sábado, 10 de abril de 2010

Puerilidades

Temos expressado ultimamente uma comum opinião de comiseração.
Pelo PSD que, nos media, tem estado muito saliente.
O actual chefe fala com voz gutural, digo, um pouco de papo, sem ser papal, nem episcopal, nem mesmo abacial, à hora do sermão dominical na missa da rádio ou da televisão, jovem que crê na sua mais valia, que distribui galhardetes com alegria, sendo por quase todos – mesmo os que para ele perderam com galhardia – retribuído com simpatia, que se julga falsa – sem heresia - excepto a dos seus apoiantes que são bastantes e confiantes, na expectativa dos tachos - devidos a futuros cambalachos - que lhes caberão em sorte, caso venha a formar governo, no que nós ambas não cremos, que Sócrates é muito forte e para mais tem bom porte, em fatos de fino corte.
Como diz o meu filho Luís, sem qualquer pretensão de rima, que esse jeito falha a eito quando a vida parece entalada a preceito, o que é muito mal feito, diga-se com destemido embora dorido peito, como diz o Luís, pois, o leader dele é só um, Paulo Portas e mais nenhum. Protestei, depois, que para mim são dois, Ferreira Leite como PR, Paulo Portas como PM, Ferreira Leite por ser honesta e responsável, Portas por ser trabalhador, inteligente, e defender pontos de vista de uma governação saudável. Mas fui respondendo ao Luís, enfim, que só nós dois somos ingénuos assim.
É certo que Ferreira Leite anda muito nas bocas do mundo agora, depois que a puseram à margem, todos parecem render-lhe homenagem, mesmo o Passos Coelho, que, igualmente, tece loas ao Cavaco Presidente, a apoiar a sua candidatura futura, já que precisa dum candidato para o seu governo da altura. Mas este fecha-se em copas, que não desce do seu pedestal olímpico para agradecer as boas palavras do jovem Coelho iniciante.
Cá por mim acho - permita-se-me a redundância – que é tempo de o actual Presidente retornar ao seu mundo familiar de virtude, para dar lugar a uma candidata de quem se fala hoje amiúde, e mesmo à exaustão, embora quem fala dela sejam os da sua igualha, ou seja, os que a apoiavam antes, não sei se apenas por cortesia, pois não a defenderam bem então, excepto o Pacheco Pereira, se por picardia hoje, contra os que venceram no presente, à sombra da bananeira, ou seja, com grande protecção dos jornalistas da televisão e dos seus amiguinhos do PSD que se estão nas tintas para a nação.
Entretanto, o avião polaco que se despenhou mostrou a relatividade e a pequenez de quaisquer eventos. Mas eles, os do Coelho tecem-se elogios, tratam-se por você, vê-se que estão felizes. É o seu momento, deixemo-los exprimir-se, deixemo-los espremer-se. Nas suas pequenas certezas, nas suas pequenas espertezas. Nas suas proezas.

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