sexta-feira, 11 de abril de 2025

Escreveu a Paula

 

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«Paula Lacerda

«Na minha escola, há telemóveis e também corridas, gritaria, empurrões, jogos de pingpong em mesas de pingpong, até com bolas de futebol e sem raquete, jogos de tabuleiro, de cartas, muito vólei e futebol nos pátios. Enfim, fervilha a vida real! Estamos no meio desses rankings.»

Pode-se sempre comentar, é certo, no preciosismo das nossas reacções. Como a de GEDEÂO:

«Inútil seguir vizinhos,

querer ser depois ou ser antes.

Cada um é seus caminhos.»

Ou, mais atabalhoadamente: “Se cá nevasse, fazia-se cá ski”

Sim, nós somos bem os nossos caminhos, os espaços escolares alçados a recreios contínuos, que se prolongarão nas aulas…

Julgo que a nobre tarefa de ensinar é assim hoje posta em causa, os próprios professores, modestamente – eu diria pedantemente, depois de ter ouvido hoje a um deles, em entrevista televisiva, que na sua primeira aula informara os alunos que não estava ali para ensinar, e encantou-me a modéstia, mas fiquei sem saber o que estava então, de facto, ali a fazer.

Se me ativer ao texto da Paula, julgo que poderá o professor participar nas correrias e nos empurrões, numa de camaradagem escolar extensível, pois, aos docentes.

Sim, o conceito “magister dixit” está definitivamente arrumado e a democracia impõe-se. Na desordem.

Pobres professores!

E sobretudo… Pobres alunos!

Pobre, pobre país sem nexo. Mas cada vez mais vaidoso disso.

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