Uma autêntica lição de actualização e de advertência a
um mundo distraído ou hipócrita, que vai mascando saberes e mascarando de
indiferença uma crença e um medo reais, na presunção de que se trata de permuta
apenas de crenças específicas de cada culto, fingindo ignorar a verdadeira
dimensão de primitivismo e barbárie contidos nos radicalismos islâmicos, que
ocultam a realidade de um terrorismo ambicioso e descontroladamente avassalador.
Um texto de António da Cunha Duarte Justo,
publicado em “A Bem da Nação”:
ISLAMISTAS EUROPEUS EM LUTA...
... PELO “ESTADO ISLÂMICO” AFLIGEM A EUROPA
Portugal tem 12
jihadistas, do Brasil não se conhecem estatísticas
Solução: apoiar os muçulmanos reformistas
No Iraque e na Síria encontram-se cerca de 30.000 jihadistas
estrangeiros de 83 países, que se aproveitam da experiência aí feita para uma
melhor organização de redes de grupos terroristas internacionais. Estes, quando
regressam aos países de origem, fomentam o terrorismo, em nome da resistência
islâmica.
Segundo estatísticas da revista alemã Cícero-11.2014, há na
Síria e no Iraque 1.000 combatentes da França, 600 da Inglaterra, 550 da
Alemanha, 300 da Bélgica, 250 da Austrália, 120 da Holanda, 100 da Dinamarca,
70 dos USA, 50 da Noruega, 60 da Áustria, 30 da Irlanda, 30 da Suécia, etc..
Na Síria já morreu um jihadista português em combate pela
instauração do Estado Islâmico (EI). Portugal tem 12 guerrilheiros na guerra
santa (jihad), dos quais dois são mulheres (muitas mulheres jihadistas
oferecem o sexo para os guerreiros de Alá, talvez no sentido de anteciparem o
paraíso dos homens!). Há também jihadistas brasileiros mas não são
abrangidos por estatísticas; O Brasil tem redes de recrutamento e
propaganda em meios salafistas (fluxo rigorista do Alcorão) e outros grupos
jihadistas como: (http://islam-maranhao.blogspot.com). Na Europa abundam as
redes de organização, como: Sharia4Belgium ou “Profetens Ummah (Noruega) e na
península ibérica especialmente o grupo Sharia45Spain que, além do mais, quer
minar as Constituições dos 2 países ibéricos. O recrutamento preferido dos
jihadistas processa-se através das suas estruturas logísticas da Internet. Este
atinge sobretudo a camada jovem atraída e radicalizada sobretudo por grupos em
torno dos salafistas, da Sharia e outros.
A Europa está inquieta com os novos
mujahedin internacionais. Já se conta, na Europa, com
atentados de decapitação e outros. Afeganistão formou uma geração de bombistas
nas décadas passadas e agora sucede-se-lhe o Estado Islâmico.
Muitos jihadistas ficam desiludidos, quando notam que na
Síria os próprios sunitas se combatem uns aos outros. Por isso no regresso de
terroristas islâmicos às nações deveria haver mais diferenciação no seu trato,
porque os há que em contacto com a realidade se desiludiram, outros ficaram
traumatizados e outros ainda mais radicalizados.
Muçulmanos e não muçulmanos têm medo de
Islão
Assiste-se a uma radicalização religiosa e política
principalmente da juventude que se encontra desempregada e num vácuo entre a
família paterna e uma família a fundar; são pessoas perdidas que não sabem onde
pertencem e encontram na ideologia islâmica um sinal a brilhar no seu caminho
escuro; a mais fácil forma de sobressair é converter-se ao Islão e colocar-se
ao seu serviço. O salafismo apresenta um projeto contra a sociedade
ocidental, que se serve da música Rapper para, no sentido jihadista lutar
contra a corrente e contra o ocidente, como fazem Jihadi John e Deso Dogg, que
figuram como estrelas pop. Por isso, os salafistas encontram-se na Alemanha
sob observação do Estado! Em nome de uma revolução hegemónica, justificam-se os
meios bárbaros e a intenção de chamar a atenção para a causa islâmica. Nas
mesquitas prega-se normalmente em turco ou árabe sem preocupação por esclarecer
e continua a defender-se a separação em relação aos não islâmicos, apelidados
de incrédulos ou infiéis. Nas mesquitas entram à vontade moderados e
extremistas.
O Islão extremista vive de teorias de conspiração do
ocidente, dos judeus e até dos xiitas, contra o Islão (Sunita), e fundamenta-se
no Corão e nas Hadith; os imãs nas suas mesquitas, no dizer de gente inside,
não se declaram criticamente em relação aos versos do Corão que apelam à
violência, não falam do direito a determinar o próprio modo de vida (calam os
casamentos forçados), calam a violência da sharia, silenciam o aspecto
problemático do uso do lenço e do chador, ocultam a discriminação da mulher,
etc. Chega-lhes a jihad, o esforço interior e contra o exterior.
O flirt cínico cultivado entre figurantes
da tolerância religiosa
Em muitos dos nossos colóquios universitários sobre o Islão
e nas rondas públicas de tolerância ad hoc, os conferencistas falam de permuta
de ideias acentuando o lado pacífico do Islão. Ao omitir-se os aspectos
críticos, e ao não convidar-se muçulmanos críticos, como referentes, impede-se
uma discussão séria, de olhos nos olhos. Peca-se assim por omissão e fomenta-se
a intolerância do Islão institucional contra um Islão que se quer modernizar e
contra muçulmanos críticos que ao criticar versos agressivos do Corão e dos
hadith (Hádices) de Maomé, são hostilizados pela generalidade, e chegam mesmo a
colocar a própria vida em perigo dentro das suas fileiras islâmicas. A
estes, que poderiam contribuir para a evolução do Islão tira-se-lhes o tapete.
Deste modo, intelectuais não islâmicos tornam-se cúmplices de um Islão
conservador e segregador porque reservam o mícron aos conformes ou oportunos.
Mulheres e homens islâmicos corajosos, porque críticos de
irracionalidades islâmicas, precisam de um palco que permita a modernização do
Islão. Quem dá a palavra a estes é verdadeiramente amigo do islão; quem dá
guarida e projecção aos conservadores islâmicos e aos falantes suaves islâmicos
serve, muitas vezes, a hipocrisia. O
Islão precisa de reforma e quem precisa de palco público, para motivarem outros
irmãos, são os reformistas. O resto é show de mútuas vaidades brilhantes mas um
mau serviço ao Islão, porque quer o status quo, não apoia a formação de um
islão tolerante. Afirmo isto também devido à longa experiência de convivência e
até apoio a grupos islâmicos da cidade.
Nenhuma Constituição de um país civilizado legitima o
terrorismo, nenhum país civilizado aceita o fascismo; o Corão e as Hádices
fazem-no e tudo aceita isso como um dado religioso aceite e indiscutível pelo
facto de trazer a etiqueta de religião. Não podemos legitimar o Islão como arma
aceitando também a premissa islâmica que uma mentira em favor do Islão é uma
virtude! É preciso modernizar o Profeta Maomé, não o deixando preso num
patriarcalismo avoengo do Antigo Testamento. A ignorância e o oportunismo
engravatado perante o Islão contribui para que este não passe da sua idade
média nem do referido patriarcalismo próprio de zonas pobres e nómadas.
A jornalista turca de Berlim, Güner Yasemin Balci afirma em
Cícero: “Muçulmanos e não muçulmanos têm medo do Islão. O Islão é uma arma
carregada, devemos finalmente descarregá-la”.
As causas da violência e do não desenvolvimento no Islão
vêm-lhe da falta da ausência de pensamento autocrítico e da presunção dos que
não querem reformar o Islão para manterem uma atitude de desprezo perante as
outras religiões.
Urge ajudar as forças reformistas dos muçulmanos e não
manter o Islão institucional em banho-maria como se faz em muitas agremiações,
conferências e confrarias.
A honradez é o tesouro mais profundo que cada pessoa tem a
guardar, mas na consciência de que a honra que nos é devida se encontra no
próximo a respeitar.
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