Lembro-me sempre de “As Meninas
Exemplares”, Camila e Madalena, com que a Condessa de Ségur ensinava as
meninas e os meninos a serem bonzinhos, sempre
que sinto as frustrações naturais das mães quando os filhos – e os meus são
quatro rapazes - se excediam – alguns ainda – em brincadeiras verbais que provam que não leram o livro. De facto, só a minha Paula é que julgo que o
fez, embora alinhe facilmente com os irmãos no disparate, nos intervalos de
bem-estar com que a vida nos vai amenizando as enxaquecas frequentes. Mas a
anedota que o Ricardo me enviou recorda-me antes “Os desastres de Sofia”,
que aliás era boa menininha, e bem intencionada. Por isso chamei ao texto do
email enviado pelo Ricardo, “As
brincadeiras do Ricardo”, que creio que fará rir quem o ler, o que prova as
suas excelentes intenções terapêuticas:
O Gago que vendia Bíblias
Um padre estava a distribuir Bíblias para as pessoas venderem e
ajudarem as obras da igreja. De repente, chega um gago a oferecer
os seus serviços:
– Pa… pa… padre, eu go… go… gosta… taria de aju… ju… da… dar a ve…
ve…nder bi… bi… bíblias!
Comovido com a tentativa de colaborar, o padre deu umas bíblias ao
gago.
No final da tarde, durante o acerto de contas, o padre ia
perguntando aos
colaboradores:
– Você, quanto vendeu?
– Vendi duas.
– E você?
– Vendi uma.
– E você, quantas vendeu? – perguntou ao gago.
– Eu ve… ve… ndi tu… tudo.
– Tudo?! – espantou-se o padre.
Mas como?
– É si… simples: eu che… chegava pe… perto da… pessoa e pe… per…
perguntava: «– O se… senhor
va… vai com… comprar a bi… bíblia ou quer que… que eu leia?»
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