sexta-feira, 25 de março de 2011

VAE VICTIS!

O nosso PM demissionário disse que era o único que pensava no país – cuido que no seu – e foi lá para fora para comprovar isso e receber os beijos e os abraços, que se via que eram sentidos, dos seus correligionários. Ele estava bem no seu elemento, protegido e confortado pelos parceiros sociais, alguns dos quais dirigiram repreensões aos que, no seu “paizito”, se atreveram a chumbar as coisas cozinhadas entre eles e aplicáveis entre nós, chumbo, aliás, que ele ajudou a perpetrar, com as suas pressas provocatórias, sem dar cavaco aos que mereciam recebê-lo, tais o PR, por ser o representante mor do “paizito”, e o PSD que faz parte da coligação com o seu governo minoritário, como todos sabemos.
O Dr. Pacheco Pereira na “Quadratura do Círculo” até explicou muito bem a armadilha montada pelo PM, contrário a acordos (acôrdos mesmo, os acórdes são coisa de música), de provocação para o chumbo do PEC, para que novas eleições se fizessem que o desresponsabilizassem a ele, armadilha na qual o Dr. Passos Coelho se apressou a cair, contrariamente ao Capuchinho Vermelho, que se escondeu no armário com a Avozinha e não se deixou tragar pela boca do Lobo, que ela descobriu não poder pertencer à vovó, por ser superiormente grande.
Comentámos sobre a cena das fotos parlamentares europeias, a minha amiga lembrou, em paralelo evocativo, as meninas da escola que rodeiam com amizade a menina rica em lágrimas – de mimo e não de crocodilo, como apelida o Dr. Lobo Xavier as da estratégia de vitimização do Sr. PM - por castigo da professora, apesar de brando, porque menina rica não deve, em princípio, ser castigada, nem sequer brandamente - mas eu logo demonstrei que os pobrezinhos aqui foram os que castigaram, chumbando o PEC – pois imediatamente o Sr. PM demissionário se deslocou à Europa, a queixar-se e acolher-se entre os seus pares europeus que têm a força e lançam sobre nós as pedras, indiferentes aos desmandos cometidos pela nossa menina rica, muito aldrabona, muito trapalhona, autêntico tsunami da sua pátria, e que promete continuar, sempre apoiada pelos que lhe dão força e que não se importam com as suas aldrabices e desígnios destruidores - (encobertos sob virtuosa capa patriótica, que convence idênticos Tartufos e os Orgons anjinhos).
E são esses - ou os seus pares europeus que, se o desprezam não o confessam, e que de longe ditam as regras, como sempre ditaram; ou os parceiros de cá que se vê que souberam aproveitar-se dos desmandos de uma governação à base do arranjinho e da trafulhice e que não querem perder as benesses; ou até os intervenientes na opinião pública da SIC, Canal 5, sobretudo as senhoras que se vê que adoram o Sr. Engenheiro que é maneirinho e bem vestido e até sabe apelar à lágrima sincera, não a de crocodilo como a dele, mas isso da lágrima é só o que pensa o Dr. Lobo Xavier, que, tal como os seus pares do CDS antigo – Amaro da Costa, Freitas do Amaral, Lucas Pires e Adriano Moreira sem esquecer Pacheco Pereira, embora doutro clube - são expoentes da nossa Pátria que mereciam mais atenção/eleição do seu povo, autênticos príncipes na dignificação da língua e da pátria portuguesa, ao contrário de todos os que a têm vandalizado, das mais diversas formas.
Indiferente à elegância de expressão e pensamento dos intervenientes na “Quadratura do Círculo” que eu lhe aponto, com entusiasmo, a minha amiga só diz, ao seu jeito emotivo:
- Ele agora atira as culpas para os outros, tentando convencer-nos da sua inocência no processo, e vem aí uma borrascada medonha. Isto vai derrapar à doida.
- Pois vai, mas todos temos culpa, com as greves manipuladas por uma esquerda que só exige porque não se responsabiliza nunca, e nós, pobres anjinhos, caímos na manipulação, indiferentes à salvação do país, que há tantos anos anda em derrapagem, achando que todos temos o direito de mergulhar no saco, mesmo furado, dos dinheiros que outros ganharam com a sua produção e trabalho.
E a nossa conclusão é de amargura:
- Não, o País não mereceria ser considerado mendigo, pois já foi pátria credora de respeito, pela sua participação na visão do mundo.

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