Deve ser por defender o estudo matemático apoiado em concretização do abstracto por meio de variedade de exemplos da realidade simples, mais do que em memorização de regras e repetitividade de exercícios (que, indiscutivelmente conduzem ao desenvolvimento da inteligência – oh! os Palma Fernandes de antanho, como seriam úteis "ogano"!), que se justifica o estranho título de Laurinda Alves “Atitude Xis”. Tivera feito mais exercícios do Palma Fernandes, veria, L. A., que o Xis remete para variedade de incógnitas, o que não acontece com o título do seu livro.
Com efeito, a leitura deste livro aponta para uma única solução, neste seu olhar positivo sobre a vida: a solução da paz íntima, do bem-estar espiritual, do amor, da felicidade causada pela contemplação da natureza, mesmo outonal, sejam quais forem os motivos para que se apresente negativo o nosso olhar face aos desmandos no país e no mundo: a passividade e inércia portuguesas em contraste com o garbo alheio, bem visível na “caminha” do atleta olímpico para justificar o seu falhanço, o desemprego nacional e seus problemas, a corrupção e suas consequências, a mediocridade geral contrastante com o aproveitamento que dela fazem os políticos argutos... E lá fora as guerras, a violência, os tribalismos, a fome, a prepotência, os fundamentalismos das nossas limitações...
“Atitude Xis”? Os bonitos entardeceres, os amores e os amantes, as perspectivas felizes , o gostar do mundo...
A banalização dos sentimentos nesta constante visão optimista, ao falsear a realidade geral, neste sério ditar de regras de bem-estar, centrado numa “auto-estima”, cliché actual de significado vazio, gerado numa vaidosa auto-convicção de capacidade, naturalmente que subjectiva e inane.
Quando Voltaire escreve “Candide ou O Optimismo”, é a visão irónica que dá dimensão ao conto. “Atitude Xis”? Não, apenas essa, sem variantes, nem a dimensão que o Xis implica...
Com efeito, a leitura deste livro aponta para uma única solução, neste seu olhar positivo sobre a vida: a solução da paz íntima, do bem-estar espiritual, do amor, da felicidade causada pela contemplação da natureza, mesmo outonal, sejam quais forem os motivos para que se apresente negativo o nosso olhar face aos desmandos no país e no mundo: a passividade e inércia portuguesas em contraste com o garbo alheio, bem visível na “caminha” do atleta olímpico para justificar o seu falhanço, o desemprego nacional e seus problemas, a corrupção e suas consequências, a mediocridade geral contrastante com o aproveitamento que dela fazem os políticos argutos... E lá fora as guerras, a violência, os tribalismos, a fome, a prepotência, os fundamentalismos das nossas limitações...
“Atitude Xis”? Os bonitos entardeceres, os amores e os amantes, as perspectivas felizes , o gostar do mundo...
A banalização dos sentimentos nesta constante visão optimista, ao falsear a realidade geral, neste sério ditar de regras de bem-estar, centrado numa “auto-estima”, cliché actual de significado vazio, gerado numa vaidosa auto-convicção de capacidade, naturalmente que subjectiva e inane.
Quando Voltaire escreve “Candide ou O Optimismo”, é a visão irónica que dá dimensão ao conto. “Atitude Xis”? Não, apenas essa, sem variantes, nem a dimensão que o Xis implica...
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