quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Saber às Pinguinhas 10



Saber às Pinguinhas 10
História 6
Manual:  Missão História - 8º Ano

Tema: 6 - O contexto europeu dos séculos XVII e XVIII
Meta 11: Conhecer os elementos fundamentais de caracterização da economia do Antigo Regime Europeu (cont).
I- Competição económica e política
1-Desde o séc. XV o comércio é considerado o motor da economia e da riqueza dos Estados, os reinos competindo entre si  pelo domínio das rotas e mercados em vários pontos do Globo, contrariando a teoria do “mare clausum” imposta no tratado de Tordesilhas, pela teoria do “mare liberum” de outros povos europeus (Inglaterra, Holanda, França, Bélgica…)
2-  Holandeses, Franceses e Ingleses começaram por disputar o comércio colonial com os países ibéricos, ao mesmo tempo que concorriam entre si.
3- O mercantilismo ganha força, neste contexto de rivalidade económica e política. As economias nacionais procuram proteger-se face à concorrência internacional, adoptando medidas de proteccionismo económico.
4- Os Holandeses, povo empreendedor, frugal e corajoso (na descrição de Jean-Nicolas Parival em Delícias da Holanda, 1651), é o principal inimigo a abater , tendo-se tornado  nos “transportadores do mundo”, que inundavam os mercados com todo o tipo de produtos de boa qualidade e bom preço.
5- Os  vários Estados europeus  põem entraves às importações de produtos holandeses ou por eles transportados, estimulando e protegendo a produção e venda de produtos  nacionais, segundo a doutrina mercantilista.
II- Holanda, uma excepção ao mercantilismo
1- Enquanto a maior parte dos países da Europa adopta medidas protecionistas para conseguir acumular riqueza, a Holanda constitui uma excepção.
2- Com um regime parlamentar assente na liberdade de pensamento e de expressão, uma sociedade burguesa, activa e empreendedora, a Holanda atinge o seu apogeu económico ainda no séc. XVII.
3- A prosperidade holandesa baseia-se na liberdade de iniciativa, quer ao nível das produções nacionais (criação de gado, agricultura, pescas, manufacturas têxteis, construção naval), quer ao nível do comércio, suportado pelo dinamismo da banca e outras instituições financeiras.
4- No séc. XVII Amesterdão torna-se o centro económico do mundo, controlando os pontos mais importantes do comércio europeu, mas também feitorias e tráficos ultramarinos.
4- Este poder comercial gera rivalidades que provocou, por vezes,  conflitos e guerras.

Tema 6: O conteúdo europeu nos séculos XVII e XVIII: Como se caracterizam a arte e a mentalidade barrocas

I- A arte e a mentalidade barrocas
1- Nos séculos XVII e XVIII uma nova corrente artística, nascida em Roma, no contexto da Contra Reforma, expande-se pela Europa e América Central e do Sul - o Barroco, que reflecte grandes reformas nas mentalidades e na arte.
2-  A arte barroca foi usada pela Igreja Católica para combater o protestantismo: Caracteriza-se, assim, pela riqueza dos materiais usados, pelo dramatismo das esculturas e pinturas e pela envolvência da música.
3- O gosto pelo espectáculo  (ópera, bailado, música vocal e instrumental, tourada (na península ibérica), influencia os grupos sociais mais abastados.
II- A arquitectura barroca
1- A arquitectura barroca mantém algumas estruturas renascentistas, mas substitui a sobriedade e o equilíbrio renascentistas por:
            a) grandiosidade e riqueza na decoração. O “horror ao vazio” faz com que se preencham os espaços com esculturas, pinturas, talha dourada e em Portugal, também o azulejo.
            b) Impressão de movimento, através de fachadas onduladas, curvas e contracurvas e plantas ovais e em elipse.
2- O ouro descoberto no Brasil, no séc. XVIII, financiou a construção e renovação de muitos edifícios em Portugal.
3- Destacaram-se os arquitectos Nicolau Nasoni (Torre dos Clérigos e o Palácio do Freixo,  no Porto, e o Solar de Mateus em Vila Real) e Ludovice (Palácio-Convento de Mafra). A Biblioteca Joanina da Universidade de Coimbra e o Aqueduto das Águas Livres são outros exemplos da arquitectura barroca portuguesa que atingiu o expoente máximo no reinado de D. João V.

III- A escultura e a pintura barrocas
1 - A escultura e a pintura barrocas destacam-se por transmitirem grande emoção e  dramatismo através da exuberância das formas e dos volumes, pelas expressões teatrais e pelo movimento.
2 - Na pintura preferiram-se as cores fortes e contrastantes (o claro-escuro) e utilizavam-se as ilusões de óptica.
3 - Na escultura destacaram-se o italiano Bernini, e, em Portugal, António Ferreira e Machado de Castro. Alguns dos principais pintores barrocos foram Rembrandt, Rubens, Velasquez e Murillo. Em Portugal destacou-se Vieira Lusitano.

Conceito:
Barroco: Estilo artístico que nasceu em Roma, nos finais do séc. XVI, no contexto da Contra Reforma. Espalhou-se pela Europa e América Latina nos séculos seguintes. Caracteriza-se pelo movimento, exagero decorativo, extravagância.
Exemplos de imagens do livro:
Arquitectura:  A) Biblioteca do Mosteiro Beneditino de Wiblingen (Ulm, Alemanha), 1744 .
B) Fachada do Palácio do Raio em Braga, mandado construir em 1754 por um rico comerciante, e ampliação da janela central (apontando-se como características: linhas curvas e contracurvas, concheados, volutas, anjos, ideia de movimento).
Pintura:  A) Descida da Cruz, Rubens, 1614;   B) A Ronda da Noite, Rembrandt, 1642.

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