Foi o que
disse a minha amiga a respeito do que lhe contei da prova de exame para os professores
contratados, com erros de enunciação e obscuridades de interpretação, que bem
demonstravam que o objectivo-mor de tanta obscuridade e emaranhamento de questionação
não era contribuir sobretudo para o progresso civilizacional do país, seleccionando
competências entre os docentes para melhor prepararem o futuro dos discentes e
do país, pela responsabilidade e eficiência, abandonando definitivamente o
marasmo da irresponsabilidade e da incompetência que bem tem contribuído para
este resvalar, ao longo da sua história, para uma constante situação de catástrofe
económica e social, de país sempre na cauda, nos aspectos positivos, sempre
cimeiro nos negativos.
E
debruçámo-nos sobre a prova, sobre os exercícios de escolha múltipla, e
concordámos que o modelo de prova em nada favorecia os objectivos formativos,
tanto mais que ele próprio apresentava erros e isso era grave à partida. E
vergonhoso. E denunciador de outros intuitos que não os formativos. E
destruidor, pela asneira própria, de pesporrências, de vaidades, na imposição de princípios de uma
autoridade cega a outros valores, como sejam os da formação prévia de grande
parte desses professores, com as suas licenciaturas e docência de longos anos.
Um teste organizado com erros punha a ridículo uma intenção regeneradora.
E a minha
amiga repetiu, com a sonoridade da sua indignação:
- Se
querem detectar competências, têm que ser competentes. Têm que construir provas
a sério. Tem que ser a sério.
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