Maria Luís Albuquerque é uma figurinha que se tem
imposto pela serenidade e firmeza das suas respostas quando é confrontada com
as opiniões geralmente excitadas dos que discordam das políticas do Governo. E
esses e essas, que ganharam novas forças com a vitória dos camaradas gregos de cor,
têm-se esforçado por destruir o bom nome do seu país, que preferem caloteiro, e
não olham a meios na sua aparente preocupação pelos que mais sofrem e até são
forçados a sair dele em busca de sobrevivência. Não lhes importam as boas
notícias sobre os frutos das políticas que os ministros trazem à ágora, troçam
despudoradamente e sem educação dos governantes pacientes, pelejando em
desgrenhadas vozes pela sua dama – a da ideologia do sentimento, que já estava
inserida no nosso fado antigo do coitadinho/inha e na versão trocista do
agradecimento humilde do “òbrigadinho é o que eu lhe desejo”.
O certo é que as alfinetadas velhacas sobre a posição
de subserviência de Passos Coelho face ao estrangeiro, donde nos veio o pão,
que ele pretende pagar, como pessoa honrada, colheram adeptos, na imprensa
alemã também, que, ao que parece, se referiu ao posicionamento de dureza do
nosso ministro e da nossa ministra das Finanças, relativamente à questão do
financiamento europeu dos gregos.
E o sr. Varoufakis assim o entendeu, pois não deixou
de o apontar, em falsos sorrisos de falsa compreensão dessa dureza, sugerindo atitudes
rasteiras de vilões pobrezinhos que já passaram pelo mesmo e não são solidários
com o problema dos outros.
Custa-me a crer que assim tenha sido da parte de Maria
Luís Albuquerque, que se defende afirmando que nem uma vírgula mudou às exigências
do euro-grupo.
Acredito nela. E a imagem de Varoufakis, contorcendo o
tronco, a cabeça altiva ditando ditirambos sardónicos de alegre mistificação,
não de louvor mas de chufa, lembrou-me o galo emproado do galinheiro, em torno
das frangas desprotegidas, soltando o seu cocorocó dominador.
Na realidade, não vejo motivos para cocorócó.
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