Com o qual me identifico sem reservas,
ai de nós!
De Carlos Chaves: «Caro
Bruno Bobone o que defende é a verdade e a autenticidade na política, valores
destruídos paulatinamente pela esquerda desde o golpe de Estado de 1974! Os
socialistas e a extrema-esquerda ainda agravaram mais este problema, ao quase
destruírem o sistema de educação/instrução nos últimos quase 10 anos, o que nos
baixa a esperança de que alguma coisa mude!»
Mas, está visto que todos somos responsáveis
por esta bandalheira de bota-abaixo que se permite, fechando-se os olhos
temerosamente ao intervencionismo constante dos novéis pretendentes a esses
cargos de governação, querendo fazer crer que são melhores do que aqueles que
pontapearam, com a anuência de um povo mal formado – mal informado também – e daí
que arrogante, mesquinho, subserviente também, e invejoso. Um espanto de país,
mesmo num mundo de muitos espantos, como o que estamos vivendo, de crueldade e
prepotência absurdas.
Lili Caneças e a política
Está na hora de voltarmos a olhar e a compreender o mundo em que
vivemos sem a fantasia e o faz de conta em que temos sido enganados nos últimos
tempos.
BRUNO BOBONE PRESIDENTE DO GRUPO PINTO
BASTO
OBSERVADOR 03 abr.
2025, 00:147
Que engraçado ver o cartaz de propaganda de Pedro Nuno Santos e pensar que
a conversa com Lili Caneças teve mesmo um enorme efeito naquele rapaz, que
pretendia ser a criança terrível, o revolucionário, o responsável pelas
decisões ao minuto sem questionar o resultado das mesmas, e que aí aparece com
um verdadeiro lifting fotográfico.
Com uma puxadinha aqui, um pequeno
corte ali e eis senão quando se transforma aquele turbilhão irreverente, mal
criado e pretensioso num quase chefe de contabilidade que pretende ter um ar
mais sério e maçudo, pouco convincente mas mais tranquilo, mas claramente uma
figura que me fez demorar a reconhecer, tais as mudanças que pretenderam
retratar nesta imagem que não é a sua, mas que é aquela que acredita que lhe
vai dar aquilo que não tem e, assim, ganhar os votos que lhe faltam.
Já tínhamos assistido à transformação de Catarina Martins, que desde o princípio da sua
liderança política e até à sua saída tinha transformado o seu visual e que
voltou a fazê-lo para se tornar verdadeiramente europeia, agora que emigrou.
Também o vimos com Rui Rocha, a quem terão dito que o ar de intelectual triste não
lhe assentava bem e que, desde aí, se tornou num lisboeta executivo o que lhe
permite associar-se mais ao liberalismo que defende.
Mas há que reconhecer que outros dos que por aí andam
não se deixaram atrair por essas novidades seja porque nasceram com as
características certas para as ideias que tentam defender, seja pela vaidade
exagerada, seja porque não acreditam nesta teoria da imagem que comanda a vida
ou até mesmo porque não vêem vantagem em tentar mudar o que não muda, nem
Montenegro, Melo, Ventura, Tavares, Raimundo e mesmo Ana Gomes não mudaram o
seu aspecto dos últimos anos.
E é neste
ambiente de faz de conta que vamos viver este próximo período eleitoral, sem
qualquer discussão sobre a qualidade dos próximos governantes, sem qualquer
proposta de melhoria da vida dos portugueses e apenas focada nas parecenças de
cada um dos intervenientes.
Com uma oposição a não querer explicar como se poderia
governar melhor do que aquilo que a maioria da população está de acordo em
reconhecer que estava a ser bastante positivo, e sem qualquer oportunidade de
discutir o que este governo poderá fazer melhor do até agora terá feito, e tudo
porque estaremos a discutir quem é o mais bonito e o mais santo.
E isto quando o líder do partido
socialista, que acusa o outro de ser pouco sério, já foi despedido de um
governo por uma conduta de pouca seriedade.
Quando o líder da Iniciativa liberal que acusa os outros de estarem a dar
lugares aos seus autarcas tinha um autarca que foi seu candidato presidencial a
falsificar documentos para conseguir benefícios que não teria direito a ter.
Num tempo em que o arauto da seriedade no Chega alberga tudo aquilo que
condena nos seus adversários.
Está na hora de
voltarmos a olhar e a compreender o mundo em que vivemos sem a fantasia e o faz
de conta em que temos sido enganados nos últimos tempos.
De entender que
vivemos num Mundo de homens e mulheres que erram, que não são santos, que têm
interesses, que têm convicções diferentes e que, ainda assim, podem ser capazes
de fazer coisas boas, que podem aprender com os erros e emendar-se para fazer
melhor.
Não é
substituindo um que vamos garantir a santidade do próximo.
É antes, conhecendo-o e controlando os seus defeitos e
dificuldades que poderemos beneficiar de tudo aquilo que poderá fazer por nós.
Mas é também pagando-lhes correctamente, dando-lhes
condições e dando-lhes apoio, que poderemos conseguir que eles melhor nos
sirvam.
As medidas populistas de se
pretender que os políticos não podem ter rendimentos, de que um
primeiro-ministro não vale tanto ou mais do que um líder empresarial é apenas
demagogia de pouco nível e resulta em cada vez mais só estarem disponíveis
candidatos sem qualidade ou categoria.
É a nova
política em que as ideias contam pouco, os valores não importam, as convicções
são contas de votos e só o lugar pretendido vale o esforço.
Uma política de pequenos temas que pretende facilitar
a vida a estes novos políticos sem formação ou categoria que, de política
verdadeira pouco sabem e não são capazes de discutir o que realmente importa
para a vida da sociedade.
Que saudades do
tempo de abril em que a democracia era responsabilidade de quem era mais capaz.
PEDRO NUNO
SANTOS POLÍTICA DEMOCRACIA SOCIEDADE
COMENTÁRIOS (de 7)
Carlos Chaves: Caro
Bruno Bobone o que defende é a verdade e a autenticidade na política, valores
destruídos paulatinamente pela esquerda desde o golpe de Estado de 1974! Os
socialistas e a extrema-esquerda ainda agravaram mais este problema, ao quase
destruírem o sistema de educação/instrução nos últimos quase 10 anos, o que nos
baixa a esperança de que alguma coisa mude!
Manuel Magalhaes: Essa das “saudades do tempo de Abril” é que era escusada, pois que
ainda o andamos a pagar e não tem sido nada barato…
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