sexta-feira, 30 de junho de 2017

Público de 24/6/2006: O INCÊNDIO


O horror foi suficientemente vasto para que se dê por finda a referência. Ainda hoje, foi tema de todo o debate de Pacheco Pereira, Lobo Xavier e Jorge Coelho, mais ainda do que na Quadratura passada, e todos disseram coisas acertadas, Jorge Coelho no seu papel de apoiante incondicional de António Costa, Pacheco Pereira no de crítico incondicional de Passos Coelho, Lobo Xavier no de seu censor também desta vez, por uma razão grave – a precipitação de crítica daquele, de intuito eleitoralista, apoiada em factos graves não fundamentados, o que é indesculpável em Passos Coelho. Os artigos seguintes, mais severos, não se coibiram de apontar o jogo de interesses que presidem à multiplicação dos incêndios no nosso país, mas na Quadratura do Círculo ignorou-se a questão, o que deixa subentender uma inibição de discrição, provavelmente proveniente do conhecimento das entidades prevaricadoras, que a crítica escrita torna mais vaga e menos directa, permitindo a permanência no crime impune desses tais do lucro incendiário. O artigo de João Miguel Tavares é severo e justamente indignado sobre uma questão condenável em tantas frentes, desde incúria nacional, irracionalidade interesseira no traçado da floresta, falência criminosa na gestão dos meios de combate ao fogo, escape às responsabilidades, e tudo isso espalhando o horror do inconcebível. O artigo de Manuel Loff não poupa António Costa nem os nossos “Trumps” florestais que contribuem criminosamente para a desumanização e isolamento da aldeia, com a conivência dos governos. José Pacheco Pereira rebuscadamente parafraseia Platão, convertendo em diálogo - canicular - uma questão grave, de forma sábia e filosófica, os três SSS – Simplício, Sagredo e Salvioti – desempenhando o seu papel de Sócrates tripartido, todos eles igualmente experientes e sabedores. No fundo, todos sentem raiva e desespero, perante uma situação que não acontecia dantes, num tempo em que me lembro de ir ao pinhal perto de casa, apanhar caruma e pinhas para acender a lareira…
I
O respeitinho não é bonito
Não nos atirem mais fumo para os olhos
João Miguel Tavares
A mera hipótese de que não haja responsáveis concretos pela tragédia, e de que tudo não tenha passado de uma lamentável maldade da mãe natureza, é um absurdo.
Deixemo-nos de sonsices. A não ser que em Pedrógão Grande tenha acontecido um fenómeno meteorológico nunca antes visto no planeta Terra – a combustão espontânea e simultânea de duas fileiras de eucaliptos e de duas dezenas de carros –, é evidente, absolutamente óbvio e totalmente cristalino que a morte daquelas 47 pessoas tem responsáveis e que ela representa uma falha gravíssima do Estado para com os seus cidadãos.
Quem são os principais responsáveis por essa falha, ainda não sabemos. Talvez a GNR. Talvez os bombeiros. Talvez a falta de coordenação da Protecção Civil. Talvez a falência do SIRESP. Talvez tudo em simultâneo. Mas se é cedo para dar resposta definitiva a estas dúvidas, já é mais do que tempo para termos esta certeza: a mera hipótese de que não haja responsáveis concretos pela tragédia, e de que tudo não tenha passado de uma lamentável maldade da mãe natureza, é um absurdo, uma inadmissível ofensa à memória de quem foi vítima da mais horrível das mortes, e é tratar por estúpido qualquer português que tenha dois olhos na cara e três neurónios a funcionar.
Quando vemos as imagens dos carros carbonizados e colados uns aos outros, significando que nenhum condutor estava a ver um palmo à frente do nariz; quando vemos a poucos metros da EN236-1 passar o IC8, muito mais largo e arejado, e que estava encerrado ao trânsito; quando vemos que o fogo começou antes das três da tarde e que estas pessoas terão morrido queimadas nos seus carros quatro horas depois; quando vemos tudo isto, não podemos engolir a postura dos paninhos quentes, dos dias de luto passados em pesaroso silêncio ou a reverência acabrunhada dos “afectos”.
Apoiar emocionalmente as pessoas é fantástico. Usar os abraços para desculpar a incompetência é obsceno. É uma vergonha o discurso de Marcelo na noite de sábado (“o que se fez foi o máximo que se poderia ter feito”; “não há nem falta de competência, nem de capacidade, nem de imediata resposta”). É uma vergonha ver os responsáveis pelos bombeiros e pela Protecção Civil andarem a fazer tudo o que podem para desvalorizar a ocorrência de falhas graves e de falta de coordenação. É uma vergonha que se confunda o esforço e a comoção dos vários intervenientes com a competência no desempenho das suas funções.
Eu cheguei a ouvir o secretário de Estado da Administração Interna comentar o facto de ele próprio ter salvo a família num incêndio em sua casa na década de 80. Acho óptimo. Mas esse episódio, tal como a eterna presença da ministra da Administração Interna de jaqueta laranja e sapatos ténis, é irrelevante. Mais: tanta presença ministerial cheira a tentativa de controlo político dos danos, mantendo uma vigilância permanente sobre quem deveria estar concentrado a combater o fogo – ou os assaltos, já agora, porque à subvalorização inicial da violência do incêndio seguiu-se a sobrevalorização do seu perigo, evacuando-se dezenas e dezenas de aldeias que foram pasto para assaltantes.
Uma semana depois, já sabemos muito – e o que sabemos não é bom. Tudo indica que a gestão inicial do incêndio tenha sido desastrosa e caótica. E esse caos, nem bombeiros, nem GNR, nem Protecção Civil, nem o Governo, vão ter interesse que seja conhecido na sua inteira extensão. Compete-nos lutar pela verdade. Saber o que realmente se passou na tarde do dia 17 de Junho de 2017 é a dívida que todos temos para com 64 pessoas que foram abandonadas pelo Estado português no momento em que mais precisavam dele.
II
OPINIÃO
O fogo, "um problema de ordem pública"...
Manuel Loff
O ministro da Administração Interna de então, austeritário como os demais do governo Sócrates, chamava-se António Costa. Espera-se que vá a tempo de corrigir isto tudo.

64 mortos em Pedrógão Grande, um número indeterminado de desaparecidos, a caminho dos 300 feridos. Da discussão que temos de fazer sobre o território, a "desumanização" do mundo rural (como lhe chama Jorge Paiva) e o papel das indústrias da madeira e do papel na determinação da política florestal não dependem apenas os lucros da indústria ou o que o Estado deve pagar pela discriminação positiva de territórios cada vez mais despojados de serviços e bem estar. Dependem vidas humanas. Sobre as consequências do aquecimento global podemos, como se tem feito, invocar o comportamento de Trump, mas era bem mais útil denunciar os nossos Trumps domésticos, a começar pelo lóbi das indústrias da fileira florestal.
Num mundo rural que perdeu, em poucas décadas, a grande maioria do seu peso na economia, a produção de madeira para a indústria é das raras atividades que nele são altamente lucrativas. Somos o 3º produtor europeu de pasta de papel. "A área florestal dedicada ao eucalipto tem vindo a aumentar substancialmente desde 1963, passando de apenas 3,8% da superfície florestal para 23,3% do total dessa área em 2005/2006." As "indústrias papeleiras são responsáveis pela gestão de cerca de 185 000 hectares de floresta (83% da qual é constituída por eucalipto)", espécie tão rentável quanto inflamável, "os quais abastecem cerca de 20% do volume total de madeira consumida" (estudo de E. Sarmento e V. Dores, Revista Portuguesa de Estudos Regionais, 2013). A eucaliptização é um facto, produz lucros muito acima de outras atividades económicas e tem um peso significativo nas exportações portuguesas. Que, perante a tragédia de Pedrógão Grande, se multipliquem as vozes que pretendem desviar a atenção da questão é a prova de que pode o fogo continuar a matar e a devastar todos os anos metade da superfície queimada da UE que, por este lado, não haverá tréguas: lucro é lucro. É, aliás, muito revelador ver quem, perante a exigência de assunção de responsabilidades e de reforma de fundo da floresta portuguesa, assobia para o lado e repete a velha ladainha de que o que temos "é um problema de proteção civil e de ordem pública. A monocultura do eucalipto é um falso problema" (presidente da Associação dos Proprietários Florestais, Antena 1, 22.6.2017). O argumento vem acompanhado das velhas teses conspiracionistas do presidente da Liga de Bombeiros (esse cacique dinossáurico do Pinhal Interior, Jaime Marta Soares) que, "contrariando toda a informação disponível sobre o assunto", como recorda Henrique P. Santos (PÚBLICO, 19.6.2017), continua a insistir em que "75% dos incêndios tem origem criminosa", incluindo o de Pedrógão. É exatamente a mesma atitude daqueles que desvalorizam qualquer esforço de explicação do crime ou do terrorismo: o que interessa é armar mais polícias e militares para os combater! Como se por detrás de todos os fenómenos naturais ou sociais estivesse a imprevisibilidade ou a maldade. "Quando um governante diz que o fogo é imprevisível (...) está claramente a fazer uma opção obscurantista de desprezo pelo conhecimento".
38% da superfície do nosso país é floresta. 98% dela é privada. O seu papel na vida das comunidades rurais mudou radicalmente com as migrações dos últimos 70 anos. A grande maioria dos proprietários são incapazes de gerir o que têm de floresta. Qualquer política de ordenamento e gestão do território tem de contar com esta realidade sociodemográfica e assumir o dever de discriminação positiva que implica mais recursos e mais despesa - ou, em alternativa, sofrer mais incêndios e mais mortes. Ter acabado com os Serviços Florestais em 2006, distribuir as suas funções por cinco entidades desarticuladas e com poucos recursos, "esquecendo-se da conveniente profissionalização e apetrechamento dos bombeiros", também não ajudou, como o denuncia há muitos anos Jorge Paiva. No decreto de 2006 invocavam-se "razões de racionalidade e eficiência económica [que] desaconselhariam desde logo a criação de um serviço autónomo da Administração Pública (...) vocacionado para a prevenção e a intervenção de primeira linha em incêndios florestais".
O ministro da Administração Interna de então, austeritário como os demais do governo Sócrates, chamava-se António Costa. Espera-se que vá a tempo de corrigir isto tudo.
III-ESPAÇO PÚBLICO
Conversas a 40º
José Pacheco Pereira
À medida que se caminhava para o calor dos trópicos, as pessoas pensavam pior.
 [Simplicio, Sagredo e Salviati estão à sombra de um dia de 40º. Não sei bem onde os colocar, porque têm que estar parados. Ninguém se mexe com 40º a não ser que seja obrigado ou seja trabalhador ou pobre. Numa esplanada urbana, há sempre turistas a mais. Make Porto podre again, está escrito na parede. Num bar de hotel, envolvidos por uma lista com cinquenta gins tónicos diferentes, e ar condicionado, é mau cenário para uma conversa destas. Chaparros que dão sombra eficaz com 40º são um mito rural alentejano. Na praia? Salviati não gosta de praia, Sagredo é indiferente e só Simplicio gosta. Simplicio ficaria muito inteligente, e Sagredo muito estúpido. Não dá. Mas em frente ao mar, sem ser na praia, serve. No Norte, com cheiro a maresia, sem praia, serve. Vem no Roland Barthes, mas ninguém já o lê. É ficcional o arranjo, porque com 40º não há cheiro a maresia. Comecemos.]
Sagredo – De que falamos?
Simplicio – Dos fogos.
Salviati – Já chega!
Simplicio �� Enquanto for notícia, nunca chega. Os fogos sugam tudo: fora deles nada interessa a ninguém.
Salviati – Não é bem assim, como já vamos ver. Seja. Os fogos.
Sagredo – Mas não achas que se fala demais? Não estás também tu a discutir os fogos e a participar na logomaquia dominante?
Salviati – Estou, mas defendo-me.
Sagredo – Como?
Salviati – Estou a fazer um diálogo e os diálogos desafiam as citações. Quem tiver que colocar uma citação no jornal vai-se ver aflito.
Simplicio – Isso é maldade com o jornal.
Sagredo – De que falamos então?
Simplicio – Dos fogos. Dos mortos. Da culpa.
Salviati – Tem mesmo que ser?
Simplicio – Tem. Está na agenda e se não falarmos do que está na agenda, ninguém nos ouve. Está tudo virado para o mesmo lado e a agenda só pode ter um tema. Dois já colidem entre si. Os fogos são hoje a agenda…
Sagredo – … não é bem assim. Os escândalos do futebol ocupam quase tanto tempo como os fogos, só que é fora dos noticiários. Fogos nos noticiários, futebol nos programas de conversa.
Salviati – Mas o que é que há para ser discutido no futebol? O futebol é o ruído de fundo da comunicação social, está lá sempre, de vez em quando invade tudo. Agora com os fogos, perde os noticiários, mas está lá sempre. É a doença infantil da comunicação social portuguesa.
Sagredo – Parece que os clubes estão a contratar hackers para entrarem nos computadores e telefones uns dos outros. E depois encontram exactamente aquilo que estão à procura…
Salviati – … o espelho daquilo que eles mesmos têm nos seus computadores e telefones. Que interesse é que isso têm? Falcatruas, amantes, ameaças, corrupção aos árbitros, alegria com a desgraça alheia, bares de alterne, restaurantes da moda, insultos, negociatas, escatologia. Parece uma ópera bufa.
Simplicio – O povo gosta. Os vermelhos ficam felizes quando são os azuis que se tramam, e vice-versa.
Sagredo – Sim, a nós tudo se desculpa e é permitido, aos “outros” é um escândalo.
Salviati – É a escola Trump.
Sagredo – E o que pode ser importante, isso não se discute, ou só se discute com falinhas mansas.
Salviati – Os impostos por pagar, a fuga ao fisco. Na verdade, ninguém quer saber se o Ronaldo fugiu ou não aos impostos. É o Ronald ou o “special one”. Podem sair de casa e dar um tiro na rua num passeante e tudo continua na mesma.
Simplicio – Estou a ouvir-te pensar: “É a escola Trump.”
Salviati – É. É por isso que eu não dou um tostão pelas denúncias populistas da corrupção. Param sempre nos “nossos”. Em Portugal então é uma enorme hipocrisia.
Sagredo – E nos fogos não há hipocrisia?
Salviati – Muita. Quem os viveu tem medo e alívio. A maioria das pessoas, - e isso é a coisa mais sã no meio destas coisas, - não quer sequer pensar no que aconteceu a quem morreu. E vos garanto que as pessoas são muito capazes de recriar mentalmente as cenas…
Sagredo – …e são terríveis. Esse choque fica lá no fundo e não passa facilmente. Mas é interior, indizível, íntimo. Não se desabafa, não se conversa, não se fala.
Simplicio – E a culpa?
Salviati – A culpa é já outra coisa, já implica um afastamento, uma distância. Pode parecer estranho, mas já é um mecanismo de apaziguamento face à tragédia, abre caminho para inserir o indizível no dizível. Podemos já então falar sem que o mero acto de falar seja ofensivo.
Sagredo – É por isso que o mecanismo comunicacional explora o pathos enquanto há choque, alimenta-o e prolonga-o e depois, quando se esgota, começa a normalizá-lo com a discussão da culpa. A culpa ajuda a tornar o que aconteceu num “assunto”. Passa de drama a “assunto”.
Simplicio – Mas isso não favorece a passagem do pathos para o logos, de que estás sempre a falar?
Salviati – Parece, mas não é. O que emerge não é uma discussão racional, como seria se ela fosse centrada nos factos, nas causas, nos eventos, na identificação de quem é responsável e por quê, mas um prolongamento menos dramático do pathos, um pathos menor, que, como sabem os leitores de audiências, tem menos valor comunicacional, é menos poderoso e dura menos. Por isso, os sinais de que o impacto mediático dos fogos e dos mortos já está na fase decrescente, são evidentes. Dentro de pouco tempo, o futebol vai de novo ocupar o lugar dos fogos nos noticiários, e os fogos não tem a mesma condição de ruído de fundo do futebol, que se está sempre a ouvir, e vão-se extinguir. Até à próxima calamidade.
Simplicio – E os políticos?
Salviati – Com esta passagem para a logomaquia mais habitual…
Sagredo –… como a nossa…
Salviati – … como a nossa, as personagens mudam. Acabam os moradores, as testemunhas, acabam os “locais”, as aldeias, as serrações queimadas, a devastação, passa tudo a filme de arquivo e entram em cena as “autoridades”, a competição política, os “meios”, os custos, o dinheiro.
Sagredo – Os bombeiros, os autarcas, a Protecção Civil, os secretários de estado, os ministros, o Primeiro-Ministro, o Presidente, os cientistas e os técnicos de fogos, da floresta, do ordenamento. Aparecem as burocracias.
Simplicio – Mas não tem sentido que se pergunte sobre as responsabilidades, sobre as culpas, sobre as negligências, sobre os erros?
Sagredo – Tem todo o sentido.
Salviati – Mas o que emerge é o pensamento utilitário, que quer tirar vantagens do que aconteceu. E isso é uma das nossas maiores pobrezas: a escassa independência, o simplismo das acusações, a afronta das defesas, a irresponsabilidade generalizada, a cultura da protecção política. As pessoas começam a alinhar conforme gostam ou não do governo, conforme pensam que podem tirar vantagens da tragédia, a inquinar o assunto, com culpas e passa-culpas. Metade só está a pensar em como escapar às responsabilidades, reais ou imaginárias, e a dizer que o que aconteceu já vem detrás, e a outra metade a pensar que tudo o que correu mal foi responsabilidade dos actuais governantes. As duas coisas são verdade, mas o equilibro entre elas é falso e impede a discussão. Estamos já nesta fase, a dos exércitos combatentes, dos clubes em armas, dos vermelhos contra os azuis. O terreno mais favorável vai ser a Assembleia, e é para lá que isto agora vai.
Simplicio – Assim não se vai a lado nenhum.
Sagredo – Assim não se tem ido a lado nenhum.
Salviati – Mas então há uma terceira fase, que está por detrás de tudo, e que depois vai, com toda a discrição que puder ter ou comprar, tornar-se dominante: a dos interesses que estão presentes na floresta portuguesa. Dos grandes, dos pequenos dos médios. Dos proprietários individuais, aos compartes dos baldios, às empresas de celulose, ou mesmo nalguns casos na exploração imobiliária. Esses todos falam baixo, mas forte, Vão ser os limites de quaisquer soluções, em nome do empreendorismo, da propriedade privada, do poder autárquico, das “populações”, dos negócios dos bombeiros aos aviões. Até agora tem impedido que as coisas mudem, vamos ver como vão actuar.
Simplicio – Sempre pessimista.
Salviati – Talvez, a culpa é dos 40º. Não é uma temperatura em que se pense bem.
Sagredo – Estou virado para dar razão ao General Kaúlza de Arriaga que dizia que à medida que se caminhava para o calor dos Trópicos, as pessoas pensavam pior.
Salvaiti. Se calhar.


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