terça-feira, 21 de maio de 2024

Viva o povo


Que é «quem mais ordena», na nossa “cidade” de Grândola - que afinal não passa de uma “vila”, para mais morena, do mourejar nas campinas soalheiras - daí os debates sem a visão política aristotélica, que - e transcrevo da Internet, fonte habitual do meu saber esforçado – explica que

“Temos na comunidade governantes e governados, cujas qualidades são diferentes, o bom cidadão deve ter os conhecimentos e a capacidade indispensável tanto para ser governado quanto para governar, e o mérito do bom cidadão está em conhecer o governo de homens livres sob os dois aspectos; porém o discernimento é a única qualidade específica de um governante.”

E é por isso que o Dr. Salles se rege por conceitos que implicam os princípios de uma semântica mais trabalhada que pretende dar lições com axiomas provindos desses clássicos, e não como é uso hoje, nos nossos não-debates mas apenas discussões com atropelos constantes, como se usa nas tabernas, embora hoje também nas excitações futebolísticas, mesmo as televisivas, que vêm ao encontro da sua definição das discussões políticas, que reponho: O moderno discurso político é sobretudo dogmático, raramente lacónico e quase nunca axiomático; Aristóteles votado ao ostracismo”.

Somos todos, povo de vila, e daí os nossos debates populares de governantes que se prezam, como povo – embora vilão - ou a democracia não passa de uma batata.

TENTO NA LÍNGUA

HENRIQUE SALLES DA FONSECA

A BEM DA NAÇÃO20.05.24

Ou

A SEMÂNTICA DOS CONCEITOS

- Os turcos são mandriões;

- Os espanhóis andam na rua de «traje de luces y montera»;

- Os portugueses vestem-se como campinos.

CHEGA DE DISPARATES, HAJA TENTO NA LÍNGUA!

* * *

O moderno discurso político é sobretudo dogmático, raramente lacónico e quase nunca axiomático; Aristóteles votado ao ostracismo, convicção formulada por decibéis. Não há debates, mas sim discussões em tons irados e dando a entender que os outros são mentecaptos, corruptos, indignos. Assim, nada de bom virá ao mundo.

* * * *

A discussão ora em curso no Parlamento Português sobre a liberdade de expressão devia ter sido antecedida por uma tentativa de harmonização semântica de conceitos para que, no espectáculo televisivo no Plenário, uns não falem nos alhos e os outros nos bugalhos induzindo a confusão nos eleitores incautos. A menos que o façam propositadamente, o que poderá denotar má fé. Mas como isto não é crível, mais vale o esforço da harmonia dos significados e dos conceitos.

Por exemplo quando um comunista se refere a democracia (o Dr. Cunhal referia-se amiúde a «um Estado verdadeiramente democrático»), significa o despojamento das pessoas relativamente à propriedade privada até que, aniquilada a individualidade, a mole humana fique pronta para servir o Estado. Não vou perder tempo a descrever o que nos separa: tudo.

Uma vez clarificada a Semântica, que se passe à análise do «politicamente correcto» cuja estreita ligação ao bem-comum, deve proporcionar a busca de uma plataforma tão ampla quanto possível de modo a que se criem áreas de entendimento. E uma dessas áreas que seja a da liberdade de expressão.

Se não houver um esforço neste sentido, preparemo-nos para a berraria dos megafones propalando dogmas e outros conceitos inexplicáveis.

Actualmente, o policamente correcto Europeu consiste na tolerância dos intolerantes que militam na destruição dos Valores europeus, nomeadamente os históricos e… mais não digo.

Maio de 2024

Henrique Salles da Fonseca

1 comentário

 

Um texto gentil

 

Para o decidido Luís Montenegro, oxalá não foram fábulas sonhadas, como se prevê, no contexto habitual da nossa troça descrente. E da nossa apatia fervente.

Um azar nunca vem só…

Para azar de Ventura, o actual primeiro ministro começou a “mostrar serviço”, e a marcar a agenda política, sem “papas na língua” no debate quinzenal. Um azar nunca vem só…

DINIS DE ABREU

OBSERVADOR, 20 mai. 2024, 00:1655

Subitamente, o vento mudou. E a “meteorologia” política parece estar mais favorável e a correr de feição a Luís Montenegro e ao governo.

As previsões de borrasca no horizonte, com um “rio atmosférico“ que implicaria a deslocação urgente do primeiro ministro a Belém, com as “calças na mão” (e uma carta de demissão…), parecem adiadas “sine die”, talvez “apalavradas” para o próximo Orçamento de Estado, lá mais para o Outono . E mesmo assim, cautelosamente, o PS deixou de ser taxativo na sua predisposição para o “chumbo”.

Ao anunciar um conjunto de decisões aprovadas em Conselho de Ministros, envolvendo o novo aeroporto em Alcochete, a terceira travessia do Tejo ou o comboio de alta velocidade até Madrid, Montenegro surpreendeu as oposições, da esquerda à direita, e, terá surpreendido mesmo quem, portas adentro da coligação, admitia vida curta para este Executivo.

Diga-se, aliás, que a primeira surpresa foi a composição do próprio elenco governativo. Em silêncio, sem transpirar nada para a comunicação social, o segredo foi guardado até ao fim, e, mesmo em Belém, houve reparos e estranheza por terem faltado as “dicas” sobre os contactos em curso.

Ao contrário do que costumava acontecer com António Costa, cuja porosidade permitia que as escolhas de governantes chegassem primeiro à praça pública — sem filtros, nem sequer escrutínio adequado em não poucos casos — Montenegro teve artes de arranjar um“governo de combate”, com “nomes sonantes“, como agora se diz a propósito de manifestos, e sem soluções de improviso ou de recurso.

Mais: quando as oposições e os media amigos das oposições, já se perfilavam para acusar Montenegro de inacção — por não resolver em um mês de actividade aquilo que as esquerdas e o PS não tinham resolvido em oito anos –, o primeiro ministro, cumprido o recolhimento “monástico”, tirou da “cartola“ não um mas vários coelhos, num passe de “mágica” que desarmou a assistência, já preparada para a pateada.

Pior: os ministros parecem decididos a não dar descanso aos media nem aos inúmeros comentadores avençados, ao proporcionar-lhes farta matéria para demoradas cogitações.

Foi a Santa Casa com a provedora e a mesa exoneradas, enquanto se começou a desvendar o enorme buraco financeiro, resultante do “forrobodó” da gestão socialista, que comprometeu uma instituição centenária; foi o director nacional da PSP, muito próximo dos sindicalistas e activistas da corporação, a receber “ordem de marcha”, substituído por outro polícia com folha limpa e currículo invejável; foi o director executivo do SNSum “biombo” , inventado para proteger o ex-ministro da Saúde –, que renunciou ao encargo, aproveitando alegadas discordâncias com a nova ministra, para voltar ao ofício de médico, do qual nunca deveria ter-se afastado.

Ou seja, em menos de um mês, o governo “arregaçou as mangas” e optou por tomar a iniciativa e governar, indiferente ao facto de não dispor de maioria no parlamento, nem dos favores da maioria dos media.

E criou um sério embaraço às oposições, como se notou no primeiro debate quinzenal, onde Montenegro, se lembrou, por acaso, de “ressuscitar” o antigo tribuno que foi, enquanto líder da bancada social democrata, para ripostar à letra a André Ventura e a Pedro Nuno Santos, provocando-lhes notórios engulhos.

A contraofensiva do governo ganhou uma tal amplitude que até obrigou José Sócrates (cada vez mais convencido de que valeu a pena o imbróglio jurídico que ajudou a montar, a confirmarem-se as prescrições…) a reclamar a “paternidade” dos projectos anunciados, secundado por Pedro Nuno, para quem este foi “o terceiro Governo a decidir fazer o aeroporto em Alcochete”.

Recorde-se que o segundo foi no “reinado” de António Costa, no qual o mesmo Pedro Nuno ocupava a pasta das Infraestruturas e que viu o seu despacho de localização do novo aeroporto de Lisboa revogado em 24 horas, por ter sido publicado sem “dar cavaco” ao primeiro ministro, ausente no estrangeiro. Uma “maldade” que lhe custaria a humilhação pública e, mais adiante, a demissão do governo.

E, embora o “pacote” das grandes obras públicas, não passe ainda do papel, a realidade é que os anúncios foram levados a sério, ao ponto de ninguém aparecer a questionar a sua viabilidade e ser um apetecido consolo para as imobiliárias, que correram a rever os planos e os preços dos terrenos e das habitações, à volta do antigo campo de tiro e Alcochete…

Moral da história: Montenegro acertou em cheio. E Pedro Nuno não teve outro remédio se não garantir que o PS “nunca porá em causa esta decisão”.

Com o “visto” do bloco central, meio século depois do início dos estudos para a mudança, o novo aeroporto da capital poderá “ter pés para andar”, sem precisar de “arrastar os pés”, a menos que Pedro Nuno queira dar razão a Ventura, quando este estranhou os dez anos previstos para a sua construção, comparativamente com o prazo — que ficou por metade –, para operacionalizar o novíssimo aeroporto de Istambul, apesar de ter considerado que “os turcos não são propriamente conhecidos por ser o povo mais trabalhador do mundo”.

Com esta frase, Ventura voltou a “incendiar” o parlamento, expondo o presidente Aguiar Branco às críticas assanhadas das esquerdas por não lhe ter “cortado o pio”, uma prática de mestre-escola seguida, zelosamente, pelos seus antecessores socialistas, Ferro Rodrigues e Augusto Santos Silva, que muito contribuíram, de resto, para a notoriedade do líder do Chega.

Curiosamente, houve logo quem descobrisse o erro de Ventura. Afinal, segundo dados recentes publicados pela OCDE, os turcos encontram-se entre os que mais trabalham, figurando em 13.º lugar no “ranking” dos 38 países da organização, em contraste com os portugueses, menos produtivos e distantes, ocupando a 20.ª posição na soma de horas anuais trabalhadas.

Conclusão óbvia: Ventura criticou, distraído, em vez dos turcos, a “preguiça” dos trabalhadores portugueses, que precisam do dobro do tempo para construir um aeroporto aparentado…

A polémica sobrou, no fundo, para o Presidente do parlamento, que ao bater-se – e bem – pela defesa da liberdade de expressão dos deputados, foi “mimado”, desde logo, pelas esquerdas e pelas organizações afins do costume, só faltando ser declarado “racista” e “xenófobo”. Um disparate.

Com estas “escaramuças” parlamentares, em plena pré-campanha eleitoral para as Europeias, que decorre sobretudo nas televisões, tornou-se notória a fixação de Catarina Martins na “extrema direita” durante os debates em que participou, aparentemente esquecida de que ela própria, apesar dos sorrisos e do olhar guloso para as câmaras, representa a “extrema esquerda” na qual se reconhece o Bloco.

Com uma vantagem que não é despicienda: Catarina tem hoje a “rodagem“ suficiente para exibir um à-vontade em estúdio que deixa a léguas de distância o antigo embaixador António Tânger, cabeça de lista do Chega, no pólo oposto à direita, com uma aflitiva incapacidade para ir além de um discurso baço, longe da truculência que caracteriza o líder do partido.

A julgar pelas “classificações“ atribuídas pelos “painéis de comentadores” habituais, a seguir aos debates – espécie de júri à maneira do “America’S Got Talent-, as “performances” de Catarina são sempre convincentes e costumam pontuar bem. A antiga actriz não deixa os seus créditos “por mãos alheias” no palco político, onde já se movimenta com apreciável à-vontade e talento de encenação.

Se o eleitorado partilha ou não as mesmas convicções dos “júris” isso já é outra conversa…

O certo é que Catarina, sem nunca renegar o seu trotskismo original, aprendeu a “comunicar” e, embora seja contrária — segundo a sua cartilha ideológica –, ao clube europeu, ao euro, ou à “bondade democrática da NATO”, aliás, na linha da sua antecessora, Marisa Matias, lá vai “levando a água ao seu moinho”

Como porta-voz do radicalismo bloquista, Catarina explicou esse facto com uma tocante candura e irrefutável modéstia, ao dizer que “colocou-se a questão de o BE precisar de uma candidatura forte às eleições europeias e houve a percepção de que eu seria a pessoa que o poderia fazer”.

O que não disse foi que ambiciona ter um lugar ao sol na “alta roda” de Estrasburgo, para se ressarcir da derrota nas Legislativas, que a forçou a renunciar à liderança do partido — repetindo o desaire e a fuga do seu “guru de estimação”, Francisco Louçã. E já agora, se lá chegar, trata-se de um “santuário capitalista” que lhe dará muito jeito para compor um “pé de meia” …

No outro extremo, o Chega, depois da surpresa das Legislativas, precisa de um assento no Parlamento Europeu, como “do pão para a boca”, para legitimar o seu crescimento e provar que não foi por acaso que alcançou os 50 lugares em S. Bento.

O problema é que o Chega, para ganhar solidez e credibilidade, carece de quadros qualificados, algo que é uma raridade por aquelas bandas, como se nota exuberantemente na composição da sua bancada parlamentar.

Sucede que Ventura, depois da euforia dos bons resultados nas Legislativas, também entrou em perda, suspeitando-se que tenha alcançado, muito mais cedo do que seria de esperar, o seu “Princípio de Peter”.

Ao contrário do que seria expectável – e não obstante já não ter Augusto Santos Silva, como “adversário à perna” na presidência do Parlamento -, Ventura não corrigiu o estilo destemperado, recorrendo, invariavelmente, ao “ruido” comicieiro quando intervém na bancada, seja ao votar ao lado do PS, sem “linhas vermelhas”, seja ao desencadear uma manobra canhestra para enfraquecer e defenestrar o Presidente da República.

Nem Marcelo Rebelo de Sousa precisa destas “ajudas” para reajustar o discurso e evitar deslizes, que os tem com fartura, nem o Chega se engrandece ao tentar denegrir a primeira figura do Estado.

Marcelo errou na improvisada oratória servida no final do jantar com jornalistas da Imprensa estrangeira e só Deus saberá porquê, acreditando que Ele seja seu confidente…

Mas sendo verdade que o que disse nesse jantar não é insusceptível de crítica – e, até, nalguns passos, merecerá reprovação -, nada justifica a absurda acusação de “traição à Pátria”, “embrulhada” à trouxe-mouxe por alguém que é jurista, doutor em leis, supostamente mais capaz de interpretar a doutrina e a jurisprudência aplicáveis do que um leigo básico. E não foi o caso.

Ventura procurou e forçou com as suas diatribes a amplificação mediática, e acabou isolado no hemiciclo, com todas as bancadas – excepto a sua – a votarem a favor do parecer de que foi relatora Isabel Moreira, a quem coube desmontar, juridicamente, o “tiro de pólvora seca” dirigido ao Presidente e julgar improcedente a queixa.

O líder do Chega perdeu credibilidade democrática e fôlego para os desafios que se seguem.

Adicionalmente, se o Chega quiser precipitar eleições antecipadas, “de braço dado” com o PS —imitando a “geringonça” do Bloco e do PCP –, arrisca-se a “encolher” a sua bancada e a concluir que o eleitorado pode ser volúvel e mudar de ideias…

Para azar de Ventura, o actual primeiro ministro começou a “mostrar serviço”, e a marcar a agenda política, sem “papas na língua” no debate quinzenal. Um azar nunca vem só…

POLÍTICA      GOVERNO

COMENTÁRIOS de 55

JOHN MARTINS: Excelente crónica, agora à segunda feira, onde busca ao pormenor todos os acontecimentos mais importantes da semana. Por mim escolho o bombástico anúncio pelo Pº Ministro Luis Montenegro, da aprovação do novo aeroporto Luis de Camões, da nova ponte rodo via férrea no Tejo e alta velocidade Lisboa Madrid. Para quem tomou posse há 35 dias e teve que fazer a limpeza à casa; este governo de Montenegro teve um início extraordinário, que deixou as oposições desnorteadas. Habituem-se...e vejam como se governa o País!                     Antonio Coelho: Finalmente temos na Presidencia da AR alguém que sabe como lidar com André Ventura. Enquanto deputado tem toda a liberdade para dizer o que disse, (legitimidade já nem tanto, até por ser mais um facto mentiroso como é referido no artigo). Mas Aguiar Branco esteve muito bem, a defender as liberdades, e retirando palco e ruido mediático à volta de um hipotético capital de queixa de AV, ao contrário dos seus antecessores, que, esses sim, levaram André Ventura num andor até aos 50 deputados. O combate democrático é a melhor forma (e se calhar, única) de reduzir extremismos sejam eles de esquerda ou direita. Parabéns, excelente artigo                     António Soares: Excelente artigo. Dinis de Abreu nunca desilude. Coerente, frontal, claríssimo. Chapeau!                 João Floriano: Está enganado sobre o que corre mal a Ventura. Até corre muito bem o aparente sucesso de Montenegro porque não basta anunciar, há que concretizar. vai atingir o PS que não está nem um pouco interessado em que o governo tenha sucesso. Ventura tem apenas de se sentar com um balde de pipocas e esperar para ver como PS e PSD se vão engalfinhar. Ontem num documentário sobre vida selvagem duas águias enormes brigavam por uma carcaça, observadas por outra mais jovem e menos desenvolvida. No final as duas águias contendoras ficaram gravemente feridas e adivinhe quem saboreou a carcaça: exactamente: a lingrinhas que só teve de esperar.            GateKeeper: Embora discorde a 100% com o DA mas lhe devo respeito há long time ago limito-me a aconselhar o dito a ponderar melhor e muito mais a fundo as suas "palavras". E que se questione, também a fundo sobre alguns dos "temas" que analisa: 1. Quem é que perdeu, após 50 anos toda e qualquer "credibilidade democrática"?! 2. Quem e como definiu logo à partida o Chega! e A Ventura como estando para além de uma "linha vermelha", vulga táctica esquerdalha para "afastar forasteiros" do famigerado e podre 'arco do poder". 3. DA conhece alguém mais confrangedora& mente míope do que LMonte-negro?... 4. Afinal, quem "sofre de uma confrangedora falta de quadros qualificados"?! 5. É ou não um graviasimo,'oxymoron' aacusar, embora indirectamente, 1,2 milhões de Portuguesas e de Portugueses de, na verdade, tolinhos intelectuais?! O seu texto contém algumas frases que eu nunca pensaria saírem do seu teclado. Desafio-o a defendê-las e a discuti-las comigo "ao vivo", meu caro DA.                Vitor Dias: Vozes de comentador não chegam ao céu.                Hugo Silva: Só peço ao cronista que me aponte uma medida, tomada por este governo, que tenha sido prometida em campanha eleitoral e visto a luz do dia. Só uma... Apresentar projectos, com prazo de conclusão para daqui a 15 anos, não me parece algo que possa ser visto como mais valia.... É como chegar a presidente de um clube e anunciar que, em princípio, daqui a 15 anos, vamos ser campeões.               Francisco Almeida: Hoje nem Dinis de Abreu conseguiu escapar. O erro de Ventura sobre as capacidades de trabalho dos turcos, obliterou totalmente o cerne da questão, o prazo previsto para a construção do NAL. E, enquanto de discutem as lateralidades de Ventura, não se fala na ponte de Chelas e no seu dossier do tempo de Sócrates. Já ninguém liga a 400 milhões de euros. Já ninguém questiona o desplante de afirmar que os portugueses não serão chamados a pagar as infraestruturas. Nem uma palavra sobre a total identidade da governação de Montenegro com a do PS de empurrar os custos para a frente com a barriga. Ninguém se pergunta quantas taxas aeroportuárias e de que valor, serão necessárias para pagar o novo aeroporto, completo com as duas pistas. Ninguém se incomoda com os casos de Praga e Barcelona que, depois de crescimentos brutais, estabilizaram quando foi atingida a saturação turística e ninguém questiona a opinião de alguns operadores turísticos que Lisboa se aproxima dessa saturação. Ninguém se questiona o TGV Lisboa-Madrid - que essencialmente facilita a vida a gestores espanhóis e a quadros portugueses que trabalham nas multinacionais sediadas em Madrid, de onde gerem o mercado ibérico - e pergunta pelos TGV com origem em Sines e em Aveiro que seriam essenciais para aumentar as exportações. O facto político é que a comunicação social fez as declarações de Ventura e os anúncios do governo, mais importantes do que todas as matérias de facto. E nem Dinis de Abreu escapou.                Pedro Ferreira: Noto por aqui alguma azia em certos comentários ,que tentam desmentir o obvio.                 bento guerra: O Chega foi o único partido a apresentar um candidato caoaz e experiente. O governo do Montenegro tem os dias contados, não por causa do Chega, mas do PS, eles é que decidem quando querem voltar ao poder e depois o eleitorado castigará o "rural" manhoso

Fernando CE: Muito bem. Uma delicia argumentativa.              bento guerra > João Floriano: Nem mais, não percebem o que é o Chega e o tempo que tem para tirar partido do vazio e incompetência dos "tachistas" do poder                     Pobre Portugal: Discordo que “o Chega carece de quadros qualificados”. Serão mais “qualificados” os deputados que apoiam abertamente ditadores como Putin e Maduro (PCP e BE)? Ou que preferem Xi Jinping a Trump (PS)? E discordo também que o Chega “perdeu credibilidade democrática”. Aliás, com o “não é não” o Chega passou a ser odiado por todo o Parlamento e comunicação social, mas só aí, porque aqui na “terra” não. De resto, concordo com tudo.              José Luis Salema: Tanta parra, que a única uva que deu resume-se a: André Ventura. Responder               José Carvalho: Os foguetes lançados pelo comentador pelos anúncios do aeroporto, da ponte e da via Lisboa-Madrid, são tão efusivos que tive que parar para pensar: será que tais obras já foram inauguradas? Ou ao menos terminadas? Ou ao menos estão a andar? Ou ao menos foram adjudicadas?            José B Dias > JOHN MARTINS: Se for ver o número de grandes anúncios efectuados por todos os anteriores governos que, ou nunca sairam da apresentação em "power point", ou em que a anunciada montanha acabou a parir um rato, terá forçosamente de concluir que a sua frase de final de comentário é planfetária e mesmo anedótica! PS: creio não ser coincidência a cor escolhida para o identificador à esquerda do comentário 😉           Tim do A: Não se preocupe, que o Chega ainda vai ganhar as eleições.              bento guerra: Ó Abreu ,hoje, até um dos canais do poder a Sic, fez em reportagem sobre os "infra-refugiados" dos Anjos, a denúncia do embaixador Tânger que tanto insurgiu os "comentadeiros" das televisões, entre elas,uma tal Carmo Afonso, uma loura que fala de boca ao lado           Ricardo Ribeiro > João Floriano: Fabulosa essa analogia!            João Floriano > manuel menezes: Lamento colocar gelo no seu entusiasmo borbulhante mas muita água correrá ainda por baixo da Vasco da Gama até se verem aviões aterrar em Alcochete ou irmos de TGV a Madrid. Trata-se de um projecto a logo prazo, num cenário europeu muito instável. Temos problemas sérios que precisamos de resolver....ontem! O anúncio ds obras ditas faraónicas na margem Sul, surtiram algum efeito e vão ainda surtir durante algum tempo mas muito em breve a premência de outros problemas vai colocar-se ao governo, desde logo a abertura do ano lectivo sem professores e façamos votos para que o verão seja fresco e benigno e não nos ponha  arder de norte a sul.      GateKeeper > Ricardo Ribeiro: E muito. Até ao fim do centrão. E mesmo, se for necessário, até para além desse mesmo final. Com ou sem AV, a Maioria Silenciosa AA (Agora Acordada) terá voz dominante sobre as corjas vigentes.         José B Dias > Antonio Coelho: A opinião do cronista não é lei e nem sequer prima pelo rigor ... afirmar ser mais produtivo quem maior número de horas trabalha é demonstrar desconhecer o que o indicador representa e comparar valores reais em Portugal com valores estimados para a Turquia (basta ir confirmar que as estatísticas da OCDE são públicas e os valores de 2020 e 2021 são referidos como estimativas, são iguais em ambos os anos, iguais ao de 2019 e largamente superiores ao de 2020 ...). Os factos são factos e logo nunca podem ser "mentirosos". Já as simpatias políticas podem levar a distorcer e/ou a manipular os factos que assim deixam de o ser ... PS: Concordo obviamente com a posição de Aguiar Branco.

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Como diria Camões


Que aprendeu com os clássicos e que foi vítima espantada dos muitos desinteressados do saber:

«Verdade, Amor, Razão, Merecimento,
Qualquer alma farão segura e forte;
Porém Fortuna, Caso, Tempo, e Sorte,
Têm do confuso mundo o regimento.

Efeitos mil revolve o pensamento,
E não sabe a que causa se reporte:
Mas sabe que o que é mais que vida e morte
Não se alcança de humano entendimento.

Doctos varões darão razões subidas;
Mas são as experiências mais provadas:
E por tanto é melhor ter muito visto.

Cousas há hi que passam sem ser cridas:
E cousas cridas há sem ser passadas.
Mas o melhor de tudo é crer em Cristo.

Pode a filosofia salvar o mundo?

É a lição que devemos a Heidegger: as suas ideias filosóficas cativaram e continuam a cativar filósofos sem fim, mas é a desumanidade que demonstrou para com Husserl, seu mestre, que mais diz sobre si

PATRÍCIA FERNANDES Professora na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho

OBSERVADOR, 20 mai. 2024, 00:18

Um modo habitual de contar a história da filosofia consiste em descrever a sociedade ateniense do final do século V a.C. como corrompida pela presença de sofistas, que desprezavam a ideia de Verdade e vendiam o seu conhecimento para preparar os jovens para a política. Foi contra estes que Sócrates e Platão se posicionaram, o primeiro demonstrando que os sofistas não sabiam aquilo que diziam saber e o segundo opondo ao relativismo epistemológico as ideias puras de verdadeiro, bom e belo.

Trata-se de uma estratégia narrativa eficaz: usando a lógica de oposição entre bons e maus, reserva-se um lugar especial para a filosofia e para os filósofos, que seriam aqueles que repõem o amor pela sabedoria, pela verdade, pelo conhecimento. O problema é que esta história tem dois problemas.

O primeiro deles resulta de, ao remeter o nascimento da filosofia para Sócrates e, sobretudo, para Platão – a propósito de quem A. N. Whitehead disse que “a caracterização geral mais segura da tradição filosófica europeia é a de que consiste numa série de notas de rodapé a Platão” –, fazer esquecer o contributo dos filósofos pré-socráticos, como Tales e Anaximandro, mas em particular Heraclito e Parménides. Na verdade, a filosofia terá começado com eles e a interrogação “porquê algo em vez de nada?”, que hoje remetemos para aquilo que seria o domínio da física (só mais tarde a filosofia se tornariameta-física).

O segundo e maior problema é que aquela narrativa tende a esconder um aspecto político fundamental: tanto Sócrates como Platão eram profundamente críticos da democracia, e era esta que justificava a existência de sofistas. Como a democracia ateniense consistia numa democracia directa, em que os cidadãos participavam de diversas formas, em particular na assembleia, o domínio da palavra e as capacidades de oratória tornavam-se fundamentais. E os sofistas ensinavam a arte da política, nomeadamente o uso da palavra e a capacidade de persuasão. Afinal, como Hannah Arendt chama a atenção, “os atenienses orgulhavam-se de, ao contrário dos bárbaros, conduzirem os seus assuntos políticos sob a forma do discurso e não da compulsão”.

Assim, quando viramos aquela história da filosofia ao contrário, encontramos os “maus” como os agentes principais do regime democrático, enquanto os pais da filosofia surgem como opositores à democracia. Platão era especialmente claro neste posicionamento, construindo o seu argumento político a partir de um argumento epistemológico: como só os filósofos saíam da caverna e acediam ao mundo das ideias e conheciam a verdadeira realidade, apenas estes deveriam governar a cidade. Pelo contrário, a democracia é como um navio lançado ao mar que, em vez de conduzido pelo capitão, avança sem rumo certo segundo as opiniões dos tripulantes ignorantes. É daí que resulta o argumento do Rei-Filósofo – ou como Platão diz na Carta VII:

“os males não cessarão para os humanos antes que a raça dos puros e autênticos filósofos chegue ao poder ou antes que os chefes das cidades, por uma divina graça, se não ponham a filosofar verdadeiramente.”

A filosofia de tradição platónica assenta, então, nesta presunção de superioridade intelectual que lida mal com o regime democrático. Mas a ideia repete-se no século dos filósofos e das Luzes, que gerou apoio a déspotas iluminados e não a regimes democráticos. Os pais da democracia contemporânea recusavam qualquer apreço pela ideia de participação política universal; e mesmo John Stuart Mill, o mais simpático de todos os filósofos, defendeu o voto plural e o sufrágio capacitário.

Não podemos fugir ao fundo da questão: encontramos muitas vezes na filosofia uma predisposição para reivindicar um conhecimento superior ou, pelo menos, um conhecimento mais bem formado, e que tende a fazer com que os filósofos desconfiem do cidadão comum e do funcionamento da democracia. O perigo é evidente: acreditar que seguramos as tochas da razão pode levar-nos à sedução por receções animadas com tochas, como aconteceu com Heidegger.

Talvez a lição de Hegel nos possa precaver contra estas tentações: quando, no prefácio às Lições Fundamentais da Filosofia do Direito, cunhou a célebre imagem de que a coruja de Minerva só levanta voo ao entardecer, queria dizer que a filosofia chega sempre tarde para ensinar como o mundo deve ser. A função do filósofo não será, assim, mais do que a de pensar e compreender o mundo. Mas esta é uma atitude difícil para quem acredita ter um acesso privilegiado à verdade e, nessa medida, às soluções que corrigem os problemas do mundo. É esse impulso revolucionário que encontramos em Jean-Jacques Rousseau e Karl Marx, e que levou este último a cunhar a 11.ª tese de Feuerbach: “Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão, porém, é transformá-lo.”

Ora, este espírito parece animar cada vez mais a academia: uma crença quase pueril de que o intelectual tem uma missão especial na comunidade – mesmo que isso signifique ir contra a opinião maioritária (o que, curiosamente, acontece quase sempre). Afinal, como Platão ensinou, as pessoas têm apenas doxa – já os filósofos têm a Verdade. Mas não devemos esquecer as palavras de Arendt no texto que escreveu a propósito dos 80 anos de Heidegger:

“Nós, que desejamos honrar os pensadores, não podemos deixar de considerar surpreendente e talvez exasperante o facto de Platão e Heidegger, quando entraram nos assuntos humanos, se terem voltado para tiranos e Führers. Isto não deve ser imputado apenas às circunstâncias dos tempos e ainda menos ao caráter anterior, mas antes àquilo que os franceses chamam déformation professionnelle. Pois a atracção pelo tirânico pode ser demonstrada teoricamente em muitos dos grandes pensadores (Kant é a grande excepção).”

Pode ser tocante ver como alguns intelectuais se sentem impulsionados a sinalizar a virtude e avançar uma agenda que consideram ser pelo bem comum, mas talvez devamos ser mais humildes e menos predispostos a querer mudar o mundo de acordo com a nossa visão. Para que a magia da filosofia não nos faça esquecer o que realmente importa. É a lição que devemos a Heidegger: as suas ideias filosóficas, inegavelmente estimulantes, cativaram e continuam a cativar filósofos sem fim – mas é a desumanidade que demonstrou para com Husserl, seu mestre, que mais diz sobre si.

Considerando os perigos, o melhor seria esquecer a ideia de que a filosofia pode mudar o mundo. Provavelmente pode, provavelmente não da melhor maneira. Mas isso não significa que não tenha algo a contribuir: pode ajudar-nos a compreender o mundo que nos rodeia e, com esse voo tardio, ajudar-nos a conversar melhor sobre o que queremos para o mundo ao amanhecer.

PS: Porque a democracia é um tema inesgotável, a edição Braga Romana deste ano dedica-lhe uma conferência Tempus Fugit para explorar as suas raízes históricas e influências actuais no dia 22 de maio, e na qual participarei.

FILOSOFIA    CULTURA

 

Um comentário alheio

 

A um texto que mereceu bué. É de Antonio Sennfelt: «Texto e Post Scriptum de antologia! Parabéns à autoraSó posso anuir. E agradecer também.

A armadilha ideológica do emergentismo. Climático e não só

Paupério não está a falar de clima. Está a fazer política: 200 milhões de refugiados a caminho da UE serão o fim da UE, cujos estados, graças ao emergentismo, são reduzidos à condição de ONG

HELENA MATOS Colunista do Observador

OBSERVADOR, 19 mai. 2024, 07:4593

“Estima-se que, até 2050, vão existir 200 milhões de refugiados climáticos.” — Ia o primeiro debate para as Europeias ali pelos 13 minutos quando o candidato do Livre, Francisco Paupério, anuncia ir em seguida a um “ponto fundamental”. O ponto fundamental era o recente Pacto da UE para a Migração e Asilo. Para Francisco Paupério o pacto não está “preparado para esse acontecimento”. Qual acontecimento? A chegada à Europa de milhões de refugiados climáticos. Mais precisamente de 200 milhões de refugiados que, sem explicar porquê, Paupério afiança se vão dirigir para a UE: Estima-se que, até 2050, vão existir 200 milhões de refugiados climáticos. Esses refugiados climáticos vêm sobretudo das zonas do Médio Oriente e do Norte de África e vão ter sobretudo o objectivo de chegar à União Europeia, à procura da liberdade e da democracia que tanto defendemos e este pacto não está preparado para esse acontecimento.

Para lá do óbvio (pacto algum consegue preparar um território para a chegada em tão curto espaço de tempo dum número de migrantes que ultrapassaria os 25 por cento da população residente), Paupério, que haveria de ser considerado a grande revelação do debate por muitos comentadores, não perde tempo com detalhes nem contradições. Por exemplo, se as alterações climáticas evoluírem como antecipado por alguns especialistas, os países da União Europeia, também eles quotidianamente assolados por emergências climáticas, não são de modo algum o melhor destino para os refugiados climáticos. Aliás, e por ironia, um dos países mais beneficiado nos cenários das alterações climáticas é a Rússia que, a fazer fé nas declarações feitas no ano passado pelo seu representante no Fórum Económico da Eurásia, irá ganhar mais de 40 milhões de hectares de terras agrícolas com o aquecimento global.

A explicação para este aparente paradoxo – os refugiados climáticos fogem para territórios também eles em emergência climática – está no final da explicação de Francisco Paupério: Esses refugiados climáticos vêm sobretudo das zonas do Médio Oriente e do Norte de África e vão ter sobretudo o objectivo de chegar à União Europeia, à procura da liberdade e da democracia que tanto defendemos”. Num passe de mágica os refugiados climáticos deixaram de ser refugiados climáticos e passarão a demandar a UE em busca da liberdade e da democracia. Onde irá Paupério fundamentar esta última garantia, a de que os refugiados climáticos apoiam o modelo da UE de liberdade e democracia? A experiência com as recentes levas de refugiados na Suécia, Alemanha ou França mostram que, entre os refugiados acolhidos nestes países, vários mostram pouco apreço, para não dizer desprezo, pelo modo de vida europeu.

Paupério não está a falar de clima. Está a fazer política. Os bons libertadores do hemisfério norte, depois de terem anunciado durante décadas o melhor dos mundos possíveis às nações nascidas dos processos ditos de descolonização, e que mais não foram que processos de entrega à tutela soviética dos novos estados, falam agora como se esses territórios não tivessem outro futuro além da emigração com destino à mesma Europa de que outrora os quiseram libertar.

Obviamente não assumem que o modelo a que chamaram libertação levou frequentemente a estados falhados ou na melhor das hipóteses a oligarquias ditatoriais. O seu sonho é agora usar esses povos na versão refugiado, uns dias climático, noutros político, noutros imigrante, para erodirem as democracias liberais, cujos estados, por obra e graça do emergentismo, são reduzidos a uma espécie de ONG. A emergência substituiu a revolução como factor detonante duma alteração inexorável. O ambiente místico-irracional que se gerou em torno do clima legitima tudo e o seu contrário. Francisco Paupério dá conta disso mesmo ao ser interrogado sobre o que deveria fazer a UE perante os 200 milhões de refugiados: na UE deveria “haver corredores humanitários para essas pessoas” e a UE “ter programas de inclusão que funcionem”. Ora para uma tal percentagem de imigrantes não existem programas de inclusão nem corredores humanitários, existe sim uma tragédia mais que anunciada.

O candidato Paupério é livre de defender o que entende. O que não se entende (ou pelo menos eu não entendo) é a anomia com que suas propostas foram recebidas. Uma anomia reveladora da forma como, por autocensura, desistência ou fatalismo, nos deixámos aprisionar na armadilha ideológica do emergentismo.

P.S. “Cerca de 20 estudantes estão bloqueados no interior do edifício C, de dois andares, da FCSH na Avenida de Berna em Lisboa para reivindicar um cessar-fogo imediato em Gaza e o fim ao fóssil até 2030. Os meninos rabinos do fim ao fóssil são a nova versão das criancinhas que antigamente ameaçavam suster a respiração se não lhes fizessem as vontades. Como bem sabe quem já lidou com birras (e também quem as fez) as birras só resultam porque o birrento conta com o embaraço que gera nos outros. O pior que pode acontecer a um birrento é deixarem-no a fazer birra sozinho. Ora é precisamente isso – deixá-los a fazer a birra sozinhos – que defendo para os 20 estudantes que se bloquearam no interior do edifício C, da FCSH na Avenida de Berna, em Lisboa, para reivindicar um cessar-fogo imediato em Gaza e o fim ao fóssil até 2030.

Por favor, deixem-nos ficar lá! Sem aquecimento, sem água, sem electricidade e obviamente sem telemóvel, internet, mensagens nas redes sociais e pedidos de comida, tudo bem-aventuranças resultantes não só do recurso ao fóssil mas também do progresso tecnológico em que Israel tem um lugar de destaque. Assim estas 20 criaturas podem antecipar o que nos aconteceria caso se cumprissem as suas reivindicações. Quando finalmente resolverem sair contam-nos como foi. Obrigada, e por mim até o mais tarde que puder ser.

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COMENTÁRIOS (de 93)

Tristão > Madalena Magalhães Colaço: Em minha opinião o número não é assim tão utópico, Paupério não inventou o número, tratam-se de estimativas das Nações Unidas, podem ser exageradas, podem, mas que o fluxo migratório para a Europa vai aumentar, disso quase ninguém tem dúvidas. Agora se a Europa tem condições de absorver números dessa grandeza, pois evidentemente que não, seria uma catástrofe a todos os níveis, trata-se de um enorme problema cuja solução não é fácil. Parar a imigração para a Europa vai ser como querer parar o vento com as mãos, ainda para mais com as extensas fronteiras que a Europa possui e a sua capilaridade. Se nem os Estados Unidos o consegue que só tem uma fronteira (a do México a do Canadá não conta) e conta com policiamento intenso e muros de centenas de kms, o que acontecerá na Europa?                 Madalena Magalhães Colaço: A Helena tem toda a razão quanto à anomia de quem ouviu Paupério na questão dos 200 milhões de refugiados virem para uma Europa que hoje tem cerca de 500 milhões. Nos três canais televisivos da CNN à Sic como RTP, todos os comentadores de serviço acharam Paupério muitíssimo bem preparado e deram-lhe a maior pontuação. Como é possível os comentadores, muitos são jornalistas, chegarem a este ponto? O péssimo jornalismo é a principal causa da deterioração da democracia na Europa.                    Tristão > Madalena Magalhães Colaço: Permita-me que discorde de si. Há para aí uma grande confusão entre o que se defende e como se defende. Se baralharmos tudo então quem não defende as nossas ideias estará sempre mal … Eu posso discordar muito de alguém, mas posso reconhecer que ele é eficaz em defender as suas ideias. Exemplos não faltam. Sócrates era um vendedor de banha da cobra fantástico muito eficaz a transmitir a sua narrativa, em minha opinião evidentemente, mas eu sempre o combati mas não tenho receio nenhum em reconhecer esse seu mérito. Resumindo, podemos discordar muito de alguém mas recolher que o faz com eficácia.                Sata > Rui Lima: Exacto!            Miguel Vilaverde: Em relação ao Pauperio afirmo o que sempre disse da extrema esquerda radical, debaixo daquela aparente bonomia, superioridade moral e no caso pessoal do Pauperio aquele ar de banana - para ser simpático - existe sempre um fanático e selvático ditador...gente alucinada e extremamente perigosa!               Maria Tejo: A Helena Matos na sua lucidez habitual. Hoje bem acutilante. Se ao menos os seus colegas jornalistas e comentadores do Observador, sobretudo os deslumbrados pelo politicamente correcto - que não são poucos - a lessem e reflectissem sobre as suas palavras, creio que teríamos todos muito a ganhar.                 José B Dias: Efectivamente o pior de tudo é a absoluta indiferença com que a esmagadora maioria reage aos disparates insanos que vão sendo quase que diariamente produzidos por gente alienada e/ou mal intencionada... PS: subscrevo a proposta de tratamento a dar aos "activistas" de tudo e do seu contrário.              Pedro Correia: Assertiva, como sempre. Em relação ao Pauperio, a verdade é que, tirando o CHEGA, ninguém sai do politicamente correcto, e daí a tal "anomia" com que foram recebidas as alarvidades que disse. Criar condições?! Corredores de emergência?! Como costumo dizer, ele que leve um ou dois para casa dele, que o abrigue, o alimente, o sustente, que isso passa-lhe!                 Maria Nunes: Excelente artigo. É assustador como estas cabeças pensam. Completamente fora da realidade. Terão problemas mentais? É o que parece. Com todo o respeito pelas pessoas que sofrem dos mesmos. Quanto aos meninos rabinos, HM deu a solução óbvia.                    Alfaiate Tuga: Os partidos de esquerda com os votos que os portugueses lhes dão estão a rebentar com o futuro do país, ou pelo menos com um futuro de prosperidade. A imigração que conseguimos atrair é na esmagadora maioria de gente sem qualquer qualificação, a entrada dessa gente no mercado de trabalho faz cair os salários das profissões menos qualificadas, tipicamente exercidas por pessoas da classe baixa. Dito de outra forma, as pessoas de classe baixa que votam em partidos de esquerda estão a votar em partidos que permitem e até incentivam a entrada em Portugal de gente que vem competir com elas em salários e número de horas trabalhadas, impedindo desta forma que os seus salários subam. A abundância de mãos-de-obra barata inqualificada incentiva a criação de negócios que explorem essa mãos-de-obra, claro está que são negócios de baixíssimo valor acrescentado que contribuem pouco ou nada para o desenvolvimento do país. Por outro lado os partidos de esquerda e aqui com o apoio dos populistas oportunistas chumbaram no parlamento a baixa de IRS da classe média alta, tipicamente mais qualificada e que cria de facto valor, estamos a dizer a esses para emigrar se quiserem deixar de ser esbulhados em impostos. Qualquer empresa de tecnologia portuguesa ou estrangeira prefere estabelecer-se em países onde os seus funcionários não têm que dar ao estado 50% do proveito do seu esforço, simples, por isso é que não há investimento de jeito em Portugal. A imigração está a rebentar com o país a nível económico e social, depois virá a criminalidade e a seguir nem o turismo nos vai salvar. O caricato, é que os mais prejudicados serão as classes baixas, as mesmas que andam com os governos de esquerda ao colo.                 Henrique Mota: Perdoai-lhes, porque não sabem o que dizem. Ele não é Paupério. É paupérrimo.                  Fernando CE: Nem mais. E a proposta do pauperio para a agricultura e outros dislates, a que os comentadores acharam imensa graça e frescura mais não são que antigas e velhas receitas, que a serem postas em prática apenas levariam a mais miséria e              empobrecimento. A história dos imigrantes climáticos que mais à frente já seriam amantes da liberdade e democracia foi outra das incongruências do Livre. Deste partido nada há a esperar de bom, apenas gente que no fundo odeia o sistema liberal e capitalista indissociável da democracia e liberdade europeias.          Rui Lima: Há guerra na Nova Caledônia porque passa a haver o mesmo critério para o voto que na metrópole França . ”Um povo que se recusa a declinar, desaparecer, a extinguir-se - os povos ligados às suas raízes, às suas culturas, aos seus mitos devem ser protegidos ” não, não são palavras de Renaud Camus escritor maldito, é da esquerda francesa são pelo bom racismo pela boa xenofobia que é de todos os outros povos desde que seja contra branco.                   Fernando Cascais: Cascais 2050 O verão chegou quente juntamente com a disenteria ao grande acampamento em frente ao Hotel Baía. A Praia da Ribeira mais conhecida como a Praia do Peixe é hoje uma latrina a céu aberto. À noite a praia torna-se um cemitério de luz iluminado pela incineração dos mortos em barcos funerários. As autoridades tentaram isolar o centro da vila para controlar a doença, mas, os milhões de refugiados são impossíveis de controlar. Entretanto o Cascaishopping que tinha fechado portas há cinco anos depois dos refugiados terem tomado posse dos corredores de circulação, é agora o 2° maior acampamento de Cascais depois do centro da vila. Sem electricidade, água e esgotos o antigo centro comercial é agora um campo de refugiados bombardeado com víveres lançados por helicópteros chineses. Entretanto o território português fragmentou-se em Portugal Norte e Portugal Sul chefiados pelo Velho Ventura e Francisco Paupério respectivamente, que discutem ferozmente para que Portugal Norte abra as fronteiras para a distribuição de refugiados. Portugal Norte que caiu nas mãos da extrema-direita recusa-se a receber refugiados. Entretanto Portugal Sul, com o apoio do Irão ameaça o Velho Ventura com o foguetes e ataques à vedação caso este não colabore e não deixe passar refugiados. Há quem chame a Portugal Sul a nova Faixa de Gaza na Europa e a Cascais a nova Beirute. Nota: Não vamos chegar a tanto, mas, começamos a ter algum caos, designadamente na habitação com tanto imigrante. A tendência, obviamente, será para piorar. Se com 10 temos problemas de acolhimento, com 100 teremos 10x mais problemas. A chegada de imigrantes tende a ser exponencial. Se dois imigrantes convidam um outro a imigrar, 10 imigrantes convidam 5, 100 convidam 50. É natural convidarmos a família e amigos a juntarem-se a nós. Começa a ser urgente estabelecermos novas políticas para a imigração enquanto podemos.            Seknevasse: "A emergência substituiu a revolução como factor detonante duma alteração inexorável. " Pois, de volta á velha cartilha comunista, com novas roupagens.                  Nuno Borges: O socialismo propugna a imigração como forma de arrastar os portugueses para a destituição e para a pobreza.              João Vaz: O Paupério é a nova revelação do cançonetismo nacional. O duo Mortágua já está gasto, os artistas têm de se ir renovando, mesmo que a música seja a mesma. O ódio à Europa, ao cristianismo, à beleza. É o espírito do ressentimento, agora com um aspecto um bocadinho mais arejado. Mas a culpa da promoção não é só do pretenso jornalismo, é também de uma direitinha culturalmente colonizada e que deixou a esquerda marcar a agenda. Uma direitinha que se pode distinguir na economia, mas no resto vai a reboque da agenda. Talvez porque, na essência, não se distinga assim tanto do esquerdalho.             João Floriano: Considero que Helena Matos está a exagerar quando fala na anomia que recebeu as considerações desastradas do «brilhante» Paupério. Provocaram um acentuado alarme ao ponto de no debate seguinte, o candidato do LIVRE ter emendado para 200 milhões em trânsito, o que ainda é mais assustador. Uma multidão em trânsito semelhante a uma manada sem rumo, arrasa tudo o que encontra no caminho. Em 2015 correu mundo a notícia de um sírio ter sido rasteirado num campo húngaro, o que a ser intencional é reprovável. No entanto muito pouco se falou nos estragos causados pela passagem dos refugiados sírios. A Hungria em termos demográficos parece-se muito com Portugal, com aldeias esquecidas e muitos velhos. A perturbação foi grande e estamos a falar de pouca gente por comparação com os 200 milhões de Paupério e que levarão à destruição do que é a Europa. Felizmente o jovem na sua arrogância juvenil potenciada pelo sentimento de que a extrema esquerda é «boazinha, moralmente superior e um bastião na luta contra as trevas da direita que querem apagar  a luz da democracia na Europa», fez-nos um enorme favor e expôs precisamente o que essas forças políticas pretendem. E não é nada de bom! Paupério não é peixe mas morreu pela boca, mesmo que um grupo de comentadeiros o considerem um prodígio, um génio, uma inteligência. mas aí também estes comentadores assemelham-se a Paupério porque também morrem pela boca. Foram humilhados a 10 de março e preparam-se para repetir a dose no próximo dia nove. Ainda em relação a Paupério, ele que se ponha  a pau com o irrascível Rui Tavares   não deve estar muito feliz com a concorrência. O seu enorme ego não suporta concorrência e ainda por cima não ficou nada contente com a escolha do Paupério que ainda lhe está atravessada na garganta. Eu se fosse a Rui Tavares teria muito cuidado porque em breve aparecerá quem lhe dispute a liderança. Já há uns rumores de contestação. Por isso é que Rui Tavares anda tão irritado e nervoso: não é apenas a preocupação com os bitaites do Ventura sobre os turcos. Quanto aos nossos «activistas» pro Palestina concordo totalmente com a proposta de Helena Matos: devem protestar em paz, sem preocupações burguesas a ocupar-lhes a pureza do protesto: nada de água engarrafada, redes sociais, ou pizzas. Protestem em paz .               José Rego: Obrigado Helena Matos. A população africana até 2050 irá subir de de 1.3bi para 2.5bi. E até 2100 irá passar para os 4.5bi. Segundo a esquerdalha devemos acolher esta gente toda?! Será o fim da Europa, como eles tanto querem. Quanto ao elogio e falta de escrutínio relativamente ao Sr. Pauperio, pode começar pelos seus colegas de redacção do observador, que tanto o elogiaram. Sempre as mesmas intenções (a destruição da nossa sociedade e do nosso modo de vida, que só lhes inspiram desprezo e ódio) embrulhadas nas bonitas intenções e utopias para enganar ingénuos e levar , como sempre, ao sofrimento incalculável e à morte de milhões.            José Paulo C Castro: O que eu acho curioso é ninguém lhe perguntar a origem dos números que atira para a frente. Porquê 200 milhões ? Quem tem essas contas feitas e como as fez? Dizem-no bem preparado e não perguntam o óbvio... Quanto aos ativistas da Nova, eu fechava mesmo as portas daquilo e esperava que eles pedissem para sair. Nessa altura, chamava uma empresa de desinfestação.                    Maria Augusta Martins: Saudades da bolacha Paupério! Este nem tem sal, nem adubo nem sabor!                  João Floriano > José Carvalho: E até posso ver a resposta que vai ter: A Europa é um espaço de humanismo e democracia. Precisamos de trabalhar para a paz. A Europa acolhe todos os que a procuram ( bem.... se forem de direita, isso já não!). Além disso serão os imigrantes que vão pagar as reformas do futuro porque todos contribuem para a segurança social. A segurança social é o trunfo imbatível da esquerda. O pior é que contribui-se mas também se usufrui da segurança social (isto não é censura porque quem contribui tem direito). A resposta verdadeira que não se pode dizer é que uma Europa com 200 milhões de imigrantes muitos dos quais não se querem integrar é uma Europa destruída. Mas isso não convém nada abordar.                 Ronin: A razão da cobertura mediática, leva cada vez mais à revolta dos portugueses de bem que vão acordando e que são a maioria silenciosa. A SIC, RTP, TVI/CNN foram os mais beneficiados pelos subsídios, perdão, contratos de publicidade institucional da SCML feita pela Mesa da provedoria da mesma chefiada pela sonsa Ana Jorge, a eterna nomeada para tudo o  que era cargo no MS, à semelhança de milhares de médicos, enfermeiros ao longo destes anos todos de governos do Centrão. SIC 3 M€, TVI 2,5 M€, Media livre 1,5, RTP 1,5, já vai na lista enorme tirada do Portal Base em mais de 16 M€.                  Rui Lima: Hoje na Europa todos somos obrigados a aceitar 200 milhões ou 600 milhões de “clandestinos” perdão refugiados quem o contesta é criminoso aos olhos da lei. Foram presos e a agora vão ser julgados, notícia do jornal “ Le Figaro “ “Le Figaro: "Marselha: cinco homens julgados por colocar uma faixa anti-migrante…”               João Ramos > Antonio Alvim: Infelizmente os ADs e ILs não passam de uns cobardolas complexados e daí o crescimento do Chega… a esquerda está se a tornar hegemónica exactamente por culpa da inabilidade dos chamados partidos da direita moderada!                 José Carvalho: "Os bons libertadores do hemisfério norte, depois de terem anunciado durante décadas o melhor dos mundos possíveis às nações nascidas dos processos ditos de descolonização, e que mais não foram que processos de entrega à tutela soviética dos novos estados, falam agora como se esses territórios não tivessem outro futuro além da emigração com destino à mesma Europa de que outrora os quiseram libertar." Para escrever na pedra. Parabéns Helena Matos!          Nuno Borges > José B Dias: São alienados e mal intencionados, trabalham para conduzir o rebanho para o comunismo por todos os meios, ilícitos ou não.                    Paulo Orlando: Relativamente às manifestações dos betinhos do clima, concordo plenamente, é deixarem-nos berrar sozinhos. Os media que se dediquem aos assuntos que afectam as pessoas comuns que se deparam com problemas reais e deixem as profecias para as seitas e cultos.                  Tim do A: O Livre quer acabar com a Europa livre.                 Antonio Alvim: Mas perante o arrazoado dos 200 milhões, apresentados como um seu direito e um dever da UE, os candidatos da AD e da IL encolheram-se, não contestaram esse direito e dever e correram a dizer que não estavam de acordo com a directiva da UE. Ou seja deixaram por inteiro o tema para o Chega                   Fernando Cascais > João Floriano: Outro aspecto importante que não se pode referir é que os povos têm características próprias, sejam elas ganhas pela geolocalização, religião, cultura ou genes hereditários. Não é por mera casualidade que os suecos ou alemães desenvolveram melhor as suas sociedades do que os latinos, ou, porque o Sudão não consegue ultrapassar os conflitos étnicos. Antigas colónias europeias, quer no mundo árabe, quer no continente africano não conseguem dar o salto para democracias plenas e desenvolvimento dos respectivos países. Os seus habitantes procuram outras paragens para viverem vidas melhores, mas, inevitavelmente, trazem consigo a religião, cultura, hábitos de governação e as caraterísticas físicas e emocionais. Se numa população de 10 milhões como é o caso de Portugal, que construiu uma sociedade laica, regrada, de respeito mútuo e de cidadania pode perfeitamente integrar meio milhão de imigrantes (um rácio de 20 portugueses para 1 imigrante) na cultura e hábitos portugueses, todavia, se esse rácio aumentar de 2 para 1 (5 milhões de imigrantes) perdemos automaticamente o controle. As esquerdas radicais estão em modo suicida pelo caminho do caos. Falta perceber porquê? Que dividendos podem tirar de um país sem controle na imigração? Não sei, talvez poderem conquistar o poder através do caos? A anarquia ser um modo de vida? O assunto é sério e grave. A União Europeia já o percebeu. Hoje já não haveria um BREXIT, a UE cederia aos interesses do Reino Unido. Também em Portugal já se começou a perceber a gravidade da situação, incluindo o PS que fala no assunto. Creio que ainda vamos a tempo de travar. O rácio ainda está a nosso favor, deve andar nos 10 portugueses para 3 imigrantes, mas, muito rapidamente chegaremos aos 5 milhões de imigrantes, provavelmente em 2026 se nada for entretanto feito. Depois, 10 milhões de imigrantes é apenas um passo. Cada dois imigrantes traz um amigo ou familiar e eles são às centenas de milhões. Bom domingo                  MCMCA A: Nāo consigo entender a falta de vergonha e brio profissional dos comentadores sobre os debates. Os comentários sobre Paupério só demonstram que esses painéis dobram a coluna a quem lhes paga o comentário caso contrário seriam dispensados tal os dislates que aplaudiram. Como é que os dislates que saíram da boca de Paupério viraram reveladores de bom desempenho? Só um motivo existe para tal aceitação e chama-se o ”rasto do dinheiro”.                    Luis Santos: A esquerda é onde se alojam os inúteis , calaceiros , aproveitadores e as mentes mais instáveis.                   Maria Tubucci: Muito bem HM. Sim é verdade, que o Papoila seja um pascácio apalermado, está no seu direito. Agora os bitaiteiros opinadores não conseguirem discernir as tontices do seu ídolo, diz tudo sobre o habitat destes bichos, vivem num mundo distópico. Esta fauna alucinada acredita que quem os ouve são todos lerdos como eles, estão muito enganados, vão tender para a extinção. Para os asnos birrentos da FCSH defendo que devem ser deixados no meio da floresta amazónica, sem nada que seja proveniente dos combustíveis fósseis.              Anabela Infante > Glorioso SLB: Os dois milhões de portugueses que vivem em França não andam a cometer actos de terrorismo nem a assassinar pessoas em actos tresloucados.além disso, regem-se pelos mesmos valores civilizacionais que os franceses ou qualquer outro povo europeu. Quer comparar os emigrantes portugueses em França com os povos islâmicos que pululam pelo país?                   João Ramos: Os “comentadores” (machos e fêmeas) o que dizem sobre o que eles gostavam que se passasse nos debates nada tem a ver com o que na realidade por lá se passa, portanto as pessoas minimamente inteligentes poderão ver os tais debates e quando chega a altura dos tais «comentários » mudam imediatamente para outros canais que nada tenham a ver com o assunto, pois a análise que cada um fará será sempre mais objectiva e realista que os tais comentadores que para ali vão apenas para tentarem impor as suas próprias ideologias e isto sem qualquer vergonha, fazendo com isso um péssimo serviço à democracia que tanto apregoam…             pedro dragone: E, no entanto, o alucinado foi promovido a candidato revelação! Isso diz muito sobre a qualidade do jornalismo e do comentariado que temos por aí.                    Liberales Semper Erexitque: Então agora chamam-lhes "refugiados climáticos", aos descamisados do terceiro mundo que emigram! Consigo ficar sempre admirado com novas manifestações de criatividade discursiva por parte dos esquerdoidos. São imbatíveis! E impagáveis, por isso é melhor não lhes pagar.                Lupus Maris: A Europa só é esse espaço de liberdade por causa da tradição europeia que os povos europeus construíram e sedimentaram ao longo de muitos séculos. Essas "massas", descontroladas, nada respeitadoras desse modo de vida, excepto no que se refere ao nível de vida e à protecção social, em poucas décadas hão-de fazer desaparecer rapidamente os ideais europeus. Futuras vítimas principais: mulheres e pessoal LGBTs-não-sei-quê...              Maria Emília Ranhada Santos: Grande cronista, esta senhora! Tudo dito, mas Francisco Paupério está em Portugal mas não luta pelos portugueses como aliás muitos outros! Ele é um colaborador perfeito das elites da NOM. Ele pretende destruir a Europa com invasões sucessivas de imigrantes! Mas o pior é que ele sabe bem que está a fazer um grande mal aos portugueses com essa imigração em massa desregrada! A pergunta é: porque deseja um português acabar com o seu país? Simplesmente porque outros valores se levantam para essa pessoa! Porque votam os portugueses em pessoas que desejam o nosso fim? A resposta só pode ser, porque limitaram a sua capacidade de pensar! Será que se consideram mais espertos do que nós? Lavagens cerebrais, fazem com que as pessoas deixem de ser livres e pensem apenas como eles mandam! Cérebros formatados! Muita propaganda em cima, muita comunicação social mentirosa! Alterações climáticas, refugiados climáticos, aviões climáticos, ideias climáticas, tudo é climático! GRANDE ARMA QUE FOI ENTREGUE A ESTE EXÉRCITO!                     João Floriano > Fernando Cascais: Genial, caro Fernando e não haverá demasiado exagero na sua visão. O problema que se coloca sobre a entrada de imigrantes não desejados é que tal como dizia o Tristão numa metáfora feliz, é como parar o vento com as mãos. A adopção de métodos violentos levará a guerra civil ou organização de grupos armados de ambos os lados. Certamente um problema existencial muito sério que a Europa vai perder.                   GateKeeper: A HM terá toda a razão do Mundo & arredores conhecidos, mas.... Não vejo ninguém a contradizer seriamente e com todos vis pontos nos iiis um paupérrimo esquerdalho leninista que, irónica e pateticamente concorre como "cabeça " de lista telefónica a um "parlamento" que repudia. Acontece que o falsete de "emergência inclusiva e muito woke-esquerdalha está a "vestir-se" ;para nós pagarmos mais uns valentes milhares de milhões para recepcionar imigras do N de A e do MO. Para além das evidentes aldrabices da verborreia deste personagem ridículo, o futuro dos nossos filhos que ainda vão ficando por cá e dos nossos netos que certamente se irão embora ou nunca mais regressarão, está a ficar ainda mais hipotecado. Só AVentura e o Chega! se manifestam para além da miserável cobardia da "cs" avençada e do mísero "centrão" [des]governativo:actual ps1+ ps2d. Eu compreendo o porquê da sua delicodoce descrição e comentário. É que parece mal, muito mal, gritar de revolta numa sala cheia de cobardolas situacionistas deste podre regime.                  Antonio Rodrigues: Tive curiosidade e fui ouvir a nova estrela do Comentariado Nacional. Fiquei a pensar que o apelido Paupério se refere à capacidade intelectual do sr. O que diz muito da mesma em relação aos comentadores que o apreciaram. Em relação ao sr candidato do Chega, só fiquei com uma dúvida, e peço a algum dos participantes lhe faça a pergunta, a Terra é redonda?                  João Floriano > Fernando Cascais: A cólera é perfeitamente aceitável mas um sentimento nada recomendável porque perdemos a cabeça. Não sei o que se passa na cabeça de Tavares mas se fosse ele estaria preocupadíssimo com uma série de coisas. Ter um bom resultado no seguimento do quarteto que conseguiu, manter o controle do partido e mostrar ao novo galo do terreiro que é o galo velho que manda. Curiosamente Rui Tavares estará sempre encravado quer o resultado dia 9 seja bom ou mau. Se Paupério tiver uma votação robusta, a liderança de Rui Tavares está em perigo. Se a votação for má (espero que seja porque aquela dos 200 milhões faz tremer qualquer europeu e ainda por cima achar que se conseguem integrar), Rui Tavares também não fica bem na fotografia. Na extrema-esquerda o LIVRE e o BLOCO andam em grande confronto. Nem sequer se fala no PAN. Parece-me que estão a ver se apanham o eleitorado de Inês Real. É poucochinho mas em tempo de vacas magras, não se pode ser esquisito. O PCP joga noutro tabuleiro. Enganem-se os que pensam que o PCP desaparece. Apenas se resguarda e vai esperar por melhores dias. Tanto Rui Tavares como Mariana Mortágua querem dirigir a extrema-esquerda. O Bloco está a perder terreno. A imagem das mulheres do Bloco está muito gasta e não tendo havido renovação. Rui Tavares coloca a fasquia muito alta, acredita na bajulação da CS e até já fala em se preparar para ser governo ao lado do PS. Deus nos acuda! Há pouco ouvi o «seu» Cotrim que gostaria muito de vencer o CHEGA. Pois!!!!             A D: O grande problema que a Civilização Ocidental enfrenta hoje em dia é a chamada democracia pluralista, que não tem qualquer futuro a longo prazo porque se baseia, precisamente, no desrespeito do povo. Reparem no poder dos “média”, que não representam o povo (nem são capazes de sobreviver por si, sem “ajudas / subsídios do Estado), que formam a vontade popular com base em mentiras diariamente propaladas (o que propagam sobre o Livre, o PS etc. é paradigmático e levam a que esquisitices como transexuais, binários, mariquices, etc. dominem o dia a dia das televisões onde só se admitem programas se os apresentadores forem dessa trupe, dando a entender que vivemos num mundo de aberrações quando a esmagadora maioria das pessoas são apenas normais…)        José Miranda: E ainda dizem que o perigo vem do Ventura!…                   Graciete Madeira: Brilhante artigo. Parabéns.                   antonyo antonyo > Madalena Magalhães Colaço: O problema é que denunciar e criticar jornalistas inquinados é um crime de lesa-majestade. Como os artistas e os músicos têm todos que ser de esquerda . Porque sim …                    João Floriano > Fernando Cascais: Esquecemos um pormenor importante: o caos na Europa provocado pela imigração sem controle vai ser devidamente aproveitado por russos e chineses que não terão qualquer pejo ou hesitação em aplicar métodos menos humanos. Vamos esperar que o dia 9 de junho traga uma mudança nas políticas europeias sobre o problema e simultaneamente mais uma cacetada ( sentido figuradissimo!!!!) nos Paupérios , Catarinas  e afins. e agora passando para um assunto verdadeiramente sério. O Fernando que é uma mente esclarecida, bem informada, conhecedora dos dossiers como agora se diz, acredita mesmo que o que caiu em Castro d'Aire foi um meteorito? Tenho quase a certeza que foi uma nave Anunaki. Temos falado tanto deles que resolveram mandar uma nave espacial para o Tânger. Temos o testemunho de um noctívago de Castro de Aire que jura que o meteorito tinha um faixa a dizer: «Tânger amigo, os Anunaki estão contigo!» ao estilo daquelas avionetas que passam por cima do Big Brother. Este testemunho foi corroborado pela Brigada de Trânsito da GNR ao mesmo tempo que registava uma taxa de alcolémia 10 vezes superior ao normal. As noites por «Bijeu» têm estado frias!                 bento guerra: Paupério deve, se assim o acha, defender que a Europa pode muito bem assimilar 200 milhões de refugiados. Numa Europa com cerca de 500 milhões de habitantes, cabe aos jornalistas dizer que perante estes números, a bondade de acolher tanta gente é inviável, como aqui diz e muito bem a Helena Matos. A boa discussão nasce quando se tem opiniões diferentes, mas opiniões baseadas em algo que não seja meramente utópico. Inadmissível é os jornalistas de serviço elogiarem a boa preparação do candidato.           Antonio Sennfelt: Texto e Post Scriptum de antologia! Parabéns à autora!                       José Carvalho: Se eu fosse moderador no debate perguntaria a Paupério se os "corredores humanitários" que propõe para os imigrantes são como os corredores dos hospitais sobre-lotados, à espera de transporte para a morgue, ou se, pelo contrário, são corredores que conduzem a algum lado. Neste último caso, que solução deve ter a UE para esse "lado"?                     Nuno Abreu: Paupério é o novo Apóstolo Mateus que pregava o fim do mundo. Dizia: "Porque serão dias de horror, como o mundo jamais viu em toda a sua história, nem nunca mais se tornará a ver coisa igual. O Sol ficará escuro, a Lua negra, as estrelas cairão do céu e as forças que suportam o universo serão sacudidas."                                                                                                 Mas por fim, aparecerá o sinal do Filho do Homem no céu: o Paupério!               Jose Luis dos Santos Ferreira: Helena Matos, mais uma vez, obrigado.                     Alexandre Barreira: Pois. Caríssima Helena. Por favor não ligue. A "filosofias emergentes". E prepare o "guarda-chuva". E as "galochas". Que o "tempo paupérrimo". Vem a caminho...!                 Gustavo Lopes: Lúcido, como sempre, HM!!! ADOREI O P.S.!!!! Subscrevo cada letra, cada palavra, cada ideia… Paupério é paupérrimo de ideias  O único adulto na sala das europeias é o embaixador Tânger Madalena Magalhães ColaçoTristão