Cara de amendoá... O Dr Mário Soares não escolheu hoje Cabo Verde como pérola a preservar dos bicos dos galináceos, através do jogo de escolha que jogou, certamente, na sua infância. Não, não foi, entre as outras pérolas. Vou explicar.
Cabo Verde sendo, aliás, uma pérola muito subdividida, como aprendi em tempos recuados, a mais bicos servirá: grupos do Barlavento e do Sotavento, com Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, São Nicolau, Sal, Boavista no primeiro grupo, Maio Santiago, Fogo e Brava no segundo, e com ilhéus espalhados a embelezar o conjunto. Praia é a capital, na ilha de Santiago.
O Dr. Mário Soares foi ao mapamundi quando era novo e viu que havia lá muitas terras espalhadas que se diziam portuguesas, um pouco à balda, pois na realidade elas eram dos povos primitivos que lá viviam quando os portugueses se apoderaram delas indevidamente, coisa de garotos sem juízo. E decidiu que o mapa tinha que ser reposto na primitiva feição, que o Dr. Mário Soares foi sempre de repor, falando mesmo em termos pessoais. Assim fez então e saiu-se bem, embora se esquecesse dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, à sorrelfa, como quem ainda quer a coisa para o seu país, já a pensar nas suas férias.
Mas não foi também com o “um dó li tá” que se lembrou, ultimamente, de Cabo Verde. Parece que foi porque, tal como Açores e Madeira, Cabo Verde também era baldio e despovoado, quando os portugueses lá chegaram nos tempos do Infante Navegador. Arrependeu-se de ter generalizado a distribuição de todas as terras antes portuguesas pelos seus naturais, já que além dos Açores e da Madeira, onde não havia naturais, nessas alturas dos “dias e dias e meses e anos no mar” de que falam os Da Vinci, também Cabo Verde não tinha naturais, e por isso devia ficar para quem lá chegou primeiro, já na segunda metade do século XV, e começou a povoar, embora com a ajuda de escravos importados da África, para os trabalhos mais difíceis.
E foi assim que o Dr. Mário Soares se saiu há dias a dizer que, se fosse hoje, teria preservado Cabo Verde, coisa de que não se lembrou ontem quando, sem fazer “um dó li tá”, pôs tudo ao molho, borda fora... Então pode ser que amanhã o Dr. Mário Soares ainda possa repor a pérola no sítio a que pertence, segundo o seu conceito actual de justiça e de reposição.
Como é pérola subdividida, iria caber ainda a muitos bicos por cá, entre os quais o do Dr. Mário Soares. Embora o Dr. Mário Soares não seja dos que precisam. Mas também não são estes que costumam obter pérolas.
Cabo Verde sendo, aliás, uma pérola muito subdividida, como aprendi em tempos recuados, a mais bicos servirá: grupos do Barlavento e do Sotavento, com Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia, São Nicolau, Sal, Boavista no primeiro grupo, Maio Santiago, Fogo e Brava no segundo, e com ilhéus espalhados a embelezar o conjunto. Praia é a capital, na ilha de Santiago.
O Dr. Mário Soares foi ao mapamundi quando era novo e viu que havia lá muitas terras espalhadas que se diziam portuguesas, um pouco à balda, pois na realidade elas eram dos povos primitivos que lá viviam quando os portugueses se apoderaram delas indevidamente, coisa de garotos sem juízo. E decidiu que o mapa tinha que ser reposto na primitiva feição, que o Dr. Mário Soares foi sempre de repor, falando mesmo em termos pessoais. Assim fez então e saiu-se bem, embora se esquecesse dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, à sorrelfa, como quem ainda quer a coisa para o seu país, já a pensar nas suas férias.
Mas não foi também com o “um dó li tá” que se lembrou, ultimamente, de Cabo Verde. Parece que foi porque, tal como Açores e Madeira, Cabo Verde também era baldio e despovoado, quando os portugueses lá chegaram nos tempos do Infante Navegador. Arrependeu-se de ter generalizado a distribuição de todas as terras antes portuguesas pelos seus naturais, já que além dos Açores e da Madeira, onde não havia naturais, nessas alturas dos “dias e dias e meses e anos no mar” de que falam os Da Vinci, também Cabo Verde não tinha naturais, e por isso devia ficar para quem lá chegou primeiro, já na segunda metade do século XV, e começou a povoar, embora com a ajuda de escravos importados da África, para os trabalhos mais difíceis.
E foi assim que o Dr. Mário Soares se saiu há dias a dizer que, se fosse hoje, teria preservado Cabo Verde, coisa de que não se lembrou ontem quando, sem fazer “um dó li tá”, pôs tudo ao molho, borda fora... Então pode ser que amanhã o Dr. Mário Soares ainda possa repor a pérola no sítio a que pertence, segundo o seu conceito actual de justiça e de reposição.
Como é pérola subdividida, iria caber ainda a muitos bicos por cá, entre os quais o do Dr. Mário Soares. Embora o Dr. Mário Soares não seja dos que precisam. Mas também não são estes que costumam obter pérolas.
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