terça-feira, 19 de maio de 2015

Rir é preciso




«O misterioso caso do SMS» de Vasco Pulido Valente (Público, 9/5/15) refere, no parágrafo final, o caso de António Costa com um jornalista impertinente que lhe publicou os dizeres, contando a insólita afronta pessoal, por SMS, de Costa ao jornalista que, valendo-se dos poderes  instituídos para o quarto poder, logo desvendou o caso, a vara denunciando o vilão do provérbio. Pulido Valente condena a insensatez do Costa de responder por SMS, optando pelo recurso à intimidade da resposta pessoal, logo divulgada, em pasquinada sebenta, montanha em alarido parindo o rato da insignificância, bem ao nosso estilo provinciano. Quanto aos comentadores políticos que a televisão interpela, segundo referência de Pulido Valente, ainda bem que o faz, pois sempre vão variando os programas da monocórdia nacional, confinados quer ao espectáculo em que o povo é rei, quer, às telenovelas dos casos da vida, quer aos noticiários de que igualmente o povo se apoderou nos seus arrebatamentos bastamente noticiados, quer aos programas futebolísticos impregnados de violência verbal… Ao menos esses que discutem política segundo as leituras próprias, vão ensinando e alertando, e mostrando quanto se equivalem uns e outros, marionetas movendo-se, sem bem assentarem os pés, no chocalhar manipulado do seu palco movediço. Restam-nos alguns programas desses Hermanos Josés Saraivas que por nós passaram e mostraram de afectos e conhecimentos. E outros de espírito e beleza que a TV Memória nos vai recordando. Ainda bem que existem entrevistas nas televisões. De gente que tem alguma coisa a dizer, quer aceitemos ou não.
Eis o artigo de Vasco Pulido Valente:

O misterioso caso do SMS
09/05/2015
Os comentadores que são ao mesmo tempo políticos no “activo” ou esperam voltar à política “activa” dentro de pouco tempo estão hoje em larga maioria na televisão e na imprensa. Já lamentei aqui essa promiscuidade. Mas não deixa de ser bom lembrar alguns factos.
Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes, Santos Silva, Manuela Ferreira Leite, António Lobo Xavier, Jorge Coelho, Francisco Louçã e Francisco de Assis pontificam semanalmente na SIC e na TVI. Nos jornais, tirando o Expresso e o Sol, escrevem Mário Soares, Marques Mendes, Luís Amado e meia dúzia mais. Isto para não falar de entrevistas (que não se pagam) ou debates (que também não se pagam), mas que permitem a certas cabeças da “classe dirigente” uma exposição contínua ao público eleitor.
O problema que isto levanta é compreensível: por que valor tomar os comentadores que se comentam a si próprios, comentam os seus presuntivos sócios no partido e têm um interesse pessoal na generalidade das questões que discutem? Não há maneira de julgar o peso e a consequência do que eles dizem e menos do que eles, sem dizer, insinuam. Só que, para lá disso, a presença dos políticos no jornalismo cria uma familiaridade e uma cumplicidade que prejudicam, quando não falsificam, a verdadeira opinião. Quem trabalha no mesmo sítio ou na mesma empresa, se encontra regularmente nos corredores, fala do que se vai passando no país, conta casos da sua vida privada ou partilha o último boato, acaba, pouco a pouco, por revelar o que não deve ou quando não deve.
O SMS de António Costa a um jornalista do Expresso mostra muito bem a enorme trapalhada em que se caiu. O jornalista escreveu sobre Costa uma coisa qualquer de que Costa não gostou. Fim de história? Não. Em vez de ficar calado (o secretário-geral do PS não “responde” a jornais), Costa resolveu mandar um SMS ao jornalista em que o tratava mal e o jornalista mandou um SMS “atencioso” a Costa e publicou imediatamente toda esta pouco saborosa troca de mimos. Grande escândalo. Mas ninguém perguntou a evidência: como tinha Costa o número do jornalista? Conhecia o homem de algum lado? Por que razão aquela crítica irritou especialmente o nosso putativo salvador? No submundo em que os dois circulam, existe com certeza uma explicação para o caso. Para nós, não.

Mas não resisto à tentação de fixar no meu blog mais uma das histórias que o meu filho Ricardo me envia por email, a provar que o riso ainda é coisa que contribui para a saúde, já Duarte Justo o afirmou em “Rir estimula as hormonas da felicidade”:

Casamento no Céu
Um casalinho seguia no seu automóvel para a igreja onde iam casar  quando são abalroados por um camião e morrem ambos.
Vão para o céu onde são recebidos por S. Pedro a quem perguntam se não seria possível casarem no céu já que não o tinham feito na terra.
S. Pedro disse que sim e que trataria pessoalmente de satisfazer tão nobre pedido.
Passaram 3 meses e nada! Foram ter com S. Pedro e perguntaram-lhe o que se passava, ao que ele respondeu:
– Não se preocupem, pois eu estou a tratar do assunto, não está esquecido.
Passaram-se 2 anos e casamento, nicles! S. Pedro, uma vez mais, assegurou-lhes que estava a tratar do assunto. Finalmente, passados 20 anos, vem S. Pedro a correr com um padre e dirige-se ao casalinho:
– Vamos, chegou a hora!
Fez-se o casamento e foram felizes durante algum tempo, mas passados uns meses foram ter com S. Pedro e disseram-lhe que as coisas não estavam muito bem e que pretendiam divorciar-se.
– Pode conseguir-nos isso aqui no céu?
E S. Pedro responde:
– Estão a brincar comigo ou quê? Levei 20 anos a encontrar um padre aqui no céu. Como é que vou agora encontrar um advogado?









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