Eu até já
estava meio afeita à ideia de colaborar com o meu governo no “custe o que
custar” da expressão ministerial e mesmo reparei que o nosso país vai singrando
relativamente bem dentro do lema que o 25 de Abril nele instaurou, lema bem de
Cristo, há dois mil anos, de Igualdade e Fraternidade, excluída ainda a
Liberdade, que o Cristo não ia em modernices tão descabeladas, mas que a
Revolução Francesa incluiu, há mais de duzentos, até criando uma guilhotina em
condições para semear a liberdade em igualdade, mostrando fraternamente à
populaça hilariante, as cabeças perfeitamente cortadas por aquela, dos adeptos,
régios e outros, das rígidas desigualdades para sempre “démodées”, embora com
focos específicos ainda de manutenção. E foi assim que chegámos à nossa
revolução de há 39 anos, reivindicativa do mesmo lema da Liberdade e Igualdade
na Fraternidade com os irmãos da vila morena, que 39 anos depois continuam a
manifestar-se com igual sanha e a hilaridade dos nossos irmãos franceses de há
duzentos, graças a Deus que já sem a assustadora guilhotina, usada agora apenas
nos espectáculos de magia ou no corte alinhado de papéis.
De facto,
todos os que tomaram nas mãos o leme da governação pós abril – e muitos foram e
vão continuar a ser, tenhamos fé, - defenderam que se desunharam a igualdade,
içando-se por meios vários ao estatuto dos mais bem remunerados, mas, para disfarçarem
e não serem mal interpretados e mesmo vexados com acusações graves de egoísmos
antidemocráticos, abriram os cordões da bolsa que lhes caiu do céu das novas
políticas europeias e desataram a distribuir pela populaça a côdea
disfarçadora, esbanjando o resto em muita construção propiciadora de
envolvimentos capitalistas massificadores, porque de acesso generalizador às
massas europeias.
E foi assim
que se chegou a uma democracia igualitária, com todos a ganharmos um bocadinho
mais, numa fraterna escalada de ascensão para a Igualdade, apesar das contínuas
reclamações feita pelos adeptos da vila morena - (mantidos um pouco de parte,
nas questões da governação) - de subida nos vencimentos para a igualdade ser
maior ainda.
Já no
ensino, a massificação fraterna produzia há muito a amálgama igualitária tão
pregada por Cristo há dois mil anos, expandida há duzentos, e virtuosamente
seguida entre nós há quarenta.
Infelizmente
o tempo das vacas gordas – superior a sete anos - deu lugar ao das magras – de prazo
sem limite, ao que consta, - com a imposição do pagamento aos credores, e o
nosso governo apressa-se a cumprir, pagando, para poder receber mais,
posteriormente, dado o seu mérito de bom pagador. Nesse sentido, corta à grande
nos vencimentos, sobretudo daqueles a quem a formação científica exigiria uma
certa diferenciação das tais massas salariais menores, os quais se devem sentir
injustiçados, convictos de que os anos de estudo e de trabalho os punham a
salvo de tão grande proximidade salarial.
Mas é
porque não se sentem, como eu, minimamente coniventes com as doutrinas
igualitárias não só de Nosso Senhor Jesus Cristo, como dos que condenaram Luís
XVI e esposa à guilhotina, ou dos que estabeleceram no nosso país uma
democracia simplificada à maneira.
É verdade que
o nosso P.M. garantiu que não pretende tornar permanentes os cortes nos vencimentos,
mas ele costuma enganar-se, eu tenho esperança de que os cortes se vão manter “sine
die” mesmo sem a guilhotina démodée, e assim chegaremos à tal massificação para
a igualdade – (pelo menos a salarial) - pregada por Nosso Senhor Jesus Cristo,
há dois mil anos, pelos filósofos enciclopedistas há duzentos e pelos capitães
abrilinos há quase quarenta.
Não se fala
em extinção da classe média? Não nascem os homens, livres e iguais em direitos?
Digamos não
à extinção dos cortes nos vencimentos. Tenhamos fé nos enganos do nosso P.M..
Eu até já
estava meio afeita à ideia de colaborar com o meu governo no “custe o que
custar” da expressão ministerial e mesmo reparei que o nosso país vai singrando
relativamente bem dentro do lema que o 25 de Abril nele instaurou, lema bem de
Cristo, há dois mil anos, de Igualdade e Fraternidade, excluída ainda a
Liberdade, que o Cristo não ia em modernices tão descabeladas, mas que a
Revolução Francesa incluiu, há mais de duzentos, até criando uma guilhotina em
condições para semear a liberdade em igualdade, mostrando fraternamente à
populaça hilariante, as cabeças perfeitamente cortadas por aquela, dos adeptos,
régios e outros, das rígidas desigualdades para sempre “démodées”, embora com
focos específicos ainda de manutenção. E foi assim que chegámos à nossa
revolução de há 39 anos, reivindicativa do mesmo lema da Liberdade e Igualdade
na Fraternidade com os irmãos da vila morena, que 39 anos depois continuam a
manifestar-se com igual sanha e hilaridade dos nossos irmãos franceses de há
duzentos, graças a Deus que já sem a assustadora guilhotina, usada agora apenas
nos espectáculos de magia ou no corte alinhado de papéis, além de, metaforicamente, no corte dos vencimentos.
De facto,
todos os que tomaram nas mãos o leme da governação pós abril – e muitos foram e
vão continuar a ser, tenhamos fé, - defenderam que se desunharam, a igualdade,
içando-se por meios vários ao estatuto dos mais bem remunerados, mas, para disfarçarem
e não serem mal interpretados e mesmo vexados com acusações graves de egoísmos
antidemocráticos, abriram os cordões da bolsa que lhes caiu do céu das novas
políticas europeias e desataram a distribuir pela populaça a côdea
disfarçadora, esbanjando o resto em muita construção propiciadora de
envolvimentos capitalistas massificadores, porque de acesso generalizador às
massas europeias.
E foi assim
que se chegou a uma democracia igualitária, com todos a ganharmos um bocadinho
mais, numa fraterna escalada de ascensão para a Igualdade, graças à côdea, apesar das contínuas
reclamações feita pelos adeptos da vila morena - (mantidos um pouco de parte,
nas questões da governação) - de subida nos vencimentos para a igualdade ser
maior ainda.
Já no
ensino, a massificação fraterna produzia há muito a amálgama igualitária tão
pregada por Cristo há dois mil anos, expandida há duzentos, e virtuosamente
seguida entre nós há quarenta.
Infelizmente
o tempo das vacas gordas – superior a sete anos - deu lugar ao das magras – de prazo
sem limite, ao que consta, - com a imposição do pagamento aos credores, e o
nosso governo apressa-se a cumprir, pagando, para poder receber mais,
posteriormente, dado o seu mérito de bom pagador. Nesse sentido, corta à grande
e à francesa nos vencimentos, sobretudo daqueles a quem a formação científica exigiria uma
certa diferenciação das tais massas salariais menores, os quais se devem sentir
injustiçados, convictos de que os anos de estudo e de trabalho os punham a
salvo de tão grande igualitarismo salarial.
Mas é
porque não se sentem, como eu, minimamente coniventes com as doutrinas
igualitárias não só de Nosso Senhor Jesus Cristo, como dos que condenaram Luís
XVI e esposa à guilhotina, ou dos que estabeleceram no nosso país uma
democracia simplificada à maneira.
É verdade que
o nosso P.M. garantiu que não pretende tornar permanentes os cortes nos vencimentos,
mas ele costuma enganar-se, eu tenho esperança de que os cortes se vão manter “sine
die” graças à guilhotina metafórica, e assim chegaremos à tal massificação para
a igualdade – (pelo menos a salarial) - igualdade pregada por Nosso Senhor Jesus Cristo,
há dois mil anos, pelos filósofos enciclopedistas há duzentos, e pelos capitães
abrilinos há quase quarenta.
Não se fala
em extinção da classe média? Não nascem os homens, livres e iguais em direitos?
Digamos não
à extinção dos cortes nos vencimentos. Tenhamos fé nos enganos do nosso P.M. e nas suas convicções de que os cortes serão temporários. Como diria Solnado, a respeito dos custos de vida em ascensão, estes são temporários porque ainda vão aumentar mais.
Os cortes são temporários porque ainda vão fazer-se mais. É preciso termos fé.
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