Foi a respeito da Cimeira da NATO, já passadas as suas referências corrosivas aos blindados, que, por não terem chegado, mau grado o empenhamento do nosso Governo em defender o Presidente Obama de possíveis agressões dos nossos terroristas, tal facto causou nela um mal-estar de humilhação, sensível como é às desconsiderações externas com base nas nossas penúrias internas. Sendo essa uma característica muito nossa, como já tenho explicado, a de não admitirmos desconsiderações a ninguém, tal o Damasozinho Salcede.
A minha amiga desejou, contudo, ultrapassar o baixo astral - ou astrau se partirmos de um princípio de acordo linguístico brasilófono - concordando com a eficácia das cimeiras, embora num ricto de enfastiada aceitação:
- Mas é claro que são boas as cimeiras. Há um compromisso, mas os compromissos vão todos ao ar. Excepto o do Sócrates do TGV, com o seu amigo Zapatero. Sim, as cimeiras são boas, mas não conseguem travar. Os países têm esses potenciais - explicou a minha amiga à minha dica preocupada sobre o ataque da Coreia do Norte à do Sul, já depois da cimeira. – Um dia servem-se desses potenciais e pronto. Aí vai o mundo pelos ares.
- Ainda bem que tivemos uma Cimeira a impor colaboração dos países atlânticos, com a Rússia alinhada, agora. Nós também mandamos tropas para ensinar as artes bélicas no Afeganistão, a fim de se defenderem melhor quando forem independentes, isto é, libertos do auxílio americano, em 2014, segundo Obama.
- Sim, mas esta cimeira era sobretudo para prevenir. Travar os lançamentos de mísseis. Mas o mundo está viradinho do avesso. E tudo é um escândalo, pelo menos na parte que nos toca. Um país em que a sua Justiça não está de saúde, o que pode acontecer? São os que trabalham lá que o dizem, que falam em compadrios. Mas temos que ser justos. Não são os de agora que têm culpa. Já vem muito detrás.
- Uma revolução injusta só podia fundar-se em propostas injustas. É um ver se te avias de ilegalidades - insisto, em velhos rancores inesquecidos, largamente apodados de fascistas, naqueles tempos do início.
- O ser humano é mal formado. E sobretudo todos os que têm o poder na mão. E então quem pode fazer leis!
- E o que me diz da promessa do presidente socialista do governo açoriano de cobrir os cortes salariais de uns tantos funcionários públicos? Onde é que ele vai buscar o dinheiro para executar a promessa? Aos funcionários do continente? O meu marido falou em manobras pré-eleitorais…
- Mas quem lhe permite esse poder? Realmente, já não sabemos quem governa. E o que me diz a 22000 restaurantes que fecharam? E às casas de Lisboa a ruir? Vá à Internet e veja o número de casas a precisarem de restauração em Lisboa. É uma vergonha para quem governa aquela área do país que foi escolhida para capital. Aqueles assessores que a Câmara escolheu – tudo aos molhos – ninguém trata? Caiu mais uma e ardeu mais outra e não morreu ninguém. Claro que as pessoas ficam desfalcadas. Mas não morre ninguém. Quem lhes vale é o Santo António. Santo António é de Lisboa, é quem lhes vale, não são os assessores.
Uma conversa variada, a nossa, hoje. Merece que a complemente com uma metáfora botânica da minha mãe, a falar da necessidade de nos alimentarmos, a propósito das dietas que fazem as pessoas que cuidam muito da sua elegância:
- “Olha que o corpo não tem outra raiz”.
Mas a minha mãe não está a par da falta de raízes para os corpos que já tanto se faz sentir por aí. E, encantada com o efeito da sua graça, disse outra a seguir, evocando a malícia do seu pai, em versão profética contemporânea do próprio Rasputine :
- O que é que o meu pai dizia? “Diabos te levem a cabeça, fora os piolhos”.
Será, talvez, o que de nós restará, levada a cabeça pelo diabo.
A minha amiga desejou, contudo, ultrapassar o baixo astral - ou astrau se partirmos de um princípio de acordo linguístico brasilófono - concordando com a eficácia das cimeiras, embora num ricto de enfastiada aceitação:
- Mas é claro que são boas as cimeiras. Há um compromisso, mas os compromissos vão todos ao ar. Excepto o do Sócrates do TGV, com o seu amigo Zapatero. Sim, as cimeiras são boas, mas não conseguem travar. Os países têm esses potenciais - explicou a minha amiga à minha dica preocupada sobre o ataque da Coreia do Norte à do Sul, já depois da cimeira. – Um dia servem-se desses potenciais e pronto. Aí vai o mundo pelos ares.
- Ainda bem que tivemos uma Cimeira a impor colaboração dos países atlânticos, com a Rússia alinhada, agora. Nós também mandamos tropas para ensinar as artes bélicas no Afeganistão, a fim de se defenderem melhor quando forem independentes, isto é, libertos do auxílio americano, em 2014, segundo Obama.
- Sim, mas esta cimeira era sobretudo para prevenir. Travar os lançamentos de mísseis. Mas o mundo está viradinho do avesso. E tudo é um escândalo, pelo menos na parte que nos toca. Um país em que a sua Justiça não está de saúde, o que pode acontecer? São os que trabalham lá que o dizem, que falam em compadrios. Mas temos que ser justos. Não são os de agora que têm culpa. Já vem muito detrás.
- Uma revolução injusta só podia fundar-se em propostas injustas. É um ver se te avias de ilegalidades - insisto, em velhos rancores inesquecidos, largamente apodados de fascistas, naqueles tempos do início.
- O ser humano é mal formado. E sobretudo todos os que têm o poder na mão. E então quem pode fazer leis!
- E o que me diz da promessa do presidente socialista do governo açoriano de cobrir os cortes salariais de uns tantos funcionários públicos? Onde é que ele vai buscar o dinheiro para executar a promessa? Aos funcionários do continente? O meu marido falou em manobras pré-eleitorais…
- Mas quem lhe permite esse poder? Realmente, já não sabemos quem governa. E o que me diz a 22000 restaurantes que fecharam? E às casas de Lisboa a ruir? Vá à Internet e veja o número de casas a precisarem de restauração em Lisboa. É uma vergonha para quem governa aquela área do país que foi escolhida para capital. Aqueles assessores que a Câmara escolheu – tudo aos molhos – ninguém trata? Caiu mais uma e ardeu mais outra e não morreu ninguém. Claro que as pessoas ficam desfalcadas. Mas não morre ninguém. Quem lhes vale é o Santo António. Santo António é de Lisboa, é quem lhes vale, não são os assessores.
Uma conversa variada, a nossa, hoje. Merece que a complemente com uma metáfora botânica da minha mãe, a falar da necessidade de nos alimentarmos, a propósito das dietas que fazem as pessoas que cuidam muito da sua elegância:
- “Olha que o corpo não tem outra raiz”.
Mas a minha mãe não está a par da falta de raízes para os corpos que já tanto se faz sentir por aí. E, encantada com o efeito da sua graça, disse outra a seguir, evocando a malícia do seu pai, em versão profética contemporânea do próprio Rasputine :
- O que é que o meu pai dizia? “Diabos te levem a cabeça, fora os piolhos”.
Será, talvez, o que de nós restará, levada a cabeça pelo diabo.
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