quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Festejos de Ano Novo



Três tristes textos:
O primeiro, de Vasco Pulido Valente: diálogo pertinente sobre as nossas impertinências, alvoroços, incoerências do costume, de um país de pequeno calibre, de menor esclarecimento e muita gritaria mais ou menos vã. O segundo, de António da Cunha Duarte Justo, sobre o paralelo entre a ocultação imposta outrora à imprensa, a respeito dos crimes perpetrados nos campos de concentração pelos responsáveis nazis e a mesma falta de transparência imposta à imprensa de hoje, relativamente aos campos de acolhimento dos refugiados, onde também se processam crimes, cometidos por alguns dentre os próprios, mas que se ocultam, quer para não fomentar racismos, quer por interesses eleitorais, e tudo se processar no melhor dos mundos, embora sem jardins para cada um cultivar o seu, à maneira do sábio Pangloss, coitado. Quanto ao terceiro, extraído da Internet, embora cause arrepios de maior calibre, vista a similitude entre as explosões da bomba de hidrogénio e as explosões de hidrogénio que se dão no nosso Sol, podem levar-nos a pensar num fim da nossa Terra mais próximo ainda do que o presumido pelos astrónomos contemporâneos, o que é aterrador. E mais aterrador quando se permite que um animal monstruoso como esse que governa a Coreia do Norte, continue ao comando do seu país-brinquedo que não se importa de espezinhar com requinte. Por outro lado, ao ver quanto os Estados Unidos e a ex-União Soviética também já fizeram explodir as mesmas bombas, sentimo-nos mais seguros, ao saber que o fizeram sem que o apodo de monstruosidade ou anormalidade lhes enodoasse os destinos. Confiemos, pois. E aguardemos as próximas bombas do Sr. Kim-Jong-un. Ou mesmo de outro qualquer chefe poderoso da Terra. E arredores:

O Ano Velho e o Ano Novo
Público, 2/01/2016
Como Eça descobriu numa noite de 1870, em Portugal, quando o Ano Novo passa pelo Ano Velho tem sempre muitas perguntas para lhe fazer. Ontem, a conversa foi difícil.
A. Novo — Vamos começar pela política. O que é isto aqui?
A. Velho — Eles dizem que é uma democracia. Mas, pelo que vi, não me parece: é um país muito pobre em que ninguém se entende e toda a gente protesta com imensa razão.
A. Novo — De qualquer maneira, quem manda?
A. Velho — Agora que o dr. Salgado não manda, manda o dr. António Costa.
A. Novo — E ele o que quer?
A. Velho — Quer o Estado Social, uma coisa que acabou por volta de 1964-65, mas não chegou cá a notícia. Entretanto dá umas migalhas por aqui e por ali e assusta os desgraçados que pensam em investir um tostão nesta balbúrdia. É por isso que as pessoas o acham de esquerda.
A. Novo — E mais nada?
A. Velho — Engordou, o que não lhe fica bem. Devia almoçar, dia sim, dia não, com o Marcelo: uma sanduíche de queijo e uma bolacha Maria. Vivia mais tempo.
A. Novo — E o país gosta dele?
A. Velho — Não houve tempo para perceber. O PC gosta porque não quer morrer; o Bloco gosta porque já se acha crescido — uma pura ilusão. O célebre português da rua ainda não se decidiu.
A. Novo — E esse “novo ciclo” de que se fala tanto?
A. Velho — Entraram uns, saíram outros: e os que entraram continuam a obedecer à Europa. É como o ditado: quem não tem dinheiro, não tem vícios.
A. Novo — Consta que está marcada a eleição do Presidente para o fim do mês. Quem irá ganhar?
A. Velho — Olhe que me ia esquecendo. Apareceram dúzias de candidatos, que se dão importância com esses festejos. E um candidato que come bolachas Maria, porque julga que Belém é um convento.
A. Novo — Que conselho é que o sr. me dá ?
A. Velho — Não fale seja com quem for em vias de ser arguido, ou acusado, ou a dois passos da cadeia. Cada vez que ouvir a frase “tenho a consciência tranquila”, fuja e chame a polícia.

LIBERDADE DE IMPRENSA NA ALEMANHA EM RISCO PELA PAZ SOCIAL
António da Cunha Duarte Just
 A Bem da Nação , 6/1/16
Na noite do ano novo, 1.000 homens da região árabe e do norte de África atacaram, em Colónia, pessoas que festejavam a passagem do ano velho para o novo, junto da estação de comboio, sem mostrarem qualquer medo da Polícia presente. Atiraram foguetes de artifício contra a multidão cometendo vários delitos; entre outros delitos (80 registados) a Polícia refere que 60 são queixas relativas a assédio sexual.
Sintomático da política restritiva de informação alemã sobre assuntos que possam prejudicar a imagem muçulmana na Alemanha, confirma-se no facto de a imprensa só dar informações sobre o assunto quatro dias depois do acontecido.
O Presidente da fracção FDP (Florian Rentsch) no Parlamento do Estado do Hesse critica a política governamental de limitação de informação relativa ao que se passa nos lares de refugiados. Lamenta não ser facultado o acesso de jornalistas a lares de refugiados, e “assim ser impedido fazer-se uma imagem própria e independente sobre a situação local”. Já a Federação de Jornalistas do Hesse lamenta, desde Agosto, ser-lhe dificultado o acesso directo a informação dos lares de refugiados, onde por vezes há rebeliões, ataques a refugiados cristãos, violações de mulheres, de meninas e mais ainda de meninos (o que não é estranho em países muçulmanos), etc. Naturalmente os traumas sofridos pelos refugiados em contacto com a guerra e a situação de stress que viveram até encontrarem uma estadia não fomenta o seu equilíbrio emocional...
Na Alemanha, os partidos CDU e SPD, da coligação governamental, em uníssono com a esquerda, não estão interessados numa informação transparente sobre o comportamento dos refugiados porque receiam que o partido AfD ganhe adeptos vindos das suas fileiras por não estarem de acordo com a situação quase caótica no enfrentamento da crise de refugiados da guerra e da pobreza. Uma informação transparente custaria apoiantes da coligação e dos partidos de esquerda, além de tornar o clima social mais instável e denso.
Pessoas mais sensíveis criticam a política de informação na Alemanha estabelecendo uma comparação entre a política informativa de outrora nos campos de concentração e a política de informação relativa aos campos de refugiados: outrora, o povo alemão não devia saber o que acontecia nos “campos” e hoje também não deve saber o que realmente acontece dentro dos campos de refugiados. Nos campos nazis, os judeus e dissidentes eram torturados e mortos sem conhecimento da população; hoje, refugiados cometem crimes entre eles mas não devem sair a público para não se fomentar racismo. Ontem como hoje, tratava-se de proteger o público! De facto, as forças políticas, religiosas e ideológicas do poder na Europa insurgem-se contra informação que não beneficie a religião muçulmana e os refugiados.
Procura-se impedir tudo o que possa desestabilizar o sistema e questionar as elites políticas e ideológicas. Na Alemanha, o controlo indirecto da opinião pública tem uma certa justificação devido ao caracter popular inseguro que precisa de orientação concreta.
Heinrich Heine dizia no seu exílio em França “Quando penso na Alemanha de noite, Então, perco o sono.” (Denk ich an Deutschland in der Nacht, Dann bin ich um den Schlaf gebracht).

O que é uma bomba de hidrogénio
Internet
 Numa bomba de hidrogénio, uma grande parte da sua energia é obtida através da fusão dos núcleos dos seus átomos – reacções que imitam o que se passa no interior das estrelas, como o nosso Sol, onde os átomos de hidrogénio se fundem, dando origem a átomos de hélio e libertando gigantescas quantidades de energia.
Mas para que os átomos de hidrogénio se fundam nesta bomba, também conhecida como "bomba H" ou "bomba termonuclear", primeiro tem de haver um outro tipo de reacções nucleares. Mais exactamente, reacções de fissão nuclear, ou cisão nuclear. Neste caso, o núcleo dos átomos (de urânio e plutónio) é partido, em vez de fundido, e é a energia libertada nestas primeiras reacções nucleares que permite depois desencadear as reacções de fusão dos núcleos de hidrogénio. Resumindo, primeiro há reacções de fissão nuclear e em seguida de fusão nuclear.
O resultado é uma bomba nuclear muito mais poderosa do que as bombas unicamente de fissão nuclear, como aquelas que foram lançadas pelos Estados Unidos sobre as cidades japonesas de Hiroxima e Nagasáqui em 1945.
Os principais pais da bomba de hidrogénio são Edward Teller e Stanislaw Ulam, que a desenvolveram para os Estados Unidos. O primeiro teste ocorreu em 1952, no atol de Eniwetok, nas ilhas Marshall, no Pacífico. O atol ficou totalmente destruído. Mike, como foi baptizada a primeira bomba H, tinha uma potência gigantesca: mais de dez milhões de toneladas de TNT. Ora uma bomba de hidrogénio com esta potência liberta 800 vezes mais energia do que a bomba lançada sobre Hiroxima.
Três anos depois dos Estados Unidos, a União Soviética fez explodir a sua primeira bomba de hidrogénio.
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