sábado, 24 de maio de 2008

Fundamentalismos...

Clara Ferreira Alves escreve eloquentemente sobre tudo o que sabe e lê, a cada passo atira para o seu público ledor e admirador – no qual me incluo – a vastidão dos seus conhecimentos de políticas, vivências, leituras, viagens, conceitos, defesa de causas, troça de casos.
Entre os casos troçados, conta-se o dos que se empenham na defesa de uma escrita portuguesa que não conduza a perplexidades, com laxismos impunes numa escrita irracionalmente permissiva, como a defendida no “Acordo”. Mas a isto, que é grave, Clara Ferreira Alves, na sua “Pluma Caprichosa” de 17 de Maio – e “preciosa”, que Molière mantém eterna universalidade - chama de fundamentalismo, e fundamentalistas os atacantes do Acordo, porque são em número consideravelmente inferior aos cento e oitenta milhões de brasileiros, os quais impõem uniformidade numa escrita de cujo léxico e pronúncia há muito se afastaram.

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