Descobrem-se as verdades…. Ou As
Histórias dos povos de sempre, na HISTÓRIA dos povos. Contada, a actual
História bélica, com a habitual competência - caprichosa também – por Alberto Gonçalves.
A Europa armada em boa
Os estadistas que iluminam a Europa
percebem que, por incrível que pareça, é preferível aliviarem-se de palavras de
apoio a Kiev do que aguentarem com as consequências de um apoio real.
ALBERTO GONÇALVES Colunista do
Observador
OBSERVADOR, 08 mar. 2025, 00:20135
Apesar da ajuda militar, financeira e humanitária dos EUA e da
Europa, a Ucrânia está há três anos a resistir à Rússia sem grandes avanços no
que toca a expulsá-la dos territórios invadidos. Alguns
peritos defendem o desgaste do regime russo por esta via, embora não cheguem a
acordo quanto à duração do processo, que em teoria pode ir dos seis aos trinta
anos. O carácter vago do projecto não admira: por regra,
trata-se dos exactos peritos que às quartas-feiras garantem que a capacidade
russa está por um fio e aos sábados juram que, ou nos acautelamos, ou os russos
atravessam os Pirinéus e entram por Vilar Formoso não tarda. No mínimo, a situação é pouco clara.
O que é claríssimo é a nova
administração americana não pretender continuar a financiar ou a proteger a
Ucrânia, pelo menos de forma activa e directa. Talvez isto se deva à suspeita,
confirmada em numerosas cabeças, de que Trump é um agente ou um parceiro de
Putin. Ou então Trump sonha, e bem pode sonhar, aliar-se a Putin para
contrabalançar a influência da China. Ou Trump apenas se ajusta ao interesse do
seu eleitorado, que não se interessa por despejar fundos avantajados num
conflito a nove mil quilómetros de Washington. Ou outra hipótese qualquer. Ao
contrário de tantos, não sei a resposta.
Sei é que, daqui em diante, a Ucrânia – ou, para ser rigoroso, a
Rússia – ameaça ser uma preocupação exclusiva da Europa, o que, se formalmente
é um golpe na tradição de os EUA nos salvarem do abismo e pagarem boa parte das
contas, geograficamente nem é disparatado. Assim,
após décadas de sono relaxado, os senhores que mandam na UE e em meia-dúzia de
países passaram à acção. “Acção” é maneira de dizer. Em voz alta,
lançam frases bombásticas e, cada um por si para exibir coesão, produzem planos
a um ritmo diário (por enquanto, vão em três: Europe Plus, Coalition of the Willing e, por meros 800 mil milhões, ReArm Europe; para a semana alguém deve engendrar um
quarto e um quinto). Em voz baixa, rezam para que a América acabe
por se envolver no assunto de alguma maneira e os livre de trapalhadas.
Donos de mentes privilegiadas, os
estadistas que iluminam a Europa percebem que, por incrível que pareça, é preferível aliviarem-se de palavras de
apoio a Kiev do que aguentarem com as consequências de um apoio real. O
apoio real tem custos, materiais e, no limite, humanos. Sobretudo seria
complicado conciliar os prometidos aumentos nos gastos da defesa com o conforto
assistencialista a que nos habituámos. E mais complicado seria convencerem as
populações a aceitarem a austeridade com a leveza com que partilham fotografias
de Zelensky no Instagram. E suponho a
impossibilidade de enviar para a frente de combate jovens que não esperneiem.
ReArm
Europe? Em 2024, as
verbas que a Europa despejou na Rússia para compra de combustíveis superaram a
ajuda à Ucrânia: os tropas do teclado são valentes, mas é escusado passar frio.
Não tenho certezas sobre a actuação de
Trump, e os eventuais resultados da actuação de Trump, que com típica bravata jurou terminar num dia uma guerra que
prossegue dois meses depois da tomada de posse. Tenho a certeza de que não devemos confiar cegamente nas boas
intenções de criaturas que estilhaçaram cultural e socialmente o continente,
que prendem ou ambicionam poder prender cidadãos por opiniões “on line”,
que aceitam ou impõem a crença em 72 “géneros” como os mártires do Islão crêem
nas 72 virgens, que sustentam a “Palestina” e ignoram ou partilham o
anti-semitismo. E que, com espectacular coerência, passaram o
primeiro quartel do século a armar, patrocinar e “apaziguar” Putin, tão
apaziguado que nos intervalos das negociatas só invadiu a Geórgia e a Crimeia,
além de assassinar opositores em Moscovo ou Londres.
É triste constatar que, enquanto a
euforia épica não lhes sai do bolso e não os obriga a pegar em armas e sair do
sofá, milhões de entusiastas afirmam-se preparados para, em nome da liberdade,
seguir criaturas cujos pergaminhos na matéria são algo escassos. A nossa sorte
é que não devem ir longe: sob a
neblina da bazófia, que possui em abundância, a Europa não tem união, não tem
vontade, não tem dinheiro e não tem jovens. O que a Europa tem, e o Ocidente em
peso também, é a tradição recente (tosse) de os governos domesticarem as massas
com apocalipses sortidos, sejam climáticos, gripais ou, lá está, bélicos. O
exercício “legitima” a crescente concentração de poder e, em simultâneo,
distrai das humilhações a que essa concentração nos sujeita.
O provável é que o futuro avance por um de dois caminhos. Ou os EUA
e a rudeza de Trump cozinham uma paz precária e injusta na Ucrânia, a repetição
de um precedente arriscado na medida em que premeia o agressor como o premiaram
em 2008 e 2014, ou por catastrófico milagre a Europa resolve mesmo enfrentar
até ao limite uma potência nuclear. No primeiro caso, estaremos em perigo. No
segundo, estaremos desgraçados. Ambos são caminhos escuros, e não foi Trump que
nos deixou na encruzilhada.
GUERRA NA UCRÂNIA UCRÂNIA
EUROPA
MUNDO DONALD TRUMP ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA AMÉRICA VLADIMIR PUTIN RÚSSIA
COMENTÁRIOS (de 135)
Rui Lima: Ontem um general
francês alertava para que antes de comprar armas deviam saber quantos franceses
estão disponíveis para morrer pela França. As sondagens não são animadoras,
algumas dúzias. As razões desde a ideologia vendida na escolas que os heróis
franceses assim como todos os europeus eram criminosos, aos alunos não devem
falar da sua história como falar do conquistador aos povos conquistados, para
não ofender os novos povos, até a pobre Jeanne d'Arc pode ficar sem estátua
sendo Santa … , quem se vai bater por um país que já não é dos franceses ou vai
deixar de ser dentro de uma geração . Miguel
Seabra: Este é talvez o melhor artigo que já li do AG. É preciso coragem para
enfrentar os Rambos do teclado, mas a verdade tem muita força. O titulo desta
crónica vai para o top 5! Ruço
Cascais: Alberto Gonçalves queixava-se esta semana no seu podcast diário aqui no
Observador de lhe chamarem putinesco, e, acrescento eu, também trumpesco. Talvez
a melhor palavra fosse putinheiresco, já que o gosto de se aliviar com a frágil
e inocente Europa só é comparável há de Agostinho Costa já que ambos vêem em
uma Europa de quatro e de rabo espetado no ar como um grande fetiche sexual. Trump,
o assertivo e determinado presidente dos Estados Unidos cancelou novamente as
tarifas ao México. Num dia avança com as tarifas no dia seguinte retira as
tarifas. Um dos seus colaboradores agora discursa com uma cruz de cinzas
desenhada na testa. Imagino o que seria para o Alberto Gonçalves se os líderes
europeus de quase duas dúzias e meia de países e não de meia dúzia como
escreveu aparecessem a discursar com uma cruz de cinzas tatuada na testa e a
dizerem num dia que apoiavam a Ucrânia e no dia seguinte que não apoiavam para
depois dizerem que voltavam a apoiar e a seguir dizerem novamente que não
apoiavam. Quanto à censura na Europa podemos comparar com a censura voadora de
janelas altas na Rússia ou com a censura em curso nos Estados Unidos que
anunciou a revogação dos vistos a todos os estudantes estrangeiros que tenham
feito publicações a favor da Palestina nas redes sociais. Vão auxiliar-se da IA
para censurar. Isto é só uma pequena amostra do que aí vem. Imaginem fazer algo
semelhante em Portugal, o Alberto Gonçalves explodia de indignação... espero
eu. Se concordasse com a censura o problema é mais grave. A Europa é fraca, os
líderes europeus são fracos, os povos europeus são velhos e preguiçosos, as
políticas europeias são más, um estado social robusto é mau, a diversidade de
culturas e povos nas cidades europeias é mau, a Europa pensar em defender-se da
agressão russa é mau, tudo é fraco, falso, cínico… tudo é mau na Europa para o
Alberto Gonçalves. Possivelmente se fosse mais novo já teria emigrado de vez
para os States onde tudo é bom. Nota: há cerca de 70 anos a Alemanha tinha o maior e melhor
exército do mundo. Só não conquistou a Rússia por más opções militares. Hoje,
ou melhor ontem ou antes de ontem, já nem sei se foi o irascível Agostinho
Costa a dizer ou outra encomenda russa, que a grande preocupação de Macron (um
novo líder europeu na agenda russa para destruir pela contra-informação) era
com a Alemanha e não com a Rússia, já que parte dos 800 MM vão desenvolver o
exército alemão e o perigo de voltarem a marchar em Paris está a deixar Macron
e os franceses em pânico. Incrível até onde chega a retórica russa que agora já
sem qualquer filtro diz que quem começou a guerra foi a Ucrânia aproveitando os
disparates do americano. Incrível onde isto chegou. A Europa é grande, caro
Alberto Gonçalves, a Europa é enorme e extremamente poderosa. É um dragão adormecido.
Convence-te disto. A Rússia tem medo da Europa, tem medo do despertar do
dragão, e o dragão está a acordar. Maria Tubucci: Muito bem Sr. AG. Uma Europa
armada em boa ao estar ao lado da Ucrânia, mas é só para exibir virtude e
“humanismo”, tudo para ficar bem na fotografia. Durante 3 anos fizeram alguma
coisa para a paz, para evitar que tantos ucranianos morressem ou ficassem
estropiados? Nada, só conversa mole, só fotos e cimeiras do bem. Uma Europa que
não defende os seus é incapaz de defender os outros. O único objectivo desta Europa
é regulamentar o mundo e arredores e transformar a vida dos europeus num inferno.
Conhecemos a Van der Liar e o Vãmúlavêr, “líderes” que contribuíram para a
destruição da indústria de defesa alemã, da indústria automóvel, da indústria
energética europeia, das fronteiras e culturas europeias com a importação
massiva da miséria e ignorância do 3º mundo. Agora imaginem os outros “líderes”
que não se conhecem e estão por trás destes. Uma Europa que deixou de defender
os seus povos, que quer eliminar a sua cultura e liberdade de expressão não é
uma europa que se recomende. E não, a culpa não é do Trump. Hoje Dia da Mulher,
quantas mulheres europeias são oprimidas pela invasora cultura islâmica? Uma
cultura que inferioriza a mulher. Quantas mulheres europeias não podem viver em
segurança na sua própria terra? Se uma mulher europeia se revoltar contra as
farrapeiras islâmicas é logo rotulada de islamofóbica e racista, de discurso do
ódio, a nossa liberdade de expressão é a 1ª a morrer. Isto faz ferver o sangue
a altas temperaturas. Eu, portuguesa de gema, sei inglês, francês, espanhol e
italiano, porque gosto de línguas e culturas europeias, mas se algum dia e na
terra tiver de aprender árabe, contra a minha vontade, aí estarão lixados,
porque será somente para a destruição. Coronavirus corona > Ruço Cascais: Em 2018 Trump dizia "aos líderes da NATO que as despesas com
a defesa devem aumentar 4%" (Público, 11 de julho de 2018). Os
europeus riam-se com a postura belicista e nem sequer aos 2% do PIB chegaram.
Pior: como forma provocatória a Alemanha reduziu de 1,25% para 1,17%. Ao ponto
de Trump chamar "'delinquente' à Alemanha"
(Público, 29, de julho de 2020) e retirar 12 mil soldados de lá dizendo que os
germânicos estavam a "usufruir de protecção militar
que não paga e de não investir mais em Defesa" (idem). E a Europa ria ainda mais. E dizia que nós não
tínhamos essa postura militarista e blablablá. O destino quis brincar um
bocadinho com o mundo: Trump sai da presidência, entretanto a Europa vê um
gigante de dentes arrebanhados à sua porta e o mesmo Trump volta à presidência.
Agora ri ele. Ri-se da arrogância dos europeus que tremem e suplicam por ajuda
de Washington. E a culpa é de quem? Do Trump? Não. É nossa. É exclusivamente
nossa. José
Paulo Castro: E algures lá pelo meio, AG menciona a raiz do mal europeu que é o seu -
único no Mundo - modelo social assistencialista. Não tivessem criado esse
'progresso' insustentável em qualquer outra parte do mundo e poderiam estar a
enfrentar os seus problemas. Assim, para o manter e aos votos que sustentam os
líderes, continuam a criar novos problemas sem resolver os que já têm:
demografia, insegurança, declínio económico. José B
Dias: ...peritos
que às quartas-feiras garantem que a capacidade russa está por um fio e aos
sábados juram que, ou nos acautelamos, ou os russos atravessam os Pirenéus e
entram por Vilar Formoso não tarda. Também o mesmo mantra se lê por aqui em comentários diversos ... e
quem o escreve nunca aparenta sentir qualquer desconforto com a falta de
coerência da coisa 🤔 Albino Mendes: A Europa continua governada pelos mesmos
líderes que a governavam antes do "inicio" da guerra na Ucrânia. Não
é coerente esperarmos que a política europeia mude, enquanto não mudarem os
dirigentes. Coronavirus corona > Antonio Mendes: A culpa dos problemas europeus é da
Europa. Ou quer transferi-los para os outros? Df: Nem parece de AG, a fazer-se de ingénuo, como se não
existissem ameaças à Europa e o mundo fosse um lugar idílico e pacífico. Um
inocente útil. Afinal não sabe se está com Bruxelas ou com Moscovo Coronavirus
corona > Ruço Cascais: 1. Ser pacifista
não é desinvestir em defesa. É ser tolo. Investir em defesa não é ser
belicista. É ser prudente. 2. A Inglaterra e a França não apenas têm armas nucleares como as têm em abundância. 3. Quando Marrocos
ocupou a ilha de perejil em 2002 (uma ilha a escassos quilómetros da sua costa)
a Espanha entrou com tudo, desde marinha, à força aérea, para retirar os 6
"ocupantes". Porque entendem que a Ilha é deles. Marrocos tem opinião
diferente mas para os espanhóis é irrelevante. O mesmo se passa com as ilhas
Malvinas mesmo em frente à Argentina. A Argentina entende que são seu
território. Mas a Inglaterra não quer saber. E quando os argentinos lá entraram
os ingleses iniciaram uma guerra. E os franceses na Líbia? Foi tudo a eito.
Onde está a veia pacifista? Só no que interessa. 4. No século XX não houve
guerras, conquistas de territórios e alteração da configuração de fronteiras em
consequência dessas guerras? E no séc. XIX? Também? E no séc. XVIII? Também? E
no séc. I? Também? E no séc. V antes de Cristo? Também? Então o que o levou a
pensar que a partir do séc. XXI não se voltaria a repetir? Que até ao séc. XX
os territórios foram disputados e que a partir do séc. XXI terminariam as
guerras e as fronteiras fossem perpétuas? Porque é o tempo em que vive? Acha
que o tempo em que vive é um tempo especial? Sabe como é que C S Lewis rotulava
essa ilusão? Snobismo cronológico. 5. Num mundo perfeito não haveria
polícia. Não haveria roubos. Não haveria fome. Não haveria discussões entre
pessoas. Mas a UE não pode viver sob essa ilusão. E não vive. Só no que lhe
interessa. 6. Mas os EUA defendem o seu
território e os seus interesses. E bem. A UE não tem de pagar aos outros para
fazerem o trabalhinho "indigno e sujo" e assim mostrarem a sua faceta
pacifista. Para além de tremenda hipocrisia é uma faceta postiça. 7. Trump fartou-se
de avisar os líricos que a defesa é importante e que uma NATO forte era
essencial. Mas para tal tinham de investir. Os europeus mantiveram a sua
postura arrogante, colocaram-se em biquinhos de pés com o nariz empinado e
altivez de superioridade moral e agora Trump respondeu-lhes: agora
desenrasquem-se. A culpa é de Trump? Mais uma vez: não senhor. É nossa. É
estame nosso, tique pedante de acharmos que eles são brincos e nós muito
sofisticados. Agora temos de carregar a cruz da nossa sobranceria. JOSÉ
MANUEL: Está há 3 anos a resistir sem avanços? Não eram 3 dias para resolver o
assunto? Pedir ajuda ao Kim e ao ai a tola não diz nada? Os sacristães da
trampa são cómicos... Maria Emília
Ranhada Santos: Muito bem AG, haja alguém dentro do jornalismo que não se tenha deixado
manipular pelas elites financeiras europeias do poder, para instalarem o seu
império global, com a população reduzida aos níveis por eles programados! Nós
estamos a mais! Atenção! Quem decide quem está neste mundo a mais, são as
elites financeiras europeias e não Deus! Nós estamos a mais! Eles não! Isto não
soa a estranho? Onde chegou a arrogância e prepotência de quem juntou muito
dinheiro nos seus cofres! Acordemos e paremos de fazer a jogada maléfica desses
demónios assassinos que querem acabar connosco, com o nosso país, com a nossa
identidade, com a nossa gente! Querem
a guerra e mandarão para lá os nossos jovens enquanto os invasores ficam a
tomar conta do nosso país! Decidem que temos que enviar milhões de euros para a
guerra enquanto ficamos na pobreza! É assim, com um fingido amor à Ucrânia que
destroem a Europa e matam as populações! Sentar-se à mesa
e dialogar isso está fora de questão, porque isso não dá dividendos para os globalistas!
Putin também é muito mau, porque quer invadir a Europa! Mas, talvez se se
sentarem à mesa com ele e tentarem dialogar, em vez de o odiarem e meterem na
cabeça dos outros que com ele é impossível dialogar, talvez as coisas mudem! Coxinho: Alberto, amigo, eu estou contigo. Manuel Gonçalves: Tal como JMF e Helena Matos, o
Alberto Gonçalves, neste assunto, anda a patinar. Tanto criticaram o unanimismo
em relação à cobertura da comunicação social sobre a covid, mas neste caso
assumiram o unanimismo em relação ao sentimento russofóbico e de ódio a Putin.
Zelensky foi ungido e ficaram para trás todas aquelas notícias sobre os campos
de treino da extrema direita mundial(Público, 30 de junho de 2020) ou do
negócio das barrigas de Aluguer ou do país mais corrupto da Europa, Notícias
sobre recrutamentos à força, em que homens são raptados na rua pela polícia
militar na rua e metidos em carrinhas, não aparecem na comunicação social. Nem
da ilegalização de partidos políticos ou da censura da comunicação social e da
cultura russa. Valha-nos as redes sociais, em que muitos ucranianos corajosos
divulgam imagens da Ucrânia que não existe na realidade das nossas tv’s. Agora
bateram de frente com a realidade e descobriram que isto não é preto e branco,
mas antes de muitas matizes de cinzento. E é na Europa que as coisas estão mais
cinzentas. Os interesses da indústria de armamento estão à frente dos
interesses do povo. Bruxelas decide sem respeito pelas soberanias nacionais e
os governos obedecem sem ter em conta os interesses dos seus cidadãos. O medo
do covid serviu para vender vacinas e cortar liberdades. Agora é o medo dos
russos, que ora estão em colapso ora vão conquistar a Europa. Valha-nos, apesar
de tudo, algum bom censo de Putin e Trump e também de Órban. Da Europa, apenas
o caos, para disfarçar a incompetência. Pedro Pereira: Para o bem de muitos, e também
o mal de outros tantos, quem vive na vida real sabe que o Alberto tem razão. A
Europa há muito que procrastina pensando que os outros podem trabalhar por si,
e para si. Nós, os cidadãos europeus, devemos é agir contra estes senhores, que
governaram esta bafienta, defunta e putrefacta União financeira, nos últimos 25
anos, e nos colocaram nesta total situação de dependência. Penso que, por
exemplo, o desligamento das centrais nucleares Alemãs, foi um acto criminoso,
perpetrado por questões puramente de poder. Muitas outras acções - decisões
políticas - foram igualmente criminosas, porque nos tornaram impotentes e
dependentes. Ninguém fala disto, mas é tão importante combater esta corja
relaxada como outros. Manuel
Ferreira21: AG, não concordo com o seu artigo. As nossas democracias ou se armam ou
desaparecem. Sem direito internacional e sem força de dissuasão voltaremos aos
tempos das tribos. USA, Rússia e China ditam a lei e o resto obedece. Geraldo Sem Pavor: Texto pobre e pateta. A Europa poderá não
estar na melhor das situações mas a reacção de Trump à agressão russa é inábil
e cobarde. Já agora, para quem gosta de ridicularizar os lideres europeus,
poderia falar um pouco da administração americana, pois de Trump a Rubio, todos
eles dão 10-0 aos europeus, e não pelas boas razões Isabel
Amorim: Pois é, A. Gonçalves, os estrategas de sofá quiçá vestidinhos com roupas da
secção de caça da Decathlon sentadinhos no sofá a vomitarem estratégias de
ataque /defesa, queria ver-lhes a bravura. Deles próprios e dos seus filhos
teenagers bem treinados em cima das Nikes com t-shirts made in China que eles
próprios com certeza incentivariam para nos irem defender nos Pirenéus.
"Agora filho vais ter que mostrar o homem que te fizemos, a coerência com
que foste educado na escola e em casa. Volta vivo para aquando do regresso
feito herói te darmos o último iphone que tiver saido. Vai! " Já imagino
as filas de camionetas cedidas com o patrocínio da Decathlon com estes mancebos
prontos a defenderem a nossa dignidade. Dou todo o apoio! Jose
Marques > Ruço Cascais: Chamar ao insigne Alberto Gonçalves
"putinheiresco"? É de uma ordinarice aviltante, não só para o
maior cronista do Observador como para a maioria dos seus leitores. É
rasca, é aviltante, é próprio dum "rasconheiresco" José B Dias > Manuel Gonçalves: Não concordando que o cronista
esteja a assumir unanimismo em relação a nenhum sentimento
"russofóbico", subscrevo o demais do que aqui refere ... e muito
mais ficou por elencar, tal como o manto de silêncio que caiu sobre os 30
instrutores estrangeiros mortos e muitos gravemente feridos em ataque recente a
centro de treino no leste ucraniano! É efectivamente impressionante a
facilidade com que a opinião publicada consegue criar uma "opinião
pública" e mais ainda a aparente incapacidade de tantos em ter aprendido
algo com o passado até recente ... unknown
unknown: Tenho a certeza absoluta e historicamente comprovada, que nem a Rússia nem
os EUA são uma ameaça aos europeus, a verdadeira ameaça continua no Islão e
também no interior da Europa! Uma Alemanha armada é no futuro mais
perigosa do que as 5 mil ogivas nucleares da Rússia! Antonio
Mendes: Trumpista até ao fim, mesmo quando o critica… a culpa é da Europa que
não aceita a tutela Russa e a recuperação do império soviético bla bla. Serão
os mesmos que entregaram o império Português à URSS, ou irão relançar o slogan
“para Angola e em força”?
José Fernandes: Não esperava por este posicionamento de AG. Estamos a
assistir a um novo Pacto Molotov-Ribbentrop: o leste para ti, o oeste para mim. Maria
Paula Silva: "Nenhuma guerra tem a honestidade de confessar: eu mato para
roubar. As guerras sempre invocam nobres motivos, matam em nome da paz, em nome
de Deus, em nome da civilização, em nome do progresso, em nome da democracia, e
se por via das dúvidas, nenhuma dessas mentiras não for suficiente, aí estão os
meios de comunicação dispostos a inventar novos inimigos imaginários, para
justificar a conversão do mundo em um grande manicómio e um imenso matadouro.
Em Rei Lear, Shakespeare escreveu que neste mundo os loucos guiam os cegos
e, quatro séculos mais tarde, os senhores do mundo são loucos apaixonados pela
morte, que transformaram o mundo em um lugar onde a cada minuto morrem de fome
ou doença curável dez crianças, e a cada minuto se gastam três milhões de dólares,
três milhões de dólares por minuto na indústria militar que é uma fábrica de
morte. As armas exigem guerras e guerras exigem armas, e os cinco países
que gerenciam as Nações Unidas, que têm poder de Veto nas Nações Unidas, acabam
por ser também os cinco principais produtores de armas. Alguém se pergunta: até
quando? Até quando a paz mundial estará nas mãos daqueles que fazem o
negócio da guerra? Até quando vamos continuar acreditando que nascemos
para o extermínio mútuo? e que o extermínio mútuo é o nosso destino? Até
quando? *trecho de uma
entrevista a Eduardo Galeano, pensador, escritor, jornalista uruguaio Carlos Henrique Cunha > Simões Soares: Só uma Europa unida e com um exército
forte pode dissuadir a Rússia. Eles só conhecem e reconhecem o poder puro e
bruto. Não há alternativa.
Gabriel Mithá Ribeiro: O drama tipo «word salad» de mais
um cronista que nunca compreendeu, desde 2016-2017, o lugar histórico de Donald
Trump em defesa e reinvenção histórica do Ocidente e garantia de uma paz
duradoura geograficamente bem mais ampla do que a da guerra fria (1945-1991).
Agora aturem as cabeças alienadas que criaram. Lourenço Sousa > Machado de Almeida: Enfrentar a Rússia, será sobretudo
mau para a Rússia. Se for a Europa será mau. Se os USA ajudarem, a Rússia
durará tanto tempo como dizia que duraria a Ucrânia! Tudo é preferível a ceder.
Conquistar a paz por vezes exige ganhar uma guerra e quem evitar uma guerra que
pode ganhar em nome da paz, perderá a guerra e a paz. O outro lado não deixará
de provocar a guerra quando souber que a pode ganhar. unknown
unknown > Carlos Henrique Cunha Simões Soares: Caro Carlos, a Rússia sabe que ao
permitir e até incentivar a entrada da Ucrânia na UE vai causar mais dano à
Europa do que 5 mil ogivas nucleares! José B
Dias > Ruço Cascais: Há já 80 anos a Alemanha
praticamente não tinha exército e tinha já incorporado miúdos de 16 anos Coronavirus corona > Ruço Cascais: Ruço, não usei o episódio de Perejil em 2002, nem a
guerra das Malvinas para comparar métodos de guerra e estratégias militares.
Utilizei para comparar a essência: em ambas as situações há um território em
disputa. Um território que é reivindicado. É este o ponto. E não se foram
usados mísseis, canhões ou quem matou mais. E você sabe que a comparação serviu
apenas para isso. Mas como a argumentação lhe começou a fugir por entre os
dedos das mãos como areia da praia em mãos abertas refugiou-se no facto das
guerras terem sido estrutural, estratégica e belicamente diferentes. Obviamente
que o foram. Mas a raiz da conversa não era essa. Bem adiante. Vamos a Cabo Verde. Meu caro, Cabo Verde não era habitado por ninguém
antes dos portugueses lá terem chegado. Vou repetir: ninguém lá estava. Zero.
Nada. Ao invés, é muito provável que tribos indígenas tenham habitado as
Malvinas. Perante estes factos, que facilmente consegue confirmar com duas
pesquisas, eu retomo a pergunta: podemos reivindicar e ocupar Cabo Verde? Ou
vai dizer que as ilhas não são bem iguais porque umas ficam no hemisfério norte
e outras no sul? Bem, mas
deixemos a questão das ilhas porque tanto podemos falar de uma ilha como de
qualquer outro território. O ponto é este: não há nenhuma conservatória de
registo predial do mundo que diga "isto pertence a A e aquilo a B".
Há territórios que não são consensuais. Dei os exemplos das Malvinas e de
Perejil para mostrar que os países europeus também usam armas para defender
aquilo que entendem unilateralmente ser seu. Mas posso usar inúmeros exemplos
ao redor do mundo. A que país pertence a Cisjordânia? E os Montes Golan? A quem
pertence a Catalunha? A Espanha ou aos catalães? E a região da Caxemira? A quem
pertence a região de Arunachal Pradesh? À China ou à Índia? A quem pertence
Nagorno-Karabakh? À Arménia ou ao Azerbaijão? E o Tibete? O Ruço começou o seu
comentário fazendo alusão à "defesa que Espanha fez do seu
território". Do seu? Porque é que não é de Marrocos? Foi você que decidiu?
Não. É porque a Espanha é belicamente mais forte que Marrocos. E Gibraltar não
é Espanha (pese embora eles resmunguem) porque não têm força suficiente para se
impor em relação à Inglaterra. E Olivença não é Portugal porque não temos
capacidade de o impor. Os montes Golan são Israel porque estão carregados de
água e Israel diz que é território seu e ponto final. Meta isto na cabeça: em
direito internacional não há nenhum instituto dotado com ius imperii como existem os tribunais dentro de cada país.
As relações internacionais assentam em duas soluções: a diplomacia e a guerra.
Sempre assim foi e sempre assim será. Temos de ter maturidade suficiente para
perceber que o mundo é o que sempre foi. Não vivemos em nenhuma época especial
em que guerra é coisa démodé. Tire essa ideia da cabeça. Vamos agora ao
outro assunto que me fez rir. Trump não ganhou assim por tanta diferença? Não.
Só venceu a Casa Branca, o Senado e a Câmara dos Representantes. A maior
vitória dos republicanos. Coisa pouca. E venceu de forma esmagadora porquê? Por
muitas, muitas razões. Não as vou estar aqui a enumerar para não ramificar a
conversa. Mas uma delas foi a questão do papel militar externo. Há cada vez
mais norte-americanos a criticar o intervencionismo externo. Os
norte-americanos não querem voltar a ver o seu governo a mandar meios
gigantescos, desta vez não para Berlim mas para Lviv ou Kiev. Não querem uma
nova guerra fria nem um novo Vietname, nem uma nova Coreia, nem um novo
Afeganistão, nem uma nova guerra mundial na Europa ou Ásia. Como eles dizem
amiúde: a Europa que tem o problema à porta de casa não quer gastar e vamos
andar nós a gastar para eles? Quem tiver algum discernimento e deixar de olhar
para o seu umbigo facilmente lhes dá razão. Se não queremos que a Rússia fique
com metade do Donbass (por mim tanto se me dá) então andemos nós para lá. E
quem quiser pode ir andando. É que não é nos telemóveis que se defende o território
ucraniano. José
Ramos: "Após décadas de sono
relaxado", é possível que a Europa tenha acordado. A Europa já dormiu por
muitas vezes, mas soube acordar outras tantas como, decerto, Alberto Gonçalves
saberá. Conheço pelo menos dois tipos de pessoas: as que, perante as pressões
do momento, conseguem esquecer as suas diferenças e, ainda que ao princípio
titubeantes, avançam; e aquelas que, almejando a perfeição e do alto da sua
suposta superioridade estética, ética e miudinha, arranja pretexto para para
debitar bitaites, nada fazer e capitular. Costumam pôr tudo ao mesmo nível,
mesmo patifes como Trump (ou Hitler) porque "foram eleitos" ou Musk,
porque "é genial". Felizmente faço parte do primeiro grupo. Espero
que os meus concidadãos europeus também. Paulo
Cardoso > Ruço Cascais: Muito bem. Muito melhor do que o Alberto 😊
Renato Pedro > Milheiro Ribeiro: Pronto, o Alberto Gonçalves tem uma inclinação pelo
Trump. Vê-se pela adjectivação. A que faz a Trump é diferente da que faz aos
europeus. Para um há vários benefícios de dúvidas, para outros, julgamentos
lapidares. Antonio
Castanheira: Excelente!
De um realismo atroz! Devia ser de leitura obrigatória pela europa fora. Jose
Marques > Coronavirus corona: Mto bom
Coronavirus corona > Ruço Cascais: "Espanha foi defender aquilo que considera seu
território" Certo. Putin fez exactamente o mesmo raciocínio com o a
Crimeia e o Donbass. "a sul do Estreito de Gibraltar" Toda a África
está a sul de Gibraltar. Já foi ver onde é Perejil? "A Inglaterra,
supostamente encontrou as Malvinas desertas e ocupou-as" Podemos usar o
mesmo raciocínio para Cabo Verde? Podemos ocupar? "Mas a defesa de territórios
por parte dos países da União Europeia em nome próprio não pode ser comparável
à invasão de outros territórios" Em primeiro a União europeia não defende
territórios em nome próprio. Em segundo, essa ideia de se estar a defender
territórios seus ou a ocupar os dos outros depende sempre do juízo prévio sobre
a quem pertence esse território. Para os russos a Crimeia e o Donbass são
território russo que deve ser defendido. Para a Argentina e Marrocos os
ingleses e espanhóis invadiram as ilhas Malvinas e Perejil, respectivamente. Quanto
às considerações económicas é muito cedo para se dizer que são reflexo de
Trump. Fizeram o mesmo com Milei e agora já está a ter superavit. Dizer que
Trump é responsável quando chegou há dois meses é mera trica política. Qualquer
economista sabe que não é em mês e meio que se muda o panorama económico e se
analisam consequências. Relativamente às taxas recordo que, no primeiro
mandato, Trump propôs acabar com todas, absolutamente todas as taxas e foi a UE
que não quis. Ele está a fazer isto porque tanto UE, como México como Canadá,
sempre aplicaram taxas a certos produtos norte-americanos. E Trump entende que
ou brincam todos ou não brinca ninguém. Trump
está a defender os interesses dos seus. Não pode ser censurado por isso. Dava-nos
jeito eles continuarem a pagar a defesa europeia enquanto nos entregamos com
causas e causinhas? Dava. A nós. Mas não aos norte-americanos. Pois há muitos
anos que há grande contestação nos EUA por estarem sistematicamente a pagar a
defesa da Europa. Ele ganhou as eleições, entre muitas outras razões, por ter
dito que iria acabar com esse forrobodó. Entendo perfeitamente o povo
norte-americano. Não têm dever nenhum de sustentar a nossa defesa. Miguel
Seabra > José B Dias: É verdade mas quem pensa pela sua cabeça e investe
tempo a estudar os assuntos, é imediatamente classificado como Agente do Kremlin
…. Américo
Silva: Macron parece
desejoso de colocar franceses a combater a Rússia; o pacote completo implica
trocar jovens por cadáveres, aumentar o horário de trabalho, atrasar a idade de
reforma, diminuir as pensões, aumentar os impostos individuais, diminuir os
impostos às empresas, mobilizar as poupanças particulares, e aumentar a dívida
pública, tudo coisas boas para a classe média. luis
leite: Acho que está
na altura de a Rússia ir buscar o Alasca...só para ver o que acontece Armando Azevedo: A UE está a
implodir. É o fim. A falta de soberania dos países que a constituem, manietados
pela elite política fantoche não eleita é o pilar principal deste descalabro. Fala Barato: Excelente! José B
Dias > Paulo Cardoso: Será por certo para quem prefira José Milhazes a
Dostoievski 🤭 unknown
unknown: Os
inteligentes da Europa não sabem e não querem trabalhar, por isso estão sempre
interessados nestas questões banais, onde discutem o Trump e Putin como se não
houvesse mais nada para discutir, e, assim, encobrem os verdadeiros problemas
internos!
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