De novos modelos económicos e não só.
Trump e as alfândegas: onde está a loucura?
Os críticos de
Trump falam do perigo de uma ruptura do comércio mundial. Trump fala do perigo
da desindustrialização e endividamento dos EUA. Onde está a loucura?
RUI RAMOS Colunista do Observador
OBSERVADOR, 11 abr. 2025, 00:24182
Foram muitos os que se
permitiram tratar os impostos alfandegários anunciados pelo presidente
americano como uma loucura. O risco para a circulação de bens e capitais que sustenta a maioria
das economias do mundo é real, e daí a nervoseira das bolsas, e a sua
recuperação quando Trump suspendeu as “tarifas”. O que não foi notado é que também Trump fala de loucura. Só que para Trump, a loucura não
é tentar mudar as relações comerciais dos EUA, mas manter tudo como está.
Os críticos de Trump falam do perigo de uma ruptura do comércio mundial. Trump fala
do perigo da desindustrialização e
endividamento dos EUA. Onde
está a loucura?
Para os
críticos de Trump, a sua preocupação não faz sentido: o défice comercial americano
seria inofensivo, na medida em que os EUA puderem financiá-lo emitindo títulos e moeda que os seus credores usam como
reserva de valor. A redução da economia americana a serviços
financeiros também não seria mais do
que um caso de especialização, e não impediria os EUA de enriquecer. Tudo
estaria bem, não fosse Trump.
Acontece que o método de lidar com o problema é talvez
característico de Trump, mas a ideia de que há um problema não é. Biden manteve os
direitos alfandegários de Trump contra a China e procurou também estimular a
reindustrialização dos EUA. Só que, em vez de impostos sobre as importações,
recorreu a subsídios, que aliás ajudaram à inflação de que agora alguns tremem de pavor, porque se trata de Trump, quando nunca
a temeram quando se tratava de Biden. Mas deixemos por
um minuto a questão do método. O que move Trump é o que moveu Biden: a
dependência dos EUA em relação a países hostis, como a China, ou inconfiáveis
enquanto aliados, como uma UE desarmada e quase sempre dividida e evasiva
quando se trata de confrontar ameaças. O risco não
é imaginário: consta que Trump teria cedido à pressão
exercida por um país (o Japão?) através de vendas maciças de dívida americana:
eis como se condiciona uma potência que pode ter muitos porta-aviões, mas também tem uma grande dívida. À preocupação de segurança nacional, juntam-se a angústia com défices
colossais, e uma comiseração muito popular com a má sorte dos trabalhadores
manuais, os mais valorizados na mitologia do trabalho, mas os menos premiados
por uma economia de serviços financeiros.
Falemos agora do
método. Trump não recorreu a
subsídios, como Biden, mas a impostos sobre as importações – opção mais compatível com uma
economia de mercado do que o dirigismo dos subsídios (e por isso, em 1981,
Reagan também usou a ameaça fiscal contra o Japão). Houve
quem gritasse contra o atentado ao comércio livre, e denunciasse a iniciativa
de Trump como guerra comercial. É de uma grande inocência ou hipocrisia. O único
comércio livre que há no mundo é o dos outros países em direcção ao mercado
americano. Em contrapartida, todos os países estão em guerra comercial contra os EUA, através de impostos alfandegários, regulamentação e manipulação da moeda. A globalização funciona
assim: Estados
proteccionistas usam o mercado dos EUA para expandirem as exportações, enquanto
dificultam o acesso aos seus mercados. É a isto que, sem noção do ridículo, o
mundo chama “liberalismo”. De facto, esta globalização é a maneira de Estados
que não se querem liberalizar anularem a vantagem americana de uma economia
mais livre.
A revolução de
Trump não tem uma etapa final definida. Pode chegar, através de negociações, a
uma ordem liberal como agora não existe. Ou, através de retaliações, a um
sistema de solidões económicas. Arriscado? Sem dúvida. Mas manter tudo como
está, à espera de ver até onde pode subir a dívida americana, ou como os EUA,
endividados e sem base industrial adequada, vão defender o mundo livre, talvez
não seja menos arriscado.
PRESIDENTE TRUMP ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA AMÉRICA
MUNDO
COMÉRCIO ECONOMIA
COMENTÁRIOS (de 182)
André Fernandes: Bem-haja
Rui Ramos!! Tudo em pratos limpos. Infelizmente a maioria ou a totalidade dos
portugueses guia-se pelas manchetes e rodapés da “des comunicação” social q
temos… cheia de mentiras, falácias, ideologias e afins… mas sempre cheia de
inteligentes e especialistas. Estão todos cá. Os outros são todos burros… o
trump então nem se fala. Mas dps quando o bico do prego vira… ui ui… Tim do A: Mais um notável artigo de Rui Ramos. Trump não foi eleito para
defender a Europa ou a China. Foi eleito para defender os EUA! A China sabe
disso, mas os europeus, tontos como sempre, ainda não perceberam. Ana Luís da Silva: Afinal Trump não é um louco
varrido.Além de estar a cumprir o seu programa eleitoral (algo a que por
exemplo nós aqui em Portugal não estamos habituados nem percebemos como é
possível), ainda está a tentar acabar com uma injustiça no comércio mundial e
inverter a tendência de aumento da dívida pública dos EUA. Não se lhe pode
levar a mal.
observador censurado: Não compreendo um "mercado" onde existem 3 bancas: uma
banca chamada E.UA., uma banca chamada Europa e uma banca chamada China, sendo
que o "mercado" impõe regras diferentes para cada uma das bancas. Em particular, para a China é tudo livre: pode usar a energia que
quiser (não existem "alterações climáticas"), a mão-de obra que
quiser (as crianças são bem-vindas se necessário), o sistema político que
quiser (a ditadura é bem-vinda), etc. Como não percebo este jogo com regras
diferentes para os vários participantes, desde há muitos anos que faço os
possíveis para não comprar "made in China". Maria Tubucci: Muito bem, Sr. RR. Entre o DTrump e o Partido Comunista Chinês
(PCC), escolho o DTrump. A desindustrialização de um país é a morte de um país, e é a
isso que temos assistido ao longo dos últimos 20 anos. A indústria vai para
a China que produz com recurso a mão-de obra quase escrava, produtos sem
qualidade, fazendo cópias e roubando a propriedade intelectual. Depois invade
mercados com os seus produtos abaixo do preço de custo, rebentando com a
indústria local. Resultado, o nosso dinheiro que deveria ser para apoiar a
nossa indústria está a ser transferido para o PCC. Até que enfim que alguém tem
poder para enfrentar o PCC e seus proxies, como Vietnam. Estes batoteiros
manipulam as regras do comércio internacional a seu favor, eliminando a
concorrência. Estou farta de ver produtos “made in RPC” e se tiver de pagar
mais pelos produtos, não me importo, é preço a pagar para derrotar o PCC. Não,
não é loucura a “guerra” das tarifas, mas sim uma arma de defesa. Aliás, estou
convencida que, no dia em que China for “entalada” a guerra na Ucrânia termina,
pois fica sem capacidade para ajudar o Putin. José Paulo Castro > Caneta afiada: A taxa aplicada baseia-se num trabalho
académico de algum rigor que sugere que deve começar por ser ligada ao défice
comercial existente com cada país, na proporção de metade da relação do défice
com o PIB. Aplica-se sempre um valor mínimo de 10% para os défices menores que
20%. Se procurar as fontes, em vez da busca por anedotas e propaganda dos
media, percebe que há regras a serem seguidas. A regra tem mais sentido do que
os seus critérios de distinguir inimigos de amigos e outros similares. Tem Dias: Definitivamente, Rui Ramos perdeu o norte
no seu trumpismo. É incrível a tentativa de procura de racionalidade onde não
existe. Como o The
Economist bem
refere, Trump é um homem do século XX numa economia do século XXI a aplicar
políticas do Século XIX. Um historiador como Rui Ramos deveria ter capacidade
de ver isto, mas o seu trumpismo não o permite. Se este comentário for cortado,
será o 3o de crítica a Rui Ramos, comentários que sempre cumpriram as regras da
comunidade por serem educados, justificados e razoáveis no exercício da
liberdade madalena
colaço: Excelente
análise. Para além do que refere, Trump está também a atacar as multinacionais
que se aproveitam da mão-de obra barata na China, Vietname, Camboja...e que em
seguida utilizam a Irlanda e outros paraísos fiscais para pagarem um irrisório
imposto de 4%. Esta eficiência fiscal, é legal mas muito injusta. A esquerda
deveria estar satisfeitíssima, mas pelos vistos não está. Todas estas
multinacionais, Apple, Nike...estão a sofrer fortes correcções, pois agora não
podem escapar a pagar a tarifa para venderem nos EUA. É normal que bilionários
como Bill Gates apoiassem Obama, Biden, pois mantinham este sistema que gera
uma desigualdade brutal nos lucros.
Caneta afiada: A análise esquece um aspecto essencial: a
total ausência de rigor na fixação das taxas alfandegárias por Trump. Só isso
deixa completamente por terra toda a análise. Aplica taxas a ilhas que não
são países e onde só vivem pinguins, trata aliados e inimigos da mesma forma,
deixa de fora das taxas a Rússia, a Bielorrússia e a Coreia do Norte com falsos
pretextos, considera um perigo para a economia dos EUA e aplica as taxas mais
elevadas a países como o Camboja e o Vietname, como se os trabalhdores dos EUA
fossem produzir roupa com os salários dos cambojanos e dos vietnamitas, e por
aí fora. Enfim, disparates atrás de disparates. Antonio C.: Finalmente, finalmente um análise lúcida e
fundamentada do que verdadeiramente está em causa. Obrigado mais uma vez Rui
Ramos por fazer luz sobre um assunto complexo e de subir acima da gritaria
“histérica” promovida pela maioria da dita Comunicação Social. José Miranda: O Rui Ramos nunca decepciona. O que
escreve é evidente, mas a cegueira de muitos não lhes permite ver o óbvio. José Paulo Castro: Acima de tudo, onde está a surpresa? Trump anunciou o seu caminho na campanha
eleitoral, anda a falar de isto há anos nos seus discursos, explicou aos
eleitores o que o motiva nesta ação política e obteve o aval deles para fazer
isto. Claro,
clarinho. Chegou a dizer em comícios que a palavra 'tarifa' é a mais bela de
todas... É apenas alguém a cumprir o seu plano político, anunciado e votado, e
que passava por iniciar a era da agora chamada 'desglobalização. Totalmente
legítimo. E para os que dizem que esse plano é estúpido, não me canso de
repetir: Dani Rodrik, "O paradoxo da globalização". Este economista
previu este momento há mais de 20 anos e precisamente neste horizonte temporal.
A globalização iria criar défices externos que criariam um momento de retorno e
recusa da mesma. Mas fez mais: criou o que ele definiu como um trilema, em que
as únicas soluções estáveis são as que abdicam de uma destas três coisas:
Globalização, Democracia e Estado-Nação. As três juntas são instáveis, pelo que
uma delas tem de ser diminuída ou abandonada para uma solução estável. Isto
cria três caminhos alternativos que se combatem ideologicamente. Trump acabou
de inaugurar, num país com dimensão para tal a nível mundial, o terceiro:
prescindir da Globalização. Os outros dois tinham a China e a UE como
expoentes. Claro que quem contesta isto são economistas globalistas. Ou seja,
defensores do fim do Estado-Nação, entre nós, e que na China não entendem para
que serve a Democracia. Mas há outro caminho. Trump anunciou-o e está a
desbravá-lo para salvar aquilo que estes economistas desprezam. E, obviamente,
isto cria toda uma nova linha política alternativa às que conhecemos
habitualmente. Por cá, os partidos com mais similaridades a este discurso são o
ADN e parte do Chega. Talvez a Nova Direita também. AD e PS, Livre e BE, PCP e
muitos outros defendem os caminhos das outras opções. Uns mais adeptos dos
federalistas da UE, abolir nações, e outros de limitar a Democracia interna. Futari Gake: Excelente
mais uma vez. Interessante é verificar os comentadores
de economia dos media subsidiados também a alertar na segunda-feira onde no mercado bolsista estava tudo no vermelho e
era o caos e a recessão, na terça-feira
ficou tudo no verde depois de se falar em negociação, na quarta-feira ficou tudo no vermelho
com as "retaliações" por exemplo da UE em conjunto com a RPC, na quinta-feira tudo voltou ao verde com
o anúncio de um interregno de 3 meses na aplicação de tarifas baseadas em
negociações, excepto com a RPC onde as tarifas aumentariam em contraponto com
as ameaças da RPC, no entanto na RPC as suas cotações estavam todas no verde o
que sossegou os seus cavalos de Tróia na UE e nos USA. Claro que a RPC não faz
dumping nem subsidia nem usa especulação, neste último caso nem necessita, tem
os seus agentes especuladores bem comprados.
J. P.: Ora bem, pois eu não guio pelas
manchetes e apesar de apreciar muito RR, quer como historiador quer pelos seus
artigos sobre pensamento politico, quanto a análise macroeconómica, confesso
que não me convence. O que não é mau! Não precisamos de ser excelentes em tudo.
Como já escrevi várias vezes, quanto a Trump e economia, o rei vai nu. Trump é
um empreendedor, não há duvidas. Oprtunista, arrisca, energico a levar a sua
avante. Mas como economista, bola. A economia não é uma ciencia exata. Mas
também não é uma batata. Trump não resolverá os problemas reais e os pseudo
problemas dos EUA, com tarifas alfandegarias. É só estupido pensar isso, que
até nem apetece explicar. Vão ler uns livros sobre macroeconómia, ou recomendem
um que explique como esse mecanismo resolveria o deficit dos eua ou a falta de
competitividade da sua industria, em determinados setores. A verdade é que a
economia dos EUA não está moribunda. O deficit é gigantesco, mas só porque os
EUA podem! Graças à força do dolar. Que já começou a afundar, com o tiro no pé
das tarifas. Trump é capaz de ter olho para criar um resort na Palestina, ou
para esmifralhar as terras raras da Ucrania, na base da chantagem. Quanto a
macroeconomia é uma batata. Por isso, RR, não confunda a estrada da beira, com
a beira da estrada. Os problemas que listou da economia americana, que já
agora, está bem melhor que a UE, não tem nada a ver com o remédio tarifas. Esse
é o seu pecado do seu artigo. Um grande abraço! manuel meneses: TRUMP nos escassos meses da sua governação, conseguiu desacreditar
os EUA e desbaratou todo o capital de confiança detido. Esta
liderança tipo cowboy, é ridícula e mesmo internamente tem vindo a perder apoio. Se não mudar de rumo, os EUA caminharão a passos largos para o seu
isolamento. José
Paulo Castro > Caneta afiada: Vá chamar putinista ao seu caniche russo. Sou adepto da
desglobalização, sim. O NY Times e o Post sempre foram anti-Trump e nem sequer
são jornais económicos. A teoria económica é
controversa mas existe. O critério de iniciar por metade do défice é
adaptativo. Não há experiência real e dados para definir um melhor, sendo que metade
é o que garante um feedback adequado, com possibilidade de ajuste nos dois
sentidos do valor de correção. A
fonte desta teoria é: "Balanced Trade: Ending
the Unbearable Cost of America'sTrade Deficits" Jess, Howard and Ryamond Richman unknown unknown: Clarinho e cristalino, só não vê quem não quer! Carlos Chaves: O facto do Trump e a sua administração dizer preto no branco que
se está nas tintas para a Europa, não entra na opinião do Rui Ramos! Estar do
lado de Putin contra a Europa também parece ser de somenos importância para o
cronista! Até parece que não é Europeu mas sim Americano Trumpista! Apoiante do
CHEGA já percebemos que é, até o |Ventura já falou em tarifas nesta campanha… Jorge Oliveira: Há muitos anos que me habituei a ler e admirar os textos do
historiador Rui Ramos, porém quando resolve escrever sobre Trump ou Ventura
perde completamente a noção do bom senso. Os
EUA são a maior economia do mundo, mas têm hoje um presidente que apresenta o
país como um pequeno país que está a ser explorado por todos. Das taxas à questão da Ucrânia ou à insistência em querer tomar posse
da Gronelândia, já para não falar na ideia da anexação do Canadá é só escolher
qual o maior disparate. Não é
fácil compreender como é que alguém fora da taberna consegue justificar as
atitudes de homens como Trump ou Putin. Coxinho: O que sobressai na maioria dos comentários é a limitação do nosso
campo visual, que consequentemente limita o campo de acção da nossa mente.
Vemos aquilo que os olhos vêem, mas não vemos aquilo que se oculta por trás ou
para além do que é visto pelos olhos. E
esta limitação ainda é agravada por se restringir a um intervalo de tempo curto
e também limitado -- o que não nos permite visões de conjunto amplas e a
projectar-se no futuro. Sugiro refrearem-se as ânsias
de formular juízos muito abrangentes e definitivos. Haja um pouco mais de paciência para esperar e ver -- amanhã -- os
resultados do que aconteceu -- ontem.
Ricardo Ribeiro: Ora
aí está, teremos de ver os resultados desta "loucura " disruptiva a
médio longo prazo e não com a cegueira ideológica e de pensamento político que
nos querem enfiar pela goela abaixo. Uma coisa é certa, teria de ser feita
alguma coisa no sentido da reversão do desequilíbrio latente na balança
comercial Americana, na defesa dos seus interesses e na ruptura do status quo
do globalismo actual. Nada que não estivesse no seu programa eleitoral. Maria Soares: Obrigada! Caneta
afiada > José Paulo Castro: Vejo que o caro putinista também é trumpista. Amigos lá em cima,
amigos nas hostes. Faz sentido. Leia
o New York Times ou o Washington Post e vai perceber a total falta de rigor das
taxas. A fórmula que descreve, que foi a seguida, é ridicularizada pelos
especialistas e de rigor nada tem. É apenas um critério aritmético ridículo e
próprio de quem não fez o trabalho de casa e pouco ou nada sabe do que gera os
diferentes défices comerciais.
Francisco Ramos: O caso da dívida dos EU, é apenas só mais
um entre muitos casos. Quase
todas as democracias se encontram nesta situação, de divida excessiva. E as que não estão para lá caminham. Investiguem o que se passa com Portugal. O resultado pode ser uma surpresa para os
mais distraídos, mas o monstro está lá. Uma despesa pública incontrolável. A solução mais razoável seria diminuir a dívida
à custa da despesa, porque aqui é que está o problema. Em democracia para um
partido ganhar eleições tem de dar qualquer coisa, indiferente ao modo como vai
garantir a receita para compensar a despesa. Tem de garantir a colocação dos seus apaniguados, e
outros disparates. E a
tudo isto junta normalmente uma má governação. E o que vai a seguir faz o mesmo E assim o
problema vai crescendo. Como o
dinheiro não é deles não tem problema. Os cofres do Estado aguentam....até ao dia da
bancarrota. A nossa próxima será a quarta.É melhor moderar um pouco o
entusiasmo que por aí vai com "as contas certas". Já se começa a falar em deficit novamente. Mas se não for agora é daqui a bocado. Mas claro que quando se falar em diminuir
a despesa cai o carmo e a trindade. Veja-se o que aconteceu com MUSK, cuja missão era
precisamente a de diminuir a despesa? Já vai de malas aviadas. RR sabe perfeitamente que é assim que
devia ser feito, mas falar disto não é politicamente correcto.
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