Não, não falo no assunto que
outros mais sabedores tratam aqui – ISILDA
PEGADO e – em textos
de excelência, aquela acompanhada de alguns comentaristas sintéticos,
eficientes e humanos. Insisto, é claro, no despudor de uma esquerda não
esclarecida mas apenas pretensiosa e anárquica, a sucumbir à sua fixação na
liberdade dos direitos humanos a colidir fortemente com os convencionalismos “ridículos”
das sociedades passadas.
Frieza assassina sob uma
capa compassiva. A forma de bem matar, sem o obstáculo da lei punitiva.
Não, não vou continuar. Os textos que seguem esclarecem bem, quer em questão de
matéria filosófica e humana, quer a respeito de uma lei repugnante que talvez
passe na Assembleia….
Eutanásia, um dever para mi, e para si
OBSERVADOR, 21/4/2018
É preciso ver para além do
hoje. As leis têm efeitos colaterais que devem ser medidos previamente. A
eutanásia será um “direito” ou um dever para mim, e também para si?
1 – O debate que no Parlamento se está a fazer
acerca da legalização do suicídio assistido/Eutanásia tem
sobre ele a capa da Liberdade. Nenhum ser humano quer prescindir da
Liberdade. Tudo o que é para o uso da liberdade, de maior liberdade, é
bom. Como sempre, é invocado o poder de usar, ou não, esta “liberdade”. Por
isso, importa que aqueles que ainda não estão nas condições de a usar possam
pensar nos efeitos que essa oferta, de “liberdade”, pode ter nas respectivas
vidas, quando a vierem a equacionar.
2 – Hoje, não se coloca sequer a questão de saber
ou decidir quando termina a minha vida. Mas, uma vez liberalizada a
Eutanásia, esta torna-se acessível a todos. A Lei é, por definição, geral,
universal e abstracta. Por isso, quando qualquer um de nós (que hoje está
saudável e na plenitude das suas capacidades) se encontrar incapaz de
produzir, em dependência, doente e a sofrer (dá trabalho a médicos,
enfermeiros, familiares, etc.), com custos inerentes à dependência –
e no uso das suas faculdades mentais (isto é, sabe qual é o dia de
semana, sabe contar dinheiro, reconhece as pessoas) – necessariamente vai
equacionar na solidão, o que deve fazer da sua vida. Vale a pena viver?
Vale a pena todo este trabalho? Como decido? Sou egoísta se não pedir a
eutanásia? Ou devo ser altruísta? Devo dar lugar aos novos? Sou razoável?
3 – A eutanásia será liberdade ou dever?
A aplicação de uma lei que permite o suicídio assistido, no tempo, mantém os
parâmetros de respeito pela Vida? Ou, altera o nosso critério de respeito e
inviolabilidade? Ou, torna a Vida descartável em função da circunstância (que a
lei muito bem define)? Que dignidade? A eutanásia, é o último acto da vida. E,
que me diz – “já não vales nada”, “toma a injecção”. Que dignidade? A Vida é
um benefício dado a todos os seres humanos ou traz consigo o ónus, o encargo,
de escolher o dia em que terei “direito” ao suicídio assistido?
4 – Como se comportará, toda a Sociedade? todos
aqueles que me rodeiam? Que me estimam? Todos aqueles que na vida se cruzaram
comigo? – filhos, marido, netos, irmãos, primos, amigos – ao saber que decido
eliminar a minha vida, que sentimento terão? Respeito pela minha
decisão! (dirão uns). Essa decisão foi ou não, também determinada por
actos praticados ou omitidos por aqueles que me rodeiam? Os filhos deram-me o
apoio e ajuda que eu necessitava? Os netos deram-me a companhia que eu tanto
almejava? Os amigos visitaram-me? Quando eu “decidir”, como se sentirão os que
me rodeiam? Porque escolho pôr fim à vida amanhã? Porque não espero mais um
mês, para que o bisneto nasça? Que dor ficará naqueles que me estimam?
5 – E os que nessa altura estiverem no Poder
(Autárquico ou Central) qual a quota de responsabilidade vão assumir nas faltas
que me levaram ao suicídio assistido/eutanásia? O meu suicídio assistido, e o
de mais 7 mil pessoas por ano (números estimados por comparação com os números
da Holanda e Bélgica), não lhes pesa a responsabilidade? Que estruturas de
saúde, sociais, apoios económicos, encontro de gerações, foram negligenciadas?
Ou sacrificam-se uns para outros terem maior abundância? Que dignidade.
6 – Hoje, em cada caso de suicídio que acontece na
cidade, vila ou aldeia há um luto colectivo que se gera. Muitas vezes
justificado por uma doença mental. Mas, na eutanásia não há doença
mental para justificar.
É esta sociedade da
frieza e da solidão que procuramos? Estamos dispostos a prescindir da
Solidariedade e do Amor?
É preciso ver para além
do hoje. As leis têm efeitos colaterais que devem ser medidos previamente. A
eutanásia será um “direito” ou um dever para mim, e também para si?
Presidente da Federação Portuguesa pela Vida
ALGUNS COMENTÁRIOS:
Cesar Sobral
Tanta demagogia dona Isilda! Você é das que prefere
ver os outros a sofrer, quando já não existem quaisquer paliativos. Isso dá-lhe
gozo dona Isilda? Ou acha que assim é mais cristã? Até a um animal se dá um
"tiro de misericórdia" para lhe ALIVIAR o sofrimento. Só vocês
fanáticos religiosos para insistir em tamanha Barbaridade!
William Lyons: o problema é bem mais grave. sendo a lei geral e abstracta, é evidente que abrir a porta à eutanásia
irá evidentemente diminuir a protecção dos mais frágeis, como por exemplo os
idosos, em especial os idosos doentes. Citando Eduardo Barroso: "saúde é
um estado transitório que não augura nada de bom".
Num País onde tantos idosos são abandonados pelos
seus próximos nos hospitais, é evidente que esta lei, a ser aprovada, irá abrir
a porta a que os cuidadores e familiares próximos de muitos idosos poderão usar
esta lei para deles se verem livres e, em muitos casos, anteciparem o benefício
de uma eventual herança.
Mas disto a esquerda não fala. Esta esquerda que já
não sabe o que há-de fazer para se armar em "revolucionária" e
"intelectual". Por isso, anda só a fazer asneiras, embrulhadas em
papel "vanguardista" e "solidário".
Mas há pior: há aqueles que seguem estas ideias
estúpidas da esquerda!
Paulo Monteiro: Óptimo artigo. Na verdade, a eutanásia não é apenas uma questão de opção pela morte
daquela pessoa concreta que escolheu morrer e que o Estado tem obrigação de
matar (ou de ajudar a matar-se). A eutanásia é sobretudo uma escolha do tipo
de sociedade em que queremos viver: uma sociedade que assume como adequado e
normal o processo de matar quem pede para morrer ou uma sociedade que considera
que o sofrimento e a solidão têm de ser combatidos de outra forma, que não com
a morte.
Bonifácio Serôdio: Vou pedir que a minha
condição de humano seja mudada para CÂO, pois os cães não podem ser
eutanasiados por lei, e como os humanos vão poder ser eutanasiados eu não quero
encontrar num hospital alguém que decida que eu queria ser eutanasiado quando o
não queria. Não me importa que me ponham no
cartão de animal português que sou rafeiro.
1Responder
dragone, pedro -> Bonifácio
Serôdio: A não ser que se sinta
promovido, não precisa de baixar à condição de "cão" se quiser evitar
que um dia, e em violação da lei, alguém lhe possa impor uma Eutanásia contra a
sua vontade: fazer um testamento vital deixando no mesmo expresso
que "em nenhuma circunstância deseja que se lhe aplicada
eutanásia". E leve sempre uma cópia do dito consigo sempre que vá ao
Hospital em situação crítica. Nada mais simples!
Sil Tro -> dragone,
pedro: O testamento vital como está é uma treta porque qqr um dos ascendentes
ou descendentes pode alterar a vontade do proprio basta que afirme em tribunal
que a pessoa em causa tinha mudado de ideias !
William Lyons-> Bonifácio
Serôdio: bem dito. é só vantagens: sendo cão pode entrar nos
restaurantes, não paga impostos, não pode ser abandonado (como acontece com
muitos idosos nos hospitais...), e por aí fora!...
dragone, pedro: A Eutanásia não é o suicídio assistido como a
autora “manhosamente” sugere. A Eutanásia é a antecipação da morte de uma
pessoa que, em estado terminal, se encontre em sofrimento extremo provocado por
uma doença para a qual a ciência médica não identifica cura, com um esperança
de vida muito curta, de poucos dias ou meses, e a pedido expresso e em
pleno juízo dessa pessoa. Adulterar os conceitos e as definições basilares
dos temas em debate para daí obter vantagens argumentativas é de uma
desonestidade vergonhosa que não tem limites. O mais grave é que esta parece
ser a estratégia comum a todos quantos nesta espécie de jornal de paróquia (que
só convida articulistas contra a Eutanásia e, desprezando o contraditório,
nenhum a favor…) dissertam sobre o tema. Simplesmente lamentável,
triste e vergonhoso!
José Soares -> dragone,
pedro: Se eles não têm argumentos lógicos, claros e
inteligentes o que quer o senhor que eles façam?
JB Dias ->
dragone,
pedro
Já reparou na publicidade a um colóquio sobre o tema logo na
página de abertura? O vil metal é o que paga as contas no final do mês
...
José Soares -> dragone,
pedro: Isso é o mesmo que pedir a um cego para ver; nasceram
duma vigarice e lá diz o povo "quem torto nasce..."
Paulo Monteiro -> dragone,
pedro: Por falar em sugestões
"manhosas", por que razão refere que "A Eutanásia é a
antecipação da morte de uma pessoa (...) em estado terminal (...), com um
esperança de vida muito curta, de poucos dias ou meses (...)"? Onde é que
foi buscar a ideia de que é para pessoas em estado terminal, com pouco tempo de
vida? É certamente para "amaciar" a ideia, para não parecer tão
grave. Em linha com o eufemismo "antecipação da morte", que na
verdade tanto se aplica à eutanásia como a qualquer homicídio. Meu caro, aquilo que referiu sobre "Adulterar os conceitos e as
definições basilares dos temas em debate para daí obter vantagens
argumentativas" aplica-se a si que nem uma luva.
William Lyons -> dragone,
pedro: no seu comentário há uma contradição: alguém que
(cito) "se encontre em sofrimento extremo provocado por uma doença para a
qual a ciência médica não identifica cura, com um esperança de vida muito
curta, de poucos dias ou meses, e a pedido expresso e em pleno juízo dessa
pessoa" está em "pleno juízo", em especial para decidir uma
coisa destas? será que alguém nestas condições por si descritas tem capacidade
para tomar uma decisão destas? já não sei, sinceramente, o que é
lamentável, triste ou vergonhoso. Se é a eutanásia se quem apoia esta lei
bárbara, em sentido completamente inverso a um aumento da protecção social dos
mais desprotegidos
E dizem-se de "esquerda"...
Carminda Damiao: A eutanásia é assassínio e por isso não é
uma morte digna. O ser humano merece mais respeito. Deve-se pensar em aliviar o
sofrimento e não em matar as pessoas.
…………….
EUTANÁSIA
Eufemismos mortais
OBSERVADOR, 20/4/2018
Não se escondam
propostas como as da eutanásia atrás de expressões eufemísticas ou
politicamente corretas. Aliás, “politicamente correto” é um eufemismo para
“eufemismo”. E eufemismos estupidificam.
Os eufemismos
desempenham uma importante função social: amenizam e agilizam muitas das nossas
interações pessoais no dia a dia. Mas o seu uso no debate intelectual ou
político, onde deve imperar o rigor na análise e a honestidade nas propostas, é
ilegítimo. Infelizmente verifica-se o seu uso cada vez mais generalizado não só
na academia, mas também no debate político e social. Mas ainda mais lamentável
é o seu uso sistemático no ataque aos direitos fundamentais da pessoa humana
(no que se segue, pessoa refere-se sempre à humana, não à jurídica como Estado
ou empresa).
Vejamos um exemplo:
homicídio significa matar deliberadamente uma pessoa inocente. Pessoa inocente
ponto. Independentemente do seu sexo, idade, raça, religião ou convicções
políticas. O homicídio é considerado ilegítimo universalmente: não se conhece
cultura ou civilização que tenha tolerado a destruição de um ser humano sem
causa gravíssima e sem apelo ao interesse público. Note-se que a defesa da pena
de morte sempre se fez com base na existência desses dois pressupostos: como
retribuição (o preço de uma vida humana é outra vida humana) e,
secundariamente, como prevenção (juízo de elevada probabilidade do réu voltar a
atentar contra a vida de outra pessoa). E, felizmente, já nem estas razões são
aceites na maior parte dos sistemas jurídicos.
É verdade que se podem
encontrar tentativas de justificação quer do homicídio (não com esta palavra),
quer da escravatura (outra prática contra a dignidade humana), em algumas
situações históricas. Mas esses casos são sempre feitos baseando-se na negação
espúria da humanidade da vítima. Alguns exemplos sobejamente conhecidos são a tentativa
de Aristóteles negar que os escravos são seres humanos e, portanto, podem ser
propriedade de outrem; a dos socialistas soviéticos em negar a humanidade de
burgueses e proprietários, e a dos nacional-socialistas alemães em negar a
humanidade dos judeus. E note-se que, nestes casos, a negação da humanidade do
outro foi feita com recurso a eufemismos: “purga”, “limpeza”, “purificação” de
“parasitas”, “ratos” e “pestilência”.
“Aborto” também é um
eufemismo: não o termo que se refere a um fenómeno natural, mas a aplicação
desse termo ao ato de assassinar um ser humano no útero. O termo exato, porque
a vítima é uma criança, é infanticídio. Aliás “aborto” é um eufemismo tão
antigo que o seu uso ao longo de muito tempo já gastou a sua capacidade
eufemística de ocultar a realidade. Assim novos eufemismos tiveram de ser
cunhados para propor este tipo de infanticídio: “interrupção voluntária da
gravidez”, expressão que também já está algo gasta, “direitos reprodutivos”,
“saúde reprodutiva”, e outros.
Repare-se que
“interrupção” também é um eufemismo: a vida da criança assassinada não é
interrompida, é terminada, sem qualquer possibilidade de recomeço. “Voluntária”
é outro eufemismo: o bebé assassinado tem tanta vontade de morrer como aqueles
adultos e crianças que foram assassinados em Solovki, Treblinka, ou Bataclan, e
é precisamente a voluntariedade no ato de matar outra pessoa que é
especialmente condenável no homicídio. “Gravidez”, palavra usada para tentar
ocultar a humanidade da pessoa a assassinar, também atua como eufemismo: como
se o ser humano que está no útero tivesse menos dignidade, ou humanidade, do
que está fora; ou como se ao mesmo tempo que se termina a gravidez não se
terminasse com a vida de uma criança inocente.
Os arrazoados na defesa
deste tipo de infanticídio também são intrinsecamente eufemísticos. “O feto não
é um ser humano.” Então que será, tendo em conta que foi gerado por dois
humanos? Um ser bovino? Curiosamente é frequente os defensores políticos do
homicídio intrauterino se oporem ao “assassínio” bovino.
“O feto é uma menina.” Como se ser menina fosse defeito.
“O feto é defeituoso”. Como se um defeito, qualquer defeito, tirasse a
humanidade a uma pessoa; a eugenia é um argumento especialmente repugnante, e
traz à memória os programas de eliminação de ciganos, judeus e pessoas com
“defeitos” físicos, mentais ou hereditários implementados sistematicamente
pelos nacionais-nacionalistas. Aliás, a semelhança nos eufemismos então usados
(“solução do problema judeu”) com os aplicados hoje (“terminação” ou “resolução
da gravidez”) é patente.
“O feto não viável”. É verdade que nos dias que correm um feto só se
torna viável com uma licenciatura, às vezes só com mestrado. Será então de
permitir a “interrupção voluntária dos inviáveis”? E se não for viável ser
artista sem subsídios? Será a sua inviabilidade, a sua incapacidade para
sobreviver quando o cordão umbilical que os liga aos dinheiros públicos é
cortado, argumento bastante para, literalmente, os assassinar? Se não é para
uns, por que razão será para os outros?
Eutanásia, etimologicamente “boa morte”, é
outro eufemismo que pretende obscurecer a natureza da ação: a do ato homicida.
Em que sentido se pode considerar ser bom matar um ser humano fragilizado?
“Sociedade solidária” não se tornará também um eufemismo se, e quando, tal
crime for “legalizado”?
“Morte a pedido” também é uma expressão
ambígua. A pedido de quem? Dos herdeiros, por interposta pessoa do próprio? Ou
da Secretaria de Estado do Orçamento, que terá uma quota a fazer cumprir, ou da
companhia que gere o “plano de saúde”, já que o homicídio hospitalar sai muito
mais em conta que cuidados paliativos?
Mas, e se for o próprio a pedir? Há muitas
coisas que não se permitem mesmo que sejam os próprios a pedir, seja por razões
civilizacionais, seja porque se pretende criar uma “sociedade solidária”: não
se permite que uma pessoa se venda para escravo, mesmo que o deseje; não se
permite que uma pessoa aceite um emprego com remuneração abaixo do salário
mínimo, mesmo que queira; nem se autoriza um casal a contrair matrimónio
indissolúvel, mesmo que o requeiram. Se se defende que há coisas que um cidadão
não pode fazer com o seu próprio corpo, com a sua própria vida, por maioria de
razão não será de desrespeitar a sua vontade quando, num momento de fraqueza
física ou de coação moral, ele pede a sua própria destruição?
E que dizer de “morte digna”? Em nenhuma
civilização a morte à mão de outro homem foi até hoje considerada digna, exceto
a ocorrida em combate. E a dignidade da morte em combate advém, sempre, da coragem
na ação e fortaleza no infortúnio, e também na dor, de quem morre. O ser humano
tem uma dignidade que faz com que o golpe de misericórdia, que é aplicado
humanamente a animais, seja considerado desumano quando aplicado a uma pessoa.
“Morte assistida”? Assistida de que modo? Na da escola de Josef Mengele
(1911—1979), ou na de Madre Teresa de Calcutá (1910—1997)? Será que quando
passarmos a ir ao médico, a ir ao hospital, teremos de pedir um esclarecimento:
“O sr. dr. de que escola é?” Ou será que a proteção ao consumidor obrigará à
colocação na entrada do gabinete médico de uma placa com os dizeres: “Mata-se
sem ser pedido”, “Mata-se a pedido” ou “Cura-se o paciente e mata-se a dor,”
conforme a escola? Uma placa destas teria evitado o drama que Alfie Evans e a
sua família estão a viver neste momento.
Exige-se, portanto, que quem defende a
legalização do aborto diga honestamente, e sem eufemismos, ao que vem: propor a
legalização do infanticídio. E que quem defende a legalização do homicídio de
velhos, doentes ou pessoas de outro modo fragilizadas, não esconda a sua
proposta atrás de expressões eufemísticas ou politicamente corretas. Aliás,
“politicamente correto” é um eufemismo para “eufemismo”.
É verdade que eufemismos estupidificam. Mas
pior que isso, também matam.
Professor de Finanças, AESE Business School
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