Um artigo de António da Cunha Duarte Justo publicado no “A
Bem da Nação”, “PORTUGAL E ESPANHA CRIAM DEMASIADOS LICENCIADOS”
apraz-nos sobremaneira, por assim verificarmos a nossa projecção como país mais
civilizado, segundo o conceito de Merkel, embora o afirme com desprezo,
habituada à imagem dos bidonvilles franceses, que albergavam outrora a nossa gente
de alombar com as tarefas pesadas, sem necessidade de licenciaturas. Mas o
dinheiro frutuoso desses nossos compatriotas permitiu-lhes criar novas casas na
própria aldeia e até foi útil para o país, dizia-se, depositado nos bancos, inocentemente, para a
reforma da velhice, mal percebendo que esses dinheiros poderiam não estar a
salvo, num país muito habituado aos milagres e às tentações. Mas esse dinheiro
não nos bastou, e a entreajuda europeia na política dos empréstimos segundo a
União Europeia foi a nossa salvação. Fizeram-se muitos melhoramentos e os
trabalhadores foram mais bem pagos por cá, sem a mesquinhez a que fomos
habituados nos tempos de Salazar, pelo menos muitos de nós. O pior foi,
realmente, a submissão às tentações, que passamos a vida a querer desmascarar e
que tornaram este país indolente, pútrido, na sua rede de infâmia permitida.
Por isso, custa a acreditar que “A moeda única - Euro - torne a EU a responsável pelo
descalabro dos países periféricos”.
Responsáveis pelo descalabro dos países periféricos julgo que foram os da rede impune,
que manhosamente se vão justificando das acusações, agora mais a descoberto, numas
tentativas de esclarecimento semelhantes à limpeza dos estábulos do rei Augias, há trinta anos
por lavar, limpeza feita por Hércules, para tal desviando dois rios, tal era o
esterco amontoado. Cá entre nós, é há quarenta, e suponho que nem Tejo, nem
Douro, nem Guadiana serão suficientes para a limpeza. O sol nos valha.
“PORTUGAL E ESPANHA CRIAM DEMASIADOS
LICENCIADOS”
A Chanceler alemã desvia a Bola para Canto ao
falar da UE
«Segundo
o Globo – DN, Ângela Merkel, na Confederação das Associações Patronais
Alemãs (BDA), fez a observação que Portugal e Espanha produzem demasiados
licenciados universitários, insistindo na necessidade de se promover o ensino
vocacional (profissional). A indústria e a economia de uma nação constroem-se
com formação profissional e com experiência laboral.
Em
termos de estatística a Doutora Merkel meteu o pé na argola, porque, segundo o
gabinete europeu de estatísticas, em 2013, 25,3% da população da União Europeia
entre os 15 e os 64 anos tinha completado estudos superiores: Irlanda com
36,3%, Reino Unido 35,7%, Alemanha 25,1%, Portugal 17,6%, Itália 14,4% e, no
fim da lista, a Roménia com 13,9%.
O
facto de a Alemanha ter um sistema económico muito forte, devido, em grande
parte, à formação profissional dual da Alemanha, no âmbito do ensino médio e
superior, e à sua política económica e financeira, só se justificaria a sua
afirmação na medida em que é necessário ligar o estudo à prática (ensino
teórico e prático) para se criarem profissionais do trabalho com espírito
empreendedor.
As
preocupações de Merkel têm mais em vista a defesa dos interesses da economia
alemã do que a dos países latinos da EU. Ao contrário de Helmut Kohl - o
europeu – a chanceler fomenta uma política nacional egoísta, tal como a da nova
geração de políticos das grandes potências europeias, apenas interessadas na
defensa dos interesses nacionais.
Merkel,
tem a experiência da economia da antiga DDR (Alemanha socialista de leste) e da
BRD. Depois da união a Alemanha continua a transferir bilhões de euros por ano
para a sua parte de Leste e esta encontra-se ainda atrasada depois de 25 anos
de grandes transferências.
A moeda única - Euro - torna a EU a responsável pelo
descalabro dos países periféricos
A
sua política de poupança para a EU, neste contexto, destrói as economias mais
fracas. Não pode haver crescimento sem investimento! São cínicas as
exigências colocadas aos países do sul sem programas apoiantes da conjuntura.
Estes não têm hipótese nem perspectiva (A Grécia nunca pagará a dívida;
Portugal também perderá o que lá tem); destroem as novas gerações e arruínam o
futuro das economias fracas (É um crime o que se está a passar com o
desemprego da camada jovem da sociedade europeia – os Estados salvaram os
Bancos e não disponibilizam moedas para a criação de empregos – o exemplo
da reacção do governo da Islândia em relação aos Bancos foi calado nos Media de
toda a Europa). As economias fortes extorquem os especialistas das economias
fracas e destroem as indústrias locais, obrigando as firmas e o pessoal
qualificado a emigrar. Os países pequenos não têm investidores nem empresas com
capacidade de competir e de resistir com os grandes. Apesar de tudo, os estados
têm de fomentar o investimento assumindo a fiança de investidores. Com a união
do Euro, a União Europeia tornou-se política e economicamente responsável pelo
descalabro das economias periféricas. Ninguém tem a coragem de erguer a voz,
porque os que o poderiam fazer ganham com a situação.
O
estado da EU é doentio e enganador porque a doença é crónica e não passageira
como se pretende: o Euro que deveria fomentar uma identidade europeia comum
revela-se como problema fundamental atendendo às diferentes tradições de
economias nacionais que antes eram garantidas pela valorização e desvalorização
das diferentes moedas e que agora são necessariamente determinadas pelas
multinacionais que vivem do Euro. O equilíbrio e a capacidade de meneio entre
as diferentes economias foram aniquilados com a moeda única. Com o Euro, um
país não pode valorizar ou desvalorizar a sua moeda na concorrência
internacional tendo de se manter no euro sem possibilidade de compensação. Quem
paga a factura são os países carentes e as pessoas médias privadas
endinheiradas dos países fortes.
O
problema de diferentes economias ainda hoje se sente entre as diferentes
regiões fortes e fracas da Alemanha apesar da sua união se ter dado já há 25
anos e o Leste receber anualmente bilhões de euros da solidariedade.
Os
padrões económicos que valem para a Alemanha não valem para um país da
periferia. As economias dos países têm diferentes velocidades. Um sistema
económico latino não tem a mesma velocidade do de um país nórdico, pelo que
este nunca chegará a ter o mesmo nível de produção.
O
valor de uma moeda depende da sua produção. Por isso há economistas que
defendem a ideia de se manter o Euro como moeda de referência central, tal como
outrora o ECU e cada economia volte à sua velha moeda.
A
política seguida pelo Estado alemão em relação à Alemanha de leste deveria ser
aplicada a nível dos países europeus fortes em relação aos fracos. Na Alemanha
quebra-se um imposto de solidariedade de 5% sobre os impostos a todo o
trabalhador que é depois transferido para a antiga Alemanha socialista; além
disso as regiões fortes transferem bilhões de euros para as regiões pobres da
Alemanha para assim se ir criando um equilíbrio.
Vai
sendo tempo de Merkel e outros deixarem de admoestar os países de economias
fracas porque quando o fazem é para desviarem as atenções dos verdadeiros problemas
que eles mesmos criaram.»
António
da Cunha Duarte Justo
Cronologia da Segunda
Guerra Mundial – dia-a-dia
Paula Almeida
4 de dezembro
4
1939
¾
O governo soviético rejeita a oferta sueca de mediação na guerra com a
Finlândia.
¾
O rei britânico George VI chega a França para inspecionar as unidades da
Força Expedicionária Britânica e da RAF
localizadas naquele país.
¾
Na Guerra de Inverno, os finlandeses fortificam a ilha de Alanda, no
Golfo de Bótnia. Apenas cerca de
50 mil pessoas
permanecem na capital, que está a ser evacuada por causa dos bombardeamentos
soviéticos.
1941
¾ Uma
ordenança nazi deixa os judeus da Polónia fora da proteção dos tribunais.
¾ Em Londres, um novo projeto de
lei sobre o Serviço Nacional é aprovado pelo Parlamento. As suas disposições
incluem o recrutamento obrigatório de mão-de-obra feminina. .
¾ Adolf Eichmann
nomeia Jacob Edelstein, originário de Praga, presidente do Conselho de Anciãos
Judeus do
Campo de Concentração de Theresienstadt, na Checoslováquia
ocupada.
1942
¾ Em Varsóvia,
Zofia Kossak-Szczucka e Wanda Filipowicz criam a organização Żegota, nome de
código para o
Conselho Polaco de Ajuda aos Judeus, uma
organização clandestina da resistência na Polónia ocupada pelos alemães
e que esteve ativa de 1942 a 1945..
¾ O Presidente
Roosevelt recebe uma petição de 244 congressistas de apoio ao estabelecimento de uma pátria judaica na
Palestina.
Cronologia
da Segunda Guerra Mundial – dia-a-dia
5 de dezembro
¾ O físico alemão
Albert Einstein obtém um visto para entrar na América.
¾ Adolf Hitler e
Gregor Strasser discutem sobre se Partido Nazi deve ou não trabalhar em
parceria com o novo chanceler alemão Kurt von Schleicher.
1934
¾ Crise na
Abissínia: tropas italianas atacam Wal Wal, na Abissínia, demorando quatro dias
para capturar a cidade.
1936
¾ A
União Soviética adota uma nova Constituição e a República Socialista Soviética
da Quirguízia é estabelecido como membro da URSS.
1939
¾ Na Guerra de
Inverno, as unidades do Sétimo Exército soviético alcançam as principais
defesas finlandesas, a Linha Mannerheim, no Istmo da Carélia, onde está situada
o Segundo Corpo finlandês. O Marechal Mannerheim é o Comandante-em-Chefe
finlandês. Os finlandeses aprendem a explorar a má gestão do avanço soviético,
desenvolvendo táticas para dominar os tanques soviéticos, separando-os da sua
infantaria de apoio e emergindo de posições escondidas durante a noite para o
destruir em combate. Bombardeiros Blenheim finlandeses invadem a base aérea
soviética em Murmansk.
¾ O governo
soviético rejeita a proposta da Liga das Nações para terminar a guerra com a
Finlândia. A URSS afirma que já não está em guerra, tendo concluído uma paz com
a República Democrática da Finlândia.
¾ Winston
Churchill, Primeiro Lorde do Almirantado, afirma na Câmara dos Comuns que a
Alemanha desceu à mais baixa forma de guerra que se pode imaginar. Churchill
diz que os alemães substituíram primeiro a pistola pelo torpedo e que utilizam
agora a mina.
1940
¾ O exército
apresenta a Hitler um esboço de plano de ataque à União Soviética. Tal como na
versão anterior, prevê um ataque em três frentes, sendo a central a mais forte,
que se movimentará em direção a Moscovo. Hitler concorda com o avanço deste
planeamento, mas sugere algumas modificações. Ordena igualmente que se dê
continuidade ao planeamento do ataque à Grécia.
1941
¾ Depois de um
mês de discussão com seus generais, Hitler finalmente concorda em suspender a
movimentação em direção a Moscovo.
¾ Hitler ordena a
transferência de todo o Segundo Air Corps da Luftwaffe da Frente Oriental para
ajudar a força aérea italiana no controlo do Mediterrâneo. O objetivo é reduzir
a eficácia dos ataques das forças britânicas em Malta sobre os comboios de
abastecimento do Eixo ao Norte da África.
¾ Estaline e o
general Sikorski, chefe do governo polaco no exílio, encontram-se. Os dois
líderes assinam um acordo de amizade e ajuda mútua.
¾ A Grã-Bretanha
declara guerra à Finlândia, Hungria e Roménia.
¾ Joachim von
Ribbentrop concede um projeto de documento ao embaixador japonês Hiroshi
Oshima, segundo o qual a Alemanha declarará guerra aos Estados Unidos caso este
país entre em guerra com o Japão.
¾ Os alemães
cancelam a Operação Tufão para este dia, visto que a temperatura mais baixa
caiu para -36 graus Fahrenheit (-38 graus Celsius).
1942
¾ As autoridades das SS
organizam uma seleção geral entre os prisioneiros do campo feminino de BIa, em
Auschwitz II-Birkenau, que durou todo o dia, após a qual 2.000 mulheres jovens,
saudáveis e capazes de trabalhar foram mortas em câmaras de gás.
1943
¾ As forças
alemãs iniciam uma operação de uma semana para deportar os judeus de Bialystok,
na Polónia. Enquanto cerca de 10 mil foram deportados, milhares de judeus
anónimos conseguiram esconder-se. 700 foram mortos enquanto resistiam. A
maioria dos deportados foi enviada para Treblinka, Majdanek e Auschwitz.
¾ Na Operação
Crossbow, a US Army Air Force começa a atacar as bases das armas secretas da
Alemanha.
1944
¾ As tropas
alemãs pilham todas as moedas de prata de Utreque, na Holanda.
¾ Na Grécia
libertada, os tanques britânicos envolvem-se nos combates entre as forças
comunistas e anticomunistas. As forças soviéticas não fornecem ajuda às forças
comunistas.
¾ Na Hungria, as
forças soviéticas capturam Vukovar, no Danúbio, e tomam Szigetvar, para o
noroeste.
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