domingo, 26 de fevereiro de 2017

Já não há retorno




Uma história chegada por email, que transpus imediatamente para o meu blog, com a facilidade e a bênção que os génios da ciência, cada vez mais velozmente, me possibilitam, e que eu agradeço, sem lhes compreender os truques.
Mas assusta sobretudo pensar que, com tanta rapidez de descoberta científica para a nossa felicidade, de repente o homem se venha a sentir cada vez mais presa das máquinas, ele próprio identificado com elas, desumanizado, desligado dos livros que abriam caminho ao entendimento gradual, estranhos seres absortos, que já se encontram hoje, desde meninos, nos seus jogos, nas suas mensagens, no seu mundo ausente, de facilidade de comunicação e ausência dela. A velocidade é, de facto, uma característica cada vez mais visível destes tempos de alienação e espanto, e o despenhadeiro parece ameaçar cada vez mais a humanidade. Deus nos acuda!

Diálogo entre o avó e o neto:

É a verdade, nua e crua, que estas 2 últimas gerações, têm dificuldade em compreender, o Tempo voa !!

De repente, o neto perguntou a idade ao avô.
- Bem, deixa-me pensar um momento...

Nasci antes da televisão, e já crescidinho apareceu, com um único canal e a preto e branco.
Nasci antes das vacinas contra a poliomielite, das comidas congeladas, da fotocopiadora, das lentes de contacto e da pílula anticoncepcional.
Não existiam os radares, os cartões de crédito, o raio laser nem os patins on-line.
Não se tinha inventado o ar condicionado, as máquinas de lavar e secar, (as roupas secavam ao vento) e frigoríficos quase ninguém tinha.
Pouca gente tinha automóvel (contavam-se pelos dedos) e não havia semáforos por não serem precisos.
O homem nem tinha chegado à lua.
A tua avó e eu casámos e só depois vivemos juntos e em cada família havia um pai e uma mãe.
"Gay" era uma palavra inglesa que significava uma pessoa contente, alegre e divertida, não homossexual.
Das "lésbicas nunca tínhamos ouvido falar e os rapazes não usavam "piercings."
Nasci antes das duplas carreiras universitárias e das terapias de grupo.
Não havia computador, comunicávamos através de cartas, postais e telegramas.
"Mails, chats e Messenger", não existiam. Computadores portáteis ou Internet nem em sonhos...
Estudávamos só por livros e consultávamos enciclopédias e dicionários.
Jogávamos à bola nos jardins e brincávamos com os piões e por vezes com o arco e o ferro e fazíamos corridas com carrinhos de rolamentos. Nada de brinquedos telecomandados.
Ouvíamos os relatos dos jogos de futebol pelo rádio e ainda não havia liga milionária de clubes.
Chamava-se a cada polícia e a cada homem "senhor" e a cada mulher "senhora".
Nos meus tempos a virgindade não produzia cancro.
As nossas vidas eram governadas pelos 10 mandamentos e bom juízo.
Ensinaram-nos a diferenciar o bem do mal e a ser responsáveis pelos nossos actos.
Acreditávamos que "comida rápida" era o que comíamos quando estávamos com pressa.
Ter um bom relacionamento, queria dizer dar-se bem com a família e amigos.
Tempo compartilhado, significava que a família compartilhava as férias juntos.
Ninguém conhecia telefones sem fios e muito menos os telemóveis.
Nunca tínhamos ouvido falar de música estereofónica, rádios FM, Fitas, cassetes, CDs, DVDs, máquinas de escrever elétricas, calculadoras (nem as mecânicas quanto mais as portáteis).
"Notebook" era um livro de anotações.
“Ficar" dizia-se quando pessoas ficavam juntas como bons amigos.
Aos relógios dava-se corda todos os dias, mesmo aos de pulso.
Não existia nada digital, nem os relógios nem os indicadores com números luminosos dos marcadores de jogos, nem as máquinas.
Quando o teu bisavô ficou doente, foi tratado no hospital e no fim da vida foi para casa para morrer no carinho e no amor da família. Não se falava de eutanásia nem em cuidados paliativos.
Falando de máquinas, não existiam as cafeteiras elétricas, ferros de passar elétricos, os fornos microondas nem os rádios-relógios despertadores. Para não falar dos vídeos ou VHF, ou das máquinas de filmar minúsculas de hoje...
As fotos não eram instantâneas e nem coloridas. Eram a branco e preto e a sua revelação demorava mais de três dias. As de cores não existiam e quando apareceram, a sua revelação era muito cara e demorada.
Se nos artigos lêssemos "Made in Japan", não se considerava de má qualidade e não existia "Made in Korea", nem "Made in Taiwan", nem "Made in China".
Não se falava de "Pizza Hut" ou "McDonald's", nem de café instantâneo.
Havia casas onde se compravam coisas por 5 e 10 centavos. Os sorvetes, os bilhetes de autocarros e os refrigerantes, que se chamavam pirolitos, tudo custava 10 centavos.
No meu tempo, "erva" era algo que se cortava e não se fumava.
"Hardware" era uma ferramenta e "software" não existia.
 Fomos a última geração que acreditou que uma senhora precisava de um marido para ter um filho.
Agora diz-me, quantos anos achas que tenho?
- Mais de 200 anos - diz o neto...
- Não, querido. Tenho 65.

 DÁ QUE PENSAR, não?

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