sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

CONTINUAÇÃO

 

Do texto precedente – “IMPREVISIBILIDADE”

De Trump, a respeito de colaboração na guerra russa, ante uma Rússia que avança na sua expansibilidade radiosa... Valha-nos – e à UCRÂNIA - o REINO UNIDO… e DEUS, sem dúvida, apelando a SATANÁS, para que chame a si tal figura de ignomínia, que lhe torna o nome “putin”  excelente metáfora para traiçoeiro, escorpião – sem ofensa para este – embora naturalmente de inferior qualidade, este vocabulário de repulsa – na timidez de um excesso, profanador de modéstia pessoal.

Há 4h14:19

Manuel Nobre Monteiro

Reino Unido anuncia novo apoio financeiro à Ucrânia e afirma que sancionou mais de 2.900 pessoas, entidades e navios russos

O Reino Unido anunciou esta quinta-feira uma nova ronda de sanções contra a Rússia, na sequência do relatório sobre a morte de Dawn Sturgess, a britânica que morreu após entrar em contacto com o agente neurotóxico Novichok, que tinha sido usado para envenenar o antigo espião russo Sergei Skripal.

O ministro da Segurança britânico, Dan Jarvis, disse no Parlamento que a Rússia e os agentes das secretas russas (GRU) são “moralmente responsáveis” pela morte de Sturgess e destacou que o país tem dado uma resposta firme às acções russas ao longo dos anos.

Segundo Jarvis, o Reino Unido já comprometeu 24,9 mil milhões de euros em apoio militar, humanitário e diplomático à Ucrânia e sancionou mais de 2.900 pessoas, entidades e navios russos.

O Governo britânico convocou, ainda, o embaixador russo ao Foreign Office para prestar explicações sobre a campanha contínua de “actividades hostis” contra o Reino Unido.

Há 4h14:18 Agência Lusa 

Moscovo prepara medidas contra UE se financiar Kiev com fundos russos

A Rússia está a prepararum pacote de contramedidaspara responder à possibilidade de a União Europeia (UE) usar os fundos russos congelados para financiar a Ucrânia, anunciou hoje a diplomacia russa.

“A preparação de um pacote de contramedidas, caso se verifique este roubo e confiscação de bens russos, está em curso”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.

Qualquer acção ilegal que envolva as nossas reservas e bens estatais não ficará sem resposta”, afirmou, citada pela agência de notícias russa TASS.

Zakharova assegurou que “haverá uma reacção” de Moscovo se a UE optar por usar os acvtivos russos que foram congelados na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.

Há 4h14:01 Manuel Nobre Monteiro 

Putin já chegou à Índia. Foi recebido com passadeira vermelha por Modi

O Presidente russo, Vladimir Putin, já chegou a Nova Deli, tendo sido recebido pelo primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

O líder do Kremlin está na Índia para uma visita oficial de dois dias no âmbito da cimeira anual entre os dois países. No entanto, esta é a primeira visita de Putin à Índia desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Há 4h13:53 Manuel Nobre Monteiro 

Presidente do Chipre inicia visita oficial à Ucrânia e reúne-se com Zelensky

O Presidente da República do Chipre, Nikos Christodoulides, chegou a Kiev esta quinta-feira numa visita oficial e encontrou-se com o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, relatou a European Pravda, que cita o porta-voz do governo cipriota, Konstantinos Letymbiotis.

Segundo Letymbiotis, já começaram as negociações entre as delegações, presididas pelos dois chefes de Estado, abordando relações bilaterais, a procura por um acordo de paz na Ucrânia e a futura presidência do Chipre do Conselho da União Europeia, prevista para a primeira metade de 2026.

Christodoulides deve ainda visitar o parlamento ucraniano, reunir-se com o presidente da assembleia, Ruslan Stefanchuk, e deslocar-se a um centro de reabilitação de crianças resgatadas de territórios ocupados pela Rússia.

As autoridades cipriotas afirmam, segundo o mesmo jornal, que a visita demonstra a “firme vontade política” do Chipre em apoiar prioridades europeias e reforçar a solidariedade com Kiev.

Há 7h11:09 Tiago Caeiro

Alemanha destina mais 100 milhões de euros à reparação do sistema eléctrico da Ucrânia

A Alemanha decidiu destinar mais 100 milhões de euros à reparação do sistema eléctrico da Ucrânia, segundo o Ukrainska Pravda, que cita o Ministério da Economia e Energia da Alemanha.

Este valor soma-se aos 60 milhões de euros que Berlim já tinha anunciado, este ano, para o mesmo fim.

“A Rússia está a atacar sistematicamente e deliberadamente a infraestrutura energética da Ucrânia, transformando o inverno em mais uma arma. […] Os nossos 100 milhões adicionais para o Fundo de Apoio à Energia da Ucrânia são uma resposta clara: não abandonaremos o povo ucraniano. Proteger o fornecimento de energia significa proteger as pessoas”, disse a ministra da Economia alemã, Katherina Reiche.

Há 8h09:31 Tiago Caeiro

Medvedev deixa aviso à Europa. Confisco de activos russos congelados poderá ser considerado um ato de guerra

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou esta quinta-feira que, se a União Europeia confiscar os activos russos congelados, isso poderá ser considerado por Moscovo como um acto que justificaria uma guerra.

“Se a doida União Europeia, no final, tentar roubar activos russos congelados na Bélgica sob o pretexto de um suposto ’empréstimo de reparações’, a Rússia poderá muito bem considerar essa acção como um casus belli, com todas as implicações relevantes para Bruxelas e para cada país da UE”, disse Medvedev, citado pela Reuters.

A Comissão Europeia propôs na quarta-feira a utilização sem precedentes de activos russos congelados ou de empréstimos internacionais para angariar 90 mil milhões de euros para a Ucrânia, a fim de cobrir as despesas militares e os serviços básicos de Kiev.

Há 9h09:18 Agência Lusa 

ONU exige o regresso de crianças ucranianas levadas à força para a Rússia

A Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou na quarta-feira uma resolução que exige o regresso de todas as crianças ucranianas que foram levadas à força para a Rússia no âmbito da invasão da Ucrânia.

Com 91 votos a favor, 12 contra e 57 abstenções, o organismo aprovou o documento, que insta a Rússia agarantir o regresso imediato, seguro e incondicional das crianças que foram deportadas ou levadas à forçapara território russo.

Este documento exige o fim, “sem demora, de todas as práticas de remoção forçada, deportação, separação das suas famílias e responsáveis legais, mudança de estatuto pessoal e doutrinação de crianças ucranianas”, segundo um comunicado de imprensa da ONU.

Há 9h08:49 Tiago Caeiro 

Rússia ataca instalação de energia em Odessa, deixando milhares de pessoas sem eletricidade

As forças russas atacaram, na última noite, uma instalação de energia na região de Odessa, pertencente à DTEK, a maior empresa privada de fornecimento de electricidade da Ucrânia, deixando muitos habitantes da região sem energia eléctrica, noticia o Ukrainska Pravda.

A empresa acrescentou que as instalações sofreram danos severos, o que significa que os trabalhos de reparação deverão levar mais tempo.

Há 10h08:06 Tiago Caeiro 

Criança de seis anos morre em ataque russo a Kherson

Uma criança de seis anos, do sexo feminino, morreu num ataque russo à cidade de Kherson, avança o Ukrainska Pravda. A menina ficou inicialmente ferida com gravidade e morreu já no hospital.

“Infelizmente, os terroristas russos tiraram a vida a mais uma criança na região de Kherson. A menina de seis anos que ficou ferida ontem no ataque de artilharia inimiga ao distrito de Dniprovskyi, em Kherson, morreu no hospital”, informou no Telegram, o chefe da Administração Militar da Região de Kherson, Oleksandr Prokudin.

O pai da criança foi hospitalizado. O homem de 49 anos sofreu ferimentos causados pela explosão e por estilhaços, mas encontra-se em situação estável.

Há 10h07:34 Maria João Simões 

"Ucrânia vai continuar entre a espada e a parede"

O coronel José do Carmo afirma que o encontro na Flórida irá servir para os americanos comunicarem exigências de Moscovo. Garante que os EUA estão a isolar-se e a tomar decisões que põe NATO em causa.

Há 10h07:30 Agência Lusa 

Ucrânia e desequilíbrios comerciais dominam encontro entre Macron e Xi Jinping

Após uma reunião com Xi Jinping, o chefe de Estado francês pediu uma contínua mobilização para a paz e a estabilidade no Mundo e apelou ao crescimento dos investimentos cruzados entre França e China.

Há 11h07:12 Tiago Caeiro 

Forças russas apertam cerco a Hulyaipole, em Zaporíjia

As forças russas tomaram mais duas aldeias nas imediações da cidade de Hulyaipole, na região de Zaporíjia, apertando o cerco àquela cidade ucraniana, avança o Interfax Ucrânia, citando o grupo de monitorização da guerra DeepState.

O inimigo ocupou Balahan [perto de Pokrovsk, em Donetsk], Solodke e Zatyshsha, e também avançou em Pokrovsk, perto de Novoekonomichne e Hulyaipolia”, disse o canal do Telegram do DeepState na quinta-feira.

A cidade de Hulyaipole — que tinha cerca de 13 mil habitantes antes da guerra — está agora cercada pelas forças russas a leste, norte e sul.

Segundo o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), o Destacamento de Forças Oriental russo, que actualmente opera na direcção de Hulyaipole e Dnipropetrovsk, é comparável em eficácia de combate e força numérica ao destacamento que opera nos sectores de Pokrovsk e Dobropilia, na região vizinha de Donetsk.

A Rússia mobilizou três brigadas para as imediações de Hulyaipole mas provavelmente esse número de tropas não será suficiente para tomar a cidade. “A Rússia precisará provavelmente de concentrar ainda mais forças e despriorizar outros sectores da linha de frente para explorar os avanços tácticos em torno de Hulyaipole e tentar transformá-los em sucessos operacionais”, refere o ISW.

 

Imprevisibilidade


De Trump, está visto, a respeito de colaboração na guerra russa.


Em directo/ "Não podemos deixar a Ucrânia e o Volodymyr sozinhos com esses tipos." A chamada em que os líderes europeus desconfiaram dos EUA.

Zelensky deve ser “extremamente cauteloso nos próximos dias”, avisou Merz numa chamada entre líderes europeus, na qual Macron alerta para a possibilidade de Washington estar prestes a trair Kiev.

TIAGO CAEIRO: Texto

DAREK DELMANOWICZ/EPA

Momentos-chave

Há 1hZelensky espera avançar no caminho para UE durante Presidência cipriota

Há 1hO que se passou até agora

Há 3h"Não podemos deixar a Ucrânia e o Volodymyr sozinhos com esses tipos." A chamada em que os líderes europeus desconfiaram dos EUA

Há 4hReino Unido anuncia novo apoio financeiro à Ucrânia e afirma que sancionou mais de 2.900 pessoas, entidades e navios russos

Há 4hMoscovo prepara medidas contra UE se financiar Kiev com fundos russos

Há 4hPutin já chegou à Índia. Foi recebido com passadeira vermelha por Modi

Há 4hPresidente do Chipre inicia visita oficial à Ucrânia e reúne-se com Zelensky

Há 7hAlemanha destina mais 100 milhões de euros à reparação do sistema eléctrico da Ucrânia

Há 8hMedvedev deixa aviso à Europa. Confisco de activos russos congelados poderá ser considerado um acto de guerra

Há 9hRússia ataca instalação de energia em Odessa, deixando milhares de pessoas sem electricidade

Há 10hCriança de seis anos morre em ataque russo a Kherson

Há 11hForças russas apertam cerco a Hulyaipole, em Zaporíjia

Há 11hDuas crianças ucranianas raptadas foram enviadas para a Coreia do Norte

 

Entrada em destaque

17:53 OBSERVADOR 

O que se passou até agora:

Emmanuel Macron expressou preocupações sobre a possibilidade de os Estados Unidos estarem prestes a “trair” a Ucrânia nas negociações sobre territórios ocupados, não fornecendo garantias claras de segurança a Kiev. Numa conversa divulgada pelo Der Spiegel, o Presidente francês, Emmanuel Macron, terá alertado para o perigo para Zelensky, com outros líderes europeus, como Friederich Merz da Alemanha e Alexander Stubb da Finlândia, a partilhar preocupações semelhantes sobre os negociadores dos EUA, Steve Witkoff e Jared Kushner.

Dmitry Medvedev avisou que o confisco de activos russos congelados pela UE poderia ser considerado um casus belli, justificando uma resposta militar russa. Este desenvolvimento surge após a proposta da Comissão Europeia de utilizar esses activos para financiar a ajuda à Ucrânia.

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução exigindo o regresso imediato e incondicional de todas as crianças ucranianas que foram levadas à força para a Rússia durante a invasão. A resolução foi adoptada por maioria, apesar de algumas abstenções e votos contra, apontando para a pressão internacional sobre a Rússia em relação aos direitos das crianças.

O Reino Unido anunciou uma nova ronda de sanções contra a Rússia em resposta ao relatório sobre a morte de Dawn Sturgess, que foi exposta ao agente nervoso Novichok. Este anúncio foi acompanhado por um compromisso do Reino Unido em fornecer 24,9 mil milhões de euros em apoio militar, humanitário e diplomático à Ucrânia.

 

Há 27m17:31 André Certã 

Antigo embaixador dos EUA na NATO diz que Administração Trump não tem "processo formal" para definir política para pôr fim à guerra

Ivo Daalder, embaixador dos EUA na NATO durante a presidência de Barack Obama e conselheiro de segurança nacional durante a administração de Bill Clinton, criticou, numa coluna do Político, a forma como Donald Trump está a lidar com a resolução da guerra na Ucrânia, falando da gestão como uma “montanha-russa” de reuniões marcadas e canceladas.

O antigo embaixador diz que Trump gere o “o governo dos EUA como geria os negócios da sua família — desde atrás da sua secretária na Sala Oval, onde se reúne com todos, liga para qualquer pessoa e decide as políticas por capricho”, sublinhando que “os seus assessores actuam quase que inteiramente por conta própria”.

Witkoff, por exemplo, participa de reuniões com o presidente russo Vladimir Putin e outros funcionários russos sem um anotador, e é conhecido por confiar no próprio intérprete de Putin. Kushner está profundamente envolvido nas negociações, mas não tem cargo formal no governo”, atacou ainda.

“Enquanto isso continuar, o caos e a confusão também continuarão. E nada disso aproximará o fim real da guerra na realidade”, concluiu.

Há 43m17:15 André Certã 

Casa Branca diz que iniciativa de Melania Trump garantiu regresso de mais sete crianças ucranianas

A iniciativa de regresso de crianças ucranianas da primeira-dama do EUA, Melania Trump, conseguiu o retorno de seis rapazes e uma rapariga para a Ucrânia, informou a Casa Branca em comunicado.

Em declarações citadas no texto, Melania garantiu que a sua “dedicação” para “garantir o regresso seguro das crianças às suas famílias” era “inabalável”.

“Elogio a liderança e a diplomacia persistente da Rússia e da Ucrânia na busca pela reunificação de crianças e famílias”, disse a primeira-dama, que a “construção de pontesentre os governos “criou um ambiente colaborativo tangível” e “uma âncora para o optimismo”.

“Em estreita parceria, o meu representante e eu prestámos apoio humanitário dos Estados Unidos para melhorar os resultados da iniciativa de reunificação. A minha esperança é que, em última análise, os nossos esforços colectivos conduzam a uma maior estabilidade regional”, lê-se ainda.

Há 1h16:57 Agência Lusa 

Zelensky espera avançar no caminho para UE durante Presidência cipriota

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, defendeu que a presidência semestral cipriota do Conselho da União Europeia (UE), que terá início em janeiro próximo, permita avançar no processo de adesão aos 27.

Numa conferência de imprensa realizada em Kiev com o homólogo cipriota, Nikos Jristodoulides, que visitou hoje a Ucrânia pela primeira vez durante a guerra, Zelensky disse esperar de Nicósia movimentações que sirvam para que possam ser iniciadas as negociações sobre os diferentes grupos de capítulos que Bruxelas avalia ao admitir novos membros.

“Contamos que nos próximos meses haja mais progressos no caminho da Ucrânia para a UE. A Presidência cipriota pode ser histórica pela abertura dos grupos de capítulos para a Ucrânia e por outras decisões necessárias”, referiu Zelensky.

 

Há 1h16:52 Miguel Cordeiro

"Europa passa o tempo a tropeçar em regras que não existem"

Bruno Cardoso Reis considera que a Rússia e os EUA só respondem a demonstrações de força com a Europa a ter de mostrar poder. Acrescenta ainda que o cessar-fogo no Líbano é cada vez mais difícil. Ouça aqui o novo episódio de Gabinete de Guerra da Rádio Observador.

Há 1h16:30 Observador 

O que se passou até agora

Emmanuel Macron, Presidente de França, expressou preocupações de que os Estados Unidos possam estar prestes a “trair” a Ucrânia nas negociações sobre territórios ocupados, não fornecendo garantias claras de segurança a Kiev. As declarações foram reveladas numa chamada telefónica entre líderes europeus, onde também participaram o chanceler alemão, Friederich Merz, o Presidente da Finlândia, Alexander Stubb, e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, que partilham preocupações semelhantes.

A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução exigindo o regresso imediato e incondicional de todas as crianças ucranianas que foram levadas à força para a Rússia durante a invasão da Ucrânia. A resolução foi aprovada com 91 votos a favor, 12 contra e 57 abstenções, instando a Rússia a garantir a reunificação das crianças com as suas famílias e responsáveis legais.

O Reino Unido anunciou uma nova ronda de sanções contra a Rússia em resposta ao recente relatório sobre a morte de Dawn Sturgess, que esteve exposta ao agente nervoso Novichok. O anúncio foi acompanhado pela afirmação do apoio contínuo do país à Ucrânia, com um compromisso de 24,9 mil milhões de euros destinados a apoio militar, humanitário e diplomático.

A Rússia está a preparar contramedidas caso a União Europeia decida usar os fundos russos congelados para financiar a Ucrânia. Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, advertiu que tal acção poderia ser considerada um “casus belli”, o que poderia justificar uma resposta militar de Moscovo.

Há 3h15:14 João Francisco Gomes 

"Não podemos deixar a Ucrânia e o Volodymyr sozinhos com esses tipos." A chamada em que os líderes europeus desconfiaram dos EUA

Há mais informações, algumas contraditórias, sobre a chamada telefónica de segunda-feira entre líderes europeus.

Durante a conversa, segundo o Der Spiegel, que revelou as transcrições, Emmanuel Macron terá dito que “há a possibilidade de os EUA traírem a Ucrânia no tema do território, sem clareza nas garantias de segurança” — e terá até acrescentado que há “um grande perigo” para Zelensky.

O gabinete de Macron, porém, diz que o Presidente francês “não usou essas palavras”.

Já o chanceler alemão, Friederich Merz, além de ter dito que Zelensky tem de ser “extremamente cauteloso nos próximos dias”, terá dito ainda que “eles estão a jogar jogos, tanto convosco como connosco”uma referência aos enviados dos EUA à Rússia, Steve Witkoff e Jared Kushner.

Ao Politico, o porta-voz de Merz não quis comentar as declarações atribuídas ao chanceler.

Também o Presidente finlandês, Alexander Stubb, presente na chamada, parece ter concordado. “Não podemos deixar a Ucrânia e o Volodymyr sozinhos com esses tipos”, disse Stubb, também referindo-se a Witkoff e Kushner. A afirmação terá merecido a concordância de Mark Rutte, secretário-geral da NATO: “Concordo com o Alexander. Temos de proteger o Volodymyr.”

Há 3h14:38 Manuel Nobre Monteiro 

Macron alerta para possível "traição" dos EUA à Ucrânia durante uma chamada telefónica entre líderes europeus, avança o Der Spiegel

O Presidente francês, Emmanuel Macron, alertou para a possibilidade de os Estados Unidos estarem prestes a “trair” a Ucrânia nas negociações sobre os territórios ocupados, não dando garantias claras de segurança para Kiev, avançou o jornal alemão Der Spiegel, que revelou uma chamada telefónica entre vários líderes europeus.

Macron alertou para um “grande perigo” para Zelensky, enquanto o chanceler alemão Friedrich Merz disse que o líder ucraniano deveria ser “extremamente cauteloso nos próximos dias”. O Presidente da Finlândia, Alexander Stubb, e o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, concordaram que Zelensky não pode ficar sozinho com os negociadores dos Estados Unidos, nomeadamente Steve Witkoff e Jared Kushner.

A chamada ocorreu após a administração Trump ter divulgado o plano de paz de 28 pontos (considerado demasiado favorável à Rússia), levando a posteriores negociações em Genebra que resultaram num plano de 19 pontos ainda não aceite por Moscovo. A discussão incluiu, também, a utilização dos activos congelados da Rússia para financiar ajuda militar e financeira à Ucrânia.

Para além de Macron, Merz, Stubb e Rutte, estiveram também presentes na chamada, o Presidente da Ucrânia, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o primeiro-ministro da Polónia, Donald Tusk, a primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, o primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa.

 (CONTINUA)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Um título de esperança


O do texto. Mas o cinismo do mundo, ou uma zanga impotente ante um criminoso de casta continuarão a impor-se. Leio também, aqui, no OBSERVADOR, outros títulos esclarecedores:


«Crianças ucranianas raptadas e levadas para Coreia do Norte»

04 dez. 2025 , por Tiago Caeiro

 

«NATO desvaloriza ameaça de Putin de guerra com Europa.

Mark Rutte, secretário-geral da NATO, afirmou não comentar todas as declarações de Putin, mas defendeu a necessidade de pressionar a Rússia caso não existam resultados das negociações de paz.»

Gabinete de Guerra

«Daniela Nunes considera que a reunião entre as delegações dos EUA e Rússia serviu para o “processo de legitimação” do Kremlin e para Washington se posicionar como “árbitro” internacional.»

Guerra na Ucrânia

«O ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro Peter Szijjarto afirmou que assim que o plano for formalmente adoptado, a Hungria "irá contestá-lo imediatamente no Tribunal de Justiça da União Europeia".»

NoticiárioGuerra na UcrâniaNATO desvaloriza ameaça de Putin de guerra com Europa

«Mark Rutte, secretário-geral da NATO, afirmou não comentar todas as declarações de Putin, mas defendeu a necessidade de pressionar a Rússia caso não existam resultados das negociações de paz.»

 

O Presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou esta quarta-feira na Casa Branca que o encontro dos seus enviados com Vladimir Putin foi “razoavelmente bom” mas que não sabia dizer o que ia resultar dela.

“São precisos dois para dançar o tango”, disse, falando aos jornalistas na Sala Oval, sublinhando achar que tinham chegado a “um acordo bastante satisfatório com eles”. “Estou muito satisfeito”, rematou………………


…………………….

Zelensky garante que a Ucrânia "está mais próxima da paz do que nunca"

O Presidente Zelensky garantiu no parlamento irlandês que a Ucrânia está focada nos esforços de paz e pediu união perante Moscovo. "Ninguém pode quebrar o mundo sozinho, nem mesmo a Rússia", advertiu.

ADRIANA ALVES: Texto

OBSERVADOR, 02 dez. 2025, 19:47  

O líder ucraniano discursou esta terça-feira no parlamento irlandês

POOL/AFP via Getty Images

 “Hoje a Ucrânia está mais próxima da paz do que nunca. Há uma hipótese real“. As palavras foram proferidas esta terça-feira pelo Presidente ucraniano num discurso no parlamento da Irlanda. VOLODYMYR ZELENSKY assegurou aos deputados irlandeses que a Ucrânia quer pôr fim à guerra, garantindo que as autoridades de Kiev estão focadas e envolvidas nas negociações.O mundo deve aproveitar esta oportunidade para a paz”, advertiu.

Zelensky começou por agradecer à Irlanda pelo apoio que tem prestado, traçando também uma comparação entre a história dos dois países. “Os nossos povos, ucraniano e irlandês, são dos poucos que passaram centenas de anos a lutar pelo direito de permanecer como nós próprios”, afirmou.

O foco da mensagem do líder ucraniano acabaria por ser a importância da união para se alcançar a paz. “Para restaurar a justiça e defender o que está certo precisamos de uma comunidade feita de muitas nações“, apontou. ZELENSKY apontou que quando um país é apoiado por uma verdadeira comunidade “não pode ser esmagado” e os seus direitos podem ser “restaurados”.

Ninguém pode quebrar o mundo sozinho. Nem mesmo a Rússia. Ninguém pode mentir ao mundo inteiro para sempre. Nem mesmo Putin”, afirmou. “Ninguém pode estar contra todos os outros e isso é a verdade. Mas é também verdade que alguém pode inspirar os outros e é por isso que a Ucrânia está a lutar por todas as vozes do mundo”, acrescentou.

“Sem uma paz justa, o ódio não vai desaparecer”, afirma Zelensky

O líder ucraniano lembrou que a “memória humana é muitas vezes curta e atenção pode ser fugaz”. “Por favor lembrem ao mundo sempre que for necessário: a invasão russa da Ucrânia é um acto criminoso de agressão que requer justiça”, afirmou.

VOLODYMYR ZELENSKY disse que a invasão russa aconteceu por um único motivo: “A Rússia quer tratar a Ucrânia como sua propriedade e os ucranianos como se fossem gado do seu quintal”.

O líder ucraniano pediu um reforço das sanções contra a Rússia e apoio para a criação de um tribunal especial para julgar a invasão. Sublinhou também a importância de devolver as crianças levadas pelas forças russas e os prisioneiros detidos desde 2014, ano da ocupação da península da Crimeia. Zelensky recordou ainda o desejo de adesão à União Europeia: “Queremos estar ao lado da Irlanda na UE, como iguais. Estou confiante de que isso vai acontecer. A Europa não pode fugir dos seus próprios valores”.

O Chefe de Estado defendeu a necessidade de uma paz verdadeira, “sem humilhação” e baseada em “valores partilhados”. Isto já se prolonga há demasiado tempo para simplesmente fecharmos os olhos e virarmos a página em relação à Rússia. Sem uma paz justa, o ódio não vai desaparecer”, afirmou, acrescentando que “continuará a arder e a provocar novos actos de violência”.

A História já viu isto antes e desta vez tem de ser diferente. Precisamos de uma paz verdadeira. Ajudem-nos a consegui-la”, pediu.

GUERRA NA UCRÂNIA       UCRÂNIA       EUROPA       MUNDO       RÚSSIA

+