O país está a desfazer-se, vagalhões de anúncios de catástrofes irrompem pela terra portuguesa, espraiando-se até aos confins da raia setentrional e oriental, nos jornais, nos audiovisuais, nos ais dos que já sofriam antes e vão sofrer mais, apesar da continuação na prosperidade dos que já prosperavam antes, com os artifícios habituais, entre nós, normais. Fatais.
Não, não temos mais estômago, não temos mais coragem para enfrentar as parangonas dos noticiários, ou a figura dos governantes, de uma soturnidade perversa, e “de uma fúria grande e sonorosa, de tuba canora e belicosa”, talvez, mas poderá ser também “de agreste avena ou frauta ruda” que ninguém lhes vai à mão por isso, a anunciar os cortes nos salários, as subidas nos custos, os acréscimos nos impostos, com a omissão dos triplos vencimentos, dos vencimentos exorbitantes, dos pagamentos daqueles que foram fraudulentos e que vão continuar a sê-lo com os améns dos governantes, só soturnos para os habituais roídos até aos ossos ou mesmo ao sabugo pelos roedores ancestrais. Os ratos e os roídos normais. Todos eles, funcionais.
Ainda há os que vão tentar puxar o travão de mão antes que o país resvale, dizem eles. Mas tudo isso é brincadeira, que todos sabem que já resvalou, não tudo, porque ainda vai resvalar mais, sobretudo o vão ser os habituais. Os leais. Só o sendo, porque são à lealdade forçados, embora sempre atraiçoados pelos promissores de medidas sociais, negativas em termos gerais, positivas em termos individuais. Marcadamente desleais. Bestiais.
Não, não quisemos gemer mais. Lembrámos a notícia saída ontem em rodapé, no canal 5, de que um estudo prova que as mulheres têm menos visibilidade. Comentámos a parvoíce desse estudo, só mesmo para entreter paspalhos, quando andamos às voltas com as medidas governamentais a que ninguém consegue pôr cobro.
A minha amiga ainda troçou da informação, nem se deu ao cuidado de citar excepções de mulheres bem visíveis, ainda que na imprensa cor-de-rosa, às vezes escandalosa. Considerámos que, apesar da condição de sombra da mulher na vida mundial, ela lá está, como sempre esteve, na sua labuta que mais ninguém tem nem vê, nem reconhece, luta dura, obscura, mas eficiente, óleo que seja nas rodas da carruagem familiar. Mas além dessas, há as que trabalham fora e acumulam com o trabalho na carruagem. E há as excepções honrosas das mulheres visíveis. Poucas mas boas.
Mas temos os homens audíveis, no nosso Parlamento. Ouçamos-lhes as vozes fenomenais, vaidosas, tranquilas, inimputáveis, ancestrais. Nacionais.
E retomemos os ais.
Não, não temos mais estômago, não temos mais coragem para enfrentar as parangonas dos noticiários, ou a figura dos governantes, de uma soturnidade perversa, e “de uma fúria grande e sonorosa, de tuba canora e belicosa”, talvez, mas poderá ser também “de agreste avena ou frauta ruda” que ninguém lhes vai à mão por isso, a anunciar os cortes nos salários, as subidas nos custos, os acréscimos nos impostos, com a omissão dos triplos vencimentos, dos vencimentos exorbitantes, dos pagamentos daqueles que foram fraudulentos e que vão continuar a sê-lo com os améns dos governantes, só soturnos para os habituais roídos até aos ossos ou mesmo ao sabugo pelos roedores ancestrais. Os ratos e os roídos normais. Todos eles, funcionais.
Ainda há os que vão tentar puxar o travão de mão antes que o país resvale, dizem eles. Mas tudo isso é brincadeira, que todos sabem que já resvalou, não tudo, porque ainda vai resvalar mais, sobretudo o vão ser os habituais. Os leais. Só o sendo, porque são à lealdade forçados, embora sempre atraiçoados pelos promissores de medidas sociais, negativas em termos gerais, positivas em termos individuais. Marcadamente desleais. Bestiais.
Não, não quisemos gemer mais. Lembrámos a notícia saída ontem em rodapé, no canal 5, de que um estudo prova que as mulheres têm menos visibilidade. Comentámos a parvoíce desse estudo, só mesmo para entreter paspalhos, quando andamos às voltas com as medidas governamentais a que ninguém consegue pôr cobro.
A minha amiga ainda troçou da informação, nem se deu ao cuidado de citar excepções de mulheres bem visíveis, ainda que na imprensa cor-de-rosa, às vezes escandalosa. Considerámos que, apesar da condição de sombra da mulher na vida mundial, ela lá está, como sempre esteve, na sua labuta que mais ninguém tem nem vê, nem reconhece, luta dura, obscura, mas eficiente, óleo que seja nas rodas da carruagem familiar. Mas além dessas, há as que trabalham fora e acumulam com o trabalho na carruagem. E há as excepções honrosas das mulheres visíveis. Poucas mas boas.
Mas temos os homens audíveis, no nosso Parlamento. Ouçamos-lhes as vozes fenomenais, vaidosas, tranquilas, inimputáveis, ancestrais. Nacionais.
E retomemos os ais.
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