sábado, 24 de maio de 2008

Ninguém é dono da língua a não ser os Povos!

Ninguém é dono da língua a não ser os povos!”: Pertence a frase ao sr. Abílio Louro de Carvalho de Santa Maria da Feira, no seu texto sobre o Acordo Ortográfico saído no Diário de Notícias de 11/5, no qual, a seguir à frase lisonjeira para a soberania linguística dos povos, acrescenta outra em que menospreza os linguistas, os literatos e os professores como puros “artífices, descritores e cultores”. Gente a abater, por consequência.
Mas é falso aquilo da atribuição ao povo do domínio da língua, pelo menos na escrita do sr. Abílio Louro de Carvalho. Porque termina o seu texto, bastante incoerentemente, com a atribuição ao poder político da tomada da decisão final. Como o poder político é a favor da ratificação, deduz-se que o sr. Abílio Louro de Carvalho também o é, embora considere que “é da discussão que se gera a luz”, mas “não podemos escudar-nos nos pareceres dos especialistas”. Isso pertence aos povos ditos civilizados, não nos diz respeito, “hélas”!

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