domingo, 1 de março de 2015

No blog “A Bem da Nação”



Aí está velha sabedoria
Plena de cortesia -
A da demagogia
Com muita astúcia
Na mira de uma eleição
Por via da reputação
Vindoira.
A raposa da fábula, todavia,
Ainda desconhecia
Esse truque de alquimia
Que muda os metais em oiro,
Mesmo que esse seja apenas
Um nome num aeroporto.

Foi um breve comentário
A um texto de Duarte Justo
Texto escorreito e justo
Acrescido do comentário
Também justo e escorreito
De Salles da Fonseca
Que nele pespegou
Curiosa fotografia
Do dito aeroporto
Alvo da penetrante
Proposta de Costa:


A Isca eleitoral “Aeroporto Humberto Delgado” proposta pelo PS lisboeta
António Costa, com a sua Câmara de Lisboa, quer mudar o nome do Aeroporto da Portela para "Aeroporto Humberto Delgado", tendo já feito, para isso, a proposta ao governo, como noticiou o DN no passado dia 11.02. Isto não passa de uma táctica de arranjar combustível barato para a campanha eleitoral do PS à custa do aeroporto da Portela (ou Povo de Portugal): um aceno aos comunistas e mais uma promessa sem grandes custos mas que ajuda apenas os dançarinos do poder.
Antes de se proceder à iniciativa de dar um nome a um espaço público, seria importante analisar a proposta e verificar se os proponentes são acreditáveis. Para o serem, neste caso, o proponente teria de, com a mesma ligeireza, também poder propor a mudança de ponte 25 de Abril para o seu velho nome “Ponte Salazar”. Não deixaria de mostrar uma mentalidade patriarcalista mas revelaria independência e credibilidade. Um exame crítico sobre o assunto tornar-se-ia numa comida difícil para os políticos partidários.
Uma pessoa torna-se credível quando aplica a mesma medida e critérios no próprio agir para lá da sua filiação partidária. Esta não é a ideia nem a prática partidária e por isso mesmo se verifica cada vez mais gente arredia à política. O agir do político deveria servir em benefício do país no todo e não do partido. “Com papas e bolos se enganam os tolos” terá reconhecido o povo num raro momento de lucidez!
Tenha-se todo o respeito por Humberto Delgado mas poupem-nos de mais esta vassalagem à esquerda. Cabeças cheias de ideologia já não têm lugar para o que interessa a Portugaoportunistas.
Costa e a sua Câmara fazem uma proposta, já à partida sem perspectivas de êxito, mas que é suficiente para contentar o povo recruta que se contenta com promessas e conversa fiada. Querem continuar a entreter a opinião pública com assuntos sentimentais sem interesse que substituem a elaboração de programas económicos e sociais para um governo sério.
Contam com a desinformação do povo e com uma cultura da lamentação que além de lágrimas e barulho só traz benefício visível para os eleitos. O povo sente-se bem, no ser enganado, porque vai atrás de promessas deste ou daquele partido sem lhe exigir um programa de governo em que se encontram discriminados investimentos, despesa e entradas com um orçamento de Estado equilibrado. Quem quer governar irresponsavelmente fomenta um povo masoquista.
António da Cunha Duarte Justo

1 comentário:
De Henrique Salles da Fonseca a 28 de Fevereiro de 2015 às 13:50
Publiquei a imagem da primeira fase da aerogare para se ver como os passageiros eram encaminhados - tanto nas chegadas como nas partidas - para uma única porta. Isso poderia significar afunilamento do tráfego, o que não estava errado num Estado com muito policiamento. Num regime menos policiado, as entradas e saídas já então eram feitas por linhas paralelas a fim de evitarem qualquer congestionamento e a formação de filas de espera. Humberto Delgado pactuava, pois, com esse policiamento - se é que não o fomentava mesmo. É sabido que ele só se passou para a oposição quando Salazar o preteriu na chefia do Estado a favor de Craveiro Lopes e de Américo Tomás. Quanto aos valores da liberdade, vou ali e já venho...
Henrique Salles da Fonseca

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