terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Têm receio as pessoas

De parecer pouco evoluídas se expenderem opiniões do senso comum. Os intelectuais, sobretudo de esquerda, gostam de parecer bem formados, amantes da humanidade desvalida, dos escravos, dos negros sem direitos, das mulheres que reclamaram e os foram obtendo, das prostitutas que também quiseram sindicato.
Tratou-se do casamento dos homossexuais, no debate do “Prós e Contras”.
Numa época em que rareiam os casamentos ou em que estes são de duração fugaz, acho os homossexuais corajosos em quererem legalizar as suas relações amorosas.
Houve em tempos uma lei da Concordata que proibia casamentos aos divorciados. E isso era muito desprimoroso. Mas as pessoas realmente livres arrostavam com as convenções e uniam-se ao novo parceiro, pesasse embora a marginalização que sofriam, vivendo em concubinato. Se as funcionárias tinham filhos da nova união, era sem direito ao mês de licença de parto. Ficavam em casa um mês de licença “por doença”. As hipocrisias sempre existiram, e as pessoas sem mácula – as mais críticas – também.
Não, não creio nos traumas dos homossexuais marginalizados. Não será o casamento impeditivo da marginalização ou favorecedor da aceitação. Pelo contrário, eles sentem-se bem, acompanhados por exemplos ilustres, desde o Satyricon do Petrónio, e isso os faz superiores, acima dos burgueses conservadores que eles desprezam. Viu-se no programa da Fátima F.. Podem doar aos seus parceiros, se quiserem legitimar heranças.
Penso, sim, nas crianças que pretendem adoptar, sensíveis ao sofrimento dos abandonados. Uma criança sabe, ou saberá um dia, que nasceu de um pai e de uma mãe e não de um par de pessoas do mesmo sexo. Penso na sensibilidade delas, ao crescerem, na estranheza e marginalização que sentirão nas escolas, sem culpa própria.
O Eng. Sócrates vai galgando sobre estruturas morais e outras, sem ter esse direito. Não devíamos consentir. A sociedade não está tão pervertida assim. Gostei de ouvir os defensores da família, no programa da Fátima.

Nenhum comentário: