quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Ignorâncias humilhantes

Tenho um amigo na Alemanha – o Hilton – que diz que lê os meus posts e que algumas referências lhe escapam.
Admirei-me muito ao saber disso, porque sempre supus que fôssemos mais conhecidos lá fora, quanto mais não fosse pelo caso qimonda que os Alemães tiraram daqui e levaram para lá, embora Manuel Pinho, nosso ministro da Economia, tenha explicado que fizera tudo o que estivera ao seu alcance para resolver a questão em nosso proveito, no que saiu frustrado, coitado, tal como já antes tinha saído José Sócrates, nosso Primeiro Ministro, referindo as suas lutas e dando as suas esperanças de manter cá a qimonda. Mas goradas. Não compreendo, pois, a ignorância do Hilton em relação a isto cá, já que a empresa qimonda foi para lá e os jornais saxões, para empregar um expressivo vocábulo usado pelo nosso Manuel Pinho, devem ter dado o devido relevo a esse factor.
Além disso, com o relevo também dos nossos “magalhães”, e dos nossos “professorzecos”, segundo designação de um elemento apoiante da nossa ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, e com o encerramento de muitas das nossas escolas – apesar de já Confúcio ter apoiado a sua doutrinação milenária sobre a educação – mas também o recente dinamismo dado nas escolas à educação sexual, acho que merecíamos mais cotação exterior.
E cada dia vêm mais notícias que nos valorizam - ontem os fatos do nosso Primeiro Ministro, e a questão do Freeport sujeita a julgamentos, ainda que fictícios, hoje os casamentos dos homossexuais, para lhes elevar o moral, mas também como medida adequada para a subida na percentagem dos votos nas próximas legislativas...
Não, não compreendo tanto desconhecimento do Hilton. É certo que a notícia sobre a imposição iraniana de desarmamento ao nível global assusta mais, pelo que implica de ameaça a quem não cumprir a ordem. Mas lá está o Presidente Obama para resolver a questão. Acho o nosso caso qimonda de uma dimensão mais temível, que o meu amigo Hilton não devia ignorar.

Um comentário:

Anônimo disse...

und ich habe eine Freundin in Portugal - die Berta - que desde um par de semanas espera um comentário meu.

Que "negócio" é esse de qimonda? Quem - ou o quê! - é o/um Manuel Pinho (ou a Maria de Lurdes Rodrigues ... irma da Amália?)
Há dias, e através de um newsletter de Moçambique, vim a saber o que é "um Magalhaes" - menos mal! Confúcio também me diz algo.

Ignorância humilhante, na realidade.

Até breve