Vendo o meu desassossego ao expor-lhe a questão do lixo segundo classificação de mais uma agência de rating, a minha amiga quis acalmar-me, soltando a frase do título em crónica: “O que vale é que o nosso lixo é biológico”.
Fiquei mais tranquila, pensando em reciclagem e na nossa conversão utilitária, segundo os parâmetros de Lavoisier a respeito da transformação que tudo sofre, sem nada se criar nem perder na natureza, embora os cinco filhos que eu criei me levassem sempre a duvidar da viabilidade de tal frase, retirando-me a consciência da minha importância criadora e da dos que vejo à minha volta que também criam, às vezes até em berço dourado, o que é muito exaltante para a auto-estima.
Mas apesar de reciclável, segundo o comentário da minha amiga, embirro com a transformação em lixo com que designaram o nosso rating bancário, sem respeito por aquilo que fomos e que ainda somos, todo um passado que nem sempre foi remendão e que produziu gente capaz de façanhas e artes a que se devia ser mais sensível, tanto cá como na Grécia, como em outros povos que as tais agências rebaixam sem qualquer resquício de respeito, provavelmente bem remuneradas pelos que lhes encomendam os estudos sobre os valores económicos de cada país.
- Que raio de desplante este das tais agências! Não significarão elas o lixo, a escória de uma sociedade moderna que destrói carreiras e funções, com um à vontade assustador, comandadas pelos povos que dantes destruíram corpos e nações pela força do seu poderio bélico?
Mas a minha amiga não se sentia abatida hoje, não quis alinhar em raivas de impotência. Até porque lemos no DN de sexta, 12, a expressiva frase “Como vender Portugal lá fora!” que a mim, inicialmente causara engulhos, eliminados estes com as referências fotografadas aos empresários portugueses bem sucedidos cá como no estrangeiro.
A minha amiga até deu pormenores sobre empresas portuguesas com êxito na Holanda e concluiu com ternura:
- Jerónimo Martins não está sozinho. Para mais é um homem de categoria. Dá emprego a muitos portugueses. O problema é que os ricos estão a pôr o dinheiro lá fora.
E eu não pude dizer mais que “Pois!”, porque a minha amiga continuou a dar pormenores e sobretudo a lançar uma vez mais a sua velha teoria sobre o sol português que se devia vender ao grama, mas nem isso se fizera, pois que a auto-estrada para o Algarve fora a última a construir-se.
Fiquei mais tranquila, pensando em reciclagem e na nossa conversão utilitária, segundo os parâmetros de Lavoisier a respeito da transformação que tudo sofre, sem nada se criar nem perder na natureza, embora os cinco filhos que eu criei me levassem sempre a duvidar da viabilidade de tal frase, retirando-me a consciência da minha importância criadora e da dos que vejo à minha volta que também criam, às vezes até em berço dourado, o que é muito exaltante para a auto-estima.
Mas apesar de reciclável, segundo o comentário da minha amiga, embirro com a transformação em lixo com que designaram o nosso rating bancário, sem respeito por aquilo que fomos e que ainda somos, todo um passado que nem sempre foi remendão e que produziu gente capaz de façanhas e artes a que se devia ser mais sensível, tanto cá como na Grécia, como em outros povos que as tais agências rebaixam sem qualquer resquício de respeito, provavelmente bem remuneradas pelos que lhes encomendam os estudos sobre os valores económicos de cada país.
- Que raio de desplante este das tais agências! Não significarão elas o lixo, a escória de uma sociedade moderna que destrói carreiras e funções, com um à vontade assustador, comandadas pelos povos que dantes destruíram corpos e nações pela força do seu poderio bélico?
Mas a minha amiga não se sentia abatida hoje, não quis alinhar em raivas de impotência. Até porque lemos no DN de sexta, 12, a expressiva frase “Como vender Portugal lá fora!” que a mim, inicialmente causara engulhos, eliminados estes com as referências fotografadas aos empresários portugueses bem sucedidos cá como no estrangeiro.
A minha amiga até deu pormenores sobre empresas portuguesas com êxito na Holanda e concluiu com ternura:
- Jerónimo Martins não está sozinho. Para mais é um homem de categoria. Dá emprego a muitos portugueses. O problema é que os ricos estão a pôr o dinheiro lá fora.
E eu não pude dizer mais que “Pois!”, porque a minha amiga continuou a dar pormenores e sobretudo a lançar uma vez mais a sua velha teoria sobre o sol português que se devia vender ao grama, mas nem isso se fizera, pois que a auto-estrada para o Algarve fora a última a construir-se.
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