deste componente físico. Deste modo, Downer
explica que os astrónomos acreditam que o grau da curva que se faz
acompanhar na imagem deve revelar a verdadeira quantidade de massa do sistema,
o que os deixa completamente “loucos” pois a diferença entre a massa que é
possível calcular e a massa que é possível observar-se “é impressionante“, como
se de um segredo negro nas profundezas do universo se tratasse, mas sem dúvida
um dos maiores mistérios da astrofísica moderna. Falemos de teorias. Na
cosmologia, a teoria estudada e predominante no Universo aponta que existem
grandes quantidades deste tipo de matéria, e o seu nome sombrio “escura” ou
“negra” refere-se apenas ao facto de as quantidades serem desconhecidas por não
conseguirem interagir com a luz ou com outras matérias, ou seja, “uma matéria
completamente desconhecida” e difícil de rotular.
Mas
com os esforços científicos para descobrir mais acerca desta substância, de
acordo com o site Phys, a grande maioria dos elementos encontrados e
possíveis componentes de matéria escura podem-se enquadrar em duas categorias:
ou são alguma partícula que existe em grandes quantidades em todo o meio cósmico,
mas que por algum motivo não consegue interagir com a luz; ou trata-se de um
objectivo massivo que também existe em grande abundância mas não se consegue
ainda detectar com a actual tecnologia dos telescópios.
COMENTÁRIOS:
Horácio
Marrazes: "A teia de
galáxia 911excede o tamanho do Sistema Solar..." Quem isto escreveu de duas
uma: - Ou confundiu o 1Nov. com o 1Abr. - Ou não sabe NADA sobre esta matéria.
Nuno Camara
> Horácio Marrazes: Sim. Surreal. Cada uma galaxias excede o tamanho do
sistema solar.
A
611 sendo uma teia de galáxia excede seguramente o tamanho da via láctea.
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