Para o decidido Luís Montenegro,
oxalá não foram fábulas sonhadas, como se prevê, no contexto habitual da nossa
troça descrente. E da nossa apatia fervente.
Um azar nunca vem só…
Para azar de Ventura, o actual
primeiro ministro começou a “mostrar serviço”, e a marcar a agenda política,
sem “papas na língua” no debate quinzenal. Um azar nunca vem só…
DINIS DE ABREU
OBSERVADOR, 20 mai. 2024, 00:1655
Subitamente, o vento mudou. E a “meteorologia”
política parece estar mais favorável
e a correr de feição a Luís Montenegro e ao governo.
As
previsões de borrasca no horizonte, com um “rio atmosférico“ que implicaria
a deslocação urgente do primeiro ministro a Belém, com as “calças na mão” (e
uma carta de demissão…), parecem adiadas “sine die”, talvez “apalavradas” para o próximo Orçamento de
Estado, lá mais para o Outono . E mesmo assim, cautelosamente, o PS
deixou de ser taxativo na sua predisposição para o “chumbo”.
Ao anunciar um conjunto de decisões
aprovadas em Conselho de Ministros, envolvendo o novo aeroporto em Alcochete, a
terceira travessia do Tejo ou o comboio de alta velocidade até Madrid, Montenegro surpreendeu as oposições, da
esquerda à direita, e, terá surpreendido mesmo quem, portas adentro da
coligação, admitia vida curta para este Executivo.
Diga-se, aliás, que a primeira surpresa foi a composição do próprio elenco governativo.
Em silêncio, sem transpirar nada para a comunicação social, o segredo foi
guardado até ao fim, e, mesmo em Belém, houve reparos e estranheza por terem
faltado as “dicas” sobre os contactos em curso.
Ao
contrário do que costumava acontecer com António Costa, cuja porosidade
permitia que as escolhas de governantes chegassem primeiro à praça pública —
sem filtros, nem sequer escrutínio adequado em não poucos casos — Montenegro
teve artes de arranjar um“governo de combate”, com “nomes sonantes“, como agora
se diz a propósito de manifestos, e sem soluções de improviso ou de recurso.
Mais: quando as oposições e os media amigos das oposições, já se
perfilavam para acusar Montenegro de inacção — por não resolver em um mês de
actividade aquilo que as esquerdas e o PS não tinham resolvido em oito anos –,
o primeiro ministro, cumprido o recolhimento “monástico”, tirou da “cartola“
não um mas vários coelhos, num
passe de “mágica” que desarmou a assistência, já preparada para a pateada.
Pior: os ministros parecem decididos a
não dar descanso aos media nem aos inúmeros comentadores avençados, ao
proporcionar-lhes farta matéria para demoradas cogitações.
Foi a Santa Casa com a provedora e a mesa exoneradas, enquanto
se começou a desvendar o enorme buraco financeiro, resultante do “forrobodó” da gestão socialista, que
comprometeu uma instituição centenária; foi o director nacional da PSP, muito próximo dos sindicalistas e
activistas da corporação, a receber “ordem de marcha”, substituído por outro polícia com folha limpa e currículo invejável;
foi o director executivo do SNS – um “biombo” , inventado para proteger o
ex-ministro da Saúde –, que renunciou ao encargo, aproveitando alegadas
discordâncias com a nova ministra, para voltar ao ofício de médico, do qual
nunca deveria ter-se afastado.
Ou seja, em menos de um mês, o governo “arregaçou
as mangas” e optou por tomar a iniciativa e governar, indiferente ao facto de
não dispor de maioria no parlamento, nem dos favores da maioria dos media.
E
criou um sério embaraço às oposições, como se notou no primeiro debate quinzenal,
onde Montenegro, se lembrou, por acaso, de “ressuscitar” o antigo tribuno
que foi, enquanto líder da bancada social democrata, para ripostar à letra a
André Ventura e a Pedro Nuno Santos, provocando-lhes notórios engulhos.
A
contraofensiva do governo ganhou uma tal amplitude que até obrigou José
Sócrates (cada vez mais convencido de que valeu a pena o imbróglio jurídico que
ajudou a montar, a confirmarem-se as prescrições…) a reclamar a “paternidade” dos
projectos anunciados, secundado por Pedro Nuno, para quem este foi “o terceiro
Governo a decidir fazer o aeroporto em Alcochete”.
Recorde-se que o segundo foi no “reinado” de
António Costa, no qual o mesmo Pedro Nuno ocupava a pasta das Infraestruturas e
que viu o seu despacho de localização do novo aeroporto de Lisboa revogado em 24 horas, por ter sido
publicado sem “dar cavaco” ao primeiro ministro, ausente no estrangeiro.
Uma “maldade” que lhe custaria a humilhação pública e, mais adiante, a
demissão do governo.
E, embora o “pacote” das grandes obras públicas,
não passe ainda do papel, a realidade é que os anúncios foram levados a sério,
ao ponto de ninguém aparecer a questionar a sua viabilidade e ser um apetecido
consolo para as imobiliárias, que correram a rever os planos e os preços dos
terrenos e das habitações, à volta do antigo campo de tiro e Alcochete…
Moral
da história: Montenegro acertou em cheio. E Pedro Nuno não teve outro remédio se
não garantir que o PS “nunca porá em causa esta decisão”.
Com
o “visto” do bloco central, meio século depois do início dos estudos para a
mudança, o novo aeroporto da capital poderá “ter pés para andar”, sem precisar
de “arrastar os pés”, a menos que Pedro Nuno queira dar razão a Ventura, quando
este estranhou os dez anos previstos para a sua construção, comparativamente
com o prazo — que ficou por metade –, para operacionalizar o novíssimo
aeroporto de Istambul, apesar de ter considerado que “os turcos não são
propriamente conhecidos por ser o povo mais trabalhador do mundo”.
Com esta frase, Ventura voltou a “incendiar” o
parlamento, expondo o presidente Aguiar
Branco às críticas assanhadas das esquerdas por não lhe ter “cortado o pio”, uma prática de
mestre-escola seguida, zelosamente, pelos seus antecessores socialistas, Ferro Rodrigues e Augusto Santos Silva,
que muito contribuíram, de resto, para
a notoriedade do líder do Chega.
Curiosamente, houve logo quem
descobrisse o erro de Ventura. Afinal, segundo dados recentes publicados pela
OCDE, os turcos encontram-se entre os que mais trabalham, figurando em 13.º
lugar no “ranking” dos 38 países da organização, em contraste com os
portugueses, menos produtivos e distantes, ocupando a 20.ª posição na soma de
horas anuais trabalhadas.
Conclusão óbvia: Ventura criticou, distraído, em vez dos
turcos, a “preguiça” dos trabalhadores portugueses, que precisam do dobro
do tempo para construir um aeroporto aparentado…
A
polémica sobrou, no fundo, para o Presidente do parlamento, que ao bater-se – e
bem – pela defesa da liberdade de expressão dos deputados, foi “mimado”, desde
logo, pelas esquerdas e pelas organizações afins do costume, só faltando ser
declarado “racista” e “xenófobo”. Um disparate.
Com estas “escaramuças” parlamentares,
em plena pré-campanha eleitoral para as Europeias, que decorre sobretudo nas
televisões, tornou-se notória a
fixação de Catarina Martins na “extrema direita” durante os debates em que
participou, aparentemente esquecida de que ela própria, apesar dos sorrisos e
do olhar guloso para as câmaras, representa a “extrema esquerda” na qual se
reconhece o Bloco.
Com uma vantagem que não é despicienda:
Catarina tem hoje a “rodagem“ suficiente para exibir um à-vontade em estúdio
que deixa a léguas de distância o antigo embaixador António Tânger, cabeça de
lista do Chega, no pólo oposto à direita, com uma aflitiva incapacidade para ir
além de um discurso baço, longe da truculência que caracteriza o líder do
partido.
A
julgar pelas “classificações“ atribuídas pelos “painéis de comentadores” habituais,
a seguir aos debates – espécie de júri à maneira do “America’S Got Talent-, as “performances”
de Catarina são sempre convincentes e costumam pontuar bem. A antiga actriz não
deixa os seus créditos “por mãos alheias” no palco político, onde já se
movimenta com apreciável à-vontade e talento de encenação.
Se o eleitorado partilha ou não as
mesmas convicções dos “júris” isso já é outra conversa…
O
certo é que Catarina, sem nunca renegar o seu trotskismo original, aprendeu a “comunicar”
e, embora seja contrária — segundo a sua cartilha ideológica –, ao clube
europeu, ao euro, ou à “bondade democrática da NATO”, aliás, na linha da sua
antecessora, Marisa Matias, lá vai “levando a água ao seu moinho” …
Como porta-voz do radicalismo bloquista,
Catarina explicou esse facto com uma tocante candura e irrefutável modéstia, ao
dizer que “colocou-se a questão de o BE precisar de uma candidatura forte às
eleições europeias e houve a percepção de que eu seria a pessoa que o poderia
fazer”.
O
que não disse foi que ambiciona ter um lugar ao sol na “alta roda” de
Estrasburgo, para se ressarcir da derrota nas Legislativas, que a forçou a
renunciar à liderança do partido — repetindo o desaire e a fuga do seu “guru de
estimação”, Francisco Louçã. E já agora, se lá chegar, trata-se de um “santuário capitalista”
que lhe dará muito jeito para compor um “pé de meia” …
No
outro extremo, o Chega, depois da surpresa das Legislativas, precisa de um
assento no Parlamento Europeu, como “do pão para a boca”, para legitimar o seu
crescimento e provar que não foi por acaso que alcançou os 50 lugares em S.
Bento.
O problema é que o Chega, para ganhar
solidez e credibilidade, carece de quadros qualificados, algo que é uma
raridade por aquelas bandas, como se nota exuberantemente na composição da sua
bancada parlamentar.
Sucede
que Ventura, depois da euforia dos bons resultados nas Legislativas, também
entrou em perda, suspeitando-se que tenha alcançado, muito mais cedo do que
seria de esperar, o seu “Princípio de Peter”.
Ao contrário do que seria expectável – e
não obstante já não ter Augusto Santos Silva, como “adversário à perna” na
presidência do Parlamento -, Ventura
não corrigiu o estilo destemperado, recorrendo, invariavelmente, ao “ruido” comicieiro
quando intervém na bancada, seja ao votar ao lado do PS, sem “linhas vermelhas”,
seja ao desencadear uma manobra canhestra para enfraquecer e defenestrar o
Presidente da República.
Nem
Marcelo Rebelo de Sousa precisa destas “ajudas” para reajustar o discurso
e evitar deslizes, que os tem com fartura, nem o Chega se engrandece ao tentar
denegrir a primeira figura do Estado.
Marcelo
errou na improvisada oratória servida no final do jantar com jornalistas da
Imprensa estrangeira e só Deus saberá porquê, acreditando que Ele seja seu
confidente…
Mas sendo verdade que o que disse nesse jantar não é
insusceptível de crítica – e, até, nalguns passos, merecerá reprovação -, nada
justifica a absurda acusação de “traição à Pátria”, “embrulhada” à trouxe-mouxe
por alguém que é jurista, doutor em leis, supostamente mais capaz de
interpretar a doutrina e a jurisprudência aplicáveis do que um leigo básico.
E não foi o caso.
Ventura
procurou e forçou com as suas diatribes a amplificação mediática, e acabou
isolado no hemiciclo, com todas as bancadas – excepto a sua – a votarem a favor
do parecer de que foi relatora Isabel Moreira, a quem coube desmontar,
juridicamente, o “tiro de pólvora seca” dirigido ao Presidente e julgar
improcedente a queixa.
O líder do Chega perdeu credibilidade
democrática e fôlego para os desafios que se seguem.
Adicionalmente,
se o Chega quiser precipitar eleições antecipadas, “de braço dado” com o PS —imitando
a “geringonça” do Bloco e do PCP –, arrisca-se a “encolher” a sua bancada
e a concluir que o eleitorado pode ser volúvel e mudar de ideias…
Para azar de Ventura, o actual
primeiro ministro começou a “mostrar serviço”, e a marcar a agenda política,
sem “papas na língua” no debate quinzenal. Um azar nunca vem só…
COMENTÁRIOS de 55
JOHN MARTINS: Excelente crónica, agora à segunda feira, onde busca ao
pormenor todos os acontecimentos mais importantes da semana. Por mim escolho o
bombástico anúncio pelo Pº Ministro Luis Montenegro, da aprovação do novo
aeroporto Luis de Camões, da nova ponte rodo via férrea no Tejo e alta
velocidade Lisboa Madrid. Para quem tomou posse há 35 dias e teve que fazer a
limpeza à casa; este governo de Montenegro teve um início extraordinário, que
deixou as oposições desnorteadas. Habituem-se...e vejam como se governa o País! Antonio
Coelho: Finalmente
temos na Presidencia da AR alguém que sabe como lidar com André Ventura.
Enquanto deputado tem toda a liberdade para dizer o que disse, (legitimidade já
nem tanto, até por ser mais um facto mentiroso como é referido no artigo). Mas
Aguiar Branco esteve muito bem, a defender as liberdades, e retirando palco e
ruido mediático à volta de um hipotético capital de queixa de AV, ao contrário
dos seus antecessores, que, esses sim, levaram André Ventura num andor até aos
50 deputados. O combate democrático é a melhor forma (e se calhar, única) de
reduzir extremismos sejam eles de esquerda ou direita. Parabéns, excelente
artigo António
Soares: Excelente
artigo. Dinis de Abreu nunca desilude. Coerente,
frontal, claríssimo. Chapeau!
João Floriano: Está
enganado sobre o que corre mal a Ventura. Até corre muito bem o aparente
sucesso de Montenegro porque não basta anunciar, há que concretizar. vai
atingir o PS que não está nem um pouco interessado em que o governo tenha
sucesso. Ventura tem apenas de se sentar com um balde de pipocas e esperar para
ver como PS e PSD se vão engalfinhar. Ontem num documentário sobre vida
selvagem duas águias enormes brigavam por uma carcaça, observadas por outra
mais jovem e menos desenvolvida. No final as duas águias contendoras ficaram
gravemente feridas e adivinhe quem saboreou a carcaça: exactamente: a
lingrinhas que só teve de esperar.
GateKeeper: Embora
discorde a 100% com o DA mas lhe devo respeito há long time ago limito-me a
aconselhar o dito a ponderar melhor e muito mais a fundo as suas
"palavras". E que se questione, também a fundo sobre alguns dos
"temas" que analisa: 1. Quem é que perdeu, após 50 anos toda e
qualquer "credibilidade democrática"?! 2. Quem e como definiu logo à
partida o Chega! e A Ventura como estando para além de uma "linha
vermelha", vulga táctica esquerdalha para "afastar forasteiros"
do famigerado e podre 'arco do poder". 3. DA conhece alguém mais
confrangedora& mente míope do que LMonte-negro?... 4. Afinal, quem
"sofre de uma confrangedora falta de quadros qualificados"?! 5. É ou
não um graviasimo,'oxymoron' aacusar, embora indirectamente, 1,2 milhões de
Portuguesas e de Portugueses de, na verdade, tolinhos intelectuais?! O seu
texto contém algumas frases que eu nunca pensaria saírem do seu teclado.
Desafio-o a defendê-las e a discuti-las comigo "ao vivo", meu caro
DA. Vitor
Dias: Vozes de
comentador não chegam ao céu.
Hugo Silva: Só
peço ao cronista que me aponte uma medida, tomada por este governo, que tenha
sido prometida em campanha eleitoral e visto a luz do dia. Só uma... Apresentar
projectos, com prazo de conclusão para daqui a 15 anos, não me parece algo que
possa ser visto como mais valia.... É como chegar a presidente de um clube e
anunciar que, em princípio, daqui a 15 anos, vamos ser campeões. Francisco
Almeida: Hoje nem Dinis
de Abreu conseguiu escapar. O erro de Ventura sobre as capacidades de trabalho
dos turcos, obliterou totalmente o cerne da questão, o prazo previsto para a
construção do NAL. E, enquanto de discutem as lateralidades de Ventura, não se
fala na ponte de Chelas e no seu dossier do tempo de Sócrates. Já ninguém liga
a 400 milhões de euros. Já ninguém questiona o desplante de afirmar que os
portugueses não serão chamados a pagar as infraestruturas. Nem uma palavra
sobre a total identidade da governação de Montenegro com a do PS de empurrar os
custos para a frente com a barriga. Ninguém se pergunta quantas taxas
aeroportuárias e de que valor, serão necessárias para pagar o novo aeroporto,
completo com as duas pistas. Ninguém se incomoda com os
casos de Praga e Barcelona que, depois de crescimentos brutais, estabilizaram
quando foi atingida a saturação turística e ninguém questiona a opinião de
alguns operadores turísticos que Lisboa se aproxima dessa saturação. Ninguém se questiona o TGV Lisboa-Madrid - que essencialmente facilita a
vida a gestores espanhóis e a quadros portugueses que trabalham nas
multinacionais sediadas em Madrid, de onde gerem o mercado ibérico - e pergunta
pelos TGV com origem em Sines e em Aveiro que seriam essenciais para aumentar
as exportações. O facto político é que a
comunicação social fez as declarações de Ventura e os anúncios do governo, mais
importantes do que todas as matérias de facto. E nem Dinis de Abreu escapou. Pedro
Ferreira: Noto por aqui alguma azia em certos comentários ,que tentam desmentir o
obvio. bento guerra: O Chega foi o único partido a
apresentar um candidato caoaz e experiente. O governo do Montenegro tem os dias
contados, não por causa do Chega, mas do PS, eles é que decidem quando querem
voltar ao poder e depois o eleitorado castigará o "rural" manhoso
Fernando CE: Muito bem. Uma delicia
argumentativa. bento
guerra > João Floriano: Nem mais, não percebem o que é
o Chega e o tempo que tem para tirar partido do vazio e incompetência dos "tachistas"
do poder
Pobre Portugal: Discordo que “o Chega carece de quadros qualificados”. Serão mais
“qualificados” os deputados que apoiam abertamente ditadores como Putin e
Maduro (PCP e BE)? Ou que preferem Xi Jinping a Trump (PS)? E discordo também que o Chega
“perdeu credibilidade democrática”. Aliás, com o “não é não” o Chega passou a
ser odiado por todo o Parlamento e comunicação social, mas só aí, porque aqui
na “terra” não. De resto, concordo com tudo. José Luis Salema: Tanta parra, que a única uva
que deu resume-se a: André Ventura. Responder José Carvalho: Os foguetes lançados pelo comentador pelos anúncios do
aeroporto, da ponte e da via Lisboa-Madrid, são tão efusivos que tive que parar
para pensar: será que tais obras já foram inauguradas? Ou ao menos terminadas?
Ou ao menos estão a andar? Ou ao menos foram adjudicadas? José B Dias > JOHN MARTINS: Se for ver o número de grandes
anúncios efectuados por todos os anteriores governos que, ou nunca sairam da
apresentação em "power point", ou em que a anunciada montanha acabou
a parir um rato, terá forçosamente de concluir que a sua frase de final de
comentário é planfetária e mesmo anedótica! PS: creio não ser coincidência a
cor escolhida para o identificador à esquerda do comentário 😉 Tim do A: Não se preocupe, que o Chega
ainda vai ganhar as eleições. bento guerra:
Ó Abreu ,hoje,
até um dos canais do poder a Sic, fez em reportagem sobre os
"infra-refugiados" dos Anjos, a denúncia do embaixador Tânger que
tanto insurgiu os "comentadeiros" das televisões, entre elas,uma tal
Carmo Afonso, uma loura que fala de boca ao lado Ricardo Ribeiro > João Floriano: Fabulosa essa analogia! João Floriano > manuel menezes: Lamento colocar gelo no seu
entusiasmo borbulhante mas muita água correrá ainda por baixo da Vasco da Gama
até se verem aviões aterrar em Alcochete ou irmos de TGV a Madrid. Trata-se de
um projecto a logo prazo, num cenário europeu muito instável. Temos problemas
sérios que precisamos de resolver....ontem! O anúncio ds obras ditas faraónicas
na margem Sul, surtiram algum efeito e vão ainda surtir durante algum tempo mas
muito em breve a premência de outros problemas vai colocar-se ao governo, desde
logo a abertura do ano lectivo sem professores e façamos votos para que o verão
seja fresco e benigno e não nos ponha arder de norte a sul. GateKeeper > Ricardo Ribeiro: E muito. Até ao fim do centrão.
E mesmo, se for necessário, até para além desse mesmo final. Com ou sem AV, a
Maioria Silenciosa AA (Agora Acordada) terá voz dominante sobre as corjas vigentes. José B Dias > Antonio Coelho: A opinião do cronista não é lei
e nem sequer prima pelo rigor ... afirmar ser mais produtivo quem maior número
de horas trabalha é demonstrar desconhecer o que o indicador representa e
comparar valores reais em Portugal com valores estimados para a Turquia (basta
ir confirmar que as estatísticas da OCDE são públicas e os valores de 2020 e
2021 são referidos como estimativas, são iguais em ambos os anos, iguais ao de
2019 e largamente superiores ao de 2020 ...). Os factos são factos e logo
nunca podem ser "mentirosos". Já as simpatias políticas podem levar a
distorcer e/ou a manipular os factos que assim deixam de o ser ... PS: Concordo obviamente com a
posição de Aguiar Branco.
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