Acabo de ler o seguinte email
enviado pelo meu filho João, que o recebeu de outro filho de alguma outra mãe, e
o qual provavelmente já passara sob a eficácia actuante de outro e outro filho
ou filha dispostos a projectarem no mundo do encantamento cibernético materno
as delícias dos universos da intelectualidade vigente incompreendida:
« A ESCOLA DE ASSUNÇÃO ESTEVES»:
«Há gente que devia estar proibida de escrever e
falar……
Texto retirado de um despacho
de Assunção Esteves, quando da sua passagem pelo Tribunal Constitucional:
"Nenhum
critério densificador do significado gradativo de tal diminuição quantitativa
de dotação e da sua relação causal como início do procedimento de requalificação
no concreto e específico órgão ou serviço resulta de previsão legal, o que abre
caminho evidente à imotivação..."
Desafia-se qualquer
um a traduzir isto.
O mesmo desafio estende-se à
frase por ela proferida em recente entrevista:
“…Houve um inconseguimento do
soft power sagrado da Europa”»
Respondo
ao desafio, munida da habilidade que me faz ler nas estrelas, tal como a Maria
do «Frei Luís de Sousa», quando responde às inquietações de
Madalena, sua mãe:
Maria
- Não é isso, não é isso: é que vos tenho lido nos olhos... Oh, que eu leio nos
olhos, leio, leio!... e nas estrelas do céu também e sei coisas... (I, C. IV)
Para mim, Assunção
Esteves assemelha-se de facto a uma estrelinha, no fulgor dos seus loiros cabelos
e da sua figurinha débil, que igualmente faz evocar Cesário - “uma pombinha tímida e quieta n'um bando ameaçador de corvos pretos” - embora os representantes parlamentares da nossa variedade democrática multicolor pouco se identifiquem
com os negros “padres
de batina” daqueles outros tempos de anticlericalismo monocolor.
Segundo, pois, a minha descodificação, não direi
do nível da vidente Maria - embora precisássemos todos de mais vidência nesta
nossa evidência de "inconseguimento" e "imotivação" - mas suficientemente engenhosa
deste “Mistério beneditino densificador,” trata-se de um qualquer
problema da economia nacional, com efeitos sobre a redução das vagas para os
empregos da nossa austeridade, de
"diminuição quantitativa de dotação".
Mas como não deve
estar certa, pelo motivo simplista de estrelas não propícias actuais nas minhas e/vidências, proporei
uma outra, mais apropriada, que nos meus tempos de estudante ouvia várias vezes
a um amigo - daqueles estudantes que habitualmente arrastavam as suas capas boémias pelas
calçadas escorregadias dos “Quebra-costas” da liberdade e da fantasia - em
esclarecimento eficiente de uma qualquer dúvida que lhe apresentava:
«Analisados os factos e realidades
da vida, chega-se à conclusão de que não há nada como realmente e que mais vale um certo todavia nunca do que sem comparação jamais não só porque ora essa é boa mas
até mesmo porque enfim…»
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