Foi Strepsíades que, crivado de dívidas, decide recorrer à escola dos sofistas orientada por Sócrates – o outro – para aprender a arte de se livrar dos credores sem pagar, tudo isso por meio de argumentos igualmente comprovativos do justo e do injusto, sem preconceitos morais, segundo consta na peça de Aristófanes, “As Nuvens”. Tão bem se saiu, que trouxe para casa a arte de argumentar sobre valores opostos, e com a vitória da tese fraca - a da Injustiça - convenceu seu filho Fidipides, antes calaceiro e refilão, a ir para a mesma escola de Sócrates, contra o qual Aristófanes lançava um espinho caricatural desfigurador. De regresso, Fidipides após arrazoado comprovativo da sua justeza, deu uma tosa ao pai, prometendo, de caminho, desancar igualmente a mãe. Strepsíades, indignado, deita fogo à escola e desta feita se denuncia a tese de Aristófanes, punidora do filósofo ateniense.
Em Portugal também nós vivemos crivados de dívidas, que o nosso Sócrates bem se esforça por remediar. Não, de modo nenhum ele vai nessa conversa dos sofistas e do Strepsíades, querendo provar que os calotes podem ser pagos ou não. Vê-se que não seguiu a tão falsa escola e faz os possíveis por pagar e ajudar, digam lá o que disserem. O mal é que vêm os outros que o atacam por todos os meios. Deixam, porém, na manga, é certo, uma carta de favor - com sofisma - por via de alianças futuras.
Entre estes conta-se o Dr. Louçã, que expele os seus argumentos, rectos, justiceiros, mastigados em voz vibrante e altiva, qual Júpiter no “Consílio glorioso”, em jeito enérgico, de inteligência espraiando-se a fim de captar aliados para a sua aliança com aqueles contra quem declama agora. E a verdade é que o povo - o nosso - se mostra impressionado, como as sondagens comprovam.
Mas já tantos foram, após a nossa Revolução, como o Dr. Louçã, ricos em promessas de intenções morais que depois não cumpriram, que nem sei o que fazer.
Em Portugal também nós vivemos crivados de dívidas, que o nosso Sócrates bem se esforça por remediar. Não, de modo nenhum ele vai nessa conversa dos sofistas e do Strepsíades, querendo provar que os calotes podem ser pagos ou não. Vê-se que não seguiu a tão falsa escola e faz os possíveis por pagar e ajudar, digam lá o que disserem. O mal é que vêm os outros que o atacam por todos os meios. Deixam, porém, na manga, é certo, uma carta de favor - com sofisma - por via de alianças futuras.
Entre estes conta-se o Dr. Louçã, que expele os seus argumentos, rectos, justiceiros, mastigados em voz vibrante e altiva, qual Júpiter no “Consílio glorioso”, em jeito enérgico, de inteligência espraiando-se a fim de captar aliados para a sua aliança com aqueles contra quem declama agora. E a verdade é que o povo - o nosso - se mostra impressionado, como as sondagens comprovam.
Mas já tantos foram, após a nossa Revolução, como o Dr. Louçã, ricos em promessas de intenções morais que depois não cumpriram, que nem sei o que fazer.
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