Cada um
bota o seu discurso, cada um sabe do seu, cada um depois de deitadas as mãos à
cabeça, menos os da esquerda, que apontam mais o ventre e têm o mesmo medo que
os outros, embora o não confessem, na sua exclusiva função de botar abaixo os
governos, como botam os discursos, pois é seu privilégio, em nome dos bons
costumes e por amor do ódio ferrenho aos eleitos para governar, cada um, digo,
continua na mesma postura de botar faladura, geralmente de má catadura, mas sem
grande amargura, pois felizmente não lhes falta ainda o pãozinho dos seus
privilégios propícios à sua silhueta de exclusiva orientação destrutiva.
Por isso os
da esquerda estão mesmo encarrapitados no seu bota-abaixo, na ânsia do penacho,
a estender sofregamente o gancho para os actuais donos do tacho e do penacho, que
por pouco tempo o serão, na feroz investida contra uma acção governativa de
seriedade, embora de dureza imposta por conta da situação de dependência ao
estrangeiro, como todos sabem e fingem ignorar, só condenando, sem querer saber
das consequências. Pelo menos da boca para fora, que nas entranhas são outras as
manhas.
E os Soares
e companhia deliram, porque ordenaram ao Seguro que não atendesse à proposta da
coligação e ele, mansinho, não atendeu, e todos lá fora uivaram de gosto que se fartaram,
porque venceram e se danaram, inteligentes que foram, mau grado as entranhas de
iguais manhas.
E Cavaco
vai uma vez mais botar a sua faladura, segundo a sua postura de habitual envergadura,
indiferente, sem ler jornais, nem querer enxergar as consequências nacionais, que
o que é preciso é que o seu pãozinho continue quente nas torradinhas matinais para
as suas entranhas habituais.
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