Falou-se na beatificação de João Paulo II e a minha amiga perguntou-me se eu ouvira falar em algum milagre do santo. Eu em tempos ouvi falar de um, mas ela achou pouco para tal ascensão, e eu então referi que nem sempre as pessoas merecem os doutoramentos honoris causa e têm-nos.
Além disso, parecia-me ser um milagre dele, bem substancial - até porque ele sempre esteve de bem connosco graças à Nossa Senhora de Fátima, sua amiga e nossa, natural era que tivéssemos direito a um milagre substancial – era, pois, um milagre dele, o FMI não nos cortar os dois subsídios como a imprensa volúvel nos ameaçava - mas disse-se depois que foi marosca do PM, que pôs maquiavelicamente a correr essa atoarda do corte para vir cantar loas a seu favor, porque tais atoardas, (da oposição, segundo ele, do Governo segundo os cépticos), não se verificaram, para glória sua, que tem o próximo governo garantido, como as sondagens mostram, por sermos um povo muito dado à crença de todas as espécies de mitos, mesmo que sejam maquiavélicos, por isso ser favorável à nossa preguicite mental, acho.
Hoje, contudo, os troikos afirmaram ao jornalista, que pôs a questão dos subsídios, que tais subsídios nunca estiveram em cima da mesa, (podendo bem, contudo, ter passado por debaixo dela sem os troikos terem dado conta, até porque os lapsos são próprios dos humanos, mesmo dos da troika, a verdade não é sempre discernível e eles não estão cientes das nossas aflições nem dos nossos mitos, por não conhecerem a nossa língua, apesar de terem tradutores eficientes).
Mas o maior milagre do santo Papa foi, segundo a minha amiga, que não se conforma com um único milagre a ele atribuído, os muitos milhares de portugueses que se deslocaram ao Vaticano para assistirem à beatificação, apesar de andarmos por aqui em situação de penúria, nem sempre, todavia, verificável nos nossos hábitos de largueza, como muitas vezes já referimos, sendo a ida ao Papa um bom exemplo disso.
Outro milagre que apontámos, mas este mais global, porque muitos de outras partes da esfera, de outros sóis diferentes, como diria o nosso bom Sá, o pensaram antes de nós, foi a morte de Bin Laden, ainda que sempre possamos recear a sua proliferação sem que o santo intervenha de novo, pois nem sempre os santos estão disponíveis, muito menos contra os Bin Ladens, que alastram com sanha progressiva, sem bem percebermos porquê, avessas que somos a fundamentalismos e a tanta crueldade reivindicativa que semeia o terror.
Mas a minha amiga mudou de assunto, na vastidão das suas fúrias:
- Era bom que o FMI viesse para meter na ordem não só o dinheiro mas os malandros. Que estes começassem a fazer as continhas e a chamá-los um por um. Aquela história do BPI aquilo é um escândalo! Estão agora a responder! Como se cá estivessem num paraíso fiscal! Grande história! E o que é que isso faz? Provas já as têm todas. Depois aparecem outros… É como os pedófilos! São cada vez em maior quantidade! Nem há pulseiras para tanta gente!
Que a minha amiga não perdoa, nada tem de santa, é claro, assim a pensar em algemas…
Como foi possível chegarmos a tanto stress? A quem pedir contas?
Valha-nos João Paulo II!
Hoje, contudo, os troikos afirmaram ao jornalista, que pôs a questão dos subsídios, que tais subsídios nunca estiveram em cima da mesa, (podendo bem, contudo, ter passado por debaixo dela sem os troikos terem dado conta, até porque os lapsos são próprios dos humanos, mesmo dos da troika, a verdade não é sempre discernível e eles não estão cientes das nossas aflições nem dos nossos mitos, por não conhecerem a nossa língua, apesar de terem tradutores eficientes).
Mas o maior milagre do santo Papa foi, segundo a minha amiga, que não se conforma com um único milagre a ele atribuído, os muitos milhares de portugueses que se deslocaram ao Vaticano para assistirem à beatificação, apesar de andarmos por aqui em situação de penúria, nem sempre, todavia, verificável nos nossos hábitos de largueza, como muitas vezes já referimos, sendo a ida ao Papa um bom exemplo disso.
Outro milagre que apontámos, mas este mais global, porque muitos de outras partes da esfera, de outros sóis diferentes, como diria o nosso bom Sá, o pensaram antes de nós, foi a morte de Bin Laden, ainda que sempre possamos recear a sua proliferação sem que o santo intervenha de novo, pois nem sempre os santos estão disponíveis, muito menos contra os Bin Ladens, que alastram com sanha progressiva, sem bem percebermos porquê, avessas que somos a fundamentalismos e a tanta crueldade reivindicativa que semeia o terror.
Mas a minha amiga mudou de assunto, na vastidão das suas fúrias:
- Era bom que o FMI viesse para meter na ordem não só o dinheiro mas os malandros. Que estes começassem a fazer as continhas e a chamá-los um por um. Aquela história do BPI aquilo é um escândalo! Estão agora a responder! Como se cá estivessem num paraíso fiscal! Grande história! E o que é que isso faz? Provas já as têm todas. Depois aparecem outros… É como os pedófilos! São cada vez em maior quantidade! Nem há pulseiras para tanta gente!
Que a minha amiga não perdoa, nada tem de santa, é claro, assim a pensar em algemas…
Como foi possível chegarmos a tanto stress? A quem pedir contas?
Valha-nos João Paulo II!
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