«Zeus, Prometeu,
Atena e Momo»
Uma fábula de Esopo
Que me deu para traduzir
Em curta pausa de férias
Em vez de ler outras
lérias
Tão sérias, Jesus, tão sérias!
É assim:
«Zeus, Prometeu e
Atena
Tendo
respectivamente criado
Um touro, um homem,
uma casa,
Tomaram Momo por
árbitro
Para que ela ajuizasse
o valor
Das obras de cada
um.
Invejosa e
despeitada,
Momo declarou
vivamente
Que Zeus fora
desastrado
Senão mesmo
estabanado
Ao não colocar os
olhos
Nos cornos do touro,
Para que ele visse onde batia
Quando combatia.
A Prometeu condenou
Por o coração não
ter posto
Do homem, na parte
exterior
Do corpo,
Para o vício lhe
impedir
De se dissimular
E assim patentear
Os vícios de cada um
No seu maior esplendor.
Concluiu
Que Atena deveria
Ter a sua moradia
Construído com
patins
Para facilitar a
mudança
Em caso de má
vizinhança.
Indignado
Com tanto
denegrimento
Zeus expulsou do
Olimpo
Momo e o seu
desbragamento
- E mesmo
descaramento.
A fábula mostra com
gana
Que ninguém nunca é
tão perfeito
Que não dê azo à
chicana.»
Foi isto que disse Esopo
Na fábula dos quatro
deuses,
Deuses maiores ou menores
Sendo a Momo de menor topo
Mas não de menor topete.
Ainda hoje
Que vivemos em democracia
Verificamos
Diariamente
Que é dos seres inferiores
Na escala social
- Digo-o sem qualquer
prevenção racista menos moral –
Que partem os falatórios
Provocatórios
Condenando os que governam,
- Quer governem bem ou mal
-
De forma unilateral.
Parece-me bem bestial!
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