quarta-feira, 4 de junho de 2008

Sr. Dr. Vasco da Graça Moura

Tenho lido sempre as suas crónicas no Diário de Notícias que tanto têm contribuído para travar um pouco a acefalia nacional em vários aspectos, ora ligados à língua portuguesa, ora à veiculação pedagógica da didáctica gramatical e outras anomalias que o seu dedo certeiro tem apontado sempre que vem a talho de foice.
O último artigo, de 12/3, sobre “O Cavaquismo e o Acordo Ortográfico”, foi como um raio de esperança ainda, na amargura que o aval de Cavaco Silva a esse Acordo em mim provocou.
Por isso me lembrei de lhe enviar um livro – “Anuário” – que, entre outros assuntos, foca igualmente o problema do Acordo – texto “E depois do Adeus”, p. 93.
Também o texto “Figuras de Papelão” (p. 175) remete para idêntico apreço, na altura (1995), pelo então Primeiro Ministro Cavaco Silva, embora o texto “Paralisação” (p. 121), seja menos optimista em relação a ele, mas não menos actual.
Provavelmente faltará tempo ao Dr. Vasco da Graça Moura para os ler, envolvido numa vida literária de tal modo rica e frutuosa. Mas se puder ler esta minha carta, ela lhe transmitirá não só o apreço pelo que escreve ou diz, mas sobretudo o desejo ardente de que não páre de lutar com tanta inteligência contra aquilo que condena, lembrando-se de que os que amam a sua língua e a sua pátria o apoiam reconhecidos.

Com os meus agradecimentos pela atenção prestada,

Muito atenciosamente

13/4/08

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