Antes do parque, falámos no Paulo Portas e no Nuno Crato e alguns outros que tão corajosamente se expuseram no “Prós e Contras” da semana, de tema “Quem manda na Escola”.
Contra a maioria, que optou pelas meias tintas do discurso demagógico, geralmente formado na indiferença pelo trabalho real, pelo estudo real, pelos valores reais que implicam competências de aquisição gradual, a troco da defesa dos direitos dos estudantes, dentro de uma ideologia paternalista – por parte dos adultos espertalhões, refractários a concorrências futuras dos novéis aprendentes, que se pretende, pois, massificados na nulidade intelectual – por parte dos estudantes, numa ideologia de suficiência vaidosa, de papagueio de noções filosóficas da berra, na mira de uma projecção política futura, como se tem visto – contra todos esses e os outros da indefinição, do desprezo ou da indiferença, Portas e Crato e algum outro, defenderam, com inteligência e ousadia, um ensino responsável, que assente na ordem, na seriedade, na qualidade.
A minha amiga, em evocações felizes do seu passado escolar, apressou-se, muito bota-de-elástico, (segundo as convenções pedagógicas hodiernas), a definir o ensino à sua maneira drástica que eu acho muito simplista, embora mal me atreva a exprimir-lho: “O professor entra na aula e há respeito, dá a aula com respeito, sai da aula com respeito. O respeito é fundamental, para se aprender.” Mas acrescentou uma notícia recente: “Há dias, uma menina disse à professora, durante a exasperação desnecessária desta: “Não me grite!” Quem manda lá dentro é ela” – concluiu, pensativa.
De facto, nada ganhamos em frisar uma vez mais o que nos vai na alma a respeito da nova ordem que tanto maximiza os direitos dos alunos, minimizando o mais possível os seus deveres, até já autêntica letra morta, por conveniência das estruturas seguidoras dos tais novos padrões educativos, que confundem e baralham as mentes dos estudantes, dos docentes penitentes, dos parentes mais ou menos indiferentes ou entrementes impotentes.
Ontem escutei no Canal Parlamento a interpelação feita ao staff da Educação, e a Srª Ministra Alçada falou muito no parque escolar, por via das dúvidas apresentadas pelos demais deputados, e na Empresa Parque, à qual entregara as reformas das escolas, num projecto reformista progressivo que está a ir muito bem, segundo ela gabou, que até foi apreciado por gente lá de fora, que achara que a Parque e a sua Ministra estavam a fazer um bonito serviço, embora os deputados cá de dentro desejassem conhecer mais pormenores, sobretudo no que concerne a entrega da empresa do parque à Parque, por escolha directa, sem concurso prévio, e ela explicou que o fez na urgência da reforma desse tal parque escolar, já que mais ninguém se apressaria tanto como os arquitectos, engenheiros e gestores da Parque, na rapidez do arranque e progressão. Mas não esmiuçou os pormenores justificativos da sua opção, o que indignou os deputados que vão ao Parlamento especificamente para se indignarem.
E nós as duas comentámos, em vista disso, que agora com o parque da Parque, é que a escola se ia transformar em muito mais do que o jardim do tempo em que a escola era franca e risonha.
Mais do que apenas jardim, agora a escola compõe-se de parque – implicando jardim também, é claro – para passeatas, diversões, bowling – um parque natural, nem se precisava da estruturação da Parque, pois que os alunos se encarregarão de o organizar de acordo com os seus critérios selectivos. São estes, pois, para responder ao tema do “Prós e Contras”, que mandam na Escola. Mas com o apoio da Srª Ministra Alçada e mais da Parque.
Na verdade, no que a Ministra Alçada não tocou, no Parlamento, foi no Ensino em si – só no “Prós e Contras” é que se tocou – mas com tantos interesses lá expostos - entre os quais os das perfídias do professor ou director do Ensino Particular a puxar a brasa à sua sardinha, que o seu ensino é que é o bom para as opções dos pais, ignorando expressamente as dificuldades pecuniárias da maioria dos pais para esse tipo de opções, e os entraves docentes trazidos com a massificação, a diversificação e a legislação da estultificação do actual ensino oficial; e também os do sociólogo que se está nas tintas para a realidade do caos escolar, debitando conceitos que se propõe modernos e inteligentes; ou do estudante iluminado no seu saber recente de demagogo, a lembrar interesses culturais seus, provavelmente adepto de uma escola de amplidão de matérias concernentes aos interesses específicos de cada aluno, não de uma escola orientadora que exija resultados dentro das matérias da sua orientação.
Mas os bons resultados exigem atenção, respeito e trabalho. E isso o aluno demagogo não quer dar. Quem manda na escola é, de facto o aluno, quer o demagogo, quer o praticante de bowling. A Ministra apoia. A Parque ajuda.
Contra a maioria, que optou pelas meias tintas do discurso demagógico, geralmente formado na indiferença pelo trabalho real, pelo estudo real, pelos valores reais que implicam competências de aquisição gradual, a troco da defesa dos direitos dos estudantes, dentro de uma ideologia paternalista – por parte dos adultos espertalhões, refractários a concorrências futuras dos novéis aprendentes, que se pretende, pois, massificados na nulidade intelectual – por parte dos estudantes, numa ideologia de suficiência vaidosa, de papagueio de noções filosóficas da berra, na mira de uma projecção política futura, como se tem visto – contra todos esses e os outros da indefinição, do desprezo ou da indiferença, Portas e Crato e algum outro, defenderam, com inteligência e ousadia, um ensino responsável, que assente na ordem, na seriedade, na qualidade.
A minha amiga, em evocações felizes do seu passado escolar, apressou-se, muito bota-de-elástico, (segundo as convenções pedagógicas hodiernas), a definir o ensino à sua maneira drástica que eu acho muito simplista, embora mal me atreva a exprimir-lho: “O professor entra na aula e há respeito, dá a aula com respeito, sai da aula com respeito. O respeito é fundamental, para se aprender.” Mas acrescentou uma notícia recente: “Há dias, uma menina disse à professora, durante a exasperação desnecessária desta: “Não me grite!” Quem manda lá dentro é ela” – concluiu, pensativa.
De facto, nada ganhamos em frisar uma vez mais o que nos vai na alma a respeito da nova ordem que tanto maximiza os direitos dos alunos, minimizando o mais possível os seus deveres, até já autêntica letra morta, por conveniência das estruturas seguidoras dos tais novos padrões educativos, que confundem e baralham as mentes dos estudantes, dos docentes penitentes, dos parentes mais ou menos indiferentes ou entrementes impotentes.
Ontem escutei no Canal Parlamento a interpelação feita ao staff da Educação, e a Srª Ministra Alçada falou muito no parque escolar, por via das dúvidas apresentadas pelos demais deputados, e na Empresa Parque, à qual entregara as reformas das escolas, num projecto reformista progressivo que está a ir muito bem, segundo ela gabou, que até foi apreciado por gente lá de fora, que achara que a Parque e a sua Ministra estavam a fazer um bonito serviço, embora os deputados cá de dentro desejassem conhecer mais pormenores, sobretudo no que concerne a entrega da empresa do parque à Parque, por escolha directa, sem concurso prévio, e ela explicou que o fez na urgência da reforma desse tal parque escolar, já que mais ninguém se apressaria tanto como os arquitectos, engenheiros e gestores da Parque, na rapidez do arranque e progressão. Mas não esmiuçou os pormenores justificativos da sua opção, o que indignou os deputados que vão ao Parlamento especificamente para se indignarem.
E nós as duas comentámos, em vista disso, que agora com o parque da Parque, é que a escola se ia transformar em muito mais do que o jardim do tempo em que a escola era franca e risonha.
Mais do que apenas jardim, agora a escola compõe-se de parque – implicando jardim também, é claro – para passeatas, diversões, bowling – um parque natural, nem se precisava da estruturação da Parque, pois que os alunos se encarregarão de o organizar de acordo com os seus critérios selectivos. São estes, pois, para responder ao tema do “Prós e Contras”, que mandam na Escola. Mas com o apoio da Srª Ministra Alçada e mais da Parque.
Na verdade, no que a Ministra Alçada não tocou, no Parlamento, foi no Ensino em si – só no “Prós e Contras” é que se tocou – mas com tantos interesses lá expostos - entre os quais os das perfídias do professor ou director do Ensino Particular a puxar a brasa à sua sardinha, que o seu ensino é que é o bom para as opções dos pais, ignorando expressamente as dificuldades pecuniárias da maioria dos pais para esse tipo de opções, e os entraves docentes trazidos com a massificação, a diversificação e a legislação da estultificação do actual ensino oficial; e também os do sociólogo que se está nas tintas para a realidade do caos escolar, debitando conceitos que se propõe modernos e inteligentes; ou do estudante iluminado no seu saber recente de demagogo, a lembrar interesses culturais seus, provavelmente adepto de uma escola de amplidão de matérias concernentes aos interesses específicos de cada aluno, não de uma escola orientadora que exija resultados dentro das matérias da sua orientação.
Mas os bons resultados exigem atenção, respeito e trabalho. E isso o aluno demagogo não quer dar. Quem manda na escola é, de facto o aluno, quer o demagogo, quer o praticante de bowling. A Ministra apoia. A Parque ajuda.
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