sábado, 24 de maio de 2008

Um comentário...

O texto sobre o Acordo Ortográfico, do sr. Mário Miguel, saído neste Jornal em 18/4, é bem explícito da confusão que reina no nosso país sobre a matéria em questão. Põe em destaque a oralidade como característica sine qua non numa conveniente conversão para a escrita, desdenhando seguidamente dos sábios linguistas, mau grado o seu respeito pelos mesmos, esquecido de que os há também que adoptam (adotam) o mesmo critério segundo a pronúncia de cada qual. Exemplifica com as divergências de acentuação do António português vs. Antônio brasileiro, mas neste país também há quem prefira a “baca “ à “vaca”, daí que podemos optar (otar) por qualquer delas que não nos cai o Carmo e a Trindade em cima. Conclui sobre a necessidade de uma forma comum a todo o mundo lusófono, o que é, evidentemente, utópico e asnático. Seguidamente vem a questão dos “proveitos” que do Acordo podem advir (avir) para todos nós. É possível. Mas espertos como somos, é em nós, lusos de gema, que pensamos, no nosso próprio proveitozinho.

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