Quando li e ouvi que o Barack Obama invadiu a União Europeia em grande alarido de entusiasmos recíprocos entre os acolhedores unionistas e ele próprio, candidato ao domínio de parte do mundo, fiquei contente por observar quanto a história – dos homens, é claro, e das nações, por consequência – se repete ao longo dos séculos e mesmo dos milénios, e passa. Foi Alexandre a conquistar a Ásia, Júlio César também a África, Napoleão aventurando-se pela Europa e proporcionando a decifração dos hieróglifos mais a sul, o Hitler, muito puro, ambicionando um mundo sem mescla, sempre com os Americanos em alerta máximo. Fiquei contente, de facto. Também por causa dos sorrisos do Barack Obama, que perspectivam feliz colaboração e fraternidade intercontinental, ao contrário de antigamente, em que havia maior beligerância. Os Portugueses e os Espanhóis também não são isentos de responsabilidades nestes anseios de expansão, mas felizmente sabem dar o braço a torcer e retiram-se quando sentem que estão a mais, como, aliás, os Ingleses fizeram. E os Franceses. Os próprios Assírios já foram poderosos, mas com Assurbanípal, que protegia as artes, foram-se abaixo, o que não é de estranhar, com nome tão arrevesado, que ainda por cima era protector das artes e das letras. É certo que o Barack Obama ainda não é presidente, mas não falta muito para o ser. Também será protector de tudo isso e da ciência e do planeta e da solidariedade para com os povos mais carenciados. Por isso espalha sorrisos. E passará um dia, como os outros.
O nosso Primeiro Ministro também se passeia pelos povos ricos, mas vê-se que faz sacrifício. O seu sorriso das fotografias da praxe é um pouco “figé” - “amarelo” no nosso português colorido. E nós nem merecemos esse esforço. Somos calaceiros e pedinchões, não nos empenhamos minimamente por erguer o país com o nosso próprio trabalho e preparação técnica, como ele tanto pede. Fazemos greves, sem consideração pelo nosso rectângulo tão diminuto nem pela crise mundial, só debruçados sobre as nossas necessidades pessoais, ainda mesmo que elas não existam, como se verifica nalguns casos exemplares. Mas impõem, mesmo assim, comprometedoras viagens de sacrifício e de sorriso amarelo ao nosso Primeiro Ministro, apenas para resolver o nosso défice. Nada a ver com o sorriso poderoso, embora também já um pouco enrugado, de Barack Obama. Faz pena.
O nosso Primeiro Ministro também se passeia pelos povos ricos, mas vê-se que faz sacrifício. O seu sorriso das fotografias da praxe é um pouco “figé” - “amarelo” no nosso português colorido. E nós nem merecemos esse esforço. Somos calaceiros e pedinchões, não nos empenhamos minimamente por erguer o país com o nosso próprio trabalho e preparação técnica, como ele tanto pede. Fazemos greves, sem consideração pelo nosso rectângulo tão diminuto nem pela crise mundial, só debruçados sobre as nossas necessidades pessoais, ainda mesmo que elas não existam, como se verifica nalguns casos exemplares. Mas impõem, mesmo assim, comprometedoras viagens de sacrifício e de sorriso amarelo ao nosso Primeiro Ministro, apenas para resolver o nosso défice. Nada a ver com o sorriso poderoso, embora também já um pouco enrugado, de Barack Obama. Faz pena.
2 comentários:
Faz pena... Exactamente!...
Senhora, gostaria de saber o seu nome. Tenho um projecto em mãos que acredito ser de seu gosto. Por enquanto é apenas meu, quanto ganhar forma, gostaria que fosse das primeiras pessoas a conhecê-lo. Gostaria de saber o seu nome, Senhora.
Beijinho
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