“Pullus ad margaritam”
Tem muito a ver com a nossa indignação
Ou com a reacção
Das nossas almas e corpos
Quando depois duma boa discussão,
Inútil como todas as que o são,
Desistimos com a expressão
“Deitar pérolas a porcos”
Única que valoriza
O nosso ego entristecido
Por tanto cuspo emitido
Sem resultado
Apetecido.
E merecido.
Quando procurava alimento,
Uma pérola encontrou
Que o escandalizou.
“Precioso objecto, disse ele
Em bem indigno lugar
Te encontras enfiado.
Se alguém ávido do teu valor
Aqui te visse,
Em breve volverias
Ao teu antigo esplendor.
A mim, que te descobri
Aqui,
Mais útil como alimento
Me serias.
Mas não poderás ser-me útil
Nem eu a ti,
Já vi.
Dirijo esta fábula somente
Àqueles que não me compreendem
Minimamente.»
São esses os do provérbio
“Deitar pérolas a
porcos”:Com efeito,
Não há como largar sentenças
Cheias de sabenças
Para nos elevarmos
Na consideração das gentes.
Entrementes,
As conclusões finais
Deste meu jeito,
São as de que os que mais
Trabalham para entortar
O mundo com os seus ardis
É que ganham os perfis
Para as vitórias finais
Nos monturos desta vida,
Por esses tão maltratada
Por esses tão desprezada,
Que não há pérola que valha
Para nos erguer da lama.
Assim são
Os donos dos sindicatos
Que apelam à rendição
Dos professores da nação
Numa questão de explosão
Dos destinos da nação.
Em minha opinião
Não há perdão.
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