Ao que se passa no Qatar, parece que o nosso PP vai lá defender os
direitos humanos.
PJ detém 40 pessoas por suspeita de
tráfico humano de centenas de imigrantes no Alentejo
PJ desfez uma rede de tráfico humano sediada em Beja
que escravizava centenas de pessoas em campos agrícolas no Alentejo.
Solicitadora criava documentos falsos e fazia contratos com empresas fantasma.
OBSERVADOR, 23 nov. 2022, 09:50
Cerca de 40 pessoas foram detidas numa
megaoperação da Polícia Judiciária (PJ) em Lisboa por suspeitas de submeterem
centenas de trabalhadores estrangeiros a condições de escravatura em campos
agrícolas no Alentejo, está a noticiar a CNN Portugal.
A operação da PJ, que envolveu mais
de 400 elementos e 60 buscas, desfez uma rede de tráfico humano sediada em
Beja. As vítimas eram abordadas nos países de origem — na maioria dos casos,
Ucrânia, Roménia, Índia, Paquistão e Timor — e convidadas a virem para
Portugal, onde lhes esperaria um salário, boas condições de trabalho e
alojamento.
A
realidade, no entanto, era outra: segundo a CNN Portugal, os
supostos empregadores ficavam com os salários das vítimas, afirmando que
estavam em dívida com a empresa por causa dos gastos com a viagem para Portugal
e com o alojamento. Os trabalhadores tinham pouco tempo de descanso, eram
submetidos a trabalhos pesados e ameaçados com violência física — cotra eles e
contra as famílias.
Os
líderes da rede serão de origem romena e alegadamente distribuem os lucros por
todos os membros da organização, que inclui uma solicitadora portuguesa que
trabalhava na vila alentejana de Cuba. A sua função seria a de falsificar
documentos para os trabalhadores e criar empresas fantasma com quem eles
celebrariam contratos de trabalho.
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