segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Tem que ser Zezinho?

- Não há um homem enérgico para Presidente. Tem que ser Zezinho? Mas coitado, ninguém se lembra de que ele está a concorrer…
- Ai, isso é que lembra! Lembrou-o o Marcelo, na sua cusquice de privilegiado ao acesso dos segredos presidenciais. Uma falta de gosto própria da infância dos seres. E dos povos como o nosso, que não sairemos nunca dela, com perdão da cacofonia.
A minha amiga não avançou nesse escândalo que já discutíramos antes, com a cara rubicunda de vergonha – embora, é certo, apenas metaforicamente, que o tempo do rubor já lá vai, não por sermos menos virtuosas, mas por defeito do sangue animal, que se adultera com a idade, sobretudo o humano. Desta vez ela estava mais inclinada para as próximas eleições, e não via com optimismo nenhuma das candidaturas presidenciais:
- Eles não querem outra coisa - acho que se referia ao actual presidente – vê-se que a mulher está mesmo contente. Muito carinhosa em público. O Alegre, acho que é um triste, os outros têm as suas falanges próprias, condenadas à derrota. Ao menos os brasileiros têm gente que fala, impõe-se.
- Podem falar, de acordo com a vastidão das suas áreas territoriais, económicas, populacionais, têm por onde escolher. Embora também se queixem de idênticas governações de escândalo, como aqui.

A propósito, citei um e-mail que recebi, sobre o que diferencia os países pobres dos países ricos: “não são as riquezas, os climas, os solos… São os princípios.” O nosso país não pode gerar bons presidentes, porque sendo um povo e um país com idênticas capacidades dos mais, não seguimos os princípios fundamentais que fazem as boas nações.
Transcrevo os princípios, com os meus agradecimentos ao Edu, que mos enviou:
“A diferença entre os países pobres e os ricos está na atitude das pessoas, moldada no decorrer dos anos, pela educação e cultura, atitude que assenta nos seguintes princípios básicos:
1º: A Ética.
2º - A Integridade.
3º - A Responsabilidade.
4º- O Respeito pelas Leis.
5º - O Respeito pelos Direitos dos demais Cidadãos.
6º - O Amor pelo Trabalho.
7º - O Esforço para Economizar e Investir.
8º - O Desejo de Superar.
9º - A Pontualidade
.
São nove, não dez, os mandamentos, e não poderão reduzir-se aos dois da lei divina, cada um ocupando o seu espaço próprio na formação educativa de cada ser humano.
Não somos povo que siga nenhum desses princípios, preferimos o deixa andar implícito nas mazelas do nosso fado, ou a esperteza saloia profusamente explícita nas mazelas da nossa imoralidade, fomos habituados a confundir servilismo, com respeito – da parte dos da gleba - respeito, com autoritarismo - da parte dos do mando. Daí que educação real nunca existiu, ao nível da massa populacional, com excepções honrosas, é claro, e não existirá nunca, por falta de lastro.
Por isso, os do mando têm que ser ou Zezinhos ou saloios espertalhões.
À nous, de les suivre
Mas poderemos, sempre, optar pelos preceitos.

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