Um
artigo de Henrique Salles da Fonseca, publicado no “A Bem da Nação”, põe bem o
dedo certeiro sobre o problema da resistência oriental à liberalização das
práticas sociais relativamente à mulher, quando essa mulher, que foi transposta
para novas culturas, por motivos de força maior, se tiver que adaptar aos novos
conceitos de paridade entre os sexos. A provocação, em tempos, de algumas
dessas mulheres, ainda jovens, como a que vimos em liceus franceses, depressa
foi facilmente desmascarada e interdita. Com mais razão o será agora, julgo, em
que a sujeição a novas regras de novos domínios políticos for princípio
indiscutível.
Julgo
que a mulher oriental se adaptará facilmente a um conceito liberalizador, que
desmistificará e condenará o absurdo e ridículo princípio de falocracia em que
vive, mas não sem grande resistência masculina, imposta pelos rigores fundamentalistas
da sua religião.
E
todavia, quando vejo a sociedade ocidental conivente ou indiferente ao tráfico
das mulheres em países de barbárie, pergunto-me se a apregoada igualdade entre
os sexos não é só fachada de altivez e
superioridade nos países do ocidente, que respeitam a sua mulher como digno
par, e desprezam qualquer outra com
menor estatuto cultural.
A FORÇA DO OCIDENTE
A infame
submissão da mulher muçulmana aos caprichos masculinos é dos aspectos mais
negativos com que o Ocidente se depara ao acolher as hordas de imigrantes que
todos os dias arriscam a vida no Mediterrâneo.
Não está
em causa a legitimidade da busca de melhores condições de vida – de
sobrevivência, até – para essas populações; o que não se pode admitir é que
esses imigrantes queiram transpor para a Europa as condições degradantes que na
origem impõem à mulher.
Unânimes
na condição inferior feminina, para a maior parte dos muçulmanos elas nem
sequer têm alma, são instrumentos que existem apenas para servir os interesses
do homem. E como instrumentos, não têm que ter vontade nem opinião.
E a
pergunta é: e se essa mulher imigrante na Europa decidir alcançar o mesmo
estatuto de plena dignidade humana e social que observa na mulher europeia?
Então, a
resposta terá muito provavelmente a ver com a maior desorientação masculina
nessa sociedade imigrante.
Bastará
que a Europa decrete a proibição de qualquer pessoa transitar na via pública
com o rosto tapado para que a vida se complique para os mais radicais; bastará
que o acolhimento ao imigrante seja em tudo igual às politicas de conforto
social que os Estados europeus dispensam aos seus próprios naturais para que o
tão propalado parasitismo imigrante esmoreça; bastará que cada Estado europeu prossiga
políticas de integração e não facilite a criação de guetos.
Bastará
que uma rejuvenescida Ana de Castro Osório ou Carolina Beatriz Ângelo avance
por essa Europa além como estandarte da emancipação da mulher imigrante.
Mais
recentemente, tivemos «as três Marias» - Maria Isabel Barreno, Maria
Velho da Costa e Maria Teresa Horta – cujo exemplo poderia servir de nova
bandeira ao feminismo na Europa assim mostrando uma das maiores forças de que o
Ocidente dispõe, a dignidade da mulher.
Agosto de
2015
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